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"Teardown this wall" uma análise sobre o papel dos muros de fronteira na era da globalização

ALMEIDA, Ricardo Gesteira Ramos de 20 June 2018 (has links)
Submitted by Ricardo Almeida (ricardogesteira@hotmail.com) on 2018-07-31T21:22:26Z No. of bitstreams: 1 Dissertação de Mestrado - Ricardo Gesteira Ramos de Almeida.pdf: 1255730 bytes, checksum: 255889878b80bd175fb957612974b26a (MD5) / Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2018-08-01T20:42:13Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação de Mestrado - Ricardo Gesteira Ramos de Almeida.pdf: 1255730 bytes, checksum: 255889878b80bd175fb957612974b26a (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-01T20:42:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação de Mestrado - Ricardo Gesteira Ramos de Almeida.pdf: 1255730 bytes, checksum: 255889878b80bd175fb957612974b26a (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB / RESUMO A pesquisa buscou, como objetivo geral, analisar os processos de cercamento de fronteiras registrados nos últimos 30 anos, de modo a compreender o que eles revelam sobre a globalização e suas eventuais potencialidades. Quanto à metodologia, o trabalho se classifica como pautado em documentação indireta, com suporte em fontes primárias e secundárias. Procedeu-se a uma revisão sistemática da literatura, que compreendeu a leitura e análise de livros, artigos científicos publicados em revistas, dissertações e teses acadêmicas acerca da globalização, do cosmopolitismo e das tendências de expansão neoliberal aprofundadas a partir dos anos 1980. A pesquisa divide-se em uma abordagem teórica e analítica, desenvolvida sobretudo nos dois primeiros capítulos, e uma abordagem exploratória empírica, descrita no terceiro capítulo. Como resultados, observou-se que a dinâmica de cercamento de fronteiras estatais contraria o prisma cosmopolita, segundo o qual os processos de globalização consubstanciariam o estabelecimento de uma janela de oportunidade para a reconfiguração da soberania Estatal, no sentido do surgimento de um modelo de soberania liberal internacional – ou com maior participação popular –, e voltado para a flexibilização das fronteiras. Os muros apontam para uma dialética distinta, qual seja, a flexibilização da soberania Estatal por uma soberania transnacional com ainda menos participação popular. A partir da análise das dinâmicas de cercamento e dos processos de decisão sobre a construção desses muros, não se constatou que a globalização tenha atuado de modo a criar novos locus ou vínculos democráticos. Conclui-se que a dinâmica de erguimento dos novos muros de fronteira se mostra inquinada pela racionalidade neoliberal e atende ao aprofundamento do projeto político neoliberal global, à medida que atua na criação de espaços “seguros” para o capitalismo global. Em vez de vivenciar um mundo sem fronteiras – utopia de uma globalização cosmopolita desejada por muitos, cuja característica poderia ser a desregulação dos regimes de fronteira –, depara-se com a re-regulação neoliberal desses regimes, na qual os muros cumprem um papel fundamental de enclausuramento e imobilidade dos pobres (indesejados), sem interferir nos fluxos desejáveis de pessoas, conhecimento, mercadorias e capitais. Palavras-chave: Cosmopolitismo e globalização. Globalização neoliberal. Muros de fronteira. / ABSTRACT As its general purpose, this research sought to analyze the fencing processes registered in the last 30 years, in order to understand what they reveal about globalization and its potentialities. Regarding methodology, the work was based on indirect documentation, with further support in primary and secondary sources. A systematic review of the literature was carried out, which included reading and analyzing books, scientific papers published in journals, dissertations and academic theses on globalization, cosmopolitanism and the neoliberal expansion tendencies that deepened since the 1980s. The research is divided in a theoretical and analytical approach, developed mainly in the first two chapters, and an exploratory empirical approach, described in the third chapter; as a result, it was noted that the dynamics of fencing contradicts the cosmopolitan prism, according to which the processes of globalization consubstantiate the establishment of a window of opportunity for the reconfiguration of State sovereignty, in the sense of the emergence of a model of an international liberal sovereignty - or one with greater popular participation -, aimed at flexibilizing borders. The building of walls points to a distinct dialectic, that is, the flexibilization of State sovereignty by a transnational sovereignty with even less popular participation. Based on the analysis of the fencing dynamics and the decision processes on the construction of these walls, it was not verified that the globalization has acted in a way to create new locus or democratic bonds. It was concluded that the dynamics of raising new border walls are tainted by neoliberal rationality and caters to the deepening of the global neoliberal political project, as it participates in the creation of "safe" spaces for global capitalism. Instead of experiencing a world without borders - a utopia of a cosmopolitan globalization desired by many, whose characteristic could be the deregulation of border regimes -, society is faced with the neoliberal re-regulation of these regimes, in which the walls play a fundamental role in enclosuring and restraining the poor (the unwanted), without interfering with the desirable flows of people, knowledge, goods and capital. Keywords: Cosmopolitanism and globalization. Neoliberal globalization. Border walls.
