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Evolução tectônica e magmática da faixa Ribeira na região serrana do Estado do Rio de Janeiro / Not available.

Miguel Antonio Tupinambá 30 August 1999 (has links)
A região serrana do Estado do Rio de Janeiro, conhecida também como Serra dos Órgãos, é constituída por granitos e gnaisses gerados ou retrabalhados no Ciclo Brasiliano, ao final do Proterozóico e início do Paleozóico. Está situada na região central da Faixa Ribeira, entidade geotectônica que se distribui paralela à margem atlântica e que foi individualizada durante o Ciclo Brasiliano. Nesta região, a Faixa está dividida nos terrenos Ocidental e Oriental pelo Limite Tectônico Central. A área que foi pesquisada se encontra no Terreno Oriental da Faixa Ribeira, entre as cidades de Nova Friburgo, Sumidouro e Cordeiro. Os levantamentos de campo, a petrografia, análise litogeoquímica e geocronológica permitiram levantar, na área de pesquisa a história evolutiva de um orógeno Brasiliano. A evolução começa com magmatismo pré-colisional, representado por tonalito e diorito gnaisse do Complexo Rio Negro (CRN) e por corpos de hornblenda gabro. Os produtos do magmatismo pertencem a uma série cálcica tonalito-trondhjemito gerada em ambiente de arco de ilhas oceânico, com (\'épsilon\'Nd) 600 Ma de - 0,9 e que esteve ativo há cerca de 630 Ma (idade U/Pb em zircão). Há 600 Ma (idades Pb/Pb em zircão), o arco Rio Negro colidiu com uma margem passiva, o Terreno Ocidental da Faixa Ribeira, o que gerou espessamento crustal, migmatização e geração de leucogranitos à muscovita. Após a colisão do Arco Rio Negro com a margem passiva e sua acresção, um novo arco magmático, de características continentais, se desenvolveu há 560 Ma (idade U/Pb em zircão). O melhor representante deste magmatismo é o Batólito da Serra dos Órgãos (BSO), um espesso sheet de granodiorito à granada com quimismo de arco magmático e com fácies gerada ainda na fase colisional. O Batólito foi gerado por um novo processo de subducção, com mergulho inverso àquele que gerou o Arco Rio Negro. Após o término do magmatismo do BSO, este plutonito e seus gnaisses encaixantes foram alçados à crosta superior, a uma taxa de soerguimento elevada. Há 500 Ma (idade Rb/Sr) o edifício orogênico sofreu um colapso tectônico, com a geração de falhamentos normais transversais ao orógeno. Estas estruturas controlaram o transporte e a colocação de soleiras e lacólitos de magma granítico pós-colisional. / The highlands of the Rio de Janeiro State, Brazil, known as Serra dos Orgãos, is constituted by granites and gneisses generated or reworked during the Brasiliano Cycle, at the transition between Neoproterozoic and Cambrian. It is located at the Central segment of the Ribeira Belt, which runs along the South Atlantic Coast and was formed at Brasiliano event. The Ribeira Belt is divided by the Central Tectonic Boundary into two terranes: the Occidental and the Oriental. The studied area is located in the latter terrane, near the cities of Nova Friburgo, Sumidouro e Cordeiro. Field and petrographic studies as well as geochemical and isotopic analyses from selected samples allowed to propose a whole historical evolution of a Brasiliano Orogen. A pre-collisional magmatism represented by tonalitic and dioritic gneisses from the Rio Negro Cmplex and by hornblende gabbro small stocks is the earliest recognizable geological process. The calcic magma series tonalite-trondhjemite with (\'épsilon\'Nd) 600 Ma of -0,9 suggest that its tectonic environment was as an oceanic island arc, since 630 Ma (U/Pb zircon age). At 600 Ma ago (Pb/Pb zircon age) the Rio Negro collided with a passive margin (the Occidental Terrane) resulting in crustal thickening, partial melting of metassediments and muscovite leucogranite generation. After the arc/continent collisions a new magmatic arc, at this time with continental setting, is represented by the Serra dos Órgãos batholith. The calcic series tonalite-granodiorite-granite has crystallized at 560 Ma and a slightly older leucocratic peraluminous BSO facies suggest crustal contamination. The cessation of the BSO magmatism was accompanied by a thermal relaxation and tectonic extrusion of the Oriental Terrane to the upper crust. The uplift was so geologically fast that crystalline rocks from this Terrane had experienced distensional collapse, and broke into twelve NW trnding ductile-ruptile shear zones. These large structures had controlled the magma transport of the post-collisional granite laccoliths and sill from the Nova Friburgo massif. The Rb/Sr isochronic analyses from the granites yielded ages between 500 and 480 Ma, which are the last orogenic ages ever found in Ribeira Belt.
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Evolução Tectônica e Paleogeográfica do Aulacógeno Agupaeí (1.2-1.0Ga) e dos Terrenos do seu Embasamento na Porção Sul do Cráton Amazônico / Not available.

Gerson Souza Saes 02 September 1999 (has links)
O Aulacógeno Aguapeí constitui um megaestrutura originada por rifteamento intracontinental na porção sul do Cráton Amazônico durante a parte final do Mesoproterozóico (1.2-1.0Ga). Sua posição sub-transversal em relação ao Cinturão Colisional Sunsas e sua evolução sedimentar, tectônica e metamórfica, lhe emprestam forte similaridade com bacias de mesma natureza, tanto em formação, como os rifts do leste africano, como com paleorifts encontrados no registro geológico de todos os continentes, notadamente a partir do final do Arqueano (2.5Ga), com a consolidação dos primeiros blocos cratônicos de grande extensão. O embasamento do Aulacógeno Aguapeí é formado pela amalgamação de terrenos tectono-estratigráficos distintos, constituídos por complexos metamórficos do Paleoproterozóico (> 1.6Ga) e intrusivas de idades e naturezas diversas. Os dados petrológicos, geoquímicos, radiométricos e geofísicos disponíveis, permitem relacionar sua evolução à acresção de cincoterrenos à porção sul da Paleoplaca Amazônia: (i) Jauru; (ii) Santa Helena; (iii) Rio Alegre; (iv) Paragua e (v) San Pablo. O Terreno Jauru é gerado pela aglutinação de arcos insulares intraoceânicos do Paleoproterozóico (\'DA ORDEM DE\'1,9Ga), afetados por intensa granitogênese calci-alcalina entre 1.5-1.4Ga, e pelo magmatismo toleítico intra-placas de Rio Branco (1,4Ga). O Terreno Santa Helena constitui um fragmento de arco cordilherano composto por granitos a tonalitos formados a em 1.45Ga. O Terreno Rio Alegre constitui uma associação de rochas efusivas e plutônicas básico-ultrabásicas e metassedimentos químicos, exibindo feições de alojamento alóctone ao longo do lineamento milonítico regional que marca a suturacolisional entre os terrenos Santa Helena e Paragua. É aqui interpretado como remanescente de litosfera oceânica alojado por obducção ao longo daquele limite. O Terreno Paragua possui um embasamento composto por complexos gnaissico-granulíticos ) (Chiquitania e Lomas Maneches) e cinturões de supracrustais essencialmente metassedimentares (San Ignacio), invadido em 1.3Ga pela granitogênese de afinidade calci-alcalina do Batólito Pensamiento. O Terreno San Pablo registra provavelmente a evolução de um arco magmático cordilherano, acrescido à porção sul da Amazônia durante a orogênese colisional Sunsas (1.0Ga). A Bacia Aguapeí inicia seu desenvolvimento