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Evolução Tectono-Sedimentar da Formação Santa Bárbara na Sub-Bacia Camaquã Ocidental, RS

Renato Paes de Almeida 09 March 2001 (has links)
Na região centro-sul do Rio Grande do Sul, sobre rochas metamórficas e ígneas do Escudo Gaúcho, ocorrem coberturas não metamorfizadas de idade neoproterozóica a cambriana, agrupadas sob a denominação de Grupo Camaquã. De acordo com a proposta de Fragoso Cesar et al. (\'2000 POT. b\'), esse grupo é composto por três formações: Maricá (siliciclástica basal), Crespos (vulcânicas andesíticas e riolíticas, piroclásticas e rochas sedimentares associadas), e Santa Bárbara (siliciclástica superior). A Formação Santa Bárbara é caracterizada por uma espessa sucessão (mais de 4000 metros) de conglomerados e arenitos, com siltitos subordinados, de ambientes aluviais e marinhos costeiros. Essa unidade aflora em três sub-bacias contíguas limitadas por falhas de direção NNE, denominadas Camaquã Ocidental, Central e Oriental, compreendendo diversas ocorrências isoladas por coberturas mais recentes (formações Pedra Pintada e Guaritas da Bacia do Paraná) em uma faixa de aproximadamente 70 km de largura por 150 km de extensão. Na sub-bacia Camaquã Ocidental, a Formação Santa Bárbara aflora continuamente em uma área de mais de 500 km² na região dos Arroios do Seival, Lanceiros e Santa Bárbara que constitui a área-tipo da formação. Essa exposição foi estudada através da aplicação de diversas técnicas da geologia sedimentar visando a caracterização dos ambientes deposicionais, da evolução paleogeográfica e da estratigrafia de seqüências. A Formação Santa Bárbara na sub-bacia Camaquã Ocidental é composta por cinco unidades litoestratigráficas, incluindo conglomerados, arenitos e ritmitos arenosos e sílticos. A petrografia sedimentar revela o caráter imaturo desses sedimentos, com o predomínio de litoarenitos feldspáticos nas unidades de arenitos e na matriz dos conglomerados. Três seqüências deposicionais sensu Vail et al. (1977) foram identificadas com base no reconhecimento das principais superfícies erosivas que limitam pacotes com afinidade genética e no reconhecimento dos tratos de sistemas deposicionais. Os padrões de empilhamento e as variações de espessura dos tratos de sistemas sugerem um aumento gradual das taxas de subsidência da primeira para a segunda seqüência. A terceira seqüência apresenta evidências de um controle tectônico na arquitetura deposicional, condicionada pelo soerguimento de um alto interno à bacia. Os ambientes deposicionais da formação podem ser agrupados em dois grandes conjuntos: ambientes aluviais com abundantes fácies de rios entrelaçados rasos e amplos e de leques aluviais com predomínio de processos de enchentes em lençol; e ambientes marinhos rasos e transicionais, com fácies estuarinas com ação de marés, além de fácies lagunares e costeiras com ação de ondas. As análises de paleocorrentes indicam dois padrões de transporte sedimentar aluvial: um transversal à estruturação da bacia, associado aos leques aluviais; e outro paralelo ao eixo da bacia, com transporte axial para norte em planícies de rios entrelaçados. As paleocorrentes das fácies marinhas costeiras indicam bimodalidade de correntes de maré, com predomínio das correntes de vazante para norte e com correntes de enchente subordinadas para sul, além da presença, no trato transgressivo da terceira seqüência, de correntes de deriva litorânea para sudoeste, associadas à ação de ondas. A integração das análises de proveniência de clastos com as interpretações dos ambientes deposicionais e as análises de paleocorrentes levaram a duas conclusões. Primeiramente observou-se que há grande correlação entre os litoclastos presentes na bacia e os litotipos do embasamento hoje adjacente, indicando ausência de grandes movimentações transcorrentes nas falhas de borda. Além disso, identificou-se que a contribuição detrítica do alto de Caçapava do Sul, constituída de filitos, metabasitos e diversas fácies do Granito de Caçapava do Sul, passa a ocorrer apenas na terceira seqüência deposicional, fato interpretado como indício de que o isolamento entre as bacias Camaquã Ocidental e Camaquã Central ocorreu apenas em um período tardio de evolução da Formação Santa Bárbara. A integração de todas as informações obtidas sugere que a Formação Santa Bárbara depositou-se em uma bacia extensional tipo rift, com falhas limitantes de rejeito normal ou oblíquo, porém sem grandes rejeitos direcionais, com preenchimento sedimentar controlado principalmente pela subsidência tectônica, aporte clástico e padrões de transporte sedimentar, que modificam as respostas à variações eustáticas. / The Camaquã Group crops out in the central region of the state of Rio Grande do Sul, laying above the igneous and metamorphic rocks of the Gaúcho Shield. This group is composed of thick sedimentary successions of neoproterozoic to cambrian age, divided into three formations: Maricá (lower siliciclastic), Crespos (volcanic and volcano-sedimentary) and Santa Bárbara (upper siliciclastic). The Santa Bárbara formation is characterised by a thick (over 4000 meters) succession of conglomerates and sandstones, with minor siltstones, of alluvial and coastal marine environments. It crops out in three contiguous sub-basins limited by NNE trending faults, named Camaquã Ocidental (Western Camaquã), Camaquã Cental (Central Camaquã) e Camaquã Oriental (Eastern Camaquã), including various occurrences isolated by younger sedimentary deposits (Pedra Pintada and Guaritas formations of the Paraná Basin) in a belt 70 km wide and 150 km long. The Camaquã Ocidental sub-basin has a continuous exposition of the Santa Bárbara formation of more than 500 km². The eastern part of this sub-basin, namely the region of Seival, Lanceiros and Santa Bárbara rivers, is the type-area of the formation. The present study has focused on this area and was based on the application of a series of techniques of sedimentary geology to characterise the depositional environments, paleogeographic evolution and sequence stratigraphy of the unit. The Santa Bárbara formation in the Camaquã Ocidental sub-basin is composed of five lithostratigraphic units, including conglomerates, sandstones and sandstone/siltstone rhythmites. Sedimentary petrography analysis have revealed the immature nature of the sandstones and the sandy matrix of the conglomerates, characterised as feldspathic lithoarenites. A sequence stratigraphy approach has been applied to understand the evolution of the sedimentary infill through the identification of erosional unconformities bounding units with chronostratigraphic significance. Three stratigrahic sequences were recognised. The first two represent eustatic cycles preserved in a context of rising subsidence rates, as deduced from the stacking pattern and the variation of thickness of the systems tracts. The third stratigraphic sequence shows evidences of tectonic control upon the depositional architecture, with both the subsidence end the volume of detritus being strongly influenced by the uplift of the Caçapava do Sul Highland. The depositional environments of the Santa Bárbara formation can be grouped into two categories: alluvial environments, mainly shallow and wide braided rivers and sheetflood-dominated alluvial fans; and shallow marine / coastal environments, with tide-dominated estuarine facies, lagoons and wave-dominated shorelines. Paleocurrent analysis indicate two main patterns of alluvial sedimentary transport: one transversal to the basin axis and related to the alluvial fans, and another parallel to the axis, with axial transport towards north related to braided river distal plains. The paleocurrents of the coastal marine facies indicate bimodality of tidal currents, with the ebb current being the dominant one (towards north) and the flood current the subordinate (towards south). Longshore currents related to a wave-dominated shoreline were identified in the transgressive tract of the third sequence, with currents towards southeast. The comparison between the provenance analysis and the basement lithologies, considering also the depositional environments and paleocurrent data, has lead to two main conclusions: l) There is great correlation between the composition of the lithoclasts of the basin and the basement lithologies that crop out today at their vicinity, suggesting that there were no great transcurrent movements at the border faults. 2) The clastic contribution from the Caçapava do Sul Highland, consisting mainly phylites, metabasics and various facies of the Caçapava do Sul Granite, is present only in the third sequence, indicating that the isolation of the Camaquã Ocidental sub-basin from the Camaquã Central sub-basin occurred only at the last stages of the evolution of the Santa Bárbara formation. All of the data and interpretations obtained suggest that the Santa Bárbara formation has been deposited in an extensional rift basin, with normal (dip-slip) border faults, maybe with some oblique movement but without great strike-slip displacement. The sedimentary architecture seems to be controlled mainly by tectonic subsidence, sedimentation rates and transport patterns, which have modified the response to eustatic fluctuations.
