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Melodia e prosódia: um modelo para a interface música-fala com base no estudo comparado do aparelho fonador e dos instrumentos musicais reais e virtuais / Melody and prosody: discussion about the tonal melodic system of categories by investigating some of the properties that are common to both the human vocal tract and to musical instruments - real or virtualCarmo Junior, José Roberto do 19 March 2007 (has links)
O presente estudo procura reconstituir o sistema de categorias da melodia tonal a partir da investigação de algumas propriedades comuns ao aparelho fonador humano e aos instrumentos musicais reais e virtuais. Analisando essas propriedades à luz da teoria Glossemática (Hjelmslev, 1975) e da fonologia prosódica (Nespor & Vogel, 1986), a investigação chegou aos seguintes resultados: (I) dado que o sistema musical e o sistema fonológico possuem categorias comuns, pode-se sustentar a existência de um parentesco genético entre expressão verbal e expressão musical; (II) os sistemas apresentam orientações opostas: no sistema fonológico das línguas naturais, a categoria dos segmentos (ou constituintes) é relativamente expandida, enquanto a categoria dos suprasegmentos (ou caracterizantes) é concentrada. Inversamente, no sistema da melodia tonal é a categoria dos suprasegmentos que é relativamente expandida, enquanto a categoria dos segmentos é concentrada, (III) o efeito de sentido característico da melodia tonal é fruto de uma configuração sintagmática de suprasegmentos(cronemas, tonemas e dinamenas) hierarquicamente organizados; (IV) outras categorias do sistema melódico (andamento, dinâmica e timbre) ocupam um papel à parte ne hieraquia melódica e são as principais responsáveis pelas marcas deixadas no enunciado pela instância intérprete do sujeito da enunciação. / This work aims to discuss the tonal melodic system of categories by investigating some of the properties that are common to both the human vocal tract and to musical instruments - real or virtual. The analysis of these properties from the standpoint of the Glossematics theory (Hjelmslev, 1975) and of the prosodic phonology (Nespor & Vogel, 1986) led us to the following results: (I) because the music system and the phonological system comprise common categories it is possible to establish a genetic kinship between verbal and musical expression; (II) both systems present opposite properties: in the phonological system of natural languages the segmental categories (or constitutives) are relatively expanded whereas the suprasegmental categories (or characterizers) are concentrated. Conversely, in the tonal melodic system the suprasegmental categories are the ones that are relatively expanded whereas the segmental categories are concentrated; (III) the characteristic meaning effect of tonal melodies comes as a result of a hierarchly structured syntagmatic configuration of suprasegments (chronemes, tonemes, dynamenes); (IV) other categories of the melodic system (tempo, dynamics, timbre) play a distinct role in the melodic hierarchy and are the main responsible for the marks left on the text by the performer instance of the enunciation subject.
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Melodia e prosódia: um modelo para a interface música-fala com base no estudo comparado do aparelho fonador e dos instrumentos musicais reais e virtuais / Melody and prosody: discussion about the tonal melodic system of categories by investigating some of the properties that are common to both the human vocal tract and to musical instruments - real or virtualJosé Roberto do Carmo Junior 19 March 2007 (has links)
O presente estudo procura reconstituir o sistema de categorias da melodia tonal a partir da investigação de algumas propriedades comuns ao aparelho fonador humano e aos instrumentos musicais reais e virtuais. Analisando essas propriedades à luz da teoria Glossemática (Hjelmslev, 1975) e da fonologia prosódica (Nespor & Vogel, 1986), a investigação chegou aos seguintes resultados: (I) dado que o sistema musical e o sistema fonológico possuem categorias comuns, pode-se sustentar a existência de um parentesco genético entre expressão verbal e expressão musical; (II) os sistemas apresentam orientações opostas: no sistema fonológico das línguas naturais, a categoria dos segmentos (ou constituintes) é relativamente expandida, enquanto a categoria dos suprasegmentos (ou caracterizantes) é concentrada. Inversamente, no sistema da melodia tonal é a categoria dos suprasegmentos que é relativamente expandida, enquanto a categoria dos segmentos é concentrada, (III) o efeito de sentido característico da melodia tonal é fruto de uma configuração sintagmática de suprasegmentos(cronemas, tonemas e dinamenas) hierarquicamente organizados; (IV) outras categorias do sistema melódico (andamento, dinâmica e timbre) ocupam um papel à parte ne hieraquia melódica e são as principais responsáveis pelas marcas deixadas no enunciado pela instância intérprete do sujeito da enunciação. / This work aims to discuss the tonal melodic system of categories by investigating some of the properties that are common to both the human vocal tract and to musical instruments - real or virtual. The analysis of these properties from the standpoint of the Glossematics theory (Hjelmslev, 1975) and of the prosodic phonology (Nespor & Vogel, 1986) led us to the following results: (I) because the music system and the phonological system comprise common categories it is possible to establish a genetic kinship between verbal and musical expression; (II) both systems present opposite properties: in the phonological system of natural languages the segmental categories (or constitutives) are relatively expanded whereas the suprasegmental categories (or characterizers) are concentrated. Conversely, in the tonal melodic system the suprasegmental categories are the ones that are relatively expanded whereas the segmental categories are concentrated; (III) the characteristic meaning effect of tonal melodies comes as a result of a hierarchly structured syntagmatic configuration of suprasegments (chronemes, tonemes, dynamenes); (IV) other categories of the melodic system (tempo, dynamics, timbre) play a distinct role in the melodic hierarchy and are the main responsible for the marks left on the text by the performer instance of the enunciation subject.
