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Entre o fabuloso e o verossimil = cronicas e epistemologia no processo de cognição da America / Between the fabulous and the credible : epistemology in the cognition of Americ

Oliveira, Flavia Preto de Godoy 15 August 2018 (has links)
Orientador: Leandro Karnal / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-15T11:46:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_FlaviaPretodeGodoy_M.pdf: 1501708 bytes, checksum: 8bb64f164e17c683ef088683459c0260 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: O objetivo central desse trabalho é analisar como a percepção da natureza americana foi construída nas crônicas escritas nas décadas que sucederam a chegada dos primeiros europeus à América e como foi reelaborada em períodos posteriores a partir da leitura desses mesmos documentos. Para alcançar tal intento foram analisadas algumas crônicas selecionadas, como as obras de José de Acosta e Pedro Mártir de Anglería, e suas formas de apreender a natureza do Novo Mundo. A partir da conexão desses textos a uma epistemologia específica que configurava o saber europeu do período, foi possível compreender as possibilidades e os limites que essas obras possuíam em suas representações da América. Em seguida, o trabalho avança temporalmente, investigando as visões sobre a natureza americana produzidas no século XVIII por estudiosos de expressão no universo intelectual europeu, como Buffon, relacionando-as a rejeição das crônicas como fonte de saberes sobre a América, bem como à emergência de novos pressupostos epistemológicos. Por fim, no terceiro capítulo, foram analisadas algumas das idéias e das obras escritas pelo naturalista alemão Alexander von Humboldt, conhecido como uma das principais figuras dentro da história natural da primeira metade do século XIX, mas também apontado pela historiografia como responsável pela criação de uma nova imagem do continente americano, em especial, de sua natureza. Procurou-se estabelecer a ligação entre essa forma de representar a natureza, suas leituras e apropriações das crônicas coloniais e epistemologia do período, entendendo-os como processos indissociáveis na compreensão não somente da obra humboldtiana, mas da imagem que se consolidou em relação ao continente americano / Abstract: The main objective of this work is to analyze how the perception of American nature was developed in the chronicles written during the first decades after Europeans arrival to América and how it was re-elaborated in posterior periods through the reading of the same sources. To obtain that purpose, some selected chronicles were analyzed, such as those written by José de Acosta and Pedro Mártir Anglerìa, and theirs ways to apprehend the New World's nature were studied too. Based on a connection between those works with a specific pistemology, which configured the European knowledge in the period, it was possible to comprehend the possibilities and the limits of America's representations can be found in the chronicles. Furthermore, the work investigates the views of American nature produced in 18th century by erudite men in the European intellectual sphere, such as from Buffon and de Pauw. The views were on nected with the rejection of chronicles like knowledge concerning America and with the sprouting of news epistemic criteria. Finally, in the third chapter, the humboldtian ideas was analyzed. I tried toconnect Humboldt's views of nature with his reading and his appropriation of colonial chronicle and period epistemology / Mestrado / Historia Cultural / Mestre em História
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As influencias da filosofia kantiana e do movimento romantico na Genese da Geografia Moderna : os conceitos de espaço, natureza e morfologia em Alexander von Humboldt / Influences of the Kantian philosophy and the Romantic Movement in the Genesis of Modern Geography : the formation of the concepts of space, nature and morphology in Alexander von Humboldt

Silveira, Roberison Wittgenstein Dias da, 1982- 21 August 2008 (has links)
Orientador: Antonio Carlos Vitte / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias / Made available in DSpace on 2018-08-11T20:57:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Silveira_RoberisonWittgensteinDiasda_M.pdf: 1468779 bytes, checksum: 40fc5760f4a36c7140e5094d58c33157 (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: A dissertação de mestrado que apresentamos toma forma na análise da Gênese da Geografia Moderna a partir dos conceitos de espaço, natureza e morfologia. Estes conceitos, fundamentais na construção do saber geográfico moderno em Alexander von Humboldt, remetem a um itinerário científico-filosófico-artístico ligado à filosofia Crítica kantiana e ao movimento romântico alemão. Em Kant destacamos como o espaço a priori da Crítica da Razão Pura se atrela à delimitação de um campo válido de análise para as ciências, a esfera dos fenômenos. Na mesma medida, apresentamos ainda com a Primeira Crítica (CRP) e com os Primeiros Princípios Metafísicos da Ciência da Natureza a base filosófica sobre a qual se estruturam as ciências naturais, desenvolvendo-se livremente sob um domínio pragmático e em busca de objetivos claros e definidos, não mais a verdade elementar e última; contexto no qual emerge uma Geografia Moderna. Ainda em Kant, a Crítica da Faculdade de Julgar coloca, antecedida pela questão do organismo, a matéria sob a qual tomará forma uma concepção teleológica de natureza. Esta natureza com um fim independente da razão adentra no universo romântico e é retrabalhada de muitas maneiras, interessando-nos, sobretudo, as levadas a cabo por Goethe e Schelling. A natureza em Goethe está ligada ao ideal na produção-reprodução pela forma. A síntese na forma é a medida deste processo, a manifