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Europa “não-cidadã”? : o lugar dos russos na construção estatal letã e estoniana no pós Guerra FriaMachado, Lauren January 2017 (has links)
Esse trabalho se ocupa do processo de construção dos Estados letão e estoniano após o fim da URSS, tendo como pano de fundo a exclusão da minoria russa residente nesses países. O objetivo da presente dissertação é compreender as razões para a existência de pessoas em um limbo social, político e jurídico, definidas como “não-cidadãs” no Báltico. Sugere-se que essa situação decorre da contradição inerente ao processo de independência de Letônia e Estônia no pós-Guerra Fria: por um lado, marcado por características próprias da constituição do Estado moderno excludente e, por outro, permeado pelas condicionalidades para associação às instituições europeias. A partir de uma perspectiva teórica pós-estruturalista, entende-se a construção dos Estados como uma prática performática resultante de relações de poder. No caso em tela, essas relações podem ser identificadas em nível “interno” e “externo”. Internamente, demonstra-se que a construção dos Estados letão e estoniano ocorreu por meio do estabelecimento de leis de cidadania excludentes contra a minoria russa, alimentada por um cenário político de legitimação das elites nacionais no poder. Em nível “externo”, a adequação dessa construção estatal excludente foi modificada pelos critérios para adesão às instituições europeias. Porém, paradoxalmente, essa pressão externa não foi suficiente para que as minorias russas adquirissem os direitos defendidos pelas instituições europeias, exatamente em razão de a própria identidade europeia ser construída a partir da oposição à Rússia. Por isso, o lugar dos “não-cidadãos” na construção estatal do Báltico é a fronteira moral entre o “interno” e o “externo”, o nacional e o pós-nacional. / This study deals with the construction process of the modern Latvian and Estonian states after the end of the USSR, using as a backdrop the exclusion of the Russian minority residing in these countries. This dissertation’s aim is to understand the reasons for the existence of people in a social, political and legal limbo, defined as "non-citizens" in the Baltic countries. It is suggested that this situation arises from the inherent contradiction in Latvia and Estonia’s independence process in the post-Cold War: on the one hand, marked by the characteristics constitution of the modern exclusionary State, and, on the other hand, permeated by membership conditionalities of European institutions. From a post-structuralist theoretical perspective, this study understands the construction of states as a performative practice resulting from power relations. In this case, these relationships can be identified internally and externally. Internally, it is demonstrated that Latvian and Estonian states’ construction occurred through the exclusionary citizenship laws establishment against the Russian minority, fueled by a political scenario of legitimizing the national elites in power. At the external level, the adequacy of this exclusionary state construction was modified by the criteria for membership of the European institutions. However, paradoxically, this external pressure was not enough for the Russian minorities to acquire the rights defended by the European institutions, precisely because the European identity itself was built from the opposition to Russia. Therefore, the place of the "non-citizens" in the construction of the Baltic States is the moral boundary between the internal and the external, the national and post-national.