pela reativação distensional e ruptura da porção sul do Cráton Amazônico, com dois braços de uma junção tríplice evoluindo para um limite divergente de placas (Margem Passiva Sunsas). O terceiro braço da junção tríplice (braço abortado), registra a evolução do Rift Intracontinental ou Aulacógeno Aguapeí. A compartimentação sin-sedimentar do aulacógeno foi controlada pelos traços fundamentais do seu embasamento, com um depocentro linear (Zona Central) coincidindo com o Terreno Rio Alegre, e zonas marginais, recobrindo tanto o Terreno Paragua como os terrenos Santa Helena e Jauru. Este a comportamento da cobertura Aguapeí, configura uma típica seqüencia de recobrimento (overlap sequence), transgredindo os limites de terrenos previamente acrescidos pela colagem tectônica que acompanhou o fechamento do Mar Rio Alegre. Constitui assim, o primeiro horizonte litoestratigráfico passível de correlação através dos diferentes terrenos. O preenchimento sedimentar do Aulacógeno Aguapeí se processou em três estágios deposicionais: Rift, Sinéclise e Inversão, rastreados com bastante segurança nas zonas marginais. O exame das litofácies, tendências isópacas e paleocorrentes, permitiram a elaboração de uma síntese paleogeográfica da bacia, iniciando-se pordepósitos regressivos aluviais, deltaicos e estuarinos, passando para um trato de sistemas de mar alto, com lamas marinhas e areias acumuladas em barras de plataforma (tempestitos) ou leques submarinos (turbiditos). O completo consumo dalitosfera oceânica ) Grenville, culminando com a colisão Amazônia-Laurentia em \'DA ORDEM DE\'1.0Ga, se refletiu no aulacógeno por transpressão dextral da zona de sutura subjacente ao seu depocentro, ali deformando, metamorfizando e ressedimentando osdepósitos dos estágios Rift e Sinéclise. Este estágio deposicional, denominado de Inversão, é marcado pela continentalização da bacia, deposição em sistemas aluviais e dunas eólicas, exibindo nítida inversão do sentido das paleocorrentes em relação aos estágios precedentes. A deformação da Bacia Aguapeí registra o encerramento do regime de colisões do Ciclo Grenville no Mesoproterozóico no sul do Cráton Amazônico e a amalgamação final do Supercontinente Rodínia há cerca de 1.0Ga. O reflexo deste evento tectônico está registrado principalmente ao longo da Zona Central do aulacógeno, onde se alinharam as principais ocorrências auríferas da região, alojadas em uma diversidade de trapas estruturais/estratigráficas, criadas durante a deformação Sunsa e que mineralizaram tanto os metassedimentos Aguapeí como seu embasamento. / The Aguapeí Aulacogen is a megastructure originated by intracontinental rifting of the southern portion of Amazon Craton during the late Mesoproterozoic (1.2-1.0Ga ). Its subtransversal position in relation to the Sunsas Colisional Orogen and its sedimentary, metamorphic and tectonic evolution makes it very similar to basins of same nature, both in formation ( east african rifts ) as well as with paleorifts as evidenced in the geological record of all continents, especially after the consolidation of the first cratonic blocks of great extension in the end of Archean (2.5Ga ) . The basement of Aguapeí Aulacogen is formed by amalgamation of different tectonostratigraphic terranes, composed of metamorphic complexes of Paleoproterozoic age (> 1.6Ga ) and intrusives with different ages and nature. On the basis of petrological, geochemical, radiometric and geophysical data, the evolution of this basement is related to the acretion of three terranes to the southern portion of Amazonian Paleoplate: (i) Jauru; (ii) Santa Helena; (iii) Paragua; (iii) Rio Alegre and; ( v) San Pablo terranes The Jauru Terrane was generated by the assembly of intraoceanic island arc of Peleoproterozoic age ( ~1.9Ga ), affected by intense calc-alcaline granitogenesis between 1.5- 1.4Ga and by toleitic intraplate magmatism of Rio Branco ( 1.4Ga ). The Santa Helena Terrane constitutes a piece of a cordilheran arc, composed by granites to tonalites formed at 1.45Ga. The Rio Alegre Terrane constitutes a basic-ultrabasic, efusive and plutonic igneous suite associated with chemical metasediments showing evidence of allocthonous positioning across the milonitic lineament that mark the collision suture between the Santa Helena and Paragua terranes. It\'s interpreted as an oceanic litosphere remain emplaced by obduction along this limit. The Paragua Terrane has a basement composed by gnaiss-granulitic complexes ( Chiquitania and Lomas Maneches ) and essentialy metasedimentary supracrustals ( San Ignacio ) invaded at l.3Ga by the intense calc-alkaline ganitogenesis of Pensamiento Batolite. The San Pablo Terrane records probably a cordilheran magmatic arc evolution, acreted to the southern portion of Amazon during the Colisional Sunsas Orogeny (1.0Ga). The Aguapeí Basin start its development by distentional reactivation of the southern portion of Amazonian Craton, with two arms of a triple junction evolving to a divergent plate limit ( Sunsas Passive Margin ). The third arm of the triple junction ( failed arm ), records the evolution of a Intracontinental Rift ( the Aguapeí Aulacogen ) The sinsedimentary compartimentation of the aulacogen was controlled by the fundamental traces of its basement with a linear depocenter ( Central Zone ) coinciding with the Rio Alegre Terrane and marginal zones ,covering both the Paragua as the Santa Helena and Jauru terranes . This behaviour of Aguapeí cover, configurates a typical overlap sequence, transgressing the limits of previously acreted terranes by tectonic colage that had follow the Rio Alegre Sea closing. It constitutes in this manner, the first lithoestratigraphic horizon passible of correlation across the different terranes. The depositional sequence is maked of three distinct episodes ( Rift, Sineclesis and Inversion ), which are well recognized in the marginal zones. The lithofacies, isopach and paleocurrents analyses permited the elaboration of a paleogeographic syntesis of the basin starting with a regressive sequence of alluvial, deltaic and estuarine deposits (Graben Facies) passing up to a highstanding system tract with marine muds and sands deposited on offshore bars and submarine fans (turbidites). The definitive consume of the Grenville Ocean endding with the Amazonia-Laurentia collision at 1.0Ga was reflected on the aulacogen by dextral transpression of the suture zone underliyng its depocenter with deformation, metamorphism and resedimentation of the deposits of the Rift and Syneclesis stages. The continentalization of the basin in this stage is marked principaly in the marginal zones, by deposition of coarse clastics in an alluvial fans, braided rivers and eolian dunes system (Molassic Facies), exibiting a inversion of the paleocurrents directions from SE to NW (Inversion Stage). The Aguapeí Basin deformation records the end of Grenvillian collisional regime in the southern portion of Amazon Craton and the final assembly of Rodinia at 1.0Ga. This tectonic event is recorded principally along the Central Zone of the aulacogen, where was concentrated the principal auriferous ocurrences of the region emplaced in diverse stratigraphic-structural traps generated during the Sunsas deformation and which was mineralized both the Aguapeí metasediments and its basement.