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O fazer texto : reflexões sobre o conceito de texto a partir de Hjelmslev e da aquisição de linguagem / El hacer texto : reflecciones sobre el concepto de texto a partir de Hjelmslev y de la adquisición de lenguajeCosta, Lucila Maria Oliveira da 31 August 2010 (has links)
El concepto de texto de Hjelmslev, considerado el punto de origen para la reflexión sobre el texto en la Lingüística moderna (cf. Bentes & Rezende, 2008), es marcado por lo que Badir (2005) llama de desesperación de insertarlo en la Glosemática sin tener que escapar a los supuestos del estructuralismo. Sin embargo, Hjelmslev presenta una visión en conflicto, ilustrativa del escollo de la separación forma/sustancia: el texto puede ser manifestación o sintagmática que manifiesta la paradigmática la lengua y, mientras se mantiene la lengua y la transforma en datos para Glosemática que retirará las formas lingüísticas (Hjelmslev, [1943] 2006). En este conflicto, surge un problema: la exclusión del hablante, condición para que exista un texto, sea como una forma manifiesta o como un dado que se realiza. Al igual que Saussure intentó detener este sujeto que insiste en volver, Hjelmslev lo excluye radicalmente, y por eso, hay un temblor en su definición de texto. Por lo tanto, es imperativo que haya la inclusión del sujeto en un concepto de texto procedente de la Lingüística. La naturaleza de este sujeto, sin embargo, debe ponerse en duda ya que hay poco espacio para que pueda ser considerado como sujeto epistémico. Es pensando en la naturaleza de este sujeto que la Adquisición del Lenguaje, más precisamente el Interaccionismo, que surgió de las reflexiones de De Lemos, es llamado a integrarse con Hjelmslev, iluminando, de esa manera, principalmente las producciones enigmáticas, no explicables por medio de la Lingüística Textual, pero que pueden ser consideradas textos, ya que son actos regidos por el esquema. / O conceito hjelmsleviano de texto, considerado ponto de origem para a reflexão sobre o texto na Linguística moderna (cf. BENTES & REZENDE, 2008), é marcado pelo que Badir (2005) chama de desespero de inseri-lo na Glossemática, sem haver a fuga aos pressupostos do estruturalismo. Contudo, Hjelmslev apresenta uma concepção conflituosa, ilustrativa do impasse da separação forma / substância: texto pode ser manifestação ou sintagmática que manifesta a paradigmática a língua-; e, ao mesmo tempo, realização da língua e, portanto, transformado em dado para a Glosssemática, que dele vai retirar as formas lingüísticas (HJELMSLEV, [1943] 2006). Neste conflito, transparece um problema: a exclusão do falante, condição para que um texto exista, seja como uma forma manifestada ou como um dado que é realizado. Da mesma forma que Saussure buscou deter esse sujeito que teima em retornar, Hjelmslev o exclui radicalmente e, por isso, há o abalamento de sua definição de texto. Assim, é imprescindível que se inclua o sujeito em uma concepção de texto advinda da Linguística. A natureza deste sujeito, porém, precisa ser problematizada já que resta pouco espaço para que ele seja pensado como sujeito epistêmico. É justamente pensando na natureza desse sujeito que a Aquisição de Linguagem, mais precisamente o Interacionismo, surgido das reflexões de De Lemos é convocado para integrar-se a Hjelmslev, iluminando, assim principalmente produções escritas de cunho enigmático, não explicáveis pela via da Linguística Textual, mas que podem ser consideradas textos, por serem atos regidos pelo esquema.
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