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Ambientes deposicionais e significado geotectônico da sedimentação do grupo Itajai-SC / Not available.

Sérgio Brandolise Citroni 12 May 1993 (has links)
O Grupo Itajaí, unidade estratigráfica situada na bacia de mesmo nome, localizada no Vale do Rio Itajai-Açu (SC), é composto por uma sucessão de sedimentos epiclásticos anquimetamórficos e Vulcanoclásticas de idades Eopalsozóicas. A partir do reconhecimento de paleoambientes deposicionais e de sua sucessão, o presente trabalho identificou uma série de unidades litológicas, expressas na forma de associações de fácies, conforme apresentado abaixo:1 - Associações turbidíticas 1.1 - Turbiditos densos arenosos a conglomeráticos 1.2 - Turbiditos densos gradados1.3 - Turbiditos clássicos de média densidade 1.4 - Turbiditos diluídos 2 - Associações baciais 2.1 - Hemipelagitos 2.2 - Depósitos de escorregamento subaquoso 3 - Associações transicionais 3.1 - Arenitos de planícies costeiras 3.2 - Arenitos deltaicos 3.3 - Arenitos de águas rasas 4 - Associações continentais 4.1 - Leques aluviais rudíticos 4.2 - Fluvial arenoso entrelaçado. Tais Associações de fácies foram posteriormente reagrupadas com base em critérios de campo resultando em uma série de unidades estratigráficas e de mapeamento, compatíveis com sua representação na escala de 1:50.000. Na maioria dos pontos de contato com o embasamento, a unidade basal da Bacia do Itajai é a Formação Gaspar, formada por sedimentos arenosos e areno-argilodos com estratificações cruzadas de variadas escalas. Em sua porção basal é constituída por sedimentos das associações de fácies 3.1 (arenitos de planície costeira) e 3.2 (arenitos delcaicos), agrupados sob a denominação de Membro-Jordão da Formação Gaspar. Para o topo, e em direção as porções mais centrais da bacia, esse membro grada para os sedimentos subaquosos da associação de fácies 3.3 (arenitos de águas rasas), denominada Membro-Garcia da Formação Gaspar. Em alguns pontos pelos quais se deu o aporte de sedimentos fluviais, a Formação Gaspar é substituída pela Formação Baú como unidade basal. A Formação Baú também pode ocorrer na forma de intercalações dentro da Formação Gaspar. Apresenta a geometria de cunhas sedimentares situadas nas duas margens principais da bacia. Conglomerados constituem o Membro Ponta Aguda da Formação Baú, equivalendo a associação de fácies 4.1 (leques aluviais rudíticos). Esse membro ocupa uma posição preferencialmente basal, para o topo, ela adquire um caráter dominantemente arenoso, constituindo o Membro Blumenau, este representado pela associação de fácies 4.2 (fluvial arenoso entrelaçado). Em direção ao topo, a Formação Baú é recoberta pelos membros Jordão e Garcia da Formação Gaspar e, por sobre estes, transgridem as unidades depositadas em águas mais profundas, da Formação Ibirama, constituídas predominantemente pela associação da fácies 1.3 (turbiditos clássicos), unidade aqui denominada Membro Kroberger da Formação Ibirama. De maneira subordinada, ocorrem lentes e cunhas de turbiditos canalizados, de granulação mais grossa, constituindo o Membro Ribeirão do Bugre, formado pelas associações 1.1, 1.2 e 2.2 (turbiditos densos arenosos a conglomeráticos, turbiditos densos gradados e depósitos de escorregamento subaquoso). Sedimentos mais finos, depositados nas posições mais distais da bacia a época da sedimentação da Formação Ibirama, foram separados em uma unidade estratigráfica independente, denominada neste trabalho de Formação Riberão do Espinho, constituída pelas associações de fácies 1.4 e 2.1 (turbiditos diluídos e hemipelagitos). Ocorre de forma interdigitada no Memmbro Krooberger da Formação Ibirama, sendo ainda cortada por raros canais erosivos preenchidos pelo Membro Ribeirão do Bugre. O magmatismo sem-sedimentar presente na bacia ocorre de duas maneiras: (1) como níveis restritos de tufos finos, fortemente recristalizados, situados principalmente nas formações Baú e Gaspar (basais), e (2), como vulcânicas e subvulcânicas riolitico-traquiticas, com raros termos mais básicos (nugearitos), todos com tendências alcalina, que ganham importância a medida que se ascende na estratigrafia, culminando com grandes domos e derrames sem-sedimentares em meio as formações Ibirama e Ribeirão do Espinho, na região de Apiúna. A bacia sofreu a ação de deformações pós-deposicionais, concentradas principalmente em seu limite sul, no qual é cavalgada pelas rochas supracrustais do Grupo Brusque. Tais deformações ocorrem principalmente na forma de falhas inversas e dobras e foram principalmente fruto da ação dos cavalgamentos do Grupo Brusque que atingiram a sua borda sul por volta de 535 Ma, tratando-se portanto de deformações pós-deposicionais. A sequência estratigráfica conforme apresentada, mostra nitidamente a ocorrência de um ciclo transgressivo, com uma sucessão continental-transicional-marinha, característica de processos de rifteamento progressivo. Essa sequência, associada a ausência de deformações sin-sedimentares e ao caráter alcalino do magmatismo associado, se mostra mais compatível com o modelo de um reft continental, do que com modelos adotados por outros autores, que consideram a bacia ou como uma antefossa molássica, gerada pela carga tectônica dos cavalgamentos do Grupo Brusque, ou como uma bacia de \"strike-slip\", produzida pela atuação de falhas transpressivas. O mecanismo que melhor explica a geração do rift do Itajaí foi a ação conjunta das tensões produzidas pela interação entre a Microplaca Curitiba, a Microplaca Luis Alves e o Cinturão Granitóide Costeiro (ou Batólito de Paranaguá), ocorrida por volta de 560-550 Ma. A bacia do Itajaí, portando, seria um rift passivo, ou, utilizando-se de um termo mais adequado, um impactógeno, semelhante ao Gráben do Reno, produzido pela colisão Europa/Africa. / The Itajai Group, a stratigraphic unit located in a basin of the same name, in the Itajai-Açu River Valey (SC), is formed by a succession of eopaleozoic epiclastic anquimetamorphic sediments with subordinated volumes of tufs and vulcanic and volcaniclastics rocks. This volcanism is dominantely trachytic-rhyolitic with a marked alkali trend. The basin has suffered its post-depositional deformation are which mainly affected its southeastern border. The deformations are mainly