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Homofobia e heterossexismo na escola: um estudo sobre significações de professores gays que atuam na educação básicaToledo, Rodrigo 19 March 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-03-19 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The purpose of this research is to understand the concepts constructed by teachers who are
gay about the multiple violence and prejudices experienced in relation to their sexual
orientation and their expression approach types. To enable to comply with this, we seek to
understand the historical constitution of heterosexism and homophobia in the Brazilian
society. We have focused on studies that recall the trajectory of LGBTT movement and the
various forms of expression of homophobia, focusing especially on their expressions in
school. We also have reflected on the school as a powerful space for confronting
homophobia and how this institution can eventually also become a space for violence
Finally, the study also focused on understanding struggling strategies and homophobia
conflict. Hence, four sessions of conversation were held with teachers who identified
themselves as gays and who work in the basic education. The selection of the teachers who
participated of the r4esearched was based on the "snowball" strategy, according to May's
proposition, in which the first participant selected, which met the profile defined for the study
(being a teacher who defined him/herself gay in public schools of basic education indicated a
new entrant and so on. The analysis was done by Núcleos of Significação (Meaning Concept
Cell). The research concluded that prejudice and discrimination against the LGBTT
population, in most cases, result in situations in which these people are humiliated and / or
beaten, initially because their expression of gender / sexuality is considered to be outside of
the patterns of heteronormativity. This fact suggests that it is fundamental to face
conservatism, which is expressed in practices that accentuate prejudice and violence
addressed to the LGBTT population in the school environment. In this sense, when the
school does not define itself politically against homophobic violence, it can become a space
for the production of violence and a reaffirmation of the exclusions experienced by the school
actors. We have realized that the daily school life has not been conducive for teachers who
wish to have a practice committed to the transformation of reality to achieve it, especially
when they are engaged in a work involving education related to gender relations and the fight
against homophobia. We have concluded that the participants of this research as they were
classified themselves as "good students" and having faced violence in the school during their
initial school time and then as teachers, had to create tools and strategies by themselves to
face the challenges presented by the their gender condition. It is important to emphasize
that to overcome the difficulties experienced by the participants was only possible in the adult
life and that they survived in school through the establishment of partnerships and supports
(personal and institutional). Considering this scenario, such partnerships and supports were
fundamental to the participants to remain in school as teachers, developing their work in a
positive way. Thus, the results of this study suggest that it is essential that schools develop
projects, together with social movements, to devote themselves to understand, discuss and
accept differences in sexual orientation, so that these actions imply that students dropping
out of school out by fear and / or discrimination, and building professional settings in which
gay teachers also remain in school without violence / O propósito desta pesquisa é compreender as significações que professores gays constroem sobre as múltiplas violências e sobre os preconceitos vividos em relação à própria orientação sexual e suas formas de expressão. Para isso, buscamos compreender a
constituição histórica do heterossexismo e da homofobia na sociedade brasileira.
Debruçamo-nos sobre os estudos que recontam a trajetória de lutas do movimento LGBTT e
às diversas formas de expressão da homofobia, dedicando-nos, especialmente, às suas
expressões na escola. Refletimos, também, sobre a escola como um espaço potente para o
enfrentamento da homofobia e como em alguns momentos essa instituição também pode se
tornar um espaço de produção de violências. Por fim, o estudo também se dedicou a
compreender estratégias de enfrentamento e combate à homofobia. Para isso, foram
realizadas quatro sessões de conversação com professores que se autodeclaram gays e
que atuavam na educação básica. A seleção dos professores participantes ocorreu pela
estratégia “bola de neve”, segundo proposição de May, na qual o primeiro participante
selecionado, e que atendia ao perfil definido para o estudo (ser professor que se autodeclara
gay, em exercício em escolas públicas de educação básica) indicou um novo participante e
assim sucessivamente. A análise foi feita por Núcleos de Significação. A pesquisa permitiu
concluir que o preconceito e a discriminação contra a população LGBTT, na maioria das
vezes, resultam em situações nas quais essas pessoas são humilhadas e/ou agredidas,
inicialmente, por sua expressão de gênero/sexualidade considerada fora dos padrões de
heteronormatividade. Esse fato sugere que é fundamental combater o conservadorismo, que
se expressa em práticas que acentuam o preconceito e as violências direcionadas à
população LGBTT no ambiente escolar. Dessa maneira, quando a escola não se posiciona
politicamente contrária às violências homofóbicas, ela pode se tornar um espaço de
produção de violências e de reafirmação das exclusões vividas pelos atores escolares.
