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Missão de estabilização das Nações Unidas no Haiti (2004-2011): problemas, progressos e desafiosMontenegro, Bruno Márcio Patrício [UNESP] 26 June 2013 (has links) (PDF)
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montenegro_bmp_me_mar.pdf: 1494474 bytes, checksum: 941af1d07be0502f85bd6b6ebbbc48a9 (MD5) / Este trabalho tem como objetivo principal compreender a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH), promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) no período que compreende de 2004 a 2011, através da análise de seu mandato e das suas três principais áreas de atuação, a saber: manutenção da ordem e da segurança; estabilização política e governança; e direitos humanos. Buscou-se entender os problemas que fazem com que o Haiti não dê sinais de recuperação e procurou-se identificar os progressos e desafios da operação na busca pela reconstrução do Haiti / This study aims to understand the Mission to the United Nations Stabilization in Haiti (MINUSTAH), promoted by the United Nations (UN) during the period covered 2004 to 2011, through the analysis of its mandate and its three areas of action, namely: maintaining order and security; stabilization policy and governance; and human rights. We sought to understand that make Haiti does not show signs of recovery and tried to identify the progress and challenges of the operation in search to rebuild Haiti
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Missão de estabilização das Nações Unidas no Haiti (2004-2011) : problemas, progressos e desafios /Montenegro, Bruno Márcio Patrício. January 2013 (has links)
Orientador: Héctor Luis Saint-Pierre / Banca: Suzeley Kalil Mathias / Banca: Eduardo Mei / O Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais é instituído em parceria com a Unesp/Unicamp/PUC-SP, em projeto subsidiado pela CAPES, intitulado "Programa San Tiago Dantas". / Resumo: Este trabalho tem como objetivo principal compreender a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH), promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) no período que compreende de 2004 a 2011, através da análise de seu mandato e das suas três principais áreas de atuação, a saber: manutenção da ordem e da segurança; estabilização política e governança; e direitos humanos. Buscou-se entender os problemas que fazem com que o Haiti não dê sinais de recuperação e procurou-se identificar os progressos e desafios da operação na busca pela reconstrução do Haiti / Abstract: This study aims to understand the Mission to the United Nations Stabilization in Haiti (MINUSTAH), promoted by the United Nations (UN) during the period covered 2004 to 2011, through the analysis of its mandate and its three areas of action, namely: maintaining order and security; stabilization policy and governance; and human rights. We sought to understand that make Haiti does not show signs of recovery and tried to identify the progress and challenges of the operation in search to rebuild Haiti / Mestre
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Governando o Haiti: colonialidade, controle e resistência subalternaDalberto, Germana January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / This thesis is dedicated to understanding the relationships of coloniality that have operated government practices during and after the colonization of Haiti, showing the control techniques imposed by the intervening governments and the Haitian resistance struggles in response to the colonial violence. We seek to explore, in the central episodes of Haitian history, the successive security and criminalization policies undertaken by numerous foreign occupations, which, under the guise of chaos and proclaiming the need to restore order in a country of “Blacks unable to govern themselves” (Pierre-Charles. 1977:183), land their troops and proceed to the military/police occupation of the land, intimidating the movement of Haitian masses. As in colonial times, recent interventions make use of an ethnocentric discourse on the crisis of the Haitian state institutions, especially the ones related to public security, to legitimize and combat the “threat” that a country without a strong criminal apparatus represents, according to the Western model, to international security. We explore new criminological possibilities, incited by the concept of coloniality of power to understand the control techniques and the violence imposed during and after the Haitian colonization. We are interested in thinking about these practices of oppression from the standpoint of those who suffered their effects, focusing on how the security apparatus were instrumentalized/shaped by colonization policies aiming to deepen the colonial split and the binary logic inherent to them. Finally, we explore how relations of coloniality are established and invigorated by the security policies of the United Nations. We seek to understand how the UN program aimed at establishing Western institutions of crime control in “unstable” and “unsafe” countries is part of a wider movement for democratization/pacification of peripheral governments, led and intensified by the international security regime after the Cold War. We discuss how these pro-democracy interventions were made in the haitian nation, with special focus on the governance techniques implemented by the United Nations Mission for the Stabilization of Haiti (MINUSTAH). / Esta dissertação dedica-se a compreender as relações de colonialidade que têm operado as práticas de governo durante e após a colonização do Haiti, evidenciando as técnicas de controle impostas pelos governos intervenientes e as lutas de resistência levantadas pelos haitianos em resposta à violência colonial. Buscamos explorar, nos episódios centrais da história haitiana, as sucessivas políticas de segurança e criminalização empreendidas pelas numerosas ocupações estrangeiras, que, sob o pretexto do caos e proclamando a necessidade de restaurar a ordem em um país de “negros incapazes de se governarem” (Pierre-Charles, 1977:183), desembarcam suas tropas e procedem à ocupação militar/policial do terreno, intimidando sob todas as formas o movimento das massas haitianas. Como no tempo colonial, as recentes intervenções valem-se de discursos etnocêntricos sobre a crise das instituições do Estado haitiano, especialmente as de segurança pública, para se legitimarem e combaterem a “ameaça” que um país sem aparatos penais fortes representaria, conforme o modelo ocidental, à segurança internacional. Procuramos explorar as novas possibilidades criminológicas, incitadas pelo conceito de colonialidade do poder, de compreender as técnicas de controle e as violências impostas durante e após a colonização haitiana. Interessa-nos pensar essas práticas de opressão a partir dos que sofreram seus efeitos, procurando descrever como os aparatos de segurança foram instrumentalizados/moldados pelas políticas de colonização com o objetivo de aprofundar a cisão colonial e o binarismo que lhes são inerentes. Ao final, exploramos como as relações de colonialidade são estabelecidas e revigoradas pelas políticas de segurança das Nações Unidas. Busca-se compreender como o programa da ONU voltado ao estabelecimento de instituições ocidentais de controle do crime em países “instáveis” e “inseguros”, se insere num amplo movimento de democratização/pacificação de governos periféricos, conduzidos e intensificados pelo regime de segurança internacional após o fim da Guerra Fria. Abordamos como essas intervenções pró-democracia se fizeram na nação haitiana, com enfoque especial nas práticas de governo implementadas pela Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH).
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“Nou led, nou la!” : “estamos feios, mas estamos aqui!” : assombros haitianos à retórica colonial sobre pobrezaMarques, Pâmela Marconatto January 2017 (has links)
A geografia de hegemonias e subalternidades pautada na lógica colonial foi atualizada, ganhando complexidade, no contexto pós 2ª Guerra Mundial, com a criação da Organização das Nações Unidas e, com ela, uma agenda de desenvolvimento a ser seguida pelos países do recém rebatizado “3º mundo” que exigia indicadores, relatórios, diagnósticos e, no limite, intervenções diretas. Um dos resultados dessa corrida pela “medição do mundo” foi a sistematização de uma listagem daqueles que seriam seus 50 países mais pobres, inicialmente chamada “lista de países inviáveis” ou “fracassados”. Entre as consequências mais expressivas do ônus de figurar nessa listagem de países está o fato de que, uma vez ali, a soberania nacional fica “relativizada”, dando ensejo a todo tipo de intervenção internacional “terapêutica”, a ser administrada pelas potências do Norte. Assim, entendemos que mesmo o Sul conta com uma periferia ainda mais profundamente subalternizada e silenciada, localizada, em sua maioria, no continente africano, com alguns representantes no Oriente Médio e apenas um caso nas Américas: o Haiti. A questão dessa tese é que esses países “menos avançados” perderam seu “lugar de enunciação”, deslegitimados pelo suposto “fracasso” na execução de um projeto de cuja definição sequer participaram. Não nos parece coincidência o fato de a maioria deles localizar-se no continente africano. A consequência dessa maquinaria é o silenciamento dos saberes e práticas desse continente e sua diáspora, desperdiçados como produtores de alternativas aptas a serem compartilhadas e traduzidas entre os povos do Sul. Esses saberes desperdiçados não se restringem a práticas cotidianas, resultado de saberes tradicionais compartilhados de forma oral entre as gerações (algo que se espera do Sul, que se tolera do Sul e que compõe o acervo imaginário de contribuições possíveis quando se concebe a diferença como corpo dócil), mas também se estendem a saberes tipicamente atribuídos ao Norte, como as narrativas científicas e literárias. Com o intuito de enfrentar esse problema, o presente trabalho de tese está organizado em dois capítulos. No primeiro, apresenta-se um conjunto de vestígios capazes de sugerir que aquilo que se convencionou chamar de pobreza não é um “fato inerte da natureza”, “não está meramente ali”, mas trata-se de uma ideia que porta uma narrativa, um imaginário, uma estética e um vocabulário que lhe dão realidade em e para determinado grupo e contexto histórico-político. A partir da ideia de pobreza como lugar vazio é que o lugar de enunciação do intelectual haitiano – um dos cinquenta países mais pobres do mundo – torna-se, no limite, impossível. No segundo, apresentaremos a obra de intelectuais haitianos como Antenor Firmin, Jean Price-Mars, Jacques Roumain e René Depestre, que desafiaram o cânone europeu, entrando com eles em franca disputa, em um marco que podemos considerar antirracista e anticolonial. / The geography of hegemonies and subalternities based on the colonial logic was updated, gaining complexity, in the post World War II context, with the creation of the United Nations and with it a development agenda to be followed by the countries of the recently renamed "3rd World" that required indicators, reports, diagnoses and, in the limit, direct interventions. One of the results of this race for "measuring the world" was the systematisation of a list of those which would be the 50 poorest countries. Among the most significant consequences of the burden of appearing in this list of countries is the fact that, once there, national sovereignty becomes "relativized", giving place to all kinds of international "therapeutic" intervention, to be administered by the powers of the North. Thus, we understand that even the South has an even more profoundly subalternized and silenced periphery, located mostly in the African continent, with some representatives in the Middle East and only one case in the Americas: Haiti. The point of this thesis is that these "least advanced" countries lost their "place of enunciation", delegitimized by the supposed "failure" in the execution of a project whose definition they did not even participate. It does not seem coincidental to us that most of them are located on the African continent. The consequence of this machinery is the silencing of the knowledge and practices of this continent and its diaspora, wasted as producers of alternatives suitable to be shared and translated among the peoples of the South. These wasted knowledge is not restricted to everyday practices, the result of traditional knowledge shared orally among generations (something that is expected from the South, which is tolerated from the South and which makes up the imaginary collection of possible contributions when the difference is conceived as a docile body), but also extends to the knowledges typically attributed to the North, such as scientific and literary narratives. In order to address this problem, this thesis is organized in two chapters. The first presents a set of traces that suggest that what is conventionally called poverty is not an "inert fact of nature," "it is not merely there," but it is an idea that carries a narrative, An imagery, an aesthetic and a vocabulary that give it reali ty in and for a particular group and historical-political context. From the idea of poverty as an empty place, the place of enunciation of the Haitian intellectual - one of the fifty poorest countries in the world - becomes, in the limit, impossible. In the second, we will present the work of Haitian intellectuals such as Antenor Firmin, Jean Price-Mars, Jacques Roumain and René Depestre, who challenged the European canon, entering with them in frank dispute, within a framework that we can consider anti-racist and anti-colonialist.
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Quando migrar é resistir : as experiências de haitianas e haitianos na cidade de Porto AlegrePaula, Larissa Cykman de January 2017 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo abordar as experiências de haitianas e haitianos residentes na cidade de Porto Alegre. Com o propósito inicial de dar visibilidade para os novos fluxos migratórios que chegam ao Brasil, foi realizada uma etnografia na Vila Esperança Cordeiro e seu entorno, na Zona Norte da cidade, entre os anos de 2014 e 2016. Neste trabalho, a migração é problematizada como uma forma de resistência, em que o ato de migrar pode ser compreendido como uma ação adotada em face das vivências no país de origem e estando relacionada à luta por direitos humanos tanto na relação mantida com o Haiti como na inserção no Brasil. Abordo como a noção de resistência permeia a esfera local, nacional e global, sendo inicialmente pensada a partir da sua presença na história haitiana e na relação com a diáspora haitiana. Destaco que as noções de agência e de resistência são elementos que perpassam todo o campo etnográfico. A ideia de resistência é problematizada a partir das contribuições de Scott, que destaca as estratégias de resistência cotidianas. Inspirada pela antropologia da experiência, principalmente a partir de Das e de Fassin, abordo a importância de dialogar com os interlocutores ressaltando suas vozes através das histórias de vida, dos testemunhos e narrativas. Neste ponto, a partir das contribuições de Spivak, destaco as especificidades das experiências das mulheres haitianas, compreendendo quais são as dinâmicas de solidariedade existentes nas suas relações que se contrapõem à imposição do silenciamento e invisibilidade da mulher. Acompanhei ao longo da pesquisa etnográfica os espaços que eram percorridos e as relações que iam se formando, a partir das quais pude perceber a formação de diferentes redes de apoio. A noção de rede abordada neste trabalho tem como inspiração as contribuições de Latour sobre o movimento de seguir os atores e suas inovações e de Ingold acerca da compreensão dos fluxos e contra-fluxos. Acompanhando as redes percorridas pelos(as) migrantes em campo foi possível elaborar um “mosaico” destas redes, percebendo que ao longo do trajeto estas redes vão se cruzando e não estão isoladas. É a partir destas questões que esta dissertação busca compreender alguns aspectos vivenciados por haitianas e haitianos em Porto Alegre, destacando, porém, as suas contribuições enquanto uma etnografia que dialoga com uma realidade específica e localizada. Por fim, este trabalho incita a reflexão sobre estratégias voltadas para a inserção e o respeito à dignidade humana das e dos migrantes. / This dissertation aims to approach the experiences of Haitian dwellers in Porto Alegre city. With the initial purpose of standing out the new migratory flows that have achieved Brazil, there was performed an ethnography work at Vila Esperança Cordeiro and its surroundings in the north zone of Porto Alegre between 2014 and 2016. In this work, migration is problematized as a way of resistance, in which the act of migrating can be understand as a chosen action regarding to the individuals’ experiences in the mother country. The resistance is related to the fight for human rights as much in the relationship kept with Haiti, as in the insertion in Brazil. I seek the approaching of how the resistance notion permeates the local, national and global spheres, initially being conceived from its presence in Haitian history and in the relation with the Haitian diaspora. I highlight that the ideas of agency and resistance are elements that pervade the whole ethnographic work. The conception of resistance is problematized regarding to the contributions of Scott about everyday resistance strategies. Inspired by the anthropology of experience, specially by Das and Fassin, I approach the importance of dialoguing with the interlocutors while stressing their voices through their life stories, their testimonies and narratives. At this point, and from the contributions of Spivak, I emphasize the specificities of Haitian women experiences, realizing which are the existent dynamics of solidarity among their relationships that stands as opposition against the pressures to make them mute and invisible. During the ethnographic research, I observed the spaces in which the individuals went through, as well as the relationships they stablished. According to that observations, I could realize the shaping of distinct social support networks. The conception of network approached in this work has as inspiration the contributions of Latour about the movement of following the actors and their innovations. Besides of Latour, the contributions of Ingold about the comprehension of flows are also considered. Following the networks roamed by the migrants in field, it was possible to build a “mosaic” of that networks and perceive that, along the paths, they intersect each other and are not isolated. It is based in all the issues exposed that this dissertation aims to understand some aspects experienced by Haitian individuals in Porto Alegre. I highlight the contributions of this research as an ethnography that dialogues with a specific and localized reality. Lastly, this dissertation encourages the reflection about strategies directed to the insertion and respect regarding to the human dignity and to migrants.
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“Nou led, nou la!” : “estamos feios, mas estamos aqui!” : assombros haitianos à retórica colonial sobre pobrezaMarques, Pâmela Marconatto January 2017 (has links)
A geografia de hegemonias e subalternidades pautada na lógica colonial foi atualizada, ganhando complexidade, no contexto pós 2ª Guerra Mundial, com a criação da Organização das Nações Unidas e, com ela, uma agenda de desenvolvimento a ser seguida pelos países do recém rebatizado “3º mundo” que exigia indicadores, relatórios, diagnósticos e, no limite, intervenções diretas. Um dos resultados dessa corrida pela “medição do mundo” foi a sistematização de uma listagem daqueles que seriam seus 50 países mais pobres, inicialmente chamada “lista de países inviáveis” ou “fracassados”. Entre as consequências mais expressivas do ônus de figurar nessa listagem de países está o fato de que, uma vez ali, a soberania nacional fica “relativizada”, dando ensejo a todo tipo de intervenção internacional “terapêutica”, a ser administrada pelas potências do Norte. Assim, entendemos que mesmo o Sul conta com uma periferia ainda mais profundamente subalternizada e silenciada, localizada, em sua maioria, no continente africano, com alguns representantes no Oriente Médio e apenas um caso nas Américas: o Haiti. A questão dessa tese é que esses países “menos avançados” perderam seu “lugar de enunciação”, deslegitimados pelo suposto “fracasso” na execução de um projeto de cuja definição sequer participaram. Não nos parece coincidência o fato de a maioria deles localizar-se no continente africano. A consequência dessa maquinaria é o silenciamento dos saberes e práticas desse continente e sua diáspora, desperdiçados como produtores de alternativas aptas a serem compartilhadas e traduzidas entre os povos do Sul. Esses saberes desperdiçados não se restringem a práticas cotidianas, resultado de saberes tradicionais compartilhados de forma oral entre as gerações (algo que se espera do Sul, que se tolera do Sul e que compõe o acervo imaginário de contribuições possíveis quando se concebe a diferença como corpo dócil), mas também se estendem a saberes tipicamente atribuídos ao Norte, como as narrativas científicas e literárias. Com o intuito de enfrentar esse problema, o presente trabalho de tese está organizado em dois capítulos. No primeiro, apresenta-se um conjunto de vestígios capazes de sugerir que aquilo que se convencionou chamar de pobreza não é um “fato inerte da natureza”, “não está meramente ali”, mas trata-se de uma ideia que porta uma narrativa, um imaginário, uma estética e um vocabulário que lhe dão realidade em e para determinado grupo e contexto histórico-político. A partir da ideia de pobreza como lugar vazio é que o lugar de enunciação do intelectual haitiano – um dos cinquenta países mais pobres do mundo – torna-se, no limite, impossível. No segundo, apresentaremos a obra de intelectuais haitianos como Antenor Firmin, Jean Price-Mars, Jacques Roumain e René Depestre, que desafiaram o cânone europeu, entrando com eles em franca disputa, em um marco que podemos considerar antirracista e anticolonial. / The geography of hegemonies and subalternities based on the colonial logic was updated, gaining complexity, in the post World War II context, with the creation of the United Nations and with it a development agenda to be followed by the countries of the recently renamed "3rd World" that required indicators, reports, diagnoses and, in the limit, direct interventions. One of the results of this race for "measuring the world" was the systematisation of a list of those which would be the 50 poorest countries. Among the most significant consequences of the burden of appearing in this list of countries is the fact that, once there, national sovereignty becomes "relativized", giving place to all kinds of international "therapeutic" intervention, to be administered by the powers of the North. Thus, we understand that even the South has an even more profoundly subalternized and silenced periphery, located mostly in the African continent, with some representatives in the Middle East and only one case in the Americas: Haiti. The point of this thesis is that these "least advanced" countries lost their "place of enunciation", delegitimized by the supposed "failure" in the execution of a project whose definition they did not even participate. It does not seem coincidental to us that most of them are located on the African continent. The consequence of this machinery is the silencing of the knowledge and practices of this continent and its diaspora, wasted as producers of alternatives suitable to be shared and translated among the peoples of the South. These wasted knowledge is not restricted to everyday practices, the result of traditional knowledge shared orally among generations (something that is expected from the South, which is tolerated from the South and which makes up the imaginary collection of possible contributions when the difference is conceived as a docile body), but also extends to the knowledges typically attributed to the North, such as scientific and literary narratives. In order to address this problem, this thesis is organized in two chapters. The first presents a set of traces that suggest that what is conventionally called poverty is not an "inert fact of nature," "it is not merely there," but it is an idea that carries a narrative, An imagery, an aesthetic and a vocabulary that give it reali ty in and for a particular group and historical-political context. From the idea of poverty as an empty place, the place of enunciation of the Haitian intellectual - one of the fifty poorest countries in the world - becomes, in the limit, impossible. In the second, we will present the work of Haitian intellectuals such as Antenor Firmin, Jean Price-Mars, Jacques Roumain and René Depestre, who challenged the European canon, entering with them in frank dispute, within a framework that we can consider anti-racist and anti-colonialist.
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Quando migrar é resistir : as experiências de haitianas e haitianos na cidade de Porto AlegrePaula, Larissa Cykman de January 2017 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo abordar as experiências de haitianas e haitianos residentes na cidade de Porto Alegre. Com o propósito inicial de dar visibilidade para os novos fluxos migratórios que chegam ao Brasil, foi realizada uma etnografia na Vila Esperança Cordeiro e seu entorno, na Zona Norte da cidade, entre os anos de 2014 e 2016. Neste trabalho, a migração é problematizada como uma forma de resistência, em que o ato de migrar pode ser compreendido como uma ação adotada em face das vivências no país de origem e estando relacionada à luta por direitos humanos tanto na relação mantida com o Haiti como na inserção no Brasil. Abordo como a noção de resistência permeia a esfera local, nacional e global, sendo inicialmente pensada a partir da sua presença na história haitiana e na relação com a diáspora haitiana. Destaco que as noções de agência e de resistência são elementos que perpassam todo o campo etnográfico. A ideia de resistência é problematizada a partir das contribuições de Scott, que destaca as estratégias de resistência cotidianas. Inspirada pela antropologia da experiência, principalmente a partir de Das e de Fassin, abordo a importância de dialogar com os interlocutores ressaltando suas vozes através das histórias de vida, dos testemunhos e narrativas. Neste ponto, a partir das contribuições de Spivak, destaco as especificidades das experiências das mulheres haitianas, compreendendo quais são as dinâmicas de solidariedade existentes nas suas relações que se contrapõem à imposição do silenciamento e invisibilidade da mulher. Acompanhei ao longo da pesquisa etnográfica os espaços que eram percorridos e as relações que iam se formando, a partir das quais pude perceber a formação de diferentes redes de apoio. A noção de rede abordada neste trabalho tem como inspiração as contribuições de Latour sobre o movimento de seguir os atores e suas inovações e de Ingold acerca da compreensão dos fluxos e contra-fluxos. Acompanhando as redes percorridas pelos(as) migrantes em campo foi possível elaborar um “mosaico” destas redes, percebendo que ao longo do trajeto estas redes vão se cruzando e não estão isoladas. É a partir destas questões que esta dissertação busca compreender alguns aspectos vivenciados por haitianas e haitianos em Porto Alegre, destacando, porém, as suas contribuições enquanto uma etnografia que dialoga com uma realidade específica e localizada. Por fim, este trabalho incita a reflexão sobre estratégias voltadas para a inserção e o respeito à dignidade humana das e dos migrantes. / This dissertation