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A United States Information Agency e sua ação no Brasil de 1953 a 1964 /Santomauro, Fernando. January 2015 (has links)
Orientador: Clodoaldo Bueno / Banca: James Woodard / Banca: Jean Tible / Banca: Reginaldo Nasser / Banca: Tullo Vigevani / O Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais é instituído em parceria com a Unesp/Unicamp/PUC-SP, em projeto subsidiado pela CAPES, intitulado "Programa San Tiago Dantas" / Resumo: As relações Brasil-Estados Unidos intensificaram-se a partir do século XX, também por causa dos intercâmbios promovidos pelos governos dos dois países, que levaram a uma convergência na forma de ver o mundo em vários momentos daquele período. O objetivo desta Tese é contar a história de parte dessas relações, a partir da segunda metade daquele século, no contexto da Guerra Fria, por meio da formação da United States Information Agency (USIA) em 1953, e sua atuação no Brasil até 1964, ano do golpe militar. A principal fonte para o desenvolvimento desta pesquisa foi a consulta aos documentos de arquivos norteamericanos e brasileiros em Washington DC, Nova York e Rio de Janeiro, além de estudos de personagens relevantes no período. A USIA, até então a agência norte-americana com maior representação no exterior, foi exemplo de como os Estados Unidos, mesmo em um dos momentos mais críticos de sua história, escolheu em investir e sofisticar os programas de informação e propaganda em outros países, como instrumento complementar à sua política externa. O caso da USIA no Brasil é emblemático, pela sua capacidade de agir, influenciando diversos e heterogêneos grupos da sociedade brasileira de acordo com o interesse norteamericano, durante um período fundamental na história política brasileira, entre os anos de 1953 e 1964. / Abstract: Brazil-United States relations had been intensified after the XXth Century, also because of the exchanges promoted by the governments of those countries, that led to a converging way of seeing the world in several times during this period. The purpose of this thesis is tell the history of part of those relations from the second half of that century, in the context of Cold War, through the formation of the United States Information Agency (USIA) in 1953, and its actions in Brazil until 1964, the year of the military coup d'etat. The main source for this thesis development was the consultation of the American and Brazilian archives in Washington DC, New York and Rio de Janeiro, and also of studies from relevant actors of that period. The USIA, until then the American agency with the broadest representation outside the country, was an example of how the United States, even in one of the most critics moments of its History, had made the choice of investing and sophisticating the information and propaganda programs in other countries, as an complementary tool of its Foreign Policy. The case of USIA in Brazil is emblematic, for its capacity of acting and influencing several and heterogeneous groups of the Brazilian society according to the American interest, during a fundamental period of Brazilian History, from 1953 to 1964. / Doutor
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Europa “não-cidadã”? : o lugar dos russos na construção estatal letã e estoniana no pós Guerra FriaMachado, Lauren January 2017 (has links)
Esse trabalho se ocupa do processo de construção dos Estados letão e estoniano após o fim da URSS, tendo como pano de fundo a exclusão da minoria russa residente nesses países. O objetivo da presente dissertação é compreender as razões para a existência de pessoas em um limbo social, político e jurídico, definidas como “não-cidadãs” no Báltico. Sugere-se que essa situação decorre da contradição inerente ao processo de independência de Letônia e Estônia no pós-Guerra Fria: por um lado, marcado por características próprias da constituição do Estado moderno excludente e, por outro, permeado pelas condicionalidades para associação às instituições europeias. A partir de uma perspectiva teórica pós-estruturalista, entende-se a construção dos Estados como uma prática performática resultante de relações de poder. No caso em tela, essas relações podem ser identificadas em nível “interno” e “externo”. Internamente, demonstra-se que a construção dos Estados letão e estoniano ocorreu por meio do estabelecimento de leis de cidadania excludentes contra a minoria russa, alimentada por um cenário político de legitimação das elites nacionais no poder. Em nível “externo”, a adequação dessa construção estatal excludente foi modificada pelos critérios para adesão às instituições europeias. Porém, paradoxalmente, essa pressão externa não foi suficiente para que as minorias russas adquirissem os direitos defendidos pelas instituições europeias, exatamente em razão de a própria identidade europeia ser construída a partir da oposição à Rússia. Por isso, o lugar dos “não-cidadãos” na construção estatal do Báltico é a fronteira moral entre o “interno” e o “externo”, o nacional e o pós-nacional. / This study deals with the construction process of the modern Latvian and Estonian states after the end of the USSR, using as a backdrop the exclusion of the Russian minority residing in these countries. This dissertation’s aim is to understand the reasons for the existence of people in a social, political and legal limbo, defined as "non-citizens" in the Baltic countries. It is suggested that this situation arises from the inherent contradiction in Latvia and Estonia’s independence process in the post-Cold War: on the one hand, marked by the characteristics constitution of the modern exclusionary State, and, on the other hand, permeated by membership conditionalities of European institutions. From a post-structuralist theoretical perspective, this study understands the construction of states as a performative practice resulting from power relations. In this case, these relationships can be identified internally and externally. Internally, it is demonstrated that Latvian and Estonian states’ construction occurred through the exclusionary citizenship laws establishment against the Russian minority, fueled by a political scenario of legitimizing the national elites in power. At the external level, the adequacy of this exclusionary state construction was modified by the criteria for membership of the European institutions. However, paradoxically, this external pressure was not enough for the Russian minorities to acquire the rights defended by the European institutions, precisely because the European identity itself was built from the opposition to Russia. Therefore, the place of the "non-citizens" in the construction of the Baltic States is the moral boundary between the internal and the external, the national and post-national.