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Caracterização dos processos geológico-evolutivos precambrianos na região de São Fidelis, norte do estado do Rio de Janeiro / Not available.

Job Jesus Batista 07 December 1984 (has links)
Após vários anos de levantamento geológico básico na região norte do estado do Rio de Janeiro, propôs-se o desenvolvimento de pesquisa mais detalhada, de cunho científico mais profundo, tendo em vista a variedade de interrogações que se levantavam dentro do panorama geológico-evolutivo, configurado como de extrema complexidade. Além dos trabalhos iniciais de mapeamento sistemático, na escala de 1: 50.000, foram implementados trabalhos adicionais de campo em áreas selecionadas, petrografia de detalhe, estudos geocronológicos e abordagens geoquímicas. As feições tectônicas, estruturais e texturais, bem como as evidências petrológicas e os padrões geocronológicos e geoquímicos apresentados pelas rochas estudadas, permitem a caracterização dessa faixa como de típico cinturão móvel (\"móbile belt\") ensiálico. O relacionamento complexo entre os vários tipo litológicos é condicionado pelo caráter policíclico da faixa estudada, onde ocorreram diversos processos (plutonismo, migmatização, metamorfismo, deformação, anatexis ou palingênese, etc.) em diferentes fases precambrianas, muito provavelmente sendo atribuída ao Arqueano a fase primordial gerado de rochas. Acredita-se que boa parte da crosta continental dessa região já formada desde o Arqueano, sendo de constituição siálica, havendo retrabalhamento por deformação cisalhante no ciclo Transamazônico e por anatexis/palingênese no Brasiliano. Relacionado ao Arqueano ter-se-ia o embasamento plutônico (Agrupamento I do Complexo Juiz de Fora), de afinidade tonalítica (enderbitos e gnaisses porfiroblásticos), representando crescimento crustal através de processos plutônicos, com \"trend\" de diferenciação predominantemente de natureza calco-alcalina. Algumas indicações toleíticas poderiam significar um certo caráter bimodal. A esse embasamento sobrepor-se-ia pilha supracrustal (Agrupamento III - Complexo Paraíba), cujos produtos originais, depositados em tempos ) pré-Transamazônicos, seriam pelitos, psamo-pelitos, psamitos, margas, calcários, dolomitos, além da contribuição vulcânica. Durante o Ciclo Transamazônico (Proterozóico Inferior) todo o conjunto Arqueano (embasamento + supracrustais) seria intensamente afetado por movimentos cisalhantes, promovendo forte-blastomilonitização e catáclase, com aparecimento da primeira fase de migmatização, de caráter sin-tectônico, onde duas entidades apresentam expressão cartografável (unidades São José de Ubá e Monte Verde - Agrupamento II do Complexo Juiz de fora). No Ciclo Brasiliano (Proterozóico Superior) ocorre genralizada anatexis formando importantes massas granitóides e migmatitos a partir de produtos rochosos, com vivência crustal anterior, caracterizando as entidades do Complexo Serra dos Órgãos. Também, neste ciclo, ocorreram falhamentos transcorrentes em faixas reativadas. Não negligenciável é a possibilidade de atuação de evento intermediário entre os ciclos Transamazônico e Brasiliano (Ciclo Uruaçuano), relacionado ao Proterozóico Médio (mais ou menos 1.000 Ma.). Suportando esta hipótese existem algumas insinuações em resultados geocronológicos publicados. No Meso-cenozóico atuaram processos tradicionais, responsáveis pela quebra, fragmentação e separação do Gondwana, aos quais se ligariam magmatismo básico (diques de diabásio), magmatismo alcalino e formação de bacias costeiras. A evolução cinemática do cinturão é largamente dominada por movimentos verticais, porém análise de zonas de cisalhamento indicam movimentos transcorrentes. Pelas descrições dos processos atuantes no Arqueano, Proterozóico Inferior, Proterozóico Superior e Fanerozóico chega-se a umapostura não-uniformitarista em relação aos regimes tectônicos que afetaram esta porção da Província Mantiqueira, no norte fluminense, atribuindo-lhes rápido crescimento no Arqueano por fenômenos plutônicos; cisalhamento intenso no Proterozóico ) Inferior; predominância de eventos termais e reativações deformacionais no Proterozóico Superior e processos tracionais no Fanerozóico. Desta maneira estabeleceram-se grandes descontinuidades entre cada um das eras geológicas. / This work deals a study of geological processes in the evolution of a part of the North Fluminense region, which belongs to a polycyclic mobile belt. Besides the systematic 1:50.000 scale geological mapping, additional field work was carried out followed by detailed petrography, geochronological studies and geochemistry. In accord with the description of the processes that occurred in the Archean, Lower and Upper Proterozoic and Phanerozoic, a non-uniformitarian view is adopted for the tectonic regimes that affected this part of the Mantiqueira Province. The overall picture can be envisaged as one of rapid growth by plutonic phenomena ascribed to the Archean, intense shearing during Lower Proterozoic, predominance of thermal events and reactivated deformation in the Upper Proterozoic, and tractional processes in the Phanerozoic. In this way, distinct and significant discontinuities can be established between each geological era.
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Evolução ambiental da Bacia do Paraná durante o Neopermiano no leste de Santa Catarina e do Paraná / Not available.

Rosemarie Rohn 07 March 1995 (has links)
A presente tese aborda a lito-, crono- e bioestratigrafia do Grupo Passa Dois, particularmente das formações Teresina e Rio do Rasto (membros Serrinha e Morro Pelado), visando interpretar a história ambiental e deposicional da Bacia do Paraná durante o Neopermiano. Os resultados fundamentam-se nos dados paleontológicos e litofaciológicos levantados ao longo de 16 estradas nos estados do Paraná e de Santa Catarina, e nas análises de testemunhos e de perfis geofísicos de poços situados no leste da bacia. Foram descritas 32 litofácies e discutidos, de modo sucinto, os possíveis Processos deposicionais e os prováveis paleoambientes de origem. A distribuição espacial de 13 espécies de bivalves da Formação Teresina (46 assembléias; 8 tafofácies) e 17 espécies da Formação Rio do Rasto (125 assembléias; 7 tafofácies) substancia a redefinição das zonas Pinzonella neotropica, Leinzia similis e Palaeomutela? platinensis e da Subzona Nothoterraia acarinata-Relogiicola delicata. Na área estudada, também ocorrem elementos das zonas Barbosaia angulata-Anhembia froesi e Pinzonella illusa, estabelecidas originalmente para depósitos das formações Serra Alta e Corumbataí no Estado de São Paulo. Entretanto, seu registro escasso inviabiliza ampliar formalmente a abrangência geográfica dessas zonas. Megafósseis vegetais são registrados em 14 afloramentos da Formação Teresina e em 133 afloramentos da Formação Rio do Rasto (no total, 8 tafofácies). São propostas as zonas Lycopodiopsis derbyi, Sphenophyllum paranaense e Schizoneura gondwanensis. Entre as duas primeiras zonas existe \"um intervalo florístico pobremente representado\" (informal), que deve refletir as mudanças ambientais ocorridas na transição entre as formações Teresina e Rio do Rasto. Sphenophyllum é um gênero seguramente permiano. A zona S. paranaense é a mais diversificada (abundantes glossopterídeas, filicíneas, pteridófilas, esfenófitas, entre outras). A Zona S. gondwanensis já atesta relativo declínio da vegetação, provavelmente por condições climáticas mais secas, com sobrevivência praticamente apenas das esfenófitas e de outros vegetais que ocupavam as margens dos corpos aquosos. De modo geral, as tafofloras estudadas são mais pobres que as coevas do Gondwana, sugerindo maior aridez na região da Bacia do Paraná. São conhecidas 13 espécies de conchostráceos na Formação Rio do Rasto e, através das novas investigações, o número de ocorrências elevou-se para 136 (192 assembléias; 9 tafofácies). Os conchostráceos evidenciam baixa salinidade da água e coadunam com a interpretação de condições climáticas relativamente secas. Ouanto à bioestratigrafia, são redefinidas as zonas Cyzicus sp., Monoleaia unicostata, Paranaleaia supina (incluindo a Subzona Palaeolimnadiopsis subalata) e o \"intervalo final\". Representantes da Família Leaiidae, encontrados quase até o topo da formação, constituem forte evidência da idade permiana. Os depósitos das formações Serra Alta, Teresina e Rio do Rasto foram Correlacionados e subdivididos em 11 intervalos de conotação cronoestratigráfica. Após a deposição da Formação lrati (unidade basal do Grupo Passa Dois), voltaram a ocorrer algumas grandes transgressões-regressões na Bacia do Paraná, condicionadas possivelmente pela tectônica global e pelas variações da pluviosidade. Os depósitos registram predominantemente as fases regressivas. Próximo à paleoborda da bacia (região de Santo Antônio da Platina), a coluna sedimentar está mais incompleta e há maior abundância de rochas calcíferas. Porém o caráter epicontinental muito raso da bacia resultou na preservação de fácies bastante similares entre as margens e as porções mais centrais, mascarando as grandes discordâncias provavelmente existentes ao longo da sucessão. A Formação Serra Alta representa o primeiro grande ciclo transgressivo-regressivo. A parte inferior da Formacão Teresina, correlacionável à Zona P.illusa da Formação Corumbataí no Estado de São Paulo, corresponde ao final dessa regressão. Nesse intervalo, pode ter subsistido alguma comunicação com a Bacia do Karoo, porém não mais com o oceano. Os raros fósseis que evocam paleoambiente \"marinho\" devem ser descendentes de organismos marinhos euritópicos bem mais antigos, a exemplo do que se observa atualmente no Mar Cáspio. Provavelmente incidiram fases de grande aridez durante a deposição da Formação Teresina que propiciaram o desenvolvimento de carbonatos nas margens do \"lago-mar\"; esses carbonatos comumente eram retrabalhados e transportados para áreas mais centrais da bacia, por fluxos induzidos por tempestades. A ampla distribuição geográfica de Pinzonella neotropica permite concluir que novas subidas do nível de base causaram inundações em grandes áreas (por exemplo, até o extremo nordeste do Estado de São Paulo e o Paraguai). O último ciclo transgressivo-regressivo reconhecido para a Formação Teresina deve ter sido controlado por acentuado aumento da pluviosidade. Nessa fase houve extinção dos bivalves da Zona P.neotropica, provavelmente causada por diminuição da salinidade. O Membro Serrinha registra ambiente deposicional lacustre raso, com grande aporte de areia através das desembocaduras dos rios e frequente retrabalhamento dos depósitos por ondas de tempestade. A reexpansão dos limites deposicionais da bacia, a dulcificação da água, a escassez dos carbonatos, as modificações da fauna e o melhor desenvolvimento da flora atestam condições climáticas mais úmidas. Não obstante a maior pluviosidade, devem ter ocorrido alguns grandes ressecamentos da bacia, manifestando-se principalmente pelas novas substituições das malacofaunas e pelo aparecimento de fácies eólicas e fluviais. O Membro Morro Pelado é caracterizado pelas evidências do crescente aumento da aridez. São comuns sucessões litológicas cíclicas (10-30 m de espessura) que devem representar a rápida progradação de barras de desembocadura após ligeiras subidas do nível de base (relacionadas a recorrências de clima um pouco mais úmido); no topo das sucessões cíclicas, são encontrados depósitos fluviais e/ou eólicos e superfícies de erosão. Algumas discordâncias intraformacionais, especialmente na região de Cândido de Abreu, indicam quedas do nível de base mais acentuadas, possivelmente relacionadas a alguma instabilidade tectônica. A Formação Pirambóia deve representar o apogeu da aridização, podendo ter iniciado a sua deposição no norte da bacia, enquanto ainda se acumulava a Formação Rio do Rasto nas porções mais centrais. Ponderando vários dados paleontológicos e informações de caráter global do Gondwana, a Formação Teresina provavelmente é kazaniana e a Formação Rio do Rasto, na área de afloramentos, é tatariana. / This thesis deals with litho-, crono- and bioestratigraphiy of the Passa Dois Group, particularly of the Teresina and Rio do Rasto Formations (Serrinha and Morro Pelado Members) in order to interpret the environmental/sedimentary history of the Paraná Basin during the Neopermian. The results are supported by paleontological and lithofaciological data, including the description of 32 lithofacies, collected along 16 roads in the states of Paraná and Santa Catarina, as well as by analyses of drill-cores and geophysical logs of boreholes situated in the eastern part of the basin. The spacial distribution of 13 species of bivalves of the Teresina Formation (46 assemblages; 8 taphofacies) and 17 species of the Rio do Rasto Formation (125 assemblages; 7 taphofacies) supports the redefinition of the Pinzonella neotropica, Leinzia simillis and Palaeomutela? zones, and of the Nothoterraia acarinata-Relogiicola delicata Subzone. ln the studied area, there are also representatives of the Barbosaia angulata-Anhembia froesi and Pinzonella illusa zones, originally established for deposits of the Serra Alta and Corumbataí Formations in the State of São Paulo, yet its sparse occurrence does not allow formal amplification of the geographic area of these zones. Plant megafossils are registered in 14 outcrops of the Teresina Formation and in 133 outcrops of the Rio do Rasto Formation (for a total of 8 taphofacies). The Lycopodiopsis derbyi, Sphenophyllum paranaense and Schizoneura gondwanensis zones are here revised. Between the first two zones there exists a poorly represented, informal floristic \"interval\", which must reflect environmental changes that occurred in the transition between the Teresina and Rio do Rasto formations. Sphenophyllum is certainly a Permian genus. The S. paranaense zone is the most diversified (abundant glossopterids, ferns, sphenopsids, among others). The S. gondwanensis zone already shows a relative decline in díversity, probably because of drier climatic conditions, with survival of practically only the sphenopsids and other plants that occupied the margins of aqueous environments. ln general, the studied taphofloras are poorer than other coeval Gondwana examples, suggesting drier conditions for the Paraná Basin region. Thirteen species of conchostracans are known in the Rio do Rasto Formation, and through new investigations, the number of occurrences has increased to 136 (192 assemblages; 9 taphofacies). The conchostracans comprise evidence of low salinity of water and support the interpretation of relatively dry climatic conditions. The Cyzicus sp., Monoleaia unicostata, Paranaleaia supine zones (including the Palaeolimnadiopsis subalata Subzone) and a \"final interval\" are redefined. Representatives of the Leaiidae Family, found until almost the top of the formation, constitute strong evidence for a Permian age. The deposits of the Serra Alta, Teresina and Rio do Rasto Formations were correlated and subdivided into 11 chronostratigraphic intervals. After deposition of the lrati Formation (basal unit of the Passa Dois Group), great transgressionsregressions started again in the Paraná Basin, possibly controlled by global tectonics and by variations in rainfall. The deposits document predominantly the regressive phases. Close to the paleo-margin of the basin (Santo Antônio da Platina region), the sedimentary record is more incomplete and there is a greater abundance of calcite bearing rocks. Even so, the epicontinental, very shallow character of the basin resulted in the preservation of very similar facies from the margin to the center, masking the great unconformities which probably exist throughout the succession. The Serra Alta Formation represents the first great transgressive-regressive cycle. The lower part of the Teresina Formation, equivalent to the P.illusa Zone of the Corumbataí Formation in the State of São Paulo, corresponds to the end of this regression. During this time, there may have been some aquatic communication with the Karoo Basin, but not with a true marine environment. The rare fossils of \"marine\" affinities must be descendants of much older eurytopic marine organisms, such as some invertebrates today in the Casplan Sea. There probably were phases of great aridity during the deposition of the Teresina Formation leading to the deposition of carbonates at the margins of the \"sea-lake\"; these carbonates commonly were reworked and transported to more central areas of the basin by storm-induced currents. The broad geographical distribution of Pinzonella neotropica indicates that new rises in water level caused inundation of great areas of the margin of the basin (for example, as far as the extreme northeast of the São Paulo State and Paraguay). The last transgressive-regressive cycle recognized for the Teresina Formation must have been controlled by a marked increase in rainfall. The extinction of bivalves of the P.neotropica zone, was probably caused by decreasing salinities. The Serrinha Member records a shallow lake environment, with a great input of river-mouth sand and frequent reworking of the deposits by storm waves. The new expansion of the sedimentary limits of the basin, the decreasing salinity of the water, the lack of carbonates, the modifications of the fauna and the greater diversity of the flora attest to more humid climatic conditions during deposition of this formation. ln spite of the greater rainfall, drops in great lake level must have occurred, as indicated mainly by new changes in the bivalve faunas and by the first occurrences of eolian and fluvial facies. The Morro Pelado Member is characterized by evidences of progressive desertification. Cyclic upward-thickening and -coarsening successions are common (10-3O m thick) which must represent progradation of mouth bars after small rises in water level (related to short intervals of slightly more humid climate); at the top of the cyclic successions, are observed fluvial and/or eolian deposits and erosion surfaces. Some intraformational unconformities in the upper portions of the formation, especially in the Cândido de Abreu region, indicate major lowering of the relative base level, possibly caused by tectonic instability. The Piramboia Formation must represent the climax of aridization, and its deposition may have begun in the northern part of the basin while the Rio do Rasto Formation was still accumulating in the more central portions. Much of the paleontological data collected, together with other information concerning Gondwana, suggest that the Teresina Formation is probably of Kazanian age, and the Rio do Rasto Formation, where exposed, is of Tatarian age.
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Caracterização dos processos geológico-evolutivos precambrianos na região de São Fidelis, norte do estado do Rio de Janeiro / Not available.

Batista, Job Jesus 07 December 1984 (has links)
Após vários anos de levantamento geológico básico na região norte do estado do Rio de Janeiro, propôs-se o desenvolvimento de pesquisa mais detalhada, de cunho científico mais profundo, tendo em vista a variedade de interrogações que se levantavam dentro do panorama geológico-evolutivo, configurado como de extrema complexidade. Além dos trabalhos iniciais de mapeamento sistemático, na escala de 1: 50.000, foram implementados trabalhos adicionais de campo em áreas selecionadas, petrografia de detalhe, estudos geocronológicos e abordagens geoquímicas. As feições tectônicas, estruturais e texturais, bem como as evidências petrológicas e os padrões geocronológicos e geoquímicos apresentados pelas rochas estudadas, permitem a caracterização dessa faixa como de típico cinturão móvel (\"móbile belt\") ensiálico. O relacionamento complexo entre os vários tipo litológicos é condicionado pelo caráter policíclico da faixa estudada, onde ocorreram diversos processos (plutonismo, migmatização, metamorfismo, deformação, anatexis ou palingênese, etc.) em diferentes fases precambrianas, muito provavelmente sendo atribuída ao Arqueano a fase primordial gerado de rochas. Acredita-se que boa parte da crosta continental dessa região já formada desde o Arqueano, sendo de constituição siálica, havendo retrabalhamento por deformação cisalhante no ciclo Transamazônico e por anatexis/palingênese no Brasiliano. Relacionado ao Arqueano ter-se-ia o embasamento plutônico (Agrupamento I do Complexo Juiz de Fora), de afinidade tonalítica (enderbitos e gnaisses porfiroblásticos), representando crescimento crustal através de processos plutônicos, com \"trend\" de diferenciação predominantemente de natureza calco-alcalina. Algumas indicações toleíticas poderiam significar um certo caráter bimodal. A esse embasamento sobrepor-se-ia pilha supracrustal (Agrupamento III - Complexo Paraíba), cujos produtos originais, depositados em tempos ) pré-Transamazônicos, seriam pelitos, psamo-pelitos, psamitos, margas, calcários, dolomitos, além da contribuição vulcânica. Durante o Ciclo Transamazônico (Proterozóico Inferior) todo o conjunto Arqueano (embasamento + supracrustais) seria intensamente afetado por movimentos cisalhantes, promovendo forte-blastomilonitização e catáclase, com aparecimento da primeira fase de migmatização, de caráter sin-tectônico, onde duas entidades apresentam expressão cartografável (unidades São José de Ubá e Monte Verde - Agrupamento II do Complexo Juiz de fora). No Ciclo Brasiliano (Proterozóico Superior) ocorre genralizada anatexis formando importantes massas granitóides e migmatitos a partir de produtos rochosos, com vivência crustal anterior, caracterizando as entidades do Complexo Serra dos Órgãos. Também, neste ciclo, ocorreram falhamentos transcorrentes em faixas reativadas. Não negligenciável é a possibilidade de atuação de evento intermediário entre os ciclos Transamazônico e Brasiliano (Ciclo Uruaçuano), relacionado ao Proterozóico Médio (mais ou menos 1.000 Ma.). Suportando esta hipótese existem algumas insinuações em resultados geocronológicos publicados. No Meso-cenozóico atuaram processos tradicionais, responsáveis pela quebra, fragmentação e separação do Gondwana, aos quais se ligariam magmatismo básico (diques de diabásio), magmatismo alcalino e formação de bacias costeiras. A evolução cinemática do cinturão é largamente dominada por movimentos verticais, porém análise de zonas de cisalhamento indicam movimentos transcorrentes. Pelas descrições dos processos atuantes no Arqueano, Proterozóico Inferior, Proterozóico Superior e Fanerozóico chega-se a umapostura não-uniformitarista em relação aos regimes tectônicos que afetaram esta porção da Província Mantiqueira, no norte fluminense, atribuindo-lhes rápido crescimento no Arqueano por fenômenos plutônicos; cisalhamento intenso no Proterozóico ) Inferior; predominância de eventos termais e reativações deformacionais no Proterozóico Superior e processos tracionais no Fanerozóico. Desta maneira estabeleceram-se grandes descontinuidades entre cada um das eras geológicas. / This work deals a study of geological processes in the evolution of a part of the North Fluminense region, which belongs to a polycyclic mobile belt. Besides the systematic 1:50.000 scale geological mapping, additional field work was carried out followed by detailed petrography, geochronological studies and geochemistry. In accord with the description of the processes that occurred in the Archean, Lower and Upper Proterozoic and Phanerozoic, a non-uniformitarian view is adopted for the tectonic regimes that affected this part of the Mantiqueira Province. The overall picture can be envisaged as one of rapid growth by plutonic phenomena ascribed to the Archean, intense shearing during Lower Proterozoic, predominance of thermal events and reactivated deformation in the Upper Proterozoic, and tractional processes in the Phanerozoic. In this way, distinct and significant discontinuities can be established between each geological era.
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Sedimentação holocênica no estuário do rio Araguari, AP

COSTA, Lúcia Travassos da Rosa January 1996 (has links)
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Propostas de origem, evolução e contexto da Bacia da Formação Camarinha - transição Neoproterozóico - Eocambriano do estado do Paraná / not available

Renata de Paula Xavier Moro 20 July 2000 (has links)
A bacia da Formação Camarinha, no centro-leste do Estado do Paraná, representa uma unidade da transição Neoproterozóico-Eocambriano na região. Assenta-se discordantemente sobre os metassedimentos proterozóicos do Cinturão Ribeira, constituídos pelas formações Água Clara, Votuverava e Capiru e próximos ao Complexo Atuba, Núcleo Betara e Complexo Granítico Três Córregos, e é recoberta também discordantemente, a oeste, pelos sedimentos basais devonianos da Bacia do Paraná. A Formação Camarinha consiste em conglomerados, brechas, arenitos, siltitos, lamitos e ritmitos imaturos, medianamente a mal selecionados, distribuídos em quatro unidades intercaladas e com contatos transicionais entre si, das quais duas apresentam natureza mais conglomerática, e duas natureza mais síltico-arenosa. Estas unidades foram depositadas por processos como fluxos gravitacionais subaéreos a subaquosos, correntes de turbidez, sheet-floods e processos atuantes em frentes deltaicas, comuns em leques progradantes e retrogradantes de ambientes costeiros (fandeltas). As áreas-fontes dos sedimentos são representadas pelas formações Água Clara, Votuverava e Capiru e pelos complexos Atuba e Três Córregos. Posteriormente, a bacia foi deformada pela atuação da Zona de Cisalhamento Transcorrente da Lancinha, com deslocamento lateral direito que gerou diversas estruturas rúpteis a rúpteis-dúcteis previstas no Modelo de Riedel. Reativações deste sistema proporcionaram intensa alteração hidrotermal, refletida em isócronas Rb-Sr obtidas. A Formação Camarinha encontra-se atualmente preservada em duas faixas dobradas na forma de sinclinais relacionados à Falha da Lancinha, constituindo remanescentes da bacia original. Os limites originais da bacia não se encontram preservados, tendo a mesma sido formada em ambiente tardi a pós-orogênico com relação ao Ciclo Brasiliano, bem como outras bacias similares do sul e sudeste do Brasil. / Camarinha Formation (central-eastern part of the State of Paraná, southern Brazil) is a transitional unit between Neoproterozoic and Cambrian in that region. It lies unconformably on proterozoic sediments of the Ribeira Belt (Água Clara, Votuverava and Capiru formations), near the Atuba, Betara and Três Córregos complexes. On its western part, it is also unconformably covered by the devonian basal sediments of the Paraná Basin. Camarinha Formation consits of medium-to-poorly sorted, immature rocks, such as conglomerates, breccias, sandstones, siltstones, mudstones and rythmites, grouped into four altenating units with transitional contacts. Two of these units have a conglomeratic nature, and two have a sandy and muddy nature. These units were deposited by processes such as subaerial to subaqueous gravity-flows, turbidity currents, sheet-floods and other processes that occur in delta fronts. These processes are common in prograding and retrograding fans at coastal environments (fandeltas). The sediments source areas are represented by the Água Clara, Votuverava and Capiru formations, and Atuba and Três Córregos complexes. The basin was later deformed by the Lancinha shear Zone, whose right-lateral movement generated several ruptile to ruptile-ductile structures of the Riedel Model. Later reactivations of the shear zone caused intense hydrothermal alteration, whose age was measured with Rb-Sr data. Camarinha Formation is now preserved as remains of the original basin, in two folded zones forming synclinals related to the Lancinha Shear Zone. The basin original borders are not preserved. The basin was formed in a late-to-post orogenic environment related to the Brasiliano Cycle, just like other similar basins in southern and southeastern Brazil.
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Palinobioestratigrafia do Subgrupo Itararé, Carbonífero/Permiano, na Porção Nordeste da Bacia do Paraná (SP/PR, Brasil) / Not available.

Paulo Alves de Souza 19 December 2000 (has links)
O conhecimento palinológico da porção nordeste da Bacia do Paraná tem sido significativamente aprimorado nas duas últimas décadas, a partir do registro de palinomorfos inéditos e pela consideração dos esporos como elementos de valor bioestratigráfico. Dessa forma, foi possível a indicação de idades carboníferas para algumas localidades do Subgrupo Itararé, contrariando os posicionamentos geocronológicos vigentes e demonstrando a necessidade de profunda revisão e melhor compartimentação palinobioestratigráfica da unidade. A seqüência sedimentar considerada neste estudo é referente ao Subgrupo Itararé na porção nordeste da bacia nos estados de São Paulo e Paraná, com base em amostras de afloramentos e testemunhos de sondagem de 28 poços. Das 139 espécies de palinomorfos verificadas, 95 são descritas e ilustradas. O conteúdo palinológico é constituído por 51 espécies de esporos, 41 de grão de pólen, duas de algas e uma de Acritarcha. Oito espécies são noticiadas pela primeira vez na Bacia do Paraná. Além disso, são verificadas 13 espécies de palinomorfos retrabalhados do Devoniano e Carbonífero Inferior. Com base na distribuição estratigráfica dos esporomorfos, é proposto um esquema bioestratigráfico formal para a seção estudada, constituído de duas zonas-de-intervalo, delimitadas pelo aparecimento e desaparecimento de táxons selecionados: Zona Biointervalo Ahrensisporites cristatus e Zona Biointervalo Potonieisporites neglectus, relativas às porções inferior e média do Subgrupo Itararé, respectivamente. Ambas apresentam caracterísitcas quantitativas semelhantes, com o domínio de esporos e grãos de pólen monossacados. Grãos de pólen bissacadose teniados, quando presentes, ocorrem em baixas freqüências percentuais. Onze espécies são restritas na primeira, enquanto que na segunda, somente uma é restrita. Na Bacia do Paraná, as zonas propostas correspondem, em parte, a alguns intervalos palinológicos informais ) (Pré-G, G, \'H IND. 1\', \'H IND. 2\'). No âmbito gondwânico, as melhores correlações são entre as unidades da América do Sul, especialmente algumas zonas carboníferas das bacias de Tarija, Chacoparaná e do Grupo Paganzo, com características gerais similares e espécies em comum. As espécies de valor bioestratigráfico, as correlações realizadas e a análise do comportamento geral das associações sugerem o posicionamento das biozonas propostas no Carbonífero Tardio, relativo ao Westphaliano (Zona Biointervalo Ahrensisporites cristatus) e ao Westphaliano/Stephaniano (Zona Biointervalo Potonieisporites neglectus). A Subzona Protohaploxypinus goraiensis, definida na base do Grupo Tubarão na porção meridionalda Bacia do Paraná e com posicionamento no Permiano Inicial (Asseliano/Sakmariano), foi identificada na porção superior do Subgrupo Itararé. As associações desta Subzona são marcadas pela expressiva participação, em abundância e diversidade, de grãos de pólen teniados e poliplicados, sendo correlatas à Zona Cristatisporites inferior (Bacia Chacoparaná), na América do Sul, e Zona Pseudoreticulatispora confluens, na Austrália. Adicionalmente é proposta a renomeação da Zona Cannanoropollis korbaensis para Zona Vittatina e da Subzona Caheniasaccites ovatus para Subzona Caheniasaccites flavatus, mantendo-se suas definições originais. As implicações dos resultados palinológicos com alguns aspectos referentes à reconstrução ambiental, à evolução geológica do Subgrupo Itararé e às relações com as demais unidades litoestratigráficas da bacia são discutidas. / The Palynological knowledge of the Northeastern Paraná Basin has been meaningfully improved during the past two decades, specially from the record of unpublished palynomorphs and the introduction of spores as biostraligraphic guides. In this context, Carboniferous ages have been proposed to some localities concerning the ltararé Subgroup. This approach modifies the traditional concepts and demonslrates the need of deeper palynological revision and palynobiostratigraphical analysis to this unit in this portion. The sedimentary sequence studied is related to the ltararé Subgroup in the Northeastern Paraná Basin, based on samples from outcrops and cores from twenty-eight boreholes, in the States of São Paulo and Paraná. From the one hundred and thirty-nine species of palynomorphs recorded, ninety-five selected ones are described and illustrated. The palynological content is made up of fifty-one species of spores, forty-one of pollen grains, two of Algae and one of Acritarcha. Eight species are recorded for the first lime in the Paraná Basin. Besides, thirteen species from Devonian and Lower Carboniferous Strata are also recorded Based on the vertical and lateral distribution of the sporomorphs, two interval biozones are formally proposed: the Ahrensisporites cristatus lnterval Zone and the Potonieisporites neglectus lnterval Zone, concerning the lower and medium portions of ltararé Subgroup, respectively. Both zones show similar quantitative characteristics, with spores and monosaccate pollen grains dominance. When present, disaccate and taeniate pollen grains occur in low percentual rates. Eleven species are restricted to the first brozone, while only one is restricted to the second biozone. ln the Paraná Basin, the biozones correspond partially to some informal palynological intervals (Pre-G, G, H1, and H2). ln the Gondwanic context, the best correlations are between palynozones of South America, specially to the Late Carboniferous ones of the Tarija and Chacoparaná basins and the Paganzo Group, which exhibit similar characteristics and common species. The biostratigraphical important species, the correlation, and the analysis of the general characteristics of the associations suggest their positioning in the Late Carboniferous, probably related to the Westphalian (Ahrensisporites cristatus Interval Zone) and to the Westphalian/Stephanian (Potonieisporites neglectus lnterval Zone) in age. The Subzone Protohaploxypinus goraiensis, defined in the basal portion of the Tubarão Group in the Southern Paraná Basin, is identified in the upper portion of the ltararé Subgroup in the Northeastern Paraná Basin. The palynological associations of this subzone are characterised by an expressive abundance and diversity of taeniate and poliplicate pollen grains, being correlated to the lower Cristatisporites Zone (Chacoparaná Basin, in South America), and to the Pseudoreticulatispora confluens Zone (Australia). This subzone is related to the Early Permian (Asselian/Sakmarian). Besides, the renaming of the Cannanoropollis korbaensis lnterval Zone to Vittatina and, the Caheniasaccites ovatus Subzone to Caheniasaccites flavatus is proposed, keeping their original concepts. The palynological results and their implications with some aspects related to the environmental reconstrutions, the geological evolution of the ltararé Subgroup and its relations with the other lithostratigraphic units are also discussed.
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Neotectônica e sedimentação quaternária na região de Volta Grande do rio Xingu, Altamira, PA / Not available.

Sérgio Kleinfelder Rodriguez 30 June 1993 (has links)
A área de estudos situa-se na porção central do Estado do Pará, no município de Altamira, perfazendo 6300 km2. Nesta região estão localizados os mais importantes sítios projetados para a implantação de usinas hidrelétricas do rio Xingu. A partir de informações referentes aos estudos geológico-geotécnicos para a elaboração do projeto denominado \"Complexo Hidrelétrico de Altamira\", somadas aos dados de campo obtidos pelo autor entre 1986 e 1989, além da análise morfoestrutural em produtos de sensoriamento remoto e em cartas topográficas, foi possível a identificação de evidências de movimentações neotectônicas na área de estudos. Os poucos trabalhos publicados sobre os depósitos quaternários continentais, em especial na Amazônia, fez com que durante a elaboração deste estudo, fosse sentida a necessidade de desenvolver uma metodologia apropriada para a caracterização das evidências neotectônicas estudadas em um contexto regional. Desta forma, destaca-se a análise dos gradientes hidráulicos das drenagens de 2ª ordem como um produto que possibilitou a identificação, juntamente com a análise dos lineamentos morfoestruturais, de quatro sistemas de lineamentos principais, denominados de Paratizinho, Santo Antônio, Paxamba e Cachoeira Grande. Estes sistemas de lineamentos, ao interseccionarem o rio Xingu, marcam diferenças na morfologia das ocorrências dos depósitos quaternários. É proposto um modelo evolutivo para o rio Xingu através de condições neotectônicas, interpretando-se, assim, a causa do desvio do curso do rio na forma de um grande arco voltado para sudeste, entre as cidades de Altamira e Belo Monte. Os dados disponíveis permitem considerar a área em ascensão durante o Cenozoico. Os lineamentos com direções N80W e N40/30W, característicos no curso do rio Xingu, sugerem a existência de compressão segundo NW e extensão segundo NE. Desta forma, as estruturas NW observadas em áreas com variação lateral brusca de espessura de sedimentos quaternários, estariam representando reativações neotectônicas destas descontinuidades em sistemas de falhas normais. Estes esforços neotectônicos poderiam estar representando uma resultante das tensões intraplaca relativas à migração das placas de Nazca, Cocos e Caribe sob a Placa Sul Americana e a expansão na Cadeia Meso-Oceânica, ou ainda poderiam estar relacionados a uma condição de isostasia do Cráton Amazônico devido ao acúmulo da carga sedimentar cenozoica na foz do rio Amazonas e nas bacias do Acre e Solimões, e erosão na região compreendida pelos altos estruturais de Purus e Gurupá. Como resultado de aplicação, as características neotectônicas apontadas podem ser utilizadas no detalhamento das obras de engenharia ou na prospecção de materiais naturais de construção. / On the basis of geological and geotechnical studies carried out as a part of the \"Altamira Hydroelectric Complex\" Project along the Xingu river (southeastern Amazon region, Brazil), geological data gathered by the author from 1986 to 1989 and morphostructural analysis of remote sensing products and topographic maps, it was possible to identify evidence of neotectonic movements in the area known as the \"Volta Grande\" of the Xingu river. Because few papers have been published on Brazilian Quaternary continental deposits, especially on those of the Amazon region, it was necessary to develop a suitable method to characterize neotectonic evidence within the regional context of the study area. The principal results were derived from the integrated analysis of data on the hydraulic gradients of second order drainage together with data from lineament analysis. The main lineament systems are the Paratizinho, Santo Antônio, Paxamba and Cachoeira Grande Systems, which are interpreted as tectonic boundaries between blocks with neotectonic activity, especially well marked along the course of the Xingu River. A model is proposed for the evolution of the Xingu River which shows the importance of neotectonic movements on the change in the direction of the river flow, resulting in the large arc in the river, the \"Volta Grande\", between the cities of Altamira and Belo Monte. The available data suggest that the study area has been in gradual uplift during the Late Cenozoic. The lineaments with directions N80W and N30-40W, typical of the area restricted to the Xingu river course, suggest a NW direction of compression and Ne direction of extension. The NW-trending structures observed in areas with abrupt lateral variations of thickness of the Quaternary sediments are indicative of reactivation of these discontinuities as normal faults. The neotectonic stress field of the study area can be explained by the interplay between migration of the Nazca, Cocos, Caribe and South American plates and sea-floor spreading along the Mid-Atlantic Ridge, and/or, alternatively, to the isostatic response to the Amazon River and in the Acre and Solimões basins, with consequent erosion in the area located between the Purus and Gurupá arches.