ocurried reserve faults and folds, formed during overthrusting, of the Brusque Group wich occurred at about 535 Ma. By analysis of the depositional paleoenvironments and the stratiguaphic succession, the present work has identified a group of lithological units, expressed in the form of facies association, as above follows: 1 - Turbiditic associations 1.1 - Dense arenaceous to conglomeratic turbidites 1.2 - Dense graded turbidites 1.3 - Classic médium-density turbidites 1.4 - Diluted turbidites 2 - Basinal associations 2.1 - Hemipelagites 2.2 - Subaqueous slump deposits 3 - Transitional associations 3.1 - Coastal plain sandstones 3.2 - Deltaic sandstones 3.3 - Shallow water sandstones 4 - Continental associations 4.1 - Ruditic aluvial fans 4.2 - Braided fluvial arenaceous. These facies associations were later regrouped, using destinctive field criteria, into mapping and stratigraphic units, compatible with their representation at the 1:50.000 scale. The most common unit in contact with the basement is the Gaspar Formation, composed of sandstones and sand-mudstones with cross stratification at various scales. In the basal portions this is formed by sediments of the facies associations 3.1 (coastal plain sandstones) and 3.2 (deltaic sandstones), grouped together in the Jordão Member of the Gaspar Formation. Towards the top, and towards the central portions of the basin, this member grades into subaqueous sediments of the facies association 3.3 (shallow water sandstones), of the Garcia Member of the Gaspar Formation. At the main points of fluvial supply, the Gaspar Formation is replaced at the base of the sequence by the Bau Formation. This unit also can occur as intercalations in the Gaspar Formation. It occurs as sedimentary wedges at both main basin margins. Yhe dominantly rudaceous portions constitute the Ponta Aguda Member of the Bau Formation, corresponding to the facies association 4.1 (ruditic alluvial fans). This member occupies a basal position and grades upwards to finer material represented by the sandstones of Blumenau Member representing the facies association 4.2 (fluvial sandstones). The Garcia and Jordão Members of the Gaspar Formation cover the sandstones of the Bau- Formation and are covered by the transgressive units of Ibirama Formation, predominantly formed by facies association 1.3 (classic turbidites) which includes the Kroberger and Riberão do Bugre Members. More distal turbiditic sediments, deposited at the time of Ibirama Formation sedimentation were separated as an independent unit named the Riberão do Espinho Formation which includes facies associations 1.4 (and 2.1 (diluted turbidites and hemipelagites). The magmatism in the Itajai Basin is mainly syn-sedimentary occurring as recrystallized fine tuffs in the lower formations (Bau and Gaspar) as well as flows and domes of alkali rhyolitic-trachytic volcanic rocks most common towards the top the Ibirama and Riberão do Espinho Formation. The Itajai Basin deformation pattern is a post-sedimentary feature more strongly developed in the southeastern border where the influence of thrusting of the Brusque Group over the Itajai sediments is clear. The deformation occurs mainly as inverse faults and folds related to the thrusts from SE to NW. A continental rift is supposed to be the origin of the Itajai Basin. This hipotesis is based on the transgressive sedimentary sucession (from continental to marine environment) typical of this kind of rift, on the presence of alkali felsic magmatism, and on the post sedimentary deformation pattern. This continental rift could be generated as a passive rift related with the Coastal Granite Belt and the Luis Alves Microplate collision in a similar contect to that of Rhine Graben in Europe, formed during the Europe-Africa collision.
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Evolução geotectônica da província Rio Negro-Jurena na região amazônica

Colombo Celso Gaeta Tassinari 07 December 1981 (has links)
Neste trabalho procurou-se caracterizar geocronologicamente a Província Rio Negro-Juruema e propor-lhe uma evolução geotectônica, baseada, principalmente, na interpretação integrada de mais de três centenas de datações realizadas pelos métodos K/Ar, Rb/Sr e mais raramente U-Pb. Esta província desenvolveu-se na porção ocidental da Região Amazônica entre 1750 e 1400 Ma.. Foram caracterizados a fase principal de metamorfismo das rochas que compõem a infraestrutura da província ao redor de 1750 Ma., o intenso vulcano-plutonismo de caráter subseqüente próximo a 1600 Ma., a fase de metamorfismo epizonal representada pelas rochas supracrustais datadas em torno de 1550 Ma., os sedimentos considerados como molassóides datados em aproximadamente 1500-1400 Ma., o magmatismo básico terminal, representado pelo enxame de diques básicos que intrudiram a província entre 1400 e 1300 Ma., as intrusões de granitos cratogênicos com textura tipo \"Rapakivi\" em 1400 Ma. que marcam a transição das condições orogênicas para condições cratônicas, as atividades tipicamente cratogênicas representadas pelas intrusões de complexos alcalinos anelares entre 1400 e 1200 Ma.. Foram caracterizadas também as atividades magmáticas reflexas, causadas pelo desenvolvimento do evento geodinâmico Rio Negro-Jurema sobre o seu antepaís, tipificadas por intrusões de granitos cratogênicos e de diques básicos sobre a Província Amazônica Central. Após a estabilização tectônica da região Rio Negro-Jurema, também ocorreram sobre ela, manifestações ígneas reflexas, desta vez causada pela atuação do cinturão móvel Rondoniana em sua borda sudoeste. Apesar dos dados geocronológicos e geológicos serem, ainda, escassos, elaboramos uma evolução tectono-magmática para a Província Rio Negro-Jurema baseada no desenvolvimento de um \"móbile belt\", que seria o regime tectônico característico dos processos geodinâmicos formadores de crosta durante o Proterozóico Médio. Para explicar esta evolução consideramos um modelo geotectônico apoiado na Tectônica de Placas, imaginando que teriam ocorrido grandes movimentos horizontais, no proterozóico na região amazônica. / Not available.
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Provincia alcalina central, Paraguai centro-oriental: aspectos tectonicos, petrográficos e geocronológicos / Not available.

Victor Velazquez Fernandez 26 February 1992 (has links)
Na borda ocidental da Bacia do Paraná a província central e a que reúne o maior número de ocorrências magmáticas de caráter alcalino. Ela localiza-se na porção centro-leste do Paraguai oriental, correspondendo aproximadamente às coordenadas geográficas 25°39\' a 26°10\' de Latitude Sul e 56°21\' a 57°45\' de Longitude Oeste. Tectonicamente acha-se associada a uma megaestrutura denominada \"rift\" de Assunção, que se estende desde a cidade homônima até as cercanias da cordilheira de Ybytyruzú, cobrindo cerca de 200 km de comprimento e 25 a 40 km de largura. A orientação se dá segundo NW-SEE e a sua história geológica aponta para um regime tectônico de força dupla dextral, dominantemente tensional, e relacionado do ponto de vista genético com a abertura ao Oceano Atlântico. Com base fundamentalmente nos eventos cronológicos magmáticos, é possível distinguir-se quatro estágios principais ligados na sua evolução. Estes abrangem um longo intervalo de tempo, do Mesozóico ao Cenozóico, com pico de máxima atividade tendo lugar no Cretáceo Inferior (135-120 Ma). Evidências texturais, associações mineralógicas e dados de campo permitiram a caracterização de duas suítes litológicas principais, plutônica e vulcânica. Na primeira se incluem rochas com textura eminentemente fanerítica e que ocorrem na maior parte das vezes como \"stocks\", intrudindo discordantemente encaixantes sedimentares (arenitos). Microscopicamente, foram diferenciadas as seguintes variedades petrográficas: essexitos, olivina, sienogabro, malignitos, sienodioritos e nefelina sienitos. Quanto à textura, elas mostram variação do hipidiomórfica a alotriomórfica granular e natureza holocristalina. A segunda aparece freqüentemente como derrames de lavas, \"plugs\", estes representando cerros que se destacam na topografia, e diques de dimensões variadas, de centimétricas a métricas. Aqui se agrupam basaltos alcalinos, tefritos, traquiandesitos, traquifonolitos e fonolitos. Estas rochas apresentam textura marcadamente porfirítica, com mega, feno e microfenocristais dos mais diversos minerais e matriz afanítica de natureza holocristalina. No tocante à composição mineralógica, os termos petrográficos mais máficos contêm, de modo geral, maior riqueza em clinopiroxênios (augita a diopsídio-augita), olivina magnesiana e plagioclásios de natureza cálcica (labradorita-bytownita). Já os membros mais félsicos exibempiroxênio do tipo egirina-augita a aegirina, rara olivina e plagioclásios de composição intermediária (andesita- labradorita. Na suíte plutônica, o feldspato alcalino e do tipo ortoclásio, enquanto que, na vulcânica, parece corresponder a sanidina. Feldspatóides são comuns a ambas as suítes. Dentre eles, nefelina é a fase mais abundante, com leucita e sodalita restritas quase que somente às rochas vulcânicas, tranquifonolitos e tranquitos e, mais raramente, fonolitos. Como acidentais reconhecem-se biotita e anfibólio e como acessórios mais frequentes estão presentes apatita, titanita, opacos e zircão. Geocronologicamente, os dados disponíveis (K/Ar e Rb/Sr) indicam como principal período de colocação dos corpos o intervalo 130-120 Ma (Cretáceo Inferior), guardando, assim boa concordância com as idades obtidas para as ocorrências alcalinas da borda oriental da Bacia do Paraná pertencentes ao cronogrupo de 133 Ma. Por outro lado, as idades de traços de fissão em apatitas evidenciam intervalo de tempo bem mais recente, refletindo, muito provavelmente, o momento de resfriamento dos corpos, ou então, indicando o resfriamento regional da área ligado a um período de equilíbrio isostático após a abertura do \"rift\". A razão inicial 87Sr/86Sr (0,07685-0,70790) para as rochas alcalinas da Província Central se mostra um pouco elevada comparativamente ao material mantélico, sugerindo, assim, fonte do manto mais radiogênica ou, ainda, a existência de eventual processo de contaminação crustal. / At the western border of the Paraná Basin, alkaline rocks are found in great number in the Central Province, of central-eastern Paraguay between 25°39\' to 26°10\' S latitude and 56°21\' a 57°45\' W longitude. Tectonically, those occurrences are related to the Asunción rift, a megastructure which extends from that city to the Ybytyruzú hills over an area of up to 200 km in length by 35-40 km in width. The rift, trending NW-SSE, shows a very complex tectonic history, involving a dextral, dominantly tensional, double stress motion. It is also related to the opening of the South Atlantic. On the basis of the chronology of magmatic events, it is suggested that the rift evolved in a complex way in four main stages covering a large span of time (Mesozoic to Cenozoic), with magmatic activity reaching its maximum in the Early Cretaceous, 135-120 Ma ago. Textural features, mineralogical assemblages and field evidence allow the rocks to be grouped into two suites, one plutonic and the other volcanic. In the first group are included rocks commonly cropping out as stocks, intrusive into sandstone country rocks. Microscopically, several petrographic types can be distinguished: essexites, olivine syenogabbros, malignites, syenodiorites and nepheline syenites. These rocks are always holocrystalline and exhibit a phaeneritic granular texture ranging from hypidiomorphic to allotriomorphic. The volcanic suite occurs in general as lava flows, plugs (forming small hills) and dykes with centimetric to metric widths. This suite is made up of alkaline basalts, tephrites, trachyandesites, trachyphonolites, trachytes and phonolites, all tipically porphyritic, with mega-, pheno- and microphenocrystals of various minerals within an aphanitic groundmass. From a mineralogical viewpoint, the mafic rocks are richer in clinopyroxenes (augite to diopside-augite), magnesian olivine and calcic plagioclase (labradorite-bytownite). On the other hand, the more felsic rocks contain pyroxenes of different composition (aegerine-augite to aegerine), rare olivine, less calcic plagioclase (andesine-labradorite) and alkali feldspar. In the plutonic suite the alkali feldspar is orthoclase, whereas in the volcanic suite is represented by sanidine. Feldspathoids occur in both associations, nepheline being the most abundant phase in the plutonic rocks. Leucite and sodalite are only present in volcanic types (trachyphonolites, trachytes and, less commonly phonolites). Biotite and amphibole can be occasionally found while apatite, sphene, opaques and zircon are the most frequent accessory minerals. K/Ar and Rb/Sr data indicate that the rocks belonging to the Central Province were formed for the most part in the Early Cretaceous (130-120 Ma), in agreement with other alkaline occurrences associated with the eastern margin of the Paraná Basin (chronogroup of 133 Ma). On the other hand, apatite fission track ages point to younger values, which probably are related to major regional cooling episodes following the separation of Africa and South America. Initial rations of 87Sr/86Sr for the alkaline rocks cover a narrow interval, 0,70685-0,70790, and are slightly higher than mantellic values, possibly suggesting a more radiogenic source or even the possibility of crustal contamination.
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Evolução geológica do Pré-Cambriano da região de Santo Antônio do Pinhal, SP: importância tectônica das zonas de cisalhamento / Not available.

Edgard Santoro 07 April 1998 (has links)
As rochas pré-cambrianas da região de Santo Antônio do Pinhal, SP, são expressivamente marcadas por um tectonismo de idade Brasiliana com atuação de dois importantes processos deformacionais em regime de cisalhamento não-coaxial, de caráter progressivo e em condições dúcteis. O primeiro processo deformacional está associado a uma tectônica tangencial de baixo e médio ângulo de mergulho, responsável pelo encurtamento crustal das rochas da região, com transporte tectônico de sudeste para noroeste. O segundo processo está associado a uma tectônica transpressiva relativa às zonas de cisalhamento direcionais, ou transcorrentes, de médio a alto ângulo de mergulho, com sentido de movimentação destral, e que superpõem estruturas geradas no primeiro processo. Destacam-se as zonas de cisalhamento Buquira, Jundiuvira e Eugênio Lefèvre. Afloram na Área seqüências supracrustais atribuídas ao Complexo Embu (Meso- a Neoproterozóico), metamorfizadas no grau médio a forte com o desenvolvimento de uma foliação Sn (deformação Dn) na forma de uma cistosidade ou gnaissificação, que se encontra dobrada (deformação Dn +1), e localmente redobrada (deformação Dn + 2). Rochas granitóides das suítes Serra Preta, Serra do Trabijue Morro da Piedade truncam as seqüências metamórficas do Complexo Embu. Granitos da Suíte Serra Preta constituem uma seqüência cogenética cálcio-alcalina monzogranítica de alto potássio, comparável as suítes de arcos vulcânicos modernos maduros, ou de margem continental ativa. Determinação radiométrica U-Pb (zircão) de granito da Suíte Serra Preta revela uma idade de 616 \'+ OU -\' 8 Ma, do neoproterozóico III. As suítes Serra doTrabiju e Morro da Piedade compreendem granitoscálcio-alcalinos de alto potássio sin-colisionais. Associado à tectônica transpressiva das zonas de cisalhamento direcionais tem-se a inversão da Formação Pico do Itapeva (Cambro-Ordoviciano), cujos metassedimentos encontram-se metamorfisados no grau fraco. Idades K-Ar (biotita) indicam um resfriamento da região no período Cambriano e Ordoviciano, no intervalo entre 530 e 470 Ma, em concordância com idades K-Ar em biotita obtidas na Faixa Ribeira. Tais idades representam o soerguimento da faixa móvel e o fechamento do Ciclo Brasiliano na área de estudo. Falhamentos inversos relacionados a tectônica tangencial de baixo a médio ângulo de mergulho foram ativos até o Cambriano, enquanto que as zonas de cisalhamento direcionais de médio a alto ângulo de mergulho desenvolveram-se no Cambriano e Ordoviciano / The Precambrian country rocks of Santo Antonio of Pinhal (SP) show a tectonic framewok of Brasiliano orogenic cycle with two deformational pulses, reflecting a progressive non-coaxial tectonism with ductile deformation. The earlier deformational process is associated to the tangential tectonic with strong crustal shortening, southeast-northwestward transport and generation of dow-dip foliation plus stretching lineation. The subsequent process is related to the strike slip transpressional tectonic, with right lateral movement sense, overprinting the first process structures. The Buquira, Jundiuvira and Eugênio Lefévre are the more impressive shear zones in the studied area. The sequences of Embu Complex (Meso-to Neoproterozoic) are medium to high metamorphic grade with a Sn foliation (deformation Dn), that is folded (deformation Dn+1) and locally refolded (deformation Dn+2). Igneous granitoids of the Serra Preta, Serra do Trabiju and Morro da Piedade suites truncate the metamorphic sequences of Embu Complex. The Serra Preta Suite rocks are calc-alkaline hight K granitoids from magmatic arcs of active continental margin. U-Pb zircon dating for granitic rock of Serra Preta Suite gives a age of 616 + ou - 8 Ma (Neoproterozoic III). The Serra do Trabiju and Morro da Piedade suites are syn-collisional calc-alkaline high K granitoids. In the studied area crops out the Pico do Itapeva Formation(Early Paleozoic) with low grade metassediments deformed by a stike-slip transpressive right lateral shear zones.The biotita K-Ar cooling ages are relate to the Camorian and Ordovician period, between 530 and 470 Ma, in agreement with regional Faixa Ribeira biotita K-Ar cooling ages. Such ages represent the mobile belt uplift and the ending of the Brasiliano orogenic cycle in the studied area. Thrusts faults were active until Cambriano period, while strike-slip shear zones developed in the Cambriano and Ordoviciano period.
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Transição cráton-faixa dobrada: exemplo do Cráton do São Francisco e da Faixa Aracuai (ciclo brasiliano) no estado de Minas Gerais: aspectos estratigráficos e estruturais / Not available.

Alexandre Uhlein 20 May 1991 (has links)
Esta tese desenvolve um estudo estratigráfico, sedimentológico e estrutural sobre a transição entre as províncias brasilianas/panafricanas do Cráton do São Francisco e da Faixa de Dobramentos Araçuaí, na região centro-norte do Estado de Minas Gerais. Três domínios estruturais foram caracterizados pela intensidade da deformação e do metamorfismo brasiliano (~600 m.a.): domínio externo, representado pela borda oriental do Cráton do São Francisco; domínio transicional, correspondendo às unidades mais externas da Faixa Araçuaí; e domínio interno, com unidades mais transformadas e apresentando metamorfismo da fácies anfibolito. As principais unidades litoestratigráficas estão representadas pelo Embasamento, de idade arquena ou transamazônica (2000 m.a.), os metassedimentos do Sg. Espinhaço, de idade proterozóica média, do Sg. São Francisco e do Grupo Macaúbas, de idade proterozóica superior, o Complexo Salinas (um provável equivalente do Gr. Macaúbas) e os granitoides leucocráticos brasilianos. O Embasamento aflora nos três domínios descritos. O Sg. São Francisco constitui uma cobertura do Cráton do São Francisco. O Sg. Espinhaço ocorre no domínio cratônico e também no domínio transicional. O Gr. Macaúbas aflora no domínio transicional e o Complexo Salinas, assim como os granitoides, ocorreram no domínio interno. O Sg. Espinhaço foi depositado num rift continental sub-meridiano. A individualização do rift iniciou-se com um vulcanismo ácido a intermediário subalcalino e prosseguiu com a sedimentação da Sequência Inferior (Fm. São João da Chapada e Sopa-Brumadinho), na forma de um sistema de leques aluviais que passa, lateralmente, para fácies marinho raso. Para o topo, a sedimentação mostra relativa estabilidade tectônica que caracteriza a Sequência Média (sistema desértico costeiro) e Sequência Superior (sistema marinho raso com ciclos transgressivos e regressivos). Um tectonismo epirogenético, com intrusão de rochas básicas toleíticas continentais e uma glaciação, marcam a passagem entre o Proterozóico Médio a Superior. Na margem oeste, associado ao relevo deste tectonismo, depositou-se a Fm. Jequitaí (fáceis glácio-continental) que passa lateralmente, para sedimentação glácio-marinha, em parte retrabalhada como fluxos gravitacionais e correntes de turbidez que caracterizam o Gr. Macaúbas e o Complexo Salinas. Os turbiditos finos e mais distais constituem o Complexo Salinas. Esta evolução faciológica de oeste para este indica a passagem de um domínio continental sob influência glacial para uma plataforma continental e uma bacia marinha profunda, as duas últimas separadas por um paleo-talude, com fáceis de leque submarino. Esta bacia assimétrica constitui o prisma de uma margem continental passiva. Para oeste, a fáceis glácio-continental desaparece e o Grupo Bambuí (parte superior do Sg. São Francisco) repousa diretamente sobre o embasamento do Cráton do São Francisco, não tendo sido identificado na Faixa Araçuaí, devido a não deposição ou erosão. Os metassedimentos do Gr. Bambuí foram depositados em ambiente marinho raso e, para o topo, mostram fáceis deltaica e fluvial braided, sugerindo sedimentação molássica (Fm. Três Marias). A estrutura da Faixa Araçuaí (domínios transicional e interno) é progressiva (fases \'D IND. P-1\' e \'D IND. P\') e polifásica (\'D IND. P+1\'). A deformação principal (\'D IND. P\') é caracterizada por uma sucessão de zonas com dobras assimétricas com vergência para oeste, separadas por corredores de cisalhamentos dúcteis. Esta deformação (\'D IND. P\') se manifesta por uma xistosidade (\'S IND. P\') e uma lineação de estiramento (\'L IND. X\') proeminente, que indica um transporte de material de este para oeste, em direção do Cráton do São Francisco. Muito localmente, identificou-se ainda, uma xistosidade (\'S IND. P-1\') que representa, provavelmente, uma manifestação precoce da \'D IND. P\' (deformação progressiva). A fase \'D IND. P+1\' está relacionada a dobras abertas e uma clivagem de crenulação (\'S IND. P+1\') pouco penetrativa. O metamorfismo regional está associado a deformação principal. Ele aumenta do anquimetamorfismo à fáceis xisto verde, junto a borda cratônica, evolui até a fáceis xisto verde alto (cianita) no domínio transicional e à fácies anfibolito alto no domínio interno. Os granitoides são na maior parte sintectônicos, do tipo S, lecocráticos, geralmente a duas micas, com granada, cordierita e silimanita. A Faixa Araçuaí representa a parte setentrional do flanco ocidental de um mega-orógeno, separado, posteriormente, pela abertura do Oceano Atlântico, no início do Mesozóico. A cadeia é caracterizada por uma deformação do tipo cisalhamento simples, com vergência para oeste. O substrato é, dentro da zona estudada, siálico. A tectogênse brasiliana está relacionada ao intervalo 600-500 m.a. / It is a stratigraphical, sedimentological and structural study of the transitional zone between two Brasiliana (=Pan-African) Provnices: the São Francisco craton and the Araçuaí Fold Belt, both located in Central-North Minas Gerais. Three main structural domains can be distinguished using the intensity of Brasiliano (~600 Ma) deformation and metamorphism. The external domain is represented by the eastern border of the São Francisco craton. In the transitional domain outcrop the external structural units of the Araçuaí Fold Belt and in the internal domain the highly deformed and metamorphosed internal units. The main lithostratigraphic units involved are Archean and/or Transamazonian (2000 Ma) basement, Middle Proterozoic metasediments of the Espinhaço Supergroup, Upper Proterozoic metasediments of the São Francisco Supergroup, the Macaubas Group and the Salinas Complex and finally Brasilianos granitoids. The basement outcrops on the craton and in the external domain where it is polycyclic. The cover of the São Francisco craton is made of São Francisco Supergroup. The Espinhaço Supergroup is found in both external and transitional domains. The Macaúbas Group is confined to the transitional domain and the Salinas Complex and the Brasilianos granitoids to the internal domain. The Espinhaço Supergroup has been deposited in a roughly submeridian continental rift located in the transitional domain. Its lower part is made of acid to intermediate sub-alkaline metavolcanics and fluviatil metasediments gradding lateraly to low depth marine sediments. Its middle part is made of eolians quartzites deposited in a beach environment. Its upper part is composed of low depth marine deposits showing alternate regressive and transgressive cycles. After its deposition the Espinhaço Supergroup has suffered a general upflift and intrusions of continental tholeiites. On the highest up lifted parts continental glaciogenic facies of the Jequitaí Formation (lower part of São Francisco Supergroup) are deposited. Eastwards, in the Araçuaí geosyncline, they grade into glacio-marin deposits associated to gravitational debris flows, mud flows and turbidites. Fine distal turbidites are characteristics of the Salinas Complex. This facies change from West to East mark out the evolution from a continental englacial environment to a platform glacio-marine environment and finaly to a deep oceanic basin. Gravity reworked deposits are concentrated along the slope separating the marine platform from the oceanic basin. The whole sequence of facies build a typical prism of passive margin. Westward, on the craton, continental glacial facies