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A United States Information Agency e sua ação no Brasil de 1953 a 1964Santomauro, Fernando [UNESP] 27 February 2015 (has links) (PDF)
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000838087.pdf: 3827471 bytes, checksum: 27628eeda4aca2d3d71b4c0e743b1e72 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / As relações Brasil-Estados Unidos intensificaram-se a partir do século XX, também por causa dos intercâmbios promovidos pelos governos dos dois países, que levaram a uma convergência na forma de ver o mundo em vários momentos daquele período. O objetivo desta Tese é contar a história de parte dessas relações, a partir da segunda metade daquele século, no contexto da Guerra Fria, por meio da formação da United States Information Agency (USIA) em 1953, e sua atuação no Brasil até 1964, ano do golpe militar. A principal fonte para o desenvolvimento desta pesquisa foi a consulta aos documentos de arquivos norteamericanos e brasileiros em Washington DC, Nova York e Rio de Janeiro, além de estudos de personagens relevantes no período. A USIA, até então a agência norte-americana com maior representação no exterior, foi exemplo de como os Estados Unidos, mesmo em um dos momentos mais críticos de sua história, escolheu em investir e sofisticar os programas de informação e propaganda em outros países, como instrumento complementar à sua política externa. O caso da USIA no Brasil é emblemático, pela sua capacidade de agir, influenciando diversos e heterogêneos grupos da sociedade brasileira de acordo com o interesse norteamericano, durante um período fundamental na história política brasileira, entre os anos de 1953 e 1964. / Brazil-United States relations had been intensified after the XXth Century, also because of the exchanges promoted by the governments of those countries, that led to a converging way of seeing the world in several times during this period. The purpose of this thesis is tell the history of part of those relations from the second half of that century, in the context of Cold War, through the formation of the United States Information Agency (USIA) in 1953, and its actions in Brazil until 1964, the year of the military coup d'etat. The main source for this thesis development was the consultation of the American and Brazilian archives in Washington DC, New York and Rio de Janeiro, and also of studies from relevant actors of that period. The USIA, until then the American agency with the broadest representation outside the country, was an example of how the United States, even in one of the most critics moments of its History, had made the choice of investing and sophisticating the information and propaganda programs in other countries, as an complementary tool of its Foreign Policy. The case of USIA in Brazil is emblematic, for its capacity of acting and influencing several and heterogeneous groups of the Brazilian society according to the American interest, during a fundamental period of Brazilian History, from 1953 to 1964.
