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The emergence of Islamic finance: an exploratory study of BrazilAbduni, Leila Mohamad 13 April 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-04-13 / Islamic finance has been a trendy topic globally, gaining the attention of Muslims and non-Muslims. It stands for a financial system that follows the sharia (Islamic law), which is guided by ethical principles and social justice. The main prohibition usually linked to Islamic finance is of interest, but there is much more to it. It offers a portfolio of products and services which compete with the ones present in the conventional system, however these preserve the Islamic principles. Despite the global reach, Islamic finance did not set foot in Brazil or Latin America overall as it did in Europe and Asia especially. Therefore, this paper tries do unveil what’s behind this financial system and try to find ways to make it’s introduction in Brazil possible. In order to reach this, a qualitative research guided by the presentation of countries that have introduced Islamic finance, and interviews conducted with main players in Brazil linked to Islamic finance. The results of the research reflected partially the perspective of the academia, the expert, the Brazilian market and the Islamic finance industry, given that each interviewee represented one or more of these categories. This was completed with the overall conclusions drawn from the case studies presented, taking the main lessons form their experience. A coding system was developed to filter and organize the results. In terms of the opportunities Islamic finance has in Brazil, what stands out the most is the strong relation between Brazil and the Arab countries (adopters of Islamic finance), especially in exports, which represent situations in which Islamic finance could be adopted to intermediate the financing. The obstacles preventing this from happening are many, and are mainly linked to the unfamiliarity of the subject in the market and the delicate environment Brazil finds itself in, which is not favorable for new projects or investments. The Islamic finance procedures themselves are complicated and difficult, which makes the introduction process more complex. Given all that, there are many measures that can be taken already in order to incentive the introduction of Islamic finance in Brazil or even conduct some isolated Islamic finance operations. Murabahah is an example of a cost plus contract that can be used by exporters to sell their commodity abroad and sukuk is an alternative method for raising money with certificates backed by assets. These two operations can be adopted by Brazilian companies, however need to be conducted abroad due to regulatory complications. For the long term, having experts and professionals interested in Islamic finance ‘spreading the word’ and digging deeper into the subject in their workplace will open opportunities for the companies they work for and be an incentive for future adoption of Islamic finance by others. Entities also working towards the promotion of the halal (sharia-compliant) industries, which can be considered a fuel for Islamic finance, and tightening the relations between Brazil and the Arab countries, will help close the gap and familiarize both sides with the opportunities available. / As finanças islâmicas têm sido um tema recorrente a nível mundial, chamando a atenção dos muçulmanos e não-muçulmanos. Defende um sistema financeiro que segue a sharia (lei islâmica), que é orientada por princípios éticos e justiça social. A principal proibição geralmente ligada às finanças islâmicas é a dos juros, mas há muito mais para isso. Oferece um portfólio de produtos e serviços que competem com os existentes no sistema convencional, no entanto estes preservam os princípios islâmicos. Apesar do alcance global, as finanças islâmicas não entrar no Brasil nem na América Latina como aconteceu na Europa e na Ásia especialmente. Portanto, este artigo tenta revelar o que está por trás desse sistema financeiro e tentar encontrar maneiras de tornar possível a sua introdução no Brasil. Para alcançar isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa orientada pelo estudo de países que introduziram as finanças islâmicas, e entrevistas feitas com os principais atores do Brasil ligados às finanças islâmicas. Os resultados da pesquisa refletiram parcialmente a perspectiva da academia, do ‘expert’ do mercado brasileiro e do setor financeiro islâmico, dado que cada entrevistado representava uma ou mais dessas categorias. Isso foi aprimorado com a junção das conclusões gerais extraídas dos estudos de caso apresentados, tirando as principais lições de suas experiências. Um sistema de codificação foi desenvolvido para filtrar e organizar os resultados. Em termos de oportunidades que as finanças islâmicas têm no Brasil, o que mais se destaca é a forte relação entre o Brasil e os países árabes (praticantes das finanças islâmicas), especialmente nas exportações, que representam situações em que as finanças islâmicas poderiam ser adotadas para intermediar no financiamento. Os obstáculos que impedem que isso aconteça são muitos e estão principalmente ligados à falta de familiaridade com o assunto no mercado e ao ambiente delicado que o Brasil se encontra, o que não é favorável a novos projetos ou investimentos. Os próprios procedimentos das finanças islâmicas são complicados e difíceis, o que torna o processo de introdução mais complexo. Diante disso, há muitas medidas que podem ser tomadas já para incentivar a introdução das finanças islâmicas no Brasil ou mesmo realizar algumas operações financeiras islâmicas isoladas. Murabahah é um exemplo de um contrato de ‘cost plus’ que pode ser usado pelos exportadores para vender suas commodities no exterior e o sukuk é um método alternativo para arrecadar dinheiro com certificados respaldados por ativos. Essas duas operações podem ser adotadas por empresas brasileiras, porém precisam ser conduzidas no exterior devido à complicações regulatórias. Para o longo prazo, ter especialistas e profissionais interessados nas finanças islâmicas, compartilhando seus conhecimentos sobre assunto e explorando mais profundamente o assunto em seu local de trabalho abrirá oportunidades para as empresas para as quais trabalham e será um incentivo para a futura adoção das finanças islâmicas por parte de outros. As entidades que também trabalham para a promoção das indústrias halal (compatíveis com a sharia) – que podem ser consideradas um combustível para as finanças islâmicas – e aprimorando as relações entre o Brasil e os países árabes, ajudarão à reduzir a lacuna e na familiarização dos dois lados com as oportunidades disponíveis.
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