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Influência da obesidade em adolescentes sobre a atividade da paraoxonase (PON1) e o tamanho da Lipoproteína de Alta Densidade (HDL)Sanibal, Claudia Assef 28 March 2012 (has links)
A obesidade é um importante problema de Saúde Pública e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) representa uma epidemia global. Nesse contexto, os adolescentes como foco de mudanças fisiológicas, anatômicas, culturais e sociais representam um grupo com elevado risco de obesidade e suas co-morbidades. O objetivo do presente estudo foi avaliar o possível efeito dos componentes da dieta sobre a atividade antioxidante da proteína paraoxonase (PON1) e o tamanho da HDL em adolescentes. Foram recrutados adolescentes de ambos os sexos, com faixa etária de 10 a 19 anos e de escolas públicas da cidade de São Paulo. Os adolescentes foram distribuídos em três grupos: Eutrófico, Sobrepeso e Obeso, segundo COLE et al. (2000). Após jejum (12-15h) foi coletada uma amostra de sangue e a partir do plasma realizamos as seguintes análises: Perfil lipídico, apo A1, apo B, CETP, Tamanho da HDL (laser- scatering), Atividade da Paraoxonase. Foram coletadas informações antropométricas (peso, altura, circunferência da cintura, porcentagem de gordura corporal). A análise estatística foi realizada com o auxílio do programa SPSS®, com valor de significância de p< 0,05. Dos 242 indivíduos elegíveis, 94 (39%) foram meninos e 148 (61%) meninas, com idade média de 13,9 ± 2,3 anos. Baseados no IMC, os adolescentes foram distribuídos em três grupos: Eutrófico: n= 77 adolescentes (32%); Sobrepeso: n= 82 adolescentes (34%) e Obeso: n= 83 adolescentes (34%). Esses grupos não apresentaram diferenças significativas quanto ao sexo, escolaridade da mãe, renda, maturação sexual e história clínica atual. Considerando que os grupos apresentaram diferença significativa entre a idade, as análises estatísticas foram ajustadas por essa variável. As diferenças entre CC e porcentagem de gordura corporal confirmaram os resultados obtidos com o IMC. Verificamos também que os elevados valores de IMC favoreceram a hipertigliceridemia (p= 0,046), e aos baixos valores de HDL-C (p= 0,002). Entretanto, os valores de CETP variaram em função do IMC. Analisando as correlações verificamos que o IMC mostrou correlação positiva com concentração plasmática de colesterol total (r= 0,347 e p= 0,035) e de LDL-C (r= 0,353 e p= 0,032), confirmando o impacto negativo da obesidade sobre os fatores do perfil cardiometabólico. Na análise do TAM HDL não houve diferença significativa entre os 3 grupos. A PON apresentou diferença entre os grupos (p=0,001) o que favorece o seu efeito antioxidante e antiinflamatório. Portanto, os resultados obtidos até a presente data demonstram que adolescentes obesos, mesmo ainda considerados clinicamente saudáveis, apresentam diversos parâmetros antropométricos e bioquímicos alterados, o que indica o elevado risco cardiovascular dessa população. / Obesity is a major public health problem and, according to World Health Organization (WHO) is a global epidemic. In this context, adolescents as the focus of physiological changes, anatomical, cultural and social groups to represent a high risk of obesity and its comorbidities. The aim of this study was to evaluate the possible effect of dietary components on the antioxidant activity of the protein paraoxonase (PON1) and HDL size in adolescents. We recruited adolescents of both sexes, aged from 10 to 19 years and public schools in São Paulo. The adolescents were divided into three groups: Well-nourished, overweight and obesity, according to Cole et al. (2000). After fasting (12-15h) was collected and a blood sample from the plasma to the following analysis: lipid profile, apo A1, apo B, CETP, HDL size (laser-scatering), of paraoxonase activity. Data were collected anthropometric (weight, height, waist circumference, percentage body fat). Statistical analysis was performed with the SPSS software programSPSS®, with significance level of p <0.05. Of the 242 eligible individuals, 94 (39%) were boys and 148 (61%) girls, mean age 13.9 ± 2.3 years. Based on BMI, adolescents were divided into three groups: Eutrophic: n = 77 adolescents (32%) Overweight: n = 82 adolescents (34%) and obese: n = 83 adolescents (34%). These groups showed no significant differences regarding sex, maternal education, income, sexual maturation, and current medical history. Whereas the groups showed significant difference between age, statistical analysis was adjusted for this variable. The differences between CC and percentage of body fat confirmed the results obtained with BMI. We also found that high BMI values favored hipertigliceridemia (p = 0.046), and low HDL-C (p = 0.002). However, the values of CETP varied according to BMI. Analyzing the correlations we found that BMI was correlated positively with plasma total cholesterol (r = 0.347 and p = 0.035) and LDL-C (r = 0.353 and p = 0.032), confirming the negative impact of obesity on cardiovascular risk factors . In the analysis of TAM HDL no significant difference among the three groups. The PON was different between groups (p = 0.001) which favors the antioxidant and anti-inflammatory effect. Therefore, the results obtained to date show that obese adolescents, even those deemed clinically healthy, have several anthropometric and biochemical changes, which indicates that the high cardiovascular risk population.
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Influência da obesidade em adolescentes sobre a atividade da paraoxonase (PON1) e o tamanho da Lipoproteína de Alta Densidade (HDL)Claudia Assef Sanibal 28 March 2012 (has links)
A obesidade é um importante problema de Saúde Pública e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) representa uma epidemia global. Nesse contexto, os adolescentes como foco de mudanças fisiológicas, anatômicas, culturais e sociais representam um grupo com elevado risco de obesidade e suas co-morbidades. O objetivo do presente estudo foi avaliar o possível efeito dos componentes da dieta sobre a atividade antioxidante da proteína paraoxonase (PON1) e o tamanho da HDL em adolescentes. Foram recrutados adolescentes de ambos os sexos, com faixa etária de 10 a 19 anos e de escolas públicas da cidade de São Paulo. Os adolescentes foram distribuídos em três grupos: Eutrófico, Sobrepeso e Obeso, segundo COLE et al. (2000). Após jejum (12-15h) foi coletada uma amostra de sangue e a partir do plasma realizamos as seguintes análises: Perfil lipídico, apo A1, apo B, CETP, Tamanho da HDL (laser- scatering), Atividade da Paraoxonase. Foram coletadas informações antropométricas (peso, altura, circunferência da cintura, porcentagem de gordura corporal). A análise estatística foi realizada com o auxílio do programa SPSS®, com valor de significância de p< 0,05. Dos 242 indivíduos elegíveis, 94 (39%) foram meninos e 148 (61%) meninas, com idade média de 13,9 ± 2,3 anos. Baseados no IMC, os adolescentes foram distribuídos em três grupos: Eutrófico: n= 77 adolescentes (32%); Sobrepeso: n= 82 adolescentes (34%) e Obeso: n= 83 adolescentes (34%). Esses grupos não apresentaram diferenças significativas quanto ao sexo, escolaridade da mãe, renda, maturação sexual e história clínica atual. Considerando que os grupos apresentaram diferença significativa entre a idade, as análises estatísticas foram ajustadas por essa variável. As diferenças entre CC e porcentagem de gordura corporal confirmaram os resultados obtidos com o IMC. Verificamos também que os elevados valores de IMC favoreceram a hipertigliceridemia (p= 0,046), e aos baixos valores de HDL-C (p= 0,002). Entretanto, os valores de CETP variaram em função do IMC. Analisando as correlações verificamos que o IMC mostrou correlação positiva com concentração plasmática de colesterol total (r= 0,347 e p= 0,035) e de LDL-C (r= 0,353 e p= 0,032), confirmando o impacto negativo da obesidade sobre os fatores do perfil cardiometabólico. Na análise do TAM HDL não houve diferença significativa entre os 3 grupos. A PON apresentou diferença entre os grupos (p=0,001) o que favorece o seu efeito antioxidante e antiinflamatório. Portanto, os resultados obtidos até a presente data demonstram que adolescentes obesos, mesmo ainda considerados clinicamente saudáveis, apresentam diversos parâmetros antropométricos e bioquímicos alterados, o que indica o elevado risco cardiovascular dessa população. / Obesity is a major public health problem and, according to World Health Organization (WHO) is a global epidemic. In this context, adolescents as the focus of physiological changes, anatomical, cultural and social groups to represent a high risk of obesity and its comorbidities. The aim of this study was to evaluate the possible effect of dietary components on the antioxidant activity of the protein paraoxonase (PON1) and HDL size in adolescents. We recruited adolescents of both sexes, aged from 10 to 19 years and public schools in São Paulo. The adolescents were divided into three groups: Well-nourished, overweight and obesity, according to Cole et al. (2000). After fasting (12-15h) was collected and a blood sample from the plasma to the following analysis: lipid profile, apo A1, apo B, CETP, HDL size (laser-scatering), of paraoxonase activity. Data were collected anthropometric (weight, height, waist circumference, percentage body fat). Statistical analysis was performed with the SPSS software programSPSS®, with significance level of p <0.05. Of the 242 eligible individuals, 94 (39%) were boys and 148 (61%) girls, mean age 13.9 ± 2.3 years. Based on BMI, adolescents were divided into three groups: Eutrophic: n = 77 adolescents (32%) Overweight: n = 82 adolescents (34%) and obese: n = 83 adolescents (34%). These groups showed no significant differences regarding sex, maternal education, income, sexual maturation, and current medical history. Whereas the groups showed significant difference between age, statistical analysis was adjusted for this variable. The differences between CC and percentage of body fat confirmed the results obtained with BMI. We also found that high BMI values favored hipertigliceridemia (p = 0.046), and low HDL-C (p = 0.002). However, the values of CETP varied according to BMI. Analyzing the correlations we found that BMI was correlated positively with plasma total cholesterol (r = 0.347 and p = 0.035) and LDL-C (r = 0.353 and p = 0.032), confirming the negative impact of obesity on cardiovascular risk factors . In the analysis of TAM HDL no significant difference among the three groups. The PON was different between groups (p = 0.001) which favors the antioxidant and anti-inflammatory effect. Therefore, the results obtained to date show that obese adolescents, even those deemed clinically healthy, have several anthropometric and biochemical changes, which indicates that the high cardiovascular risk population.
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Desenvolvimento de um escore de funcionalidade da lipoproteína de alta densidade (HDL) e sua associação com algoritmos de predição de risco cardiovascular e aterosclerose subclínica em indivíduos brasileiros / Development of a high density-lipoprotein (HDL) functionality score associated with predictive cardiovascular risk algorithms and subclinical atherosclerosis in Brazilian individualsFreitas, Maria Camila Pruper de 16 May 2019 (has links)
Introdução: estudos recentes demonstram que o aumento do colesterol na lipoproteína de alta densidade (HDL-C), induzido por medicamentos ou mutações genéticas, não é associado à redução de eventos coronarianos. A lipoproteína de alta densidade (HDL) apresenta aspectos funcionais distintos em relação ao seu papel cardioprotetor. Objetivo: desenvolver um escore de funcionalidade da HDL (EFH) e avaliar a sua associação com algoritmos de predição de risco cardiovascular e aterosclerose subclínica em indivíduos brasileiros. Metodologia: trata-se de um estudo transversal composto por duas etapas. Na 1ª etapa, o EFH preditor de risco cardiovascular (EFH-RCV) foi desenvolvimento e validado a partir de uma subamostra do estudo CARDIONUTRI (n=354). Na 2ª etapa, o EFH preditor de aterosclerose subclínica (EFH-AS) foi desenvolvido e validado com dados de uma subamostra do estudo ELSA-Brasil (n=4549). No estudo CARDIONUTRI foram avaliadas a atividade da paraoxonase 1 (PON1) e da proteína de transferência de ésteres de colesterol (CETP), a concentração da apolipoproteína AI (APOAI), a capacidade antioxidante da HDL (lag time) e as subfrações da HDL pelo método Lipoprint®. O estudo ELSA-Brasil avaliou as subfrações da HDL pelo método Vertical Auto Profile (VAP) e Ressonância Magnética Nuclear (RMN), e a aterosclerose subclínica por tomografia computadorizada, quantificação da calcificação da artéria coronária (CAC) e calculo do escore da CAC. Resultados: no desenvolvimento do EFH-RCV, a HDL grande apresentou maior força de associação com o risco cardiovascular no modelo múltiplo final (OR = 0,797; p <0,001). O EFH-RCV demonstrou bom desempenho em relação ao escore de risco de Framingham (AUC = 0,899; p <0,001), escore de risco de Reynolds (AUC = 0,722; p <0,001) e Adult Treatment Panel III/2013 (AUC = 0,864; p <0,001). Além