disappear and the Bambuí (middle part of the São Francisco Supergroup) lies directly on the basement. The upper (molassic Três Marias Formation) parts of the São Francisco Supergroup is only known on the craton. No equivalents have been identified in the Araçuaí Fold Belt because non deposited or eroded. The structure of the Araçuaí Fold Belt - transitional and internal domains - its progressive (phase \'D IND. P-1\' and \'D IND. P\') and polyphased (\'D IND. P+1\'). The first or main (\'D IND. P\') deformation generate a serie of wide undulated zones with asymetric folds showing westwards vergence separated by thin belts of ductile shearing. (\'S IND. P\') slaty cleavage bears a proheminent stretching or/and mineral lineation indicating a westward transport of materials towards the São Francisco craton. Localy and \'S IND. P-1\'cleavage has been identified. It probably represents and early phase of the main progressive deformation (\'D IND. P\'). \'D IND. P+1\' generates open folds with a non-penetrative crenulation cleavage. Covers of the cratonic domain are subautochtonous: they are folded and thrusted by \'D IND. P\' on a width of about 100 kilometers. The regional barrowian metamorphism is associated to \'D IND. P\'. It increases from anchizone (cratonic domain) to greenschist facies (intermediate domain) and deep amphibolite facies (internal domain). Granitoids are mainly syntectonic, of S-type, leucocratic, generaly with two micas, garnets, cordierite and sillimanite. The Araçuaí Fold Belt represents the northern part of the western flank of a mega orogen divided in two during the opening of the South Atlantic Ocean in Early Mesozoic time. It is characterized by a main ductile shearing with a westwards vergence. Metasediments are cross-cut by low angle shearing zones, the most important of which are used to separate the 3 main structural domains. The substrate is sialic in the whole studied area. The Brasiliana tectonogenesis is roughly dated at 600 Ma.
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Estudo isotópico aplicado a caracterização geotectônica do domínio pernambuco-alagoas oeste, província borborema, Região Nordeste do Brasil

Cruz, Rodrigo Fabiano da January 2014 (has links)
A Província Borborema é um orógeno Neoproterozóico no nordeste do Brasil, composto por um mosaico de terrenos ou domínios tectônicos delimitados por grandes falhas. O Domínio Pernambuco-Alagoas Oeste é um complexo domínio tectônico na parte sul da Província Borborema que faz fronteira com a margem norte do Cráton do São Francisco. Dados U-Pb e Sm-Nd deste trabalho mostram que os grandes volumes de rochas graníticas do Domínio Pernambuco-Alagoas Oeste apresentam várias idades, relacionados a diferentes eventos tectônicos. O Evento Cariris Velhos, representado pelos ortognaisses Lobo (974±8 Ma) e Rocinha (956±2 Ma); o Ortognaisse Fulgêncio (1996±8 Ma), o Complexo Gnáissico-migmatítico de Riacho Seco (1992±27 Ma) e o Complexo Entremontes (2734±11 Ma) representam o embasamento Paleoproterozoico e Arqueano. Seis grupos de granitoides são reconhecidos: (I) Granitóides brasilianos (Ediacarano-Criogeniano), com idades modelo do Meso ao Paleoproterozoico; (II) Granitoides Cariris Velhos (Toniano), com idades modelo mesoproterozoicas; (III) Granitoides paleoproterozoicos do Domínio Pernambuco-Alagoas, com idades modelo do Neoarqueano ao Paleoproterozoico; (IV) Granitoides paleoproterozoicos do Núcleo Riacho Seco, com idades modelo arqueanas; (V) Granitoides arqueanos representadas pelas rochas do Complexo Entremontes; e (VI) granitoides do Cráton São Francisco exibindo idades modelo do Arqueano ao Paleoproterozoico. Neste trabalho também foram levantados dados de proveniência U-Pb no Domínio Pernambuco-Alagoas Oeste. Zircões detríticos variam desde o Arqueano ao Neoproterozóico: Três amostras do Complexo Cabrobó foram investigadas: (I) cordierita-sillimanita-cianita-turmalina-granada-biotita xisto, com maior população de zircões datando do Ediacarano e Criogeniano (zircão mais jovem com cerca de 550 Ma); (II) granada-biotita xisto, com população mais abundante datando do intervalo Toniano/Esteniano e menos abundante Criogeniano (idade mínima de zircão em ca. 643 Ma); e (III) turmalina-muscovita quartzito que contém zircões detríticos variando em idade entre 2,08 Ga e 1,58 Ga. Duas amostras do Complexo Metassedimentar de Riacho Seco foram analisadas: (I) biotita xisto com uma população mais abundante com idades entre 2,3 e 2,7 Ga (idade mínima de zircão com cerca de 2023 Ma) e (II) magnetita-biotita-muscovita quartzito, apresentando grãos de zircões detríticos com idades entre 1,9 e 2,7 Ga. Destacam-se entre os novos dados obtidos a idade paleoproterozoica do Complexo Gnáissico-migmatítico de Riacho Seco formado pela retrabalhamento de rochas arqueanas. A presença de inliers de embasamento Arqueano e Paleoproterozoico e um grande volume de granitoides Cariris Velhos no Domínio Pernambuco Alagoas Oeste. As rochas do Complexo Metassedimentar de Riacho Seco, cuja origem provavelmente relacionada com a erosão das rochas do Cráton do São Francisco. Podendo representar a exposição de uma bacia sedimentar Paleoproterozoica ou, alternativamente, representar uma sequencia de margem passiva Neoproterozoica, com os sedimentos originais sendo derivados da erosão das áreas cratônicas a sul. Minerais de monazita nas rochas estudadas apresentaram idades neoproterozicas indicando que o metamorfismo de alto grau teve lugar durante os últimos estágios do ciclo Brasiliano. / The Borborema Province is a Neoproterozoic orogen in northeastern Brazil, composed of a mosaic of terrains or tectonic domains delimited by faults. The Western Pernambuco-Alagoas Domain is a complex tectonic area in the southern part of the Province Borborema which borders the north edge of the São Francisco Craton. Data U-Pb and Sm-Nd in this work show that large volumes of granitic rocks of the Western Pernambuco-Alagoas Domain present various ages, related to different tectonic events. The Cariris Velhos Event, represented by Lobo (974±8 Ma) and Rocinha (956±2 Ma) orthogneisses; the Fulgencio Orthogneiss (1996±8 Ma), the Riacho Seco Gneissic-migmatitic Complex (1992±27 Ma) and the Entremontes Complex (2734±11 Ma) represents the Archean and Paleoproterozoic basement. Six groups of granitoids are recognized: (i) Brasiliano granitoids (Cryogenian-Ediacaran), with model ages of the Meso- Paleoproterozoic; (ii) Cariris Velhos granitoids (Tonian), with Mesoproterozoic model ages; (iii) Paleoproterozoic granitoids from Pernambuco-Alagoas Domain, with model ages of Neoarchean to Paleoproterozoic; (iv) Paleoproterozoic granitoids of Riacho Seco Nuclei, with Archean model ages; (v) Archean granitoid rocks represented by the Entremontes Complex; and (vi) granitoids of the São Francisco Craton showing model ages of Archean to Paleoproterozoic. This work also brings U-Pb provenance data from Western Pernambuco-Alagoas Domain rocks. Detrital zircons ranging from the Archean to Neoproterozoic ages: Three samples of Cabrobó Complex were investigated: (i) cordierite-sillimanite-kyanite-tourmaline-garnet-biotite schist, with the largest population of zircon dating of the Cryogenian/Ediacaran (youngest zircon with about 550 Ma), (ii) garnet-biotite schist, with more abundant population dating from Tonian/Stenian and less abundant Cryogenian (youngest zircon age of ca 640 Ma) and (iii) tourmaline-muscovite quartzite containing detrital zircons ranging in ages between 2.08 Ga and 1.58 Ga. Two samples from Riacho Seco Metasedimentary Complex were analyzed: (i) biotite schist with a more abundant population with ages between 2.3 and 2.7 Ga (youngest zircon age of about 2023 Ma) and (ii) magnetite-biotite muscovite-quartzite, showing zircons with ages between 1.9 and 2.7 Ga. Prominent among the new data obtained are Paleoproterozoic age from Riacho Seco Complex Gneissic-migmatitic formed by the reworking of Archean rocks. The presence of inliers from Archean and Paleoproterozoic basement. The large volume of Cariris Velhos granites on the domain. Metasedimentary rocks of the Riacho Seco Nuclei, whose origin probably related to the erosion of São Francisco Craton rocks. The exposure may represent a Paleoproterozoic sedimentary basin or alternatively, represent a sequence of Neoproterozoic passive margin, with the original sediment being derived from erosion of the cratonic areas to the south. Minerals of monazite in the rocks studied had neoproterozics ages indicating that the high-grade metamorphism took place during the latter stages of the Brasiliano cycle.
