Spelling suggestions: "subject:"heteronímia"" "subject:"heteronímica""
11 |
Três datas: entre nascer e morrer, O guardador de rebanhos / Three dates: between birth and death, The keeper of sheepVera Lucia Pian Ferreira 27 March 2014 (has links)
O presente trabalho objetiva o exercício de criação em torno do dia 8 de março de 1914, dito como triunfal pelo poeta Fernando Pessoa, nos momentos que antecedem a escrita do poema O guardador de rebanhos, de autoria do heterônimo Alberto Caeiro. A partir de versos do poema intenta-se uma construção ficcional fincada em um estado onírico que é canal para os fluxos de criação, preparação para o que vai eclodir: um poema potente que emerge do mistério da heteronímia, renúncia do poeta à sua voz para dar lugar ao OUTRO que dele difere, porém dele surge, nele mora. Há no espaço ficcional a ideia de inscrever a data de 8 de março de 1914 como um terceiro marco na biografia do poeta que negou ter biografia, apenas nascimento e morte como limites entre os quais a vida correu como obra, como fazer poesia. A data que dá carne ao poema é ficção dentro da ficção, contraponto de guerra em meio à luz da poesia que nasce como tarefa heroica de enfrentamento diante dos perigos do mundo. O trabalho pretende chegar mais perto de uma verdade que só através da ficção pode ser tocada: sentir o fluxo de um dia no processo de criação do poeta, ser livre como ele, na ousadia de recriar o momento da escrita do poema em 1914 / The present work aims the creation exercise around day March 8, 1914, told as triumphant day by the poet Fernando Pessoa, moments before the writing of the poem The Keeper of Sheep, authored by the heteronym Alberto Caeiro. From the verses of the poem a fictional construction is undertaken, stucked in a dream state, channel to the flows of creation, preparation for what will hatch: a powerful poem that emerges from the mystery of heteronomy, poets resignation to his voice to give rise to the OTHER that differs from him, however arises from him, lives within him. There is in the fictional space the idea to inscribe the date of March 8, 1914 as a third milestone in the biography of the poet who denied to have biography, just birth and death as limits between which the life ran like work, like writing poetry. The date that gives flesh to the poem is fiction within the fiction, war counterpoint amid the light of poetry that emerges as heroic task of coping on the dangers of the world. The work aims to get closer to a truth that only through fiction can be played: feel the flow of a day in the creation process of the poet, to be free like him, in the daring to recreate the time of the poem writing in 1914
|
12 |
Tempo de poesia: intertextualidade, heteronímia e inventário poético em Milton RezendeCampos, Maria Jose Rezende 20 September 2013 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2018-03-15T18:01:20Z
No. of bitstreams: 1
mariajoserezendecampos.pdf: 762936 bytes, checksum: c64f3648ef0c82cc30ef58bf1fa1b753 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2018-03-19T17:35:34Z (GMT) No. of bitstreams: 1
mariajoserezendecampos.pdf: 762936 bytes, checksum: c64f3648ef0c82cc30ef58bf1fa1b753 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-19T17:35:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
mariajoserezendecampos.pdf: 762936 bytes, checksum: c64f3648ef0c82cc30ef58bf1fa1b753 (MD5)
Previous issue date: 2013-09-20 / PROQUALI (UFJF) / Esta dissertação analisa as obras do autor mineiro Milton Rezende e seu processo
poético. Verificamos que a intertextualidade é muito recorrente em suas poesias e
por isso foi feita uma análise do conceito de intertextualidade, dando enfoque aos
estudos de Bakhtin e Julia Kristeva. Outra característica do poeta é utilizar
heterônimos para escrever apresentações de seus livros. Podemos observar que as
poesias podem ser classificadas de acordo com alguns núcleos que estabelecemos
e fizemos um estudo a partir desse critério. Milton sofreu influências de vários
autores como Augusto dos Anjos, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa
e Álvares de Azevedo, mas possui um estilo próprio de escrever suas poesias.