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África do Sul e Brasil : dois caminhos para a transição ao pós-Guerra Fria - 1984-1994Pereira, Analúcia Danilevicz January 2007 (has links)
As mudanças implementadas nas políticas externas sul-africana e brasileira a partir dos anos 1990 têm sido acompanhadas por parte de diplomatas e acadêmicos. A África do Sul e o Brasil são grandes países em vias de desenvolvimento e estão se posicionando como potências regionais, constituindo espaços qualificados e pólos específicos nos marcos de um sistema multipolar. No final dos anos 80, em um quadro extremamente desfavorável, o Brasil, após um longo período, volta a eleger seu presidente da República. O sistema internacional, nesse contexto, atravessa um momento de intensas transformações com as perspectivas do final da bipolaridade. Diante desse novo quadro internacional que se anuncia, Fernando Collor de Melo passa a efetivar, em termos de política exterior, uma revisão nas tradicionais linhas diplomáticas. O período de transição democrática, portanto, situa-se entre duas fases bem definidas: anteriormente, o paradigma diplomático do regime militar e, depois, a inserção neoliberal no período da globalização, iniciada pelo governo Fernando Collor de Mello. Trata-se, portanto, de dois momentos diferenciados que constituem importância fundamental para o entendimento das relações exteriores do Brasil. A África do Sul, a seu turno, apresenta uma das evoluções mais singulares da História Contemporânea. Nesta sociedade, uma espécie de “colonialismo interno” criou um sistema de opressão institucionalizada contra a maioria negra e, em menor medida, mestiça e asiática, que foi tolerada pelo Ocidente durante a Guerra Fria, por razões geopolíticas. Curiosamente, o fim da bipolaridade seria o ponto culminante da crise do Apartheid, abrindo espaço para uma transição negociada, embora extremamente difícil, rumo à democracia. O governo do African National Congress (ANC), encabeçado por Nelson Mandela, acabou com a segregação jurídico-política e reinseriu o país no contexto das nações. Novamente “africana”, a África do Sul pôde tornar-se uma potência regional capaz de contribuir para o desenvolvimento da África Austral e do Terceiro Mundo, através da Cooperação Sul-Sul e da defesa dos seus valores. Todavia, a estrutura sócio-econômica, com suas formas particulares e impessoais de marginalização, bem como os interesses internacionais a ela vinculados, tem se mostrado muito resistente e difícil de alterar. Mais ainda, um governo progressista, atrelado a políticas neoliberais e a necessidades objetivas (nacionais e internacionais) do poderoso business branco, não deixa de sofrer um progressivo desgaste. Contudo, é inegável a construção de um novo cenário sócio-político, com a multiplicidade de atores e a participação da maioria da população, outrora “não-cidadã”, e a geração de novas contradições. Desta forma, este impactante país, em que contrasta o convívio da modernidade com o subdesenvolvimento, ainda se encontra em transição, em busca de um novo modelo societário. O movimento de reordenamento internacional dos anos 1970 e 1980 teve um significado específico para os países que alcançaram o status de Potências Médias e aqueles de industrialização recente. A partir desse movimento é que se definiram os processos específicos que atingiriam a base da política externa sul-africana e brasileira. O rompimento das regras econômicas vigentes desde o pós-guerra, acrescido à rápida mudança tecnológica nos anos 1970 e 1980, a distensão estratégica e o final da Guerra Fria na segunda parte dos anos 1980, foram os dois principais fenômenos que tiveram impacto sobre a definição do posicionamento externo das Potências Médias e dos países recém-industrializados. Em decorrência desse processo, alteram-se aspectos importantes do ordenamento internacional e, conseqüentemente, a dinâmica, as formas, os instrumentos e as estratégias internacionais dos Estados. Dentro desse contexto, África do Sul e Brasil recebem o impacto dessas transformações que viriam a afetar significativamente a sua inserção internacional. / The changes promoted in the South-African and Brazilian foreign policies since the 1990’s have been followed by diplomats and academics throughout the world. South Africa and Brazil are developing countries and they have placed themselves as regional forces building qualified spaces and specific poles in terms of a multipolar system. In the end of the 1980’s, when facing a dificult situation, Brazil finally elects a president after a long period of military government. The international