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Caracterização estrutural e petrológica do magmatismo pré-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense : os ortognaisses do Complexo Metamórfico Várzea do Capivarita

Martil, Mariana Maturano Dias January 2010 (has links)
As rochas ortometamórficas registram importantes informações sobre fontes de magmatismo e ambientes tectônicos nos quais foram geradas. O estudo de suas características geoquímicas, aliado ao detalhamento de seus aspectos geológicos, estruturais e petrográficos permite estabelecer a história geológica destas litologias, seu ambiente de formação e a fonte de seus protólitos. Deste modo, a investigação criteriosa de sequências ortometamórficas constitui uma importante ferramenta para a reconstrução da história evolutiva de segmentos crustais proterozóicos e fanerozóicos. Ademais, a estratigrafia tectônica comumente observada em terrenos metamórficos, além de permitir a avaliação dos diferentes eventos relacionados à origem deste tipo de empilhamento, fornece dados significativos sobre os processos pré-tectônicos relacionados à gênese de cada uma das diferentes sequências envolvidas. O Escudo Sulrio- grandense (ESRG) é principalmente composto por granitóides de idade diversa e seus derivados metamórficos, o que torna o estudo detalhado dessas rochas fundamental para o entendimento da evolução crustal da região. O Complexo Metamórfico Várzea do Capivarita (CMVC) ocorre nas proximidades da cidade de Encruzilhada do Sul e congrega sequências ortometamórficas de composição tonalítica e sienítica, além de paragnaisses pelíticos e calciossilicáticos. Para e ortognaisses são intercalados em escalas diversas e apresentam paragêneses e microestruturas compatíveis com metamorfismo de fácies granulito. A abordagem integrada de geologia de campo, geologia estrutural e petrografia permitiu discutir a história evolutiva do Complexo. Para a investigação dos ortognaisses tonalíticos, foram obtidos também dados geoquímicos de elementos maiores e traços, o que tornou possível estabelecer as características do magmatismo gerador de seu protólito. As rochas do Complexo possuem bandamento de direção preferencial NNW e baixo a médio ângulo de mergulho, se retirados os efeitos das dobras tardias. O empilhamento de sequências de composição e ambientes de formação distintos ao longo de estruturas originalmente suborizontais permite aventar um regime tectônico do tipo cavalgamento, e o registro de paragêneses de alto grau orientadas segundo o bandamento em todos os tipos litológicos sugere que esta tectônica ocorreu em condições de fácies granulito. Os ortognaisses tonalíticos são meta a peraluminosos e pertencem à série cálcio-alcalina. Sua composição e padrões de elementos traços sugerem que representam um magmatismo de arco continental, correlacionável ao Complexo Encantadas, uma associação de arco magmático paleoproterozóica do ESRG. Deste modo, os ortognaisses tonalíticos estudados, por sua similaridade composicional e estratigráfica com o Complexo Encantadas, são interpretados como parte do mesmo magmatismo de margem continental ativa de idade paleoproterozóica. Presume-se que o metamorfismo de fácies granulito, associado com fusão parcial dos orto e paragnaisses, tem idade neoproterozóica, concomitante com a tectônica de empurrão que teria justaposto litologias de idade e origem diversa, gerando o Complexo Metamórfico Várzea do Capivarita. / Orthometamorphic rock sequences keep record of important information regarding magmatic sources and tectonic environments. The study of their geochemical characteristics, together with detailed study of their geological, structural and petrographic features leads to unravelling of their geological history, tectonic environment and magmatic sources of their protoliths. Therefore, criterious investigation of orthometamorphic sequences is an important tool for the reconstruction of the geological history of Proterozoic and Phanerozoic crustal segments. Additionally, unravelling the tectonic stratigraphy commonly found in metamorphic terrains will permit to evaluate the role of differents events which have lead to the thrust piling, and will provide significant information on the genetic processes active in each of the lithological sequences involved. The Sul-rio-grandense Shield is composed mainly of granitoids of different ages and their metamorphic counterparts. Thus, the detailed study of these rocks is of prime importance for the understanding of crustal evolution in this region. The Várzea do Capivarita Metamorphic Complex, situated in the region of Encruzilhada do Sul, RS, is part of this shield area, and encompasses orthometamorphic sequences of tonalitic and syenitic compositions, as well as pelitic and calc-silicate paragneisses. Ortho and paragneisses are interleaved as 3- to 4 meter thick slabs, in average, where parageneses and microstructures are compatible with granulite-facies metamorphism. An integrated approach consisting of field observations, structural geology and petrography permits to discuss the geological evolution of this complex. Additionally, major and trace-element data were obtained from the tonalitic gneisses in order to investigate the nature of the magmatism which has generated their their protoliths. The gneisses exhibit a NNW-striking metamorphic banding , dipping variably toward ENE or WSW, which bears a stretching lineation of generally high rake angle. The original orientation of the banding, later fold effects being suppressed, is interpreted to have been sub-horizontal. The piling of different lithological units, regarding composition and geological environment, along originally sub-horizontal planes leads to their interpretation as a thrust pile. The orientation of high-grade mineral assemblies along the banding of all lithological types indicates that this thrust tectonics has taken place under granulite-facies metamorphic conditions. The tonalitic gneisses are metaluminous to peraluminous and belong to the calcalkaline series. Their composition and trace- element patterns suggest that they are representative of a continental arc magmatism comparable to the one described in the Encantadas Complex, a Paleoproterozoic magmatic arc assembly from the Sul-rio-grandense Shield. Based on their compositional and stratigraphic similarities with the Encantadas Complex, the studied tonalitic orthogneisses are interpreted to be part of the same Paleoproterozoic continental margin magmatism. It is assumed that the granulite-facies metamorphic event that eventually lead to partial melting of para and orthogneisses is of Neoproterozoic age. Additionally, it would have been synchronous with the thrust event that lead to the tectonic interleaving of rock sequences of different provenance and age that has generated the Complex.
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Evolução tectônica da margem ativa neoproterozóica do orógeno gonduvana oeste na província Borborema (NE-Brasil)

ARAÚJO, Carlos Eduardo Ganade de January 2014 (has links)
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Caracterização estrutural e petrológica do magmatismo pré-colisional do Escudo Sul-Rio-Grandense : os ortognaisses do Complexo Metamórfico Várzea do Capivarita

Martil, Mariana Maturano Dias January 2010 (has links)
As rochas ortometamórficas registram importantes informações sobre fontes de magmatismo e ambientes tectônicos nos quais foram geradas. O estudo de suas características geoquímicas, aliado ao detalhamento de seus aspectos geológicos, estruturais e petrográficos permite estabelecer a história geológica destas litologias, seu ambiente de formação e a fonte de seus protólitos. Deste modo, a investigação criteriosa de sequências ortometamórficas constitui uma importante ferramenta para a reconstrução da história evolutiva de segmentos crustais proterozóicos e fanerozóicos. Ademais, a estratigrafia tectônica comumente observada em terrenos metamórficos, além de permitir a avaliação dos diferentes eventos relacionados à origem deste tipo de empilhamento, fornece dados significativos sobre os processos pré-tectônicos relacionados à gênese de cada uma das diferentes sequências envolvidas. O Escudo Sulrio- grandense (ESRG) é principalmente composto por granitóides de idade diversa e seus derivados metamórficos, o que torna o estudo detalhado dessas rochas fundamental para o entendimento da evolução crustal da região. O Complexo Metamórfico Várzea do Capivarita (CMVC) ocorre nas proximidades da cidade de Encruzilhada do Sul e congrega sequências ortometamórficas de composição tonalítica e sienítica, além de paragnaisses pelíticos e calciossilicáticos. Para e ortognaisses são intercalados em escalas diversas e apresentam paragêneses e microestruturas compatíveis com metamorfismo de fácies granulito. A abordagem integrada de geologia de campo, geologia estrutural e petrografia permitiu discutir a história evolutiva do Complexo. Para a investigação dos ortognaisses tonalíticos, foram obtidos também dados geoquímicos de elementos maiores e traços, o que tornou possível estabelecer as características do magmatismo gerador de seu protólito. As rochas do Complexo possuem bandamento de direção preferencial NNW e baixo a médio ângulo de mergulho, se retirados os efeitos das dobras tardias. O empilhamento de sequências de composição e ambientes de formação distintos ao longo de estruturas originalmente suborizontais permite aventar um regime tectônico do tipo cavalgamento, e o registro de paragêneses de alto grau orientadas segundo o bandamento em todos os tipos litológicos sugere que esta tectônica ocorreu em condições de fácies granulito. Os ortognaisses tonalíticos são meta a peraluminosos e pertencem à série cálcio-alcalina. Sua composição e padrões de elementos traços sugerem que representam um magmatismo de arco continental, correlacionável ao Complexo Encantadas, uma associação de arco magmático paleoproterozóica do ESRG. Deste modo, os ortognaisses tonalíticos estudados, por sua similaridade composicional e estratigráfica com o Complexo Encantadas, são interpretados como parte do mesmo magmatismo de margem continental ativa de idade paleoproterozóica. Presume-se que o metamorfismo de fácies granulito, associado com fusão parcial dos orto e paragnaisses, tem idade neoproterozóica, concomitante com a tectônica de empurrão que teria justaposto litologias de idade e origem diversa, gerando o Complexo Metamórfico Várzea do Capivarita. / Orthometamorphic rock sequences keep record of important information regarding magmatic sources and tectonic environments. The study of their geochemical characteristics, together with detailed study of their geological, structural and petrographic features leads to unravelling of their geological history, tectonic environment and magmatic sources of their protoliths. Therefore, criterious investigation of orthometamorphic sequences is an important tool for the reconstruction of the geological history of Proterozoic and Phanerozoic crustal segments. Additionally, unravelling the tectonic stratigraphy commonly found in metamorphic terrains will permit to evaluate the role of differents events which have lead to the thrust piling, and will provide significant information on the genetic processes active in each of the lithological sequences involved. The Sul-rio-grandense Shield is composed mainly of granitoids of different ages and their metamorphic counterparts. Thus, the detailed study of these rocks is of prime importance for the understanding of crustal evolution in this region. The Várzea do Capivarita Metamorphic Complex, situated in the region of Encruzilhada do Sul, RS, is part of this shield area, and encompasses orthometamorphic sequences of tonalitic and syenitic compositions, as well as pelitic and calc-silicate paragneisses. Ortho and paragneisses are interleaved as 3- to 4 meter thick slabs, in average, where parageneses and microstructures are compatible with granulite-facies metamorphism. An integrated approach consisting of field observations, structural geology and petrography permits to discuss the geological evolution of this complex. Additionally, major and trace-element data were obtained from the tonalitic gneisses in order to investigate the nature of the magmatism which has generated their their protoliths. The gneisses exhibit a NNW-striking metamorphic banding , dipping variably toward ENE or WSW, which bears a stretching lineation of generally high rake angle. The original orientation of the banding, later fold effects being suppressed, is interpreted to have been sub-horizontal. The piling of different lithological units, regarding composition and geological environment, along originally sub-horizontal planes leads to their interpretation as a thrust pile. The orientation of high-grade mineral assemblies along the banding of all lithological types indicates that this thrust tectonics has taken place under granulite-facies metamorphic conditions. The tonalitic gneisses are metaluminous to peraluminous and belong to the calcalkaline series. Their composition and trace- element patterns suggest that they are representative of a continental arc magmatism comparable to the one described in the Encantadas Complex, a Paleoproterozoic magmatic arc assembly from the Sul-rio-grandense Shield. Based on their compositional and stratigraphic similarities with the Encantadas Complex, the studied tonalitic orthogneisses are interpreted to be part of the same Paleoproterozoic continental margin magmatism. It is assumed that the granulite-facies metamorphic event that eventually lead to partial melting of para and orthogneisses is of Neoproterozoic age. Additionally, it would have been synchronous with the thrust event that lead to the tectonic interleaving of rock sequences of different provenance and age that has generated the Complex.

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