Milton Rezende é um herdeiro da literatura ocidental produzida até agora. Seus
poemas releem um tema caro ao romantismo, a morte. Sua predileção por
cemitérios, velórios e ritos de morte é combinada à abordagem de temas
contemporâneos e uma visão crítica da sociedade. Reafirma sua subjetividade ao
trazer de volta as memórias de sua cidade e de sua família, ao falar de suas
emoções e sentimentos como estratégia para inserir, em seus poemas, suas
preocupações sociais e políticas. O autor herda influências do romantismo e seus
textos repetem e reinventam a lírica romântica. São muito recorrentes em suas
poesias temas como solidão, amor e morte, que são características do spleen, por
isso a necessidade do estudo do spleen em Milton Rezende. / This dissertation examines the work of the mineiro author (someone who was born in
the state of Minas Gerais). Milton Rezende and his poetic process. We have verified
that intertextuality is very recurrent in his poetry, so an analysis of the concept of
intertextuality has been conducted focusing on studies of Bakhtin and Julia Kristeva.
Another characteristic of the poet is to use heteronyms to write the foreword of his
books. We can see that the poems can be classified according to some cores that we
have established, and we have conducted a study from this criterion on. Milton was
influenced by various authors such as Augusto dos Anjos, Carlos Drummond de
Andrade, Fernando Pessoa and Álvares de Azevedo, but has his own style of writing
his poetry. Milton Rezende is an heir of occidental literature produced so far. His
poems usually re-read a theme highly esteemed to romanticism, death. His fondness
for cemeteries, funerals and rites of death is combined with an approach to
contemporary themes and a critical view of the society. He restates his subjectivity by
bringing back the memories of his town and his family and talking about his emotions
and feelings as a strategy to insert, in his poems, his social and political concerns.
The author inherits influences from romanticism and his texts repeat and reinvent the
romantic lyric. Themes of loneliness, love and death, that are characteristics of the
spleen, are frequently recurring in his poetry, so the need of studying the spleen in
Milton Rezende.
|
13 |
A ciência nova de Giambattista Vico e o Fenômeno da heteronímia de Fernando Pessoa; personagens da História Ideal Eterna: Alberto Caeiro e a poesia da natureza; Ricardo Reis, o guerreiro esvanecido; Álvaro de Campos nos cursos e recorrências / The new science of Giambattista Vico and the heteronomy phenomenon of Fernando Pessoa; The characters of the Ideal Eternal History: Alberto Caeiro and the Nature poetry; Ricardo Reis the vanished warrior; Álvaro de Campos in the courses and recurrencesAlcantara, Domingos Pedro de 16 April 2015 (has links)
A afinidade significativa entre as reflexões de Giambattista Vico e a poesia de Fernando Pessoa são objeto dessa pesquisa pois há uma correlação entre o poeta criador de heterônimos e o pensador da História, filósofo da natureza humana. Vico resgatou dos antigos egípcios que a humanidade passou por três etapas de evolução: idade dos deuses, dos heróis e dos homens. Entretanto há uma inovação: tudo começou ao mesmo tempo. Em um desenrolar espiralizado, a História evolui em constantes retornos: a essa sequência de estágios Vico chamou de História Ideal Eterna, crivada pelos cursos e recorrências. O objetivo da atual pesquisa é evidenciar que os heterônimos representam a síntese poética da História Ideal Eterna. Como fundamento do estudo temos A Ciência Nova, obra-prima do autor italiano, a qual discursa a respeito do mito como a primeira forma de ciência dos povos arcaicos e sobre o axioma verum ipsun factum. Primeiramente se aborda a época de Vico, sua vida e a formação nos estudos, para se compreender a postura contrária à perspectiva cartesiana. Explana-se a teoria viconiana que distingue quatro tipos de conhecimento: Ciência, Consciência, Verdades Universais e Conhecimento Histórico. Constata-se que o pensador napolitano tinha fundamentos cabíveis para sustentar suas asserções, haja vista que antecipou a antropologia moderna. A partir dessa constatação percebe-se que encontramos na História uma disciplina de apoio na análise literária. Por outro lado, apesar de ser autor do século XX, Pessoa é eterno na história ideal da literatura e sua imortalidade fez-se na construção de poetas que perfazem uma