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O São Paulo Agrário na era da globalização / The Agrarian São Paulo in the age of globalization / El São Paulo Agrario en la era de la globalización

Cubas, Tiago Egídio Avanço [UNESP] 22 March 2017 (has links)
Submitted by Tiago Egidio Avanco Cubas null (tiagotec_geo05@yahoo.com.br) on 2017-04-07T12:01:56Z No. of bitstreams: 1 TESE 2017 - TCubas - completo.pdf: 14261405 bytes, checksum: 2526b26930399b8169b20f039d7d78da (MD5) / Approved for entry into archive by Juliano Benedito Ferreira (julianoferreira@reitoria.unesp.br) on 2017-04-13T13:02:40Z (GMT) No. of bitstreams: 1 cubas_tea_me_prud.pdf: 14262239 bytes, checksum: 7e856af572d51eb7f7a7bcc3d0d77dcc (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-13T13:02:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 cubas_tea_me_prud.pdf: 14262239 bytes, checksum: 7e856af572d51eb7f7a7bcc3d0d77dcc (MD5) Previous issue date: 2017-03-22 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / A tese é um exercício em Geografia Crítica baseada na Cartografia Geohistórica Crítica (CGhC). Propomos trabalhar a cartografia temática em escala maior de análise que nos faz possível um rebatimento crítico com os sujeitos sociais nos trabalhos de campo. A partir disso o São Paulo Agrário, em Cubas (2012), é o objeto de nossas reflexões embasado na CGhC, onde compreendemos o estado de São Paulo a partir do movimento multiescalar Mundo-Brasil-São Paulo na fase do capitalismo neoliberal global. A globalização neoliberal atinge a América Latina, e por assim dizer o Brasil, em busca de abrir os mercados, aumentar a oferta de matérias-primas (tais como soja e cana e seus derivados) e liberar o acesso a terra para garantir o controle das classes hegemônicas, também por meio dos think tanks globais. Isso pode ser visto no estado de São Paulo oferecendo oportunidade de compreender essas dinâmicas. David Harvey fala do processo de acumulação via espoliação como a violência das classes hegemônicas contra os sujeitos sociais do campo numa ordem mundial de controle territorial, isso coloca em evidência a disputa territorial paradigmática entre classes sociais, os rentistas (um híbrido de latifundiários e capitalistas) e os camponeses no século XXI. Por isso, inspirado nos estudos de Karl Marx vislumbramos a questão central referente ao problema agrário brasileiro, a apropriação e uso do território evidenciando o conflito entre a terra como valor de troca (terra de negócio/especulação) versus a terra como valor de uso (terra de trabalho). A disputa territorial será examinada nesta tese de modo a explicitar o lugar do agronegócio e do campesinato na produção real dos principais cultivos, da geração de empregos e valor dessa produção, tendo em vista a crise do paradigma do agronegócio e a sua superação na proposição do paradigma agroecológico. A acumulação via espoliação no Brasil forjou um “povo sem-terra” que de modo destacado organizou-se, depois de 1984, em torno do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) na luta pela terra. Com as conquistas de terras e a evolução do debate sobre reforma agrária esse movimento aderiu a bandeira da agroecologia como paradigma tecnológico camponês. Nesse contexto, em São Paulo, juntou-se a uma cooperativa de SAFs (Sistemas Agroflorestais) em Barra do Turvo, a CooperaFloresta, onde começaram uma experiência de produção de alimentos agroecológicos que a partir de 2013 espacializou-se em uma rede de agroecologia agroflorestal por São Paulo e pelo Paraná. No estado de São Paulo a experiência cristalizada aconteceu no PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustável) Mario Lago, localizado no município de Ribeirão Preto, esta experiência é então um “espinho no pé” do agronegócio. A questão emblemática que envolve a formação desse assentamento do MST na “Capital do Agronegócio” e a experiência agroecológica agroflorestal são mais que a exceção, mas a intensificação da questão agrária espacializada ali. A partir dessa experiência agroecológica a tese oferece uma reflexão sobre o problema fundamental ainda hoje: reforma agrária e soberania alimentar para superação do capitalismo rentista. Nesse interím, será indispensável expor a experiência dos camponeses agrofloresteiros no estado de São Paulo, compreendendo os movimentos camponeses rebeldes na qualidade de protagonistas de novas bases para o uso da terra no Brasil e uma qualificação em novos elementos para debater a reforma agrária redistributiva. / FAPESP: 2012/25072-1
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Transformações e rumos no direito do trabalho: incidências no Mercosul

Dourado, Elcio Nunes 16 October 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:23:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Elcio Nunes Dourado.pdf: 771855 bytes, checksum: fe6bba043ce9039bcf03a74c284524e9 (MD5) Previous issue date: 2009-10-16 / This paper aims to analyze the main changes in the work relations and in the social rights macro regulatory. It s trying to understand the tendencies being forged in the MERCOSUL scope. This paper s background is the neoliberal globalization effects. The way the countries that are part of the MERCOSUL, as the others which are around it, deal with the Work Rights is the analysis reference of this paper, focusing on Brazil and Argentina. After a bibliographic research it was possible to analyze the modern tendencies of de-regulation and un-certification of work relations and the flexibilization of the rules that protect the workers, as an example, there are some mechanisms and processes which are harmful to the creation of the social including tools, of the less unequal distribution of the work social product. This flexibilization expects to construct a MERCOSUL that assure economic development with social justice and the increasing of life conditions of those who are in this regional group, as it s written in the Asuncion Agreement, and as an effort toward the human s rights and social justice / O objetivo do presente trabalho é analisar as principais alterações nas relações de trabalho e no marco regulatório dos direitos sociais, procurando entender as tendências que vão se forjando no âmbito do MERCOSUL, tendo como pano de fundo os efeitos da globalização neoliberal, e como referencial para a análise o tratamento dado ao Direito do Trabalho nos países que integram esse bloco econômico ou gravitam em torno dele, com enfoque central no Brasil e na Argentina. Através de pesquisa bibliográfica, analisou-se as tendências de desregulação e precarização das relações de trabalho e de flexibilização das normas protetoras dos trabalhadores, como mecanismos e processos prejudiciais à formação dos instrumentos de inclusão social, de distribuição menos desigual do produto social do trabalho, na perspectiva da construção de um MERCOSUL que cumpra o objetivo de assegurar desenvolvimento econômico com justiça social e a melhoria das condições de vida dos povos abrangidos por esse Bloco regional, conforme previsto no Tratado de Assunção, e como esforço em prol dos direitos humanos e da justiça social
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Transformações e rumos no direito do trabalho: incidências no Mercosul

Dourado, Elcio Nunes 16 October 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:57:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Elcio Nunes Dourado.pdf: 771855 bytes, checksum: fe6bba043ce9039bcf03a74c284524e9 (MD5) Previous issue date: 2009-10-16 / This paper aims to analyze the main changes in the work relations and in the social rights macro regulatory. It s trying to understand the tendencies being forged in the MERCOSUL scope. This paper s background is the neoliberal globalization effects. The way the countries that are part of the MERCOSUL, as the others which are around it, deal with the Work Rights is the analysis reference of this paper, focusing on Brazil and Argentina. After a bibliographic research it was possible to analyze the modern tendencies of de-regulation and un-certification of work relations and the flexibilization of the rules that protect the workers, as an example, there are some mechanisms and processes which are harmful to the creation of the social including tools, of the less unequal distribution of the work social product. This flexibilization expects to construct a MERCOSUL that assure economic development with social justice and the increasing of life conditions of those who are in this regional group, as it s written in the Asuncion Agreement, and as an effort toward the human s rights and social justice / O objetivo do presente trabalho é analisar as principais alterações nas relações de trabalho e no marco regulatório dos direitos sociais, procurando entender as tendências que vão se forjando no âmbito do MERCOSUL, tendo como pano de fundo os efeitos da globalização neoliberal, e como referencial para a análise o tratamento dado ao Direito do Trabalho nos países que integram esse bloco econômico ou gravitam em torno dele, com enfoque central no Brasil e na Argentina. Através de pesquisa bibliográfica, analisou-se as tendências de desregulação e precarização das relações de trabalho e de flexibilização das normas protetoras dos trabalhadores, como mecanismos e processos prejudiciais à formação dos instrumentos de inclusão social, de distribuição menos desigual do produto social do trabalho, na perspectiva da construção de um MERCOSUL que cumpra o objetivo de assegurar desenvolvimento econômico com justiça social e a melhoria das condições de vida dos povos abrangidos por esse Bloco regional, conforme previsto no Tratado de Assunção, e como esforço em prol dos direitos humanos e da justiça social
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. La multitude et le prolétariat depuis les Forums sociaux mondiaux de 2001 à 2016 : élaboration, actualisation et anticipations d'utopie. / The multitude and the proletariat since the World Social Forums from 2001 to 2016 : elaboration, actualization and anticipations of utopia / A multidão e o proletariado a partir dos Fóruns Sociais Mundiais de 2001 a 2016 : elaboração, atualização e antecipações de utopia

Carvalho Miranda Teixeira, Juliana 11 December 2017 (has links)
Au cours des années 1970, les forces politiques mondiales se sont engagées dans la course pour donner de nouveau du souffle à un projet capitaliste d’intégration internationale. Après la faillite du « lourd » modèle keynésien-fordiste, le consensus autour de l’adoption des principes néolibéraux pour faciliter la libéralisation des économies se réaffirme comme prémisse pour la survie de ce système. Cette facette du processus de globalisation impose la nécessité, au nom du marché et d’une politique d’intégration, d’ajustement des sociétés des pays tant du Sud que du Nord.Cependant, presque au même temps, déjà à la fin des années 1970, des groupes s’organisent pour protester contre la montée du néolibéralisme, contre la dette des pays sous-développés, contre la précarisation de la vie… dans une perspective plutôt anti-globalisation, devenu plus tard, altermondialiste (un autre monde est possible). Au plan théorique, pour les sciences sociales il s’agit de comprendre les enjeux de ces mobilisations aussi bien que les projets des sujets qui en sont engagés. Notre interrogation, en fait, partie de questions séparées (compréhension du mouvement altermondialiste et lecture critique de la théorisation de Negri) a permis de reprendre l’analyse d’un des mouvements politiques et sociaux majeurs de la période et de faire passer des théorisations au feu du besoin de comprendre ce mouvement avec sa dynamique et ses contradictions. L’idée directrice de cette thèse consiste à affirmer que les projets utopiques d’une transformation globale, altermondialistes ou anticapitalistes, qui s’esquissent de plus en plus avec le renforcement de la globalisation néolibérale, notamment après la plus récente crise du capitalisme mondial, met en cause l’usage de la conception imagée de la “multitude” telle qu’elle a été reformulée par les negristes. Cela a amené à mobiliser d’autres ressources de théoriciens qui montrent l’apport de Marx et sa pertinence pour mieux comprendre notre époque. Pour les negristes nous sommes devant l’action de la multitude d’inspiration spinoziste contre le pouvoir d’un Empire en crise ; pour nous, il importe d’actualiser sous une autre perspective, la notion marxienne du prolétariat en tant qu’expressive d’un être social et historique exploité, dominé et humilié à partir des contributions diverses de marxistes contemporains tels Georges Lukács, Ernst Bloch, Henri Lefebvre, Pierre Naville, Jean-Marie Vincent mais aussi de Michael Löwy, Flávio Farias, Atilio Borón, pour penser les figures de l’anticipation concrète en lutte contre les institutions de l’impérialisme global, orientées vers un nouvel avenir. Pour cela, ce travail de thèse qui porte en somme sur l’actualité de la catégorie-figure prolétariat en dépit de la conceptualisation negriste de l’image de la multitude, se divise en quatre grandes parties. En ce qui concerne les techniques de recherche de ce travail de thèse, un premier temps a été consacré à la lecture critique des principaux auteurs sur les concepts en question, à savoir l’Empire versus la multitude postmodernes. De même de certains auteurs marxistes du XXe siècle qui venaient appuyer notre hypothèse à propos de la pertinence à l’heure actuelle d’utiliser la catégorie de la lutte des classes. Nous mettons donc à contribution les auteurs qui ont traité la catégorie prolétariat en tant que figure qui subit l’oppression de l’impérialisme global, en vue de rendre un cadre catégoriel valable pour une sociologie des mouvements sociaux. / During the 1970s, world political forces embarked on the race to breathe new life into a capitalist project of international integration. After the bankruptcy of the "heavy" keynesian-fordist model, the consensus around the adoption of neoliberal principles to facilitate the liberalization of economies reaffirms itself as a premise for the survival of this system. This facet of the process of globalization imposes the necessity, in the name of the market and an integration policy, of the adjustment the societies of the countries of both the South and the North.However, almost at the same time, already in the end of the 1970s, groups organized to protest against the rise of neoliberalism, contra the debt of underdeveloped countries, contra the precariousness of life ... in a perspective rather anti-globalization, later become alter-globalist (another world is possible). On the theoretical level, for the social sciences it is a matter of understanding the stakes of these mobilizations as well as the projects of the subjects who are engaged. Our interrogation, in fact, part of separate questions (understanding of the alter-globalization movement and a critical reading of Negri's theorization) made it possible to resume the analysis of one of the major political and social movements of the period and to pass these theorizations by the real need to understand this movement with its dynamics and its contradictions.The main idea of this thesis consists in asserting that the utopian projects of a global transformation, alter-globalization or anti-capitalist, which are more and more outlined with the reinforcement of the neoliberal globalization, especially after the most recent crisis of the world capitalism, put in check the use of the pictorial conception of the "multitude" as it has been reformulated by the negrists. This has mobilized other resources of theorists who show the contribution of Marx and its relevance to better understand our time. For the negrists we are faced with the action of the multitude of spinozist inspiration against the power of an Empire in crisis; for us, it is important to update from another perspective the marxian notion of the proletariat as expressive of a social and historical being exploited, dominated and humiliated from the diverse contributions of contemporary marxists such as Georges Lukács, Ernst Bloch, Henri Lefebvre, Pierre Naville, Jean-Marie Vincent but also Michael Löwy, Flavio Farias, Atilio Borón, to think the figures of the concrete anticipation in struggle against the institutions of global imperialism, oriented towards a new future. For this reason, this thesis work, which in fact deals with the actuality of the proletarian category-figure despite the negrist conceptualization of the image of the