aims to approach the experiences of Haitian dwellers in Porto Alegre city. With the initial purpose of standing out the new migratory flows that have achieved Brazil, there was performed an ethnography work at Vila Esperança Cordeiro and its surroundings in the north zone of Porto Alegre between 2014 and 2016. In this work, migration is problematized as a way of resistance, in which the act of migrating can be understand as a chosen action regarding to the individuals’ experiences in the mother country. The resistance is related to the fight for human rights as much in the relationship kept with Haiti, as in the insertion in Brazil. I seek the approaching of how the resistance notion permeates the local, national and global spheres, initially being conceived from its presence in Haitian history and in the relation with the Haitian diaspora. I highlight that the ideas of agency and resistance are elements that pervade the whole ethnographic work. The conception of resistance is problematized regarding to the contributions of Scott about everyday resistance strategies. Inspired by the anthropology of experience, specially by Das and Fassin, I approach the importance of dialoguing with the interlocutors while stressing their voices through their life stories, their testimonies and narratives. At this point, and from the contributions of Spivak, I emphasize the specificities of Haitian women experiences, realizing which are the existent dynamics of solidarity among their relationships that stands as opposition against the pressures to make them mute and invisible. During the ethnographic research, I observed the spaces in which the individuals went through, as well as the relationships they stablished. According to that observations, I could realize the shaping of distinct social support networks. The conception of network approached in this work has as inspiration the contributions of Latour about the movement of following the actors and their innovations. Besides of Latour, the contributions of Ingold about the comprehension of flows are also considered. Following the networks roamed by the migrants in field, it was possible to build a “mosaic” of that networks and perceive that, along the paths, they intersect each other and are not isolated. It is based in all the issues exposed that this dissertation aims to understand some aspects experienced by Haitian individuals in Porto Alegre. I highlight the contributions of this research as an ethnography that dialogues with a specific and localized reality. Lastly, this dissertation encourages the reflection about strategies directed to the insertion and respect regarding to the human dignity and to migrants.
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“Nou led, nou la!” : “estamos feios, mas estamos aqui!” : assombros haitianos à retórica colonial sobre pobrezaMarques, Pâmela Marconatto January 2017 (has links)
A geografia de hegemonias e subalternidades pautada na lógica colonial foi atualizada, ganhando complexidade, no contexto pós 2ª Guerra Mundial, com a criação da Organização das Nações Unidas e, com ela, uma agenda de desenvolvimento a ser seguida pelos países do recém rebatizado “3º mundo” que exigia indicadores, relatórios, diagnósticos e, no limite, intervenções diretas. Um dos resultados dessa corrida pela “medição do mundo” foi a sistematização de uma listagem daqueles que seriam seus 50 países mais pobres, inicialmente chamada “lista de países inviáveis” ou “fracassados”. Entre as consequências mais expressivas do ônus de figurar nessa listagem de países está o fato de que, uma vez ali, a soberania nacional fica “relativizada”, dando ensejo a todo tipo de intervenção internacional “terapêutica”, a ser administrada pelas potências do Norte. Assim, entendemos que mesmo o Sul conta com uma periferia ainda mais profundamente subalternizada e silenciada, localizada, em sua maioria, no continente africano, com alguns representantes no Oriente Médio e apenas um caso nas Américas: o Haiti. A questão dessa tese é que esses países “menos avançados” perderam seu “lugar de enunciação”, deslegitimados pelo suposto “fracasso” na execução de um projeto de cuja definição sequer participaram. Não nos parece coincidência o fato de a maioria deles localizar-se no continente africano. A consequência dessa maquinaria é o silenciamento dos saberes e práticas desse continente e sua diáspora, desperdiçados como produtores de alternativas aptas a serem compartilhadas e traduzidas entre os povos do Sul. Esses saberes desperdiçados não se restringem a práticas cotidianas, resultado de saberes tradicionais compartilhados de forma oral entre as gerações (algo que se espera do Sul, que se tolera do Sul e que compõe o acervo imaginário de contribuições possíveis quando se concebe a diferença como corpo dócil), mas também se estendem a saberes tipicamente atribuídos ao Norte, como as narrativas científicas e literárias. Com o intuito de enfrentar esse problema, o presente trabalho de tese está organizado em dois capítulos. No primeiro, apresenta-se um conjunto de vestígios capazes de sugerir que aquilo que se convencionou chamar de pobreza não é um “fato inerte da natureza”, “não está meramente ali”, mas trata-se de uma ideia que porta uma narrativa, um imaginário, uma estética e um vocabulário que lhe dão realidade em e para determinado grupo e contexto histórico-político. A partir da ideia de pobreza como lugar vazio é que o lugar de enunciação do intelectual haitiano – um dos cinquenta países mais pobres do mundo – torna-se, no limite, impossível. No segundo, apresentaremos