humanidade inteira. Caeiro, Reis e Campos não devem ser lidos separadamente e sim na relação entre eles pois são unidade que se complementa em um desdobrar cíclico que reproduz a evolução da consciência humana. O paralelo entre a vida de um sujeito da raça humana e a própria humanidade se estabelece formando uma visão poética dos elementos da narrativa histórica. O homem arcaico possuía grande poder de sentidos e fantasia corpulenta, por isso tomando o cuidado para não se deixar levar por cristalizações nota-se que os versos de Caeiro remetem à poesia do concreto, como a linguagem e o pensamento dos primeiros homens que viam as coisas com o deslumbre da primeira vez. Reis é a aristocracia que corresponde à segunda idade, a dos heróis, da solenidade do espírito épico contido na Ode. Campos é o poeta das recorrências, da barbárie, da idade dos homens e da civilização ocidental. Concluise que os heterônimos assim como as três idades são um ciclo no sentido de que formam uma sequência de cursos e recorrências. Paradoxal como tudo em Pessoa porque temos um primeiro, um segundo e um terceiro que se originam todos juntos, concomitantemente. A perspectiva viconiana confirma que os heterônimos apresentam uma aparente diversidade porém o mundo deles constitui de fato um uni-verso. Encontram-se também novas possibilidades de leitura para a poesia dos heterônimos. / The significant affinity between the reflections of Giambattista Vico and the poetry of Fernando Pessoa is the object of this research because there is a relationship between the poet, the man who created heteronyms, and the other man who was the philosopher of History and Human Nature. Vico has reclaimed from the ancient Egyptians that the mankind went through three stages of evolution: the age of gods, age of heroes and the age of men. Meanwhile he brings an innovation: it all began in the same time. In a spread out in spiral form, the History evolves into steady returns: this sequence of stages Vico called Ideal Eternal History, pierced by courses and recurrences. The goal of the current research is to highlight that the heteronyms is the poetic synthesis of the Ideal Eternal History. As a basis of this study we have The New Science, the Italian authors masterpiece, which discusses about the myth as science of the archaic peoples and the axiom verum ipsum factum. It first addresses the time of Vico, his life and training in studies, to understand the opinion against Cartesian perspective. For that the Vicos theory is explained, it distinguishes four types of knowledge: Science, Consciousness, Universal Truths, and Historical Knowledge. It appears that the Neapolitan thinker had reasonable grounds to support their assertions, given that anticipated modern anthropology. From this observation we find in History a discipline which gives support in literary analysis. In spite of being an author of twentieth century, Pessoa is eternal in the ideal history of Literature and its immortality was made in the construction of poets who make up a whole humanity. Caeiro, Reis and Campos should not be read separately, but in the relationship between them because they constitute a unit that complements one another, in a cyclical unfolding that reproduces the evolution of the human consciousness. The parallel between the life of a subject of the human race and mankind itself is settles forming a poetic vision of the elements of the historical narrative. The archaic man possessed great power of senses and stout fantasy so being careful not to get carried away by crystallization we notice that the verses of Alberto Caeiro refer to concrete poetry as the language and thought of the first man who saw things with the dazzle of the first order. Ricardo Reis is the aristocracy to which corresponds the second age, the heroes, the solemnity of the epic spirit contained in Odes. Finally Álvaro de Campos is the poet of recurrences, of the barbarity and the age men of the epistolary Western civilization. It is concluded that the heteronyms as well as the three ages are a cycle in the sense that forms a sequence of courses and recurrences. Paradoxical as everything in Pessoa because we have a first, a second and a third that originate all together, simultaneously. The viconian\'s perspective confirms the heteronyms feature an apparent diversity but their world is in fact a uni-verse. We find also new possibilities to reading the poetry of heteronyms.