multitude, is divided into four major parts.With regard to the research techniques of this thesis work, a first step was devoted to the critical reading of the main authors on the concepts in question, namely the Empire versus the postmodern multitude. So are some marxist writers of the twentieth century who supported our hypothesis about the relevance actual of updating the category of the class struggle. We therefore call on the authors who have treated the proletariat category as a figure who is undergoing the oppression of global imperialism, with a view to making a categorical framework valid for a sociology of social movements. / Ao longo dos anos 1970, as forças políticas mundiais se engajaram na corrida com vistas a conferir novo fôlego a um projeto capitalista de integração internacional. Após a falência do “pesado” modelo keynesiano-fordista, o consenso em torno da adoção dos princípios neoliberais para facilitar a liberalização das economias, se reafirma como premissa para a sobrevida desse sistema. Esta faceta do processo de globalização impõe a necessidade, em nome do mercado e de uma política de integração, de ajustamento das sociedades dos países tanto do Sul quanto do Norte. No entanto, quase ao mesmo tempo, já no fim dos anos 1970, vários grupos se organizam para protestar contra a escalada do neoliberalismo, contra a dívida dos países subdesenvolvidos, contra a precarização da vida... numa perspectiva antiglobalização, tornada mais tarde, altermundialista (um outro mundo é possível). No plano teórico, para as ciências sociais, trata-se de compreender as especificidades dessas mobilizações, assim como os projetos dos sujeitos engajados nessa perspectiva mobilizatória. Nossa interrogação, que de fato parte de questões separadas (análise do movimento altermundialista e leitura crítica da teorização de Negri), permitiu a retomada dessa análise acerca de um dos movimentos políticos e sociais mais expressivos da contemporaneidade e de passar essas teorizações pela real necessidade de compreender esse movimento com a sua dinâmica e suas contradições. A ideia diretriz dessa tese consiste em afirmar que os projetos utópicos de uma transformação global, altermundialista ou anticapitalistas, que se esboçam com o aprofundamento da globalização neoliberal, destacadamente após a mais recente crise do capitalismo mundial, coloca em xeque o uso da concepção imagética da “multidão” tal que ela foi reformulada pelos negristas. Isso levou a mobilizar outras fontes teóricas que demonstram que a contribuição de Marx e a pertinência desta para melhor compreender nossa época. Para os negristas estamos diante da ação da multidão de inspiração espinosista contra o poder de um Império em crise; para nós, importa atualizar sob outra perspectiva, a noção marxiana do proletariado como expressiva de um ser social e histórico explorado, dominado e humilhado a partir das contribuições diversas de marxistas contemporâneos tais George Lukács, Ernst Bloch, Henri Lefebvre, Pierre Naville, Jean-Marie Vincent e também Michael Löwy, Flávio Farias, Atilio Borón, para pensar as figuras da antecipação concreta em luta contra as instituições do imperialismo global, orientadas para um novo amanhã. Para tanto, esse trabalho de tese que trata em suma sobre a atualidade da categoria-figura proletariado em detrimento da conceitualização negrista da imagem da multidão, se divide em quatro grandes partes.No tocante as técnicas de pesquisa desse trabalho de tese, o primeiro tempo foi consagrado à leitura crítica dos principais autores sobre os conceitos em questão, a saber, o Império versus a multidão pós-modernos. Da mesma forma, de certos autores marxistas do século XX que vieram apoiar nossa hipótese a propósito da pertinência em nossos dias, em se utilizar a categoria luta de classes. Partimos então das contribuições dos autores que trataram a categoria proletariado enquanto figura que sofre a opressão do imperialismo global, em vista de tornar esse referencial teórico-metodológico, um quadro categorial válido para uma sociologia dos movimentos sociais.

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