Apreendemos que o cotidiano escolar não tem sido propício para que os professores que
pretendem ter uma prática comprometida com a transformação da realidade consigam
empreende-la, em especial quando se dedicam a um trabalho envolvendo a educação para
as relações de gênero e para o combate à homofobia. Verificamos que os participantes
desta pesquisa, ao terem se constituído como “bons alunos” e por terem enfrentado
violências no espaço escolar durante sua escolarização inicial e depois como professores,
tiveram que forjar sozinhos as ferramentas e as estratégias para enfrentar os desafios
colocados em função da sua orientação sexual. É importante ressaltar que a superação das
dificuldades vividas pelos participantes só se concretizou na vida adulta e que eles
sobreviveram na escola por meio do estabelecimento de parcerias e apoios (pessoais e
institucionais). Diante disso, tais parcerias e apoios mostraram-se fundamentais para que os
participantes conseguissem permanecer na escola, como professores, desenvolvendo seu
trabalho de forma positiva. Sendo assim, os resultados deste estudo sugerem que é
essencial que as escolas desenvolvam projetos, em parceria com os movimentos sociais,
que se dediquem a compreender, discutir e acolher as diferenças de orientação sexual, de
maneira que essas ações impliquem a prevenção da evasão de alunos e alunas LGBTT por
medo e/ou discriminação e a construção de ambientes profissionais nos quais os
professores gays também permaneçam nas escolas sem que sofram violências
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Sexualidade e Relações de Gênero na Escola: uma cartografia dos saberes, práticas e discursos dos/das docentes / Sexuality and Gender Relations in School: a cartography of knowledge, practices and speeches of the teachersTORRES, Raimundo Augusto Martins January 2009 (has links)
TORRES, Raimundo Augusto Martins. Sexualidade e relações de gênero na escola: uma cartografia dos saberes, práticas e discursos dos/das docentes. 2009. 228f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2009. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2012-07-12T19:51:45Z
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Previous issue date: 2009 / This work proposed to map the sexuality and the gender relationships in school from enunciation mechanisms present in the knowledge, practices and speech of teachers. A qualitative research with a cartographic approach was chosen based on the theoretical production of Michel Foucault and other authors from the same theoretical matrix. The research took place at a state public school located in the city of Fortaleza-Ceará. For the field work the instruments used was the collection of data, observation, field diary and open interviews with the teachers in the year 2007. Thus, the authorized knowledge was: scientific knowledge materilized through pedagogical mechanisms of the discipline of the bodies by the sexist education. The cultural knowledge, which points out the gender relationships based on oppositions, being the family the place where these oppositions are produced by the patriarchal model and the religious knowledge which operated as confessional tactics. The mapping was done considering pedagogical practices those which specialize the subjects and shape the bodies while relational practices are the ones which act as confessional strategies, work the esthetic of the subjects and the modulation of silence. The speechs, however, were named by the cultural roots with a strong influence from the patriarchal education. It has indicated that male homosexuality scares, nonetheless, at the same time, it is the most visible one in schools, although this personification is a tactic which aims to capture the disciplinary negociations. Other sexual and gender identities were pointed out as less visible and neglected, for instance the female homosexuality and the drag queens. We have reached the conclusion, thefore, that the work provided the comprehension of the articulations produced in the teachers’ enunciation mechanisms about sexuality and the gender relationships while identifying how the knowledge privileges the discipline of the body and its functioning. In addiction, the work mentioned that these practices are exerted on the bodies, the sexuality and the gender relationships. Moreover, it investigated the discursive formations which name the subjects through the negociations that guide how they should and can be, act and live in school. / O presente trabalho se propôs cartografar a sexualidade e as relações de gênero na escola a partir dos dispositivos de enunciação presentes nos saberes, práticas e discursos docentes. Optou-se pela pesquisa