system, in this context, faces a moment of intense changes with the perspectives of the end of the bipolarity. Based on this international scenery that arouses, Fernando Collor de Melo rules, in terms of foreign policy, a review in the traditional diplomatic approaches. Therefore, the period of democratic transition is placed between two distinct moments: earlier, the military government diplomatic paradigm; later, the neo-liberal insertion in the globalization period, started up by Fernando Collor de Melo. As a result, there are two distinct moments that make crucial importance to the understanding of Brazil foreign relations. South Africa, on the other hand, presents a singular evolution in the comtemporary history. In this society, a kind of “internal colonialism” created an established oppression system against the majority of black people and, up to a certain level, half-blooded and asiatic, which was tolerated by the western countries during the Cold War because of geopolitical reasons. Curiously, the end of the bipolarity would be the edge of the Apartheid crisis, creating the opportunity for a negociable transition, yet extremely dificult, towards democracy. The African National Congress (ANC) government, leaded by Nelson Mandela, finished with the juridical-political segregation and reinserted the country in the context of the nations. “African” again, South Africa was allowed to become a regional force able to contribute for the third world and southern african development based on the South-South Cooperation and on the defense of their values. However, the social economical structure, containing exclusion processes on its own and international interests linked to them, has presented itself resistant to changes. Moreover, a progressist government linked to neo liberal policies and to objective needs (either national or international) from the powerful white business is unable to avoid a progressive abrasion. Yet, is undeniable the construction of a new social political scenery which counts on the multiplicity of actors and the co-peration of the majority of the population considered not-citizen in other times and the generation of new contraditions. In this way, this peculiar country, where the contrast betweem the modern and the poverty is a reality, is still in transition, seeking for a new social model. The movement of international rearrengement in the 1970’s and 1980’s had a specific meaning for the countries that reached the Medium Forces status and recent industrialization. From this moment on were defined the specific processes which would touch the base of South African and brazilian foreign policies. The rupture of the economic rules standing since the end of the War and the rapid technological changes in the 1970’s and 1980’s, the strategic distension and the end of the Cold War in the middle 1980’s were the two main phenomenons that had impact on the definition of the Medium Forces and just industrialized countries foreign policies. As a result, important aspects of the international arrangement change and, consequently, the dynamic, the instruments and the State international approaches also change. In this context, South Africa and Brazil receive the impact of these changes that would affect their international reinsertion.
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O estado beligerante : um estudo da formação do conceito na obra de Fred J. Cook e de Herbert Marcuse /Carvalho, Débora Cristina de. January 2010 (has links)
Orientador: Milton Lahuerta / Banca: Vera Alves Cepeda / Banca: Robespierre de Oliveira / Banca: Luiz Antonio Calmon Nabuco Latória / Banca: Luis Fernando Ayerbe / Resumo: Este trabalho pretende investigar a formação do conceito de Warfare State, traduzido para o português como Estado Militarista (no livro de F.J.Cook) e como "Estado beligerante" (no livro A ideologia da sociedade industrial. O homem unidimensional de Herbert Marcuse.) A pesquisa tenta mostrar como Cook formulou originalmente tal conceito e como ele foi configurado em sua obra, a fim de mostrar, em seguida, como H Marcuse se apropriou dele em sua obra para conceber uma das dimensões da sociedade unidimensional. Após a análise comparativa das duas obras e do confronto entre elas, que as esclarece mutuamente, a pesquisa tentará ainda mostrar tanto como deve ser entendido o conceito de sociedade unidimensional quanto à atualidade do conceito de Estado Beligerante. / Abstract: This research studies the nature and the history of the concept The Warfare State in the book The Warfare State, writing by Fred J.Cook in 1962 and in the book of Herbert Marcuse One dimensional-man, writing in 1964. / Doutor