a obra de intelectuais haitianos como Antenor Firmin, Jean Price-Mars, Jacques Roumain e René Depestre, que desafiaram o cânone europeu, entrando com eles em franca disputa, em um marco que podemos considerar antirracista e anticolonial. / The geography of hegemonies and subalternities based on the colonial logic was updated, gaining complexity, in the post World War II context, with the creation of the United Nations and with it a development agenda to be followed by the countries of the recently renamed "3rd World" that required indicators, reports, diagnoses and, in the limit, direct interventions. One of the results of this race for "measuring the world" was the systematisation of a list of those which would be the 50 poorest countries. Among the most significant consequences of the burden of appearing in this list of countries is the fact that, once there, national sovereignty becomes "relativized", giving place to all kinds of international "therapeutic" intervention, to be administered by the powers of the North. Thus, we understand that even the South has an even more profoundly subalternized and silenced periphery, located mostly in the African continent, with some representatives in the Middle East and only one case in the Americas: Haiti. The point of this thesis is that these "least advanced" countries lost their "place of enunciation", delegitimized by the supposed "failure" in the execution of a project whose definition they did not even participate. It does not seem coincidental to us that most of them are located on the African continent. The consequence of this machinery is the silencing of the knowledge and practices of this continent and its diaspora, wasted as producers of alternatives suitable to be shared and translated among the peoples of the South. These wasted knowledge is not restricted to everyday practices, the result of traditional knowledge shared orally among generations (something that is expected from the South, which is tolerated from the South and which makes up the imaginary collection of possible contributions when the difference is conceived as a docile body), but also extends to the knowledges typically attributed to the North, such as scientific and literary narratives. In order to address this problem, this thesis is organized in two chapters. The first presents a set of traces that suggest that what is conventionally called poverty is not an "inert fact of nature," "it is not merely there," but it is an idea that carries a narrative, An imagery, an aesthetic and a vocabulary that give it reali ty in and for a particular group and historical-political context. From the idea of poverty as an empty place, the place of enunciation of the Haitian intellectual - one of the fifty poorest countries in the world - becomes, in the limit, impossible. In the second, we will present the work of Haitian intellectuals such as Antenor Firmin, Jean Price-Mars, Jacques Roumain and René Depestre, who challenged the European canon, entering with them in frank dispute, within a framework that we can consider anti-racist and anti-colonialist.
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Quando migrar é resistir : as experiências de haitianas e haitianos na cidade de Porto AlegrePaula, Larissa Cykman de January 2017 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo abordar as experiências de haitianas e haitianos residentes na cidade de Porto Alegre. Com o propósito inicial de dar visibilidade para os novos fluxos migratórios que chegam ao Brasil, foi realizada uma etnografia na Vila Esperança Cordeiro e seu entorno, na Zona Norte da cidade, entre os anos de 2014 e 2016. Neste trabalho, a migração é problematizada como uma forma de resistência, em que o ato de migrar pode ser compreendido como uma ação adotada em face das vivências no país de origem e estando relacionada à luta por direitos humanos tanto na relação mantida com o Haiti como na inserção no Brasil. Abordo como a noção de resistência permeia a esfera local, nacional e global, sendo inicialmente pensada a partir da sua presença na história haitiana e na relação com a diáspora haitiana. Destaco que as noções de agência e de resistência são elementos que perpassam todo o campo etnográfico. A ideia de resistência é problematizada a partir das contribuições de Scott, que destaca as estratégias de resistência cotidianas. Inspirada pela antropologia da experiência, principalmente a partir de Das e de Fassin, abordo a importância de dialogar com os interlocutores ressaltando suas vozes através das histórias de vida, dos testemunhos e narrativas. Neste ponto, a partir das contribuições de Spivak, destaco as especificidades das experiências das mulheres haitianas, compreendendo quais são as dinâmicas de solidariedade existentes nas suas relações que se contrapõem à imposição do silenciamento e invisibilidade da mulher. Acompanhei ao longo da pesquisa etnográfica os espaços que eram percorridos e as relações que iam se formando, a partir das quais pude perceber a formação de diferentes redes de apoio. A noção de rede abordada neste trabalho tem como inspiração as contribuições de Latour sobre o movimento de seguir os atores e suas inovações e de Ingold acerca da compreensão dos fluxos e contra-fluxos. Acompanhando as redes percorridas pelos(as) migrantes em campo foi possível elaborar um “mosaico” destas redes, percebendo que ao longo do trajeto estas redes vão se cruzando e não estão isoladas. É a partir destas questões que esta dissertação busca compreender alguns aspectos vivenciados por haitianas e haitianos em Porto