|
14 |
A ciência nova de Giambattista Vico e o Fenômeno da heteronímia de Fernando Pessoa; personagens da História Ideal Eterna: Alberto Caeiro e a poesia da natureza; Ricardo Reis, o guerreiro esvanecido; Álvaro de Campos nos cursos e recorrências / The new science of Giambattista Vico and the heteronomy phenomenon of Fernando Pessoa; The characters of the Ideal Eternal History: Alberto Caeiro and the Nature poetry; Ricardo Reis the vanished warrior; Álvaro de Campos in the courses and recurrencesDomingos Pedro de Alcantara 16 April 2015 (has links)
A afinidade significativa entre as reflexões de Giambattista Vico e a poesia de Fernando Pessoa são objeto dessa pesquisa pois há uma correlação entre o poeta criador de heterônimos e o pensador da História, filósofo da natureza humana. Vico resgatou dos antigos egípcios que a humanidade passou por três etapas de evolução: idade dos deuses, dos heróis e dos homens. Entretanto há uma inovação: tudo começou ao mesmo tempo. Em um desenrolar espiralizado, a História evolui em constantes retornos: a essa sequência de estágios Vico chamou de História Ideal Eterna, crivada pelos cursos e recorrências. O objetivo da atual pesquisa é evidenciar que os heterônimos representam a síntese poética da História Ideal Eterna. Como fundamento do estudo temos A Ciência Nova, obra-prima do autor italiano, a qual discursa a respeito do mito como a primeira forma de ciência dos povos arcaicos e sobre o axioma verum ipsun factum. Primeiramente se aborda a época de Vico, sua vida e a formação nos estudos, para se compreender a postura contrária à perspectiva cartesiana. Explana-se a teoria viconiana que distingue quatro tipos de conhecimento: Ciência, Consciência, Verdades Universais e Conhecimento Histórico. Constata-se que o pensador napolitano tinha fundamentos cabíveis para sustentar suas asserções, haja vista que antecipou a antropologia moderna. A partir dessa constatação percebe-se que encontramos na História uma disciplina de apoio na análise literária. Por outro lado, apesar de ser autor do século XX, Pessoa é eterno na história ideal da literatura e sua imortalidade fez-se na construção de poetas que perfazem uma humanidade inteira. Caeiro, Reis e Campos não devem ser lidos separadamente e sim na relação entre eles pois são unidade que se complementa em um desdobrar cíclico que reproduz a evolução da consciência humana. O paralelo entre a vida de um sujeito da raça humana e a própria humanidade se estabelece formando uma visão poética dos elementos da narrativa histórica. O homem arcaico possuía grande poder de sentidos e fantasia corpulenta, por isso tomando o cuidado para não se deixar levar por cristalizações nota-se que os versos de Caeiro remetem à poesia do concreto, como a linguagem e o pensamento dos primeiros homens que viam as coisas com o deslumbre da primeira vez. Reis é a aristocracia que corresponde à segunda idade, a dos heróis, da solenidade do espírito épico contido na Ode. Campos é o poeta das recorrências, da barbárie, da idade dos homens e da civilização ocidental. Concluise que os heterônimos assim como as três idades são um ciclo no sentido de que formam uma sequência de cursos e recorrências. Paradoxal como tudo em Pessoa porque temos um primeiro, um segundo e um terceiro que se originam todos juntos, concomitantemente. A perspectiva viconiana confirma que os heterônimos apresentam uma aparente diversidade porém o mundo deles constitui de fato um uni-verso. Encontram-se também novas possibilidades de leitura para a poesia dos heterônimos. / The significant affinity between the reflections of Giambattista Vico and the poetry of Fernando Pessoa is the object of this research because there is a relationship between the poet, the man who created heteronyms, and the other man who was the philosopher of History and Human Nature. Vico has reclaimed from the ancient Egyptians that the mankind went through three stages of evolution: the age of gods, age of heroes and the age of men. Meanwhile he brings an innovation: it all began in the same time. In a spread out in spiral form, the History evolves into steady returns: this sequence of stages Vico called Ideal Eternal History, pierced by courses and recurrences. The goal of the current research is to highlight that the heteronyms is the poetic synthesis of the Ideal Eternal History. As a basis of this study we have The New Science, the Italian authors masterpiece, which discusses about the myth as science of the archaic peoples and the axiom verum ipsum factum. It first addresses the time of Vico, his life and training in studies, to understand the opinion against Cartesian perspective. For that the Vicos theory is explained, it distinguishes four types of knowledge: Science, Consciousness, Universal Truths, and Historical Knowledge. It appears that the Neapolitan thinker had reasonable grounds to support their assertions, given that anticipated modern anthropology. From this observation we find in History a discipline which gives support in literary analysis. In spite of being an author of twentieth century, Pessoa is eternal in the ideal history of Literature and its immortality was made in the construction of poets who make up a whole humanity. Caeiro, Reis and Campos should not be read separately, but in the relationship between them because they constitute a unit that complements one another, in a cyclical unfolding that reproduces the evolution of the human consciousness. The parallel between the life of a subject of the human race and mankind itself is settles forming a poetic vision of the elements of the historical narrative. The archaic man possessed great power of senses and stout fantasy so being careful not to get carried away by crystallization we notice that the verses of Alberto Caeiro refer to concrete poetry as the language and thought of the first man who saw things with the dazzle of the first order. Ricardo Reis is the aristocracy to which corresponds the second age, the heroes, the solemnity of the epic spirit contained in Odes. Finally Álvaro de Campos is the poet of recurrences, of the barbarity and the age men of the epistolary Western civilization. It is concluded that the heteronyms as well as the three ages are a cycle in the sense that forms a sequence of courses and recurrences. Paradoxical as everything in Pessoa because we have a first, a second and a third that originate all together, simultaneously. The viconian\'s perspective confirms the heteronyms feature an apparent diversity but their world is in fact a uni-verse. We find also new possibilities to reading the poetry of heteronyms.