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Esquerda e Forças Armadas no Brasil do pós-guerra fria.Paschoalino, Roselene Aparecida 10 March 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004-03-10 / No Brasil dos anos noventa, não é raro encontrar uma aparente aproximação de
pontos de vista de membros de partidos de esquerda, por um lado, e chefes militares por
outro, quando se trata da necessidade de fortalecer a soberania nacional e de defender a
Amazônia. Com efeito, é às vezes difícil distinguir o discurso da esquerda do discurso
militar sobre a defesa nacional. Repetidas vezes a esquerda brasileira tem saído em apoio
das reivindicações militares e, por sua vez, os militares reconhecem o apoio dos
parlamentares de esquerda, conferem-lhes condecorações militares e até mesmo defendem,
como vimos recentemente, o nome de um desses parlamentares para o Ministério da
Defesa, como foi o caso do deputado federal pelo PC do B SP, Aldo Rebelo, afinal
escolhido para líder do Governo Lula na Câmara dos Deputados. Tal aproximação, só
parece possível no quadro das transformações ocorridas a partir do final dos anos oitenta: o
avanço da globalização, o colapso do socialismo, o fim da União Soviética e da ameaça
comunista e o surgimento dos Estados Unidos como única superpotência. No entanto, essa
possível convergência entre esquerda e Forças Armadas, mesmo que nas questões de defesa
nacional e preservação da soberania, é tema bastante polêmico, por se tratar de dois atores
que, no passado recente, chegaram ao confronto armado. Isto fica claro especificamente no
episódio da Guerrilha do Araguaia (1972 1975).
Contudo, na atualidade é interessante destacar a preocupação de ambos esses atores
com o papel que os Estados Unidos estariam tentando impor às Forças Armadas, de países
como o Brasil, procurando transformá-las em Guardas Nacionais ou em simples milícias.
Dessa forma, é na oposição aos Estados Unidos como única potência mundial e na
defesa da soberania nacional que se dá a aproximação entre esquerda e Forças Armadas nos ...
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Representações da Guerra Fria nas histórias em quadrinhos Batman – O Cavaleiro das Trevas e Watchmen (1979-1987)Krakhecke, Carlos André January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / This dissertation aims to analyze the Cold War representations during the 1980’s in the graphic novels The Dark Knight Returns and Watchmen, released between 1986 and 1987. To that end, this work has been divided into three chapters. In chapter 1, changes in the historical field, especially through the political and cultural history, were observed in order to define how the graphic novels themselves could be considered historical resources. In chapter 2, an overview of the superhero comics is made, relating them to the Cold War, especially on what is related to the “Reagan Era”, establishing a counterpoint with the ideas of the pacifist movement. The plots and characters of the analyzed graphic novels are also studied. Finally, in the last chapter, an analysis was made about the representations of the Cold War in Watchmen and The Dark Knight Returns, from the following points of view: conflict between USA and USSR, war between United States and Soviet Union, and nuclear apocalypse. The conclusions are that these graphic novels criticize North American politics during the Cold War discourse. / Esta dissertação tem por objetivo analisar as formas de representação da Guerra Fria durante a década de 1980 nas histórias em quadrinhos Batman – O Cavaleiro das Trevas e Watchmen lançadas entre 1986 e 1987. Para tanto, este trabalho foi divido em três capítulos. No capítulo 1 observamos as mudanças no campo histórico, especialmente na história política e cultural, de modo a definir de que maneira as HQs poderiam se constituir em fonte histórica. No segundo capítulo realiza-se um histórico das HQs de super-heróis relacionando-as com o contexto de Guerra Fria, principalmente na conjuntura da chamada "Era Reagan", estabelecendo-se um contraponto com as idéias do chamado movimento pacifista; abordamos ainda os enredos e personagens das HQs analisadas. Por fim, no último capítulo, realizamos uma análise sobre as representações da Guerra Fria em Watchmen e Batman – O Cavaleiro das Trevas, a partir dos seguintes temas: confrontação entre EUA e URSS, guerra entre Estados Unidos e União Soviética e apocalipse nuclear. Conclui-se que esses quadrinhos representam em suas páginas o discurso da Guerra Fria de maneira crítica em relação à política norte-americana.