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Estratigrafia de seqüências na Formação Tombador, Grupo Chapada Diamantina, Bahia / Not available.

Marilia Rodrigues de Castro 24 March 2003 (has links)
A região da Chapada Diamantina é formada por rochas sedimentares do Meso a Neoproterozóico muito bem expostas e preservadas. Nela ocorrem os grupos Rio dos Remédios, Paraguaçu e Chapada Diamantina, inseridos no Supergrupo Espinhaço em sua parte baiana. Este trabalho tem como enfoque o estudo da Formação Tombador, a qual constitui o intervalo basal do Grupo Chapada Diamantina. A Formação Tombador apresenta contato erosivo com a Formação Guiné sotoposta, e contato gradacional com a Formação Caboclo sobrejacente. O principal objetivo dessa tese foi o estudo e compreensão da história evolutiva da Formação Tombador na região de Lençóis, por meio de análise faciológica seqüencial de seções colunares de superfície, e de cronocorrelação dessas seções, utilizando-se da Estratigrafia de Seqüências. Foram descritas 20 fácies sedimentares agrupadas em 16 associações faciológicas relacionadas aos seguintes sistemas deposicionais: leque aluvial, leque subaquoso, fan delta estuarino, fluvial torrencial, fluvial, fluvial costeiro, eólico, litorâneo, deltaico tipo Gilbert, frente deltaica, planície deltaica/marinho, marinho/frente deltaica, estuarino/marinho, estuarino distal/marinho, marinho (barra de marés) e marinho shoreface. O intervalo inferior da Formação Tombador pode ser subdividido em cinco seqüências deposicionais. Cada seqüência é formada por sistemas fluviais, relacionados ao nível de base baixo, e por sistemas estuarinos (canais) a marinhos (trato de sistemas transgressivo). Em outras seqüências, o trato de nível baixo pode ser representado por sistemas flúvio-estuarinos ou fluviais com marinhos subordinados. O trato de sistemas transgressivo é formado de sistemas estuário distal e marinho, ou eólico e litorâneo. Parte dessas seqüências está presente no perfil do Pai Inácio, onde também foram reconhecidas seqüências de alta freqüência (4a ordem), e uma grande espessura de depósitos marinhos (barra de marés). O intervalo superior consiste de quatro tectonosseqüências deposicionais. Cada uma é formada basicamente por um trato de sistemas de nível de base baixo a transgressivo; com a sucessão de sistemas de leque aluvial, fluvial e eólico. Os sistemas fluviais fluíam preferencialmente para oeste, enquanto os ventos apresentavam forte tendência para norte/nordeste. O último ciclo do intervalo superior, ou seja, a última tectosseqüência da Formação Tombador foi investigada em detalhe com o levantamento de quatro perfis. O ciclo inicia-se com uma sucessão transgressiva; sistema de leque aluvial sobreposto por sistemas fluvial e deltaico-marinho. Para o sul (Rio Capivara), estes últimos sistemas gradam respectivamente a sistemas de leque subaquoso e marinho de tempestades. Sucede a fase regressiva com sistemas deltaicos e fluviais e localmente litorâneos-eólicos e fluviais (Rio Mucugezinho, ao norte). O ciclo finaliza com nova fase transgressiva, com sistemas flúvio-estuarinos e costeiros evoluindo para o sistema marinho Caboclo. / The region of Chapada Diamantina in central Bahia is composed of well exposed and preserved sedimentar rocks from Middle to Late Proterozoic. There occurs the Espinhaço Supergroup formed by the Rio dos Remédios, Paraguaçu and Chapada Diamantina groups. This research has focused on the study of Tombador Formation, which constitutes the basal interval of Chapada Diamantina Group. That unit has more than 500m in thickness, with deltaic substrate of Guiné Formation, and gradational contact with the overlying Caboclo Formation. The main objective of this thesis was to study and understand the evolutive history of Tombador Formation in the Lençóis region, through sequential facies analysis of surface sections, and chronocorrelation of these sections using the Sequence Stratigraphy. Twenty lithofacies were described and grouped into sixteen facies associations, related to the following depositional systems: alluvial fan, subaqueous fa, fan delta estuarine, torrential fluvial, fluvial, coastal fluvial, Aeolian, foreshore, Gilbert-type delta, delta front, delta plain/marine, marine/delta front, estuarine/marine, distal estuarine/marine, marine (tidal bars) and marine shoreface. The lower interval can be divided into five depositional sequences. Each sequence is formed by fluvial systems related to the low base-level, and by estuarine (channels) to marine systems, transgressive system tract. In other sequences the low base-level is composed of fluvio-estuarine or fluvial and marine systems subordinated. The transgressive system tract is formed by distal estuarine and marine, or Aeolian and coastal systems. Part of these sequences is present in the Pai Inácio section, where sequences of high frequency (fouth order), and thick marine deposits (tidal bars) were recognized. The upper interval is composed of four tectono sequences. Each one is formed basically of a low base-level system tract to transgressive system tract, with a succession of alluvial fa, fluvial and aeolian. The fluvial systems flowed to the west, while the wind direction was to north/northeast. The last cycle of upper interval represents the last tectono sequence of Tombador Formation. It begins with a transgressive succession of alluvial fan, fluvial and delta front to the south (Capivara river section), the latter systems change to subaqueous fan and marine shoreface (tempestite). It follows a regressive succession of deltaic and fluvial, or locally foreshore and Aeolian systems overlain by fluvial (Mucugezinho river, to the North). The cycle ends up with a new transgressive succession of fluvial-estuarine and coastal systems which gradually merges into the marine Caboclo Formation.

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