qualitativa com abordagem cartográfica amparando-se na produção teórica de Michel Foucault e de outros/as autores/as provenientes da mesma matriz teórica. A pesquisa ocorreu numa escola pública da rede estadual do município de Fortaleza-Ceará. No trabalho de campo foram utilizados os instrumentos de coleta de dados, a observação, o diário de campo e entrevistas abertas junto aos professores/as no ano de 2007. Assim, os saberes autorizados foram: saber científico materializado através dos dispositivos pedagógicos de disciplinamento dos corpos e pela educação sexista, o saber cultural que situa as relações de gênero pelas oposições, sendo a família o lugar onde essas oposições se produzem pelo modelo patriarcal e o saber religioso que opera como tática confessional. No entanto, as práticas cartografadas foram as pedagógicas, sendo aquelas que espacializam os sujeitos e modelam os corpos, atuam como estratégias confessionais, trabalham a estética dos sujeitos e a modulação do silêncio. Os discursos, contudo, foram nomeados pelas amarras culturais com forte influência da educação patriarcal. Indicaram que a homossexualidade masculina assusta, mas ao mesmo tempo é a mais visível na escola, embora essa rostização seja uma tática discursiva no intuito de capturá-la pelos agenciamentos disciplinares. E outras identidades sexuais e de gênero foram apontadas como menos visíveis e negadas, como exemplo a homossexualidade feminina e as travestis. Concluímos, portanto, que o estudo possibilitou a compreensão dos engendramentos produzidos nos dispositivos de enunciação dos/as professores/as sobre a sexualidade e as relações de gênero, ao identificar como os saberes privilegiam o disciplinamento do corpo e seu funcionamento. E ao levantar que práticas são exercidas sobre os corpos, a sexualidade e as relações de gênero, bem como de investigar as formações discursivas que nomeiam os sujeitos através de agenciamentos que delineiam como eles/elas devem e podem ser, agir e viver na escola.
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Diversidade sexual na escola: um "problema" posto à mesa. / Sexual diversity in schools: a "problem" brought on the tableJOCA, Alexandre Martins January 2008 (has links)
JOCA, Alexandre Martins. Diversidade sexual na escola: um problema posto à mesa. 2008. 184f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2008. / Submitted by Raul Oliveira (raulcmo@hotmail.com) on 2012-07-03T13:56:17Z
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Previous issue date: 2008 / This research is a paper about sexual educated education through the dialog between school and the homossexual movement in teaching continued formation about gender and sexual diversity, done by The Grupo de Resistência Asa Branca – GRAB, in 2007, with Fortaleza’s public schools’ educators. The dialog about the destruction of the meanings and senses attributed to the human sexuality, with the objective of facing the social unequalities born from homofobia directed to lesbians, gays, bisexuals, transvestites and transexuals – LGBTT. In this way, the present research debates the fragilities and the possibilities of the schools to the development of educative practice of recognizing and defense of the gender’s identity and of sexual diversity, in a way to comprehend its limits and to observe its opportunities. So, it is intended to contribute with the constitution of a sexual educated education on facing the homofobia, in the sense of thinking of educative practices, which provides positive social relationships with LGBTT in the school environment. / Esta pesquisa é um trabalho sobre a educação sexual escolarizada através do diálogo entre a escola e o movimento homossexual no processo de formação docente continuada sobre gênero e diversidade sexual, realizado pelo Grupo de Resistência Asa Branca – GRAB, em 2007, com educadores/as de escolas públicas de Fortaleza/CE. Diálogo sobre a desconstrução dos significados e sentidos atribuídos à sexualidade humana, com o objetivo do enfrentamento às desigualdades sociais oriundas da homofobia dirigida a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais - LGBTT. Desse modo, esta pesquisa debate sobre as fragilidades e as possibilidades da escola para o desenvolvimento de práticas educativas de reconhecimento e defesa da identidade de gênero e da diversidade sexual, visando compreender seus limites e observar suas oportunidades. Assim, pretende-se contribuir para a constituição de uma educação sexual escolarizada de enfrentamento à homofobia, no sentido de pensar práticas educativas que proporcionem relações sociais positivas com LGBTT no ambiente escolar.
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