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As luzes no céu e a guerra fria: do limiar do conflito ao imaginário sobre os discos voadores 1945-1953Giaconetti, Milton José January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / The phenomenon of Lights in the Sky refers to documentary sources, and humanity has always been concerned about reporting it from antiquity through modern times. This dissertation, whose central theme is about the imaginary of this phenomenon, was inspired by a fisherman’s account in Praia do Rosa, Santa Catarina. Early in the 1950’s he reported having experienced and felt the effects of light shaped like a bottle coming from the sky at the north end of the beach. That account soon became a trigger for this research. It was observed that, at least in the capitalist world and especially in big urban areas, the phenomenon was one of the main social concerns of that time. But how could that social reality be analyzed and be demonstrated from a historiographic viewpoint? Through the History of the Imaginary and analysis and understanding of that period of time –the same as the first phase of the Cold War (1947-1953) – the following objectives and chapters have been developed. As the theme of this dissertation is inserted in the Cold War reality, the construction of the conflict was highlighted in the first chapter (1945-1949), as well as the subsequent Nuclear threat, which generated in the imaginary of the West fierce apprehension about what the Soviet government would or not be planning for the capitalist countries. Considering that imaginary, the appearance of a new form of light in the sky – the image of a flying saucer – was pointed out in the second chapter (1947-1951). The reports and rumors of that image constituted a phenomenon of the Cold War because those societies came to believe it was a Soviet invasion machine as well as an extraterrestrial one. This chapter still demonstrated one of the main objectives of this paper: the social impact the accounts of the phenomenon had on the West. In the last chapter, aside from social interest - especially Brazilian - having been evidenced through the media on the phenomenon of the Lights in the Sky of flying saucers, it was demonstrated how governments, especially the United States, used the imaginary about the phenomenon in their policies. Something governments still seem to do today. / O fenômeno sobre as Luzes no Céu é pertencente às fontes documentais, e a humanidade sempre preocupou-se em relatá-lo, desde a antiguidade aos dias atuais. A presente dissertação, cujo tema central é o imaginário sobre o fenômeno, teve como sua inspiração o relato de um pescador da Praia do Rosa, Santa Catarina, ao qual, no início dos anos 1950, teria presenciado e sofrido, no canto norte daquela praia, a ação de uma luz em forma de garrafa vinda do céu. Aquele relato logo transformou-se num catalisador para esta pesquisa, a qual observou, que, ao menos no mundo capitalista, principalmente nos grandes centros urbanos, o fenômeno era uma das principais preocupações sociais daquele período. Mas como analisar aquela realidade social e demonstrá-la na óptica historiográfica? Através da História do Imaginário e da análise e compreensão da época – a mesma pertenceu à primeira fase da Guerra Fria (1947-1953) –, desenvolveu-se então para este estudo os seguintes objetivos e capítulos. Como o tema desta dissertação inseriu-se na realidade da Guerra Fria, foi destacado, no primeiro capítulo, a construção do conflito (1945-1949) e sua conseqüente ameaça Nuclear, a qual produziu no imaginário ocidental a apreensão sobre o que o governo soviético estaria ou não planejando para os países capitalistas. Diante daquele imaginário, destacou-se no segundo capítulo (1947-1951) o surgimento de uma nova forma de luz no céu, a imagem do disco voador, cujos relatos e boatos constituíram-se num fenômeno da Guerra Fria, pois aquelas sociedades passaram a imaginá-la como uma máquina invasora soviética; e também, extraterrestre. O módulo demonstrou ainda um dos principais objetivos deste trabalho: o impacto social que os relatos sobre o fenômeno causaram no Ocidente. No último capítulo, além do mesmo ter constatado através dos meios de comunicação, o interesse social, em especial do público brasileiro, pelo fenômeno das Luzes no Céu dos discos voadores, foi demonstrado como os governos, principalmente o dos Estados Unidos, utilizaram o imaginário sobre o fenômeno em suas políticas. Uma prática que os governos atuais parecem ainda fazer.
