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A violência homofóbica em Sergipe e o serviço social : entre o processo de revitimização e a viabilização de direitos humanos sexuais para com a população LGBTMenezes, Moisés Santos de 16 February 2017 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Homophobic violence is a complex and quite common phenomenon in contemporary society. Such reality is constantly fueled by the processes of revictimization, underreporting and impunity in dealing with homophobia. All this context is frequently present during the professional care of the LGBT population in the various organs of protection and promotion of their human and sexual rights. The present situation becomes a challenge for the Social Service because it is a profession that seeks the viability of Rights for all its users, being the demands of sexual diversity and gender problematic that permeate all social spaces needing a humanized service capable of enabling and not revitalizing these subjects. In order to better understand this context, the present study aims to analyze the perceptions of Social Service professionals regarding the care of the professional category in cases of homophobic violence against the LGBT population in Sergipe. The research was carried out with 10 (ten) social workers who attended LGBT victims of cases of homophobic violence in the various public policies in Sergipe. The data were collected through a semi-structured interview script, and analyzed through the content analysis technique. Among the main results, it has been shown that Social Service professionals are not prepared and able to meet the demands of sexual and gender diversity, due to several factors such as: 1) the absence and / or lack of debates about this issue in their process Of academic and professional formation 2) presence of prejudice and discrimination strongly presented in the discourses of these subjects 3) disengagement or lack of accountability of the Brazilian State in dealing with homophobia among others. To the detriment of this context, the attention of social service professionals to the demands of the LGBT population has been more focused on the field of revictimization than on the viability of their human and sexual rights, a scenario that reinforces a conservative and fundamentalist tendency of the professional category, Contradictory to its Ethical-Political Project. Therefore, this research made it clear an urgent need to discuss themes on sexual and gender diversity within Social Work, as well as to carry out new studies on the subject matter in this area, as well as to promote prevention and awareness-raising activities for social workers in Relation to the confrontation of homophobic violence as one of the expressions of the social issue to which everyone is entitled to fight. / A Violência Homofóbica é um fenômeno complexo e bastante comum na sociedade contemporânea. Tal realidade é constantemente alimentada pelos processos da revitimização, subnotificação e impunidade no trato com a homofobia. Todo esse contexto encontra-se frequentemente presente durante o atendimento profissional da população LGBT nos diversos órgãos de proteção e promoção aos seus direitos humanos e sexuais. A presente situação torna-se um desafio para o Serviço Social por ser uma profissão que busca a viabilização de direitos para todos os seus usuários, sendo as demandas da diversidade sexual e gênero problemáticas que perpassam por todos espaços sócio-ocupacionais necessitando de um atendimento humanizado capaz de viabilizar direitos e não revitimizar esses sujeitos. Buscando compreender melhor esse contexto o presente estudo tem por objetivo analisar as percepções dos profissionais de Serviço Social em relação ao atendimento da categoria profissional nos casos de violência homofóbica contra a população LGBT no estado de Sergipe. A pesquisa foi realizada com 10 (dez) assistentes sociais que atenderam LGBT vítimas de casos de violência homofóbica nas diversas políticas públicas do estado de Sergipe. Os dados foram coletados por meio de um roteiro de entrevista semiestruturado, e analisados através da técnica de análise de conteúdo. Entre os principais resultados revelou-se que os profissionais de Serviço Social não se encontram preparados e capacitados para atender as demandas da diversidade sexual e de gênero, por diversos fatores como: 1) a ausência e ou carência de debates sobre esse assunto no seu processo de formação acadêmica e profissional 2) presença do preconceito e discriminação fortemente apresentados nos discursos da categoria profissional 3) descompromisso ou desresponsabilização do Estado brasileiro no trato com a homofobia entre outras. Em detrimento desse contexto, o atendimento dos profissionais de Serviço Social para com as demandas da população LGBT tem caminhado mais para o campo da revitimização do que da viabilização de seus direitos humanos e sexuais, cenário que reforça uma tendência conservadora e fundamentalista da categoria profissional, contraditória ao seu Projeto Ético-Político. Desta feita, observou-se a urgente necessidade de se debater temáticas sobre a diversidade sexual e de gênero dentro do Serviço Social, além de se realizar novos estudos sobre o assunto aqui em pauta, bem como promover ações de prevenção e sensibilização dos assistentes sociais em relação ao enfrentamento da violência homofóbica como uma das expressões da questão social a qual a todos compete combater.
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