Alegre, destacando, porém, as suas contribuições enquanto uma etnografia que dialoga com uma realidade específica e localizada. Por fim, este trabalho incita a reflexão sobre estratégias voltadas para a inserção e o respeito à dignidade humana das e dos migrantes. / This dissertation aims to approach the experiences of Haitian dwellers in Porto Alegre city. With the initial purpose of standing out the new migratory flows that have achieved Brazil, there was performed an ethnography work at Vila Esperança Cordeiro and its surroundings in the north zone of Porto Alegre between 2014 and 2016. In this work, migration is problematized as a way of resistance, in which the act of migrating can be understand as a chosen action regarding to the individuals’ experiences in the mother country. The resistance is related to the fight for human rights as much in the relationship kept with Haiti, as in the insertion in Brazil. I seek the approaching of how the resistance notion permeates the local, national and global spheres, initially being conceived from its presence in Haitian history and in the relation with the Haitian diaspora. I highlight that the ideas of agency and resistance are elements that pervade the whole ethnographic work. The conception of resistance is problematized regarding to the contributions of Scott about everyday resistance strategies. Inspired by the anthropology of experience, specially by Das and Fassin, I approach the importance of dialoguing with the interlocutors while stressing their voices through their life stories, their testimonies and narratives. At this point, and from the contributions of Spivak, I emphasize the specificities of Haitian women experiences, realizing which are the existent dynamics of solidarity among their relationships that stands as opposition against the pressures to make them mute and invisible. During the ethnographic research, I observed the spaces in which the individuals went through, as well as the relationships they stablished. According to that observations, I could realize the shaping of distinct social support networks. The conception of network approached in this work has as inspiration the contributions of Latour about the movement of following the actors and their innovations. Besides of Latour, the contributions of Ingold about the comprehension of flows are also considered. Following the networks roamed by the migrants in field, it was possible to build a “mosaic” of that networks and perceive that, along the paths, they intersect each other and are not isolated. It is based in all the issues exposed that this dissertation aims to understand some aspects experienced by Haitian individuals in Porto Alegre. I highlight the contributions of this research as an ethnography that dialogues with a specific and localized reality. Lastly, this dissertation encourages the reflection about strategies directed to the insertion and respect regarding to the human dignity and to migrants.
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O Haiti como Estado falido : da exportação de democracia à reconstrução institucionalPetrus, Gabriel Merheb 25 July 2012 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, 2012. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2012-11-09T12:00:55Z
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2012_GabrielMerhebPetrus.pdf: 2690062 bytes, checksum: 89fe8b0d78a2d368a0cc5b1ba2701a8b (MD5) / A presente dissertação elege o Haiti como estudo de caso para uma análise da associação, naquele país, entre a agenda de reconstrução de democracia e a empreitada de nation-building, ilustrada pelo desempenho de atores externos em duas quadras históricas distintas. A primeira corresponde à crise política de 1994, que se seguiu a diversas operações da ONU e que tem seu desfecho na operação Uphold Democracy, liderada pelos EUA. A segunda quadra percorre o início da MINUSTAH, em 2004, estendendo-se até o grave terremoto de 2010. O estudo investiga o papel dos atores externos, que atuaram como variável decisiva no desfecho das crises enfrentadas pelo Haiti nesses três períodos. Investigam-se, também, os pressupostos e implicações do conceito de Estado falido, a mudança do perfil das operações de paz no Haiti entre 1994 e 2004 e, por fim, a forma como a ajuda internacional contribuiu para o redesenho institucional do país no período, com base em indicadores de governança e desenvolvimento econômico. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The present work elects Haiti as a case study with the aim of analyzing the manner in which the democracy rebuilding agenda and the task of nation-building have been associated in that country, as illustrated by the action of external agents in two different historical moments. The first moment corresponds to the 1994 political crisis, following several United Nations operations and culminating in the Uphold Democracy operation, conducted by the United States. The second one extends from the launching of MINUSTAH, in 2004, to the major earthquake of 2010. The work studies the role played by external actors, a key element in the resolution of the crises faced by Haiti in the three periods. The work also deals with the premisses and implications of the concept of failed State; the change in the profile of peace operations in Haiti between 1994 and 2004; and, lastly, the manner in which international help contributed to the institutional redesigning of the country in the given period, taking as a basis governance and economic development indicators.
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