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Esperança e Medo : a Guerra Fria e as relações Brasil-Estados Unidos no Congresso Nacional (1961-1964)Fares, Seme Taleb 07 March 2014 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, 2014. / Submitted by Thaís Monique de Queiroz Sousa (thaismoniquesmv@hotmail.com) on 2014-07-11T15:12:46Z
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2014_SemeTalebFares.pdf: 2168976 bytes, checksum: 4d493f566246b736ee49d6940fdfc1bd (MD5) / Propõe-se neste estudo analisar o debate político acerca das relações internacionais do Brasil a partir do Congresso Nacional durante os governos de Jânio Quadros e João Goulart (1961-1964), no que tange especificamente aos modelos de desenvolvimento econômico e às relações com os Estados Unidos no contexto da Guerra Fria. Para isso, é proposta uma divisão inicial dos agrupamentos políticos, de acordo com a Política Externa Independente (PEI) de Quadros e Goulart, entre americanistas e antiamericanos. No decorrer do período, as conexões entre políticas doméstica e internacional foram sobrepujadas em decorrência da Guerra Fria e da luta contra o comunismo, por insistência dos americanistas. Por outro lado, os antiamericanos procuraram enfatizar que o tema principal do debate político deveria se assentar no projeto de desenvolvimento econômico brasileiro. O grau de percepção do risco comunista no interior do Brasil, tanto da parte de Washington como dos americanistas, testemunhou um processo de crescimento à medida que chegava ao fim o governo Goulart. As primeiras ações da PEI quanto ao restabelecimento das relações diplomáticas com o Bloco Socialista e a defesa intransigente dos princípios da não-intervenção e da autodeterminação dos povos para a questão cubana, entre outras, catalisaram as suspeitas contra o governo e os parlamentares que faziam a sua defesa de que tratava de um movimento de bolchevização do Brasil, de acordo com a lógica da bipolaridade. O golpe civil-militar de abril de 1964, sob o pretexto do risco iminente do comunismo a partir do governo, significou também a eliminação na prática de parte substantiva da bancada antiamericana no Congresso Nacional, considerada comunista ou filo-comunista pelo novo regime. Ao fim, a Guerra Fria condicionou sobremaneira os acontecimentos do período, ao superdimensionar o medo comunista no País e ligar os interesses estratégicos dos Estados Unidos com os rumos da política doméstica brasileira. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This research aims to analyze the political debate about the Brazilian international relations from the Congress‟ perspective during the governments of Jânio Quadros and João Goulart (1961-1964), especially with regard to the economic development models and the bilateral relations with the United States in the context of the Cold War. For that purpose, it is proposed an initial division of the political groups, according to the Independent Foreign Policy of Quadros and Goulart, between Americanists and anti-Americanists. During the period, the connections between domestic and international policies were overwhelmed due to the Cold War and the fight against the communism, at the insistence of Americanists. At the other hand, anti-Americanists sought to emphasize that the main topic of political debate should be based on the project of Brazil‟s economic development. The degree of perceived risk within communism inside Brazil, both of Washington as of the Americanists, witnessed a growth process as the government of Goulart was reaching its end. The first steps of the foreign policy of Quadros and Goulart, as the restoration of diplomatic ties with the Socialist Bloc and the tough defense of the principles of nonintervention and self-determination for the Cuban affair, among others, have catalyzed the suspicions against the government and the congressmen who backed this line as a movement in the direction of the bolshevization of Brazil, according to the logic of bipolarity. The civilian-military coup of March 1964, under the argument of imminent threat of communism from the government elements, also meant the virtual elimination of substantive part of the anti-American caucus in Congress, seen as communist or philocommunist by the new regime. At the end, the Cold War greatly conditioned the events of the period, oversizing the communist fear inside Brazil and, at the same time, connecting the strategic goals of the United States with the Brazilian domestic policy‟s dynamic.
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