disso, apresentou boa reprodutibilidade e correlação com aterosclerose subclínica, quando testado na amostra do estudo ELSA-Brasil, utilizando medidas da HDL grande derivadas do método VAP (AUC = 0,864; p <0,001 e r = 0,252 p <0,001) ou do método de RMN (AUC = 0,876; p <0,001 e r = 0,277; p <0,001). O EFH-AS foi desenvolvido a partir do tamanho da HDL (nm), que apresentou a associação mais forte com aterosclerose subclínica no modelo múltiplo final (OR = 0,549; p <0,001) e demonstrou bom desempenho (AUC = 0,769; p <0,001). Conclusão: o EFH apresentou associações mais fortes com o risco cardiovascular e a aterosclerose subclínica, independente do HDL-C, com destaque para a HDL grande. Os resultados controversos entre as subfrações da HDL e o risco cardiovascular parecem manter relação com as metodologias distintas utilizadas nas análises. Portanto, a validação dos métodos e a inclusão do tamanho da HDL como marcador de risco cardiovascular revela um futuro promissor como adjuvante na estimativa do risco cardiovascular, manejo de medicamentos e tomada de decisões na prática clínica. / Introduction: current studies have not presented association between high density-lipoprotein cholesterol (HDL-C) increase, induced by drugs or genetic mutations, and coronary events reduction. HDL plays different functional cardioprotective role. Objective: to develop a HDL functionality score (HFS) and to assessment its association with predictive cardiovascular risk algorithms and subclinical atherosclerosis outcomes in Brazilian subjects. Methods: cross-sectional study based in two steps. In the first step, the HFS predictor of cardiovascular risk disease (HFS-CVR) was developed and validated on CARDIONUTRI study subsample (n=354). In second step the HFS predictor of subclinical atherosclerosis (HFS-SA) was developed and validated on ELSA-Brasil study subsample (n=4549). CARDIONUTRI study evaluated paraoxonase 1(PON1) and cholesterol ester transfer protein (CETP) activity, apolipoprotein AI (APOAI) concentration, HDL antioxidant capacity, and HDL subfractions by standard Lipoprint® method. ELSA-Brasil study evaluated the size of HDL and subfractions by Vertical Auto Profile (VAP) and Nuclear Magnetic Resonance (NMR) method, and the diagnosis of subclinical atherosclerosis by computed tomography, quantifying coronary artery calcification (CAC) and CAC score. Results: in the development of HFS-CVR, the large HDL presented greater strength of association with cardiovascular risk in the multiple final model (OR = 0.797; p <0.001). The HFS-CVR showed satisfactory performance by Framingham risk score (AUC = 0.899; p <0.001), Reynolds risk score (AUC = 0.722; p <0.001) and Adult Treatment Panel III/2013 guidelines (AUC = 0.864; p <0.001). In addition, HFS-CVR presented satisfactory reproducibility and was associated with subclinical atherosclerosis on ELSA-Brasil sample using large HDL measurements derived from the VAP method (AUC = 0.864; p <0.001 and r = 0,252; p <0,001) or the NMR method (AUC = 0.876; p <0.001 and r = 0.277; p <0,001). HFS-AS was developed from the HDL size (nm), because presented greater association with subclinical atherosclerosis in the final multiple model (OR = 0.549; p <0.001). HFS-AS demonstrated satisfactory performance (AUC = 0.769; p <0.001). Conclusion: the HFS demonstrates strong association with cardiovascular risk and subclinical atherosclerosis, independent of HDL-C, with emphasis on large HDL. Controversial results, between HDL subfractions and cardiovascular irsk seem to maintain a relation with the different methodologies used in analysis. Therefore, the validation of the methods and the inclusion of the HDL size as a cardiovascular risk marker reveal a promising future as an adjunct in the estimation of cardiovascular risk, drug management and decision making in clinical practice.
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