|
15 |
Fernando Pessoa e Maurice Maeterlinck : a voz e o silêncio na fragmentação da obra / Fernando Pessoa et Maurice Maeterlinck : la voix et le silence dans la fragmentation de l'oeuvreCorreia, Maria Teresa da Fonseca Fragata 19 March 2012 (has links)
Ce travail a comme objectif d‘analyser la voix et le silence dans l‘œuvre fragmentaire de deux écrivains, Fernando Pessoa (1888-1935) et Maurice Maeterlinck (1862-1949), héritiers de plusieurs cultures, auteurs dont l‘écriture gagne un surplus de sens grâce aux voix qu‘elle crée et qui font entendre leurs mots ou bien le silence de leur absence.A travers l‘analyse de quelques-unes de leurs oeuvres, nous essayons de comprendre jusqu‘à quel point ces deux poètes, rattachés aux mouvements moderniste et symboliste, vécurent l‘inquiétude propre à leur siècle, réfléchissant sur les raisons qui les menèrent à transformer la vie en un éternel mouvement vers l‘absolu, une quête d‘un état d‘âme impossible en dehors de leur création poétique ou théâtrale. Nous tenterons ainsi de justifier, dans la mesure du possible, la forme inachevée d‘une grande partie de leurs écrits, marqués par la dépersonnalisation et le questionnement concernant l‘énigme de l‘existence.Fernando Pessoa et ses hétéronymes seront les voix (im)possibles dans le silence de Maeterlinck, deux formes d‘une même polyphonie, placée en rapport avec la fragmentation formelle des personnages des oeuvres de chacun des auteurs. / This work pretends to analyse voice and silence having in mind the fragmentation of Fernando Pessoa (1888-1935) and Maurice Maeterlinck‘s (1862-1949) work, heirs to several cultures and owners of a writing where the meaning of words depend on the voices or on the silence of their absence.Through some of their works, we try to understand how these poets of symbolism and modernism lived the disquietude of a century, to analyse the causes that made them change life into an eternal movement in direction of the absolute, looking for a state of soul, only possible in their poetry and theatre, and justify, whenever possible, the infinite form that determined the unaccomplishement of most of their writings, which they developped together with the depersonalization and the irreducibility that caracterizes the enigma of life.Fernando Pessoa and his heteronymous are the (im)possible voices in Maeterlinck‘s silence, two forms of the same polyphony, in relation with the formal fragmentation of the characters of their works. / Este trabalho tem como objectivo analisar a voz e o silêncio na fragmentação da obra de dois autores, Fernando Pessoa (1888-1935) e Maurice Maeterlinck (1862- 1949), herdeiros de várias culturas e donos de uma escrita em que as palavras ganham sentido pelas vozes a que dão corpo ou pelo silêncio da sua ausência.Através da apreciação de algumas das suas obras, tentamos compreender até que ponto estes dois poetas do modernismo e do simbolismo viveram a inquietude de um século, reflectir sobre os motivos que os levaram a transformar a vida num eterno movimento em direcção ao absoluto, na busca de um estado de alma só possível no acontecer da sua poesia ou teatro e justificar, sempre que possível, a forma infinita que definiu o inacabamento de grande parte dos seus escritos, desenvolvidos a par com uma despersonalização e a irredutibilidade que caracteriza o enigma da existência.Fernando Pessoa e os seus heterónimos são as vozes (im)possíveis no silêncio de Maeterlinck, duas formas de uma mesma polifonia, colocada em relação com a fragmentação formal das personagens nas obras de cada um dos autores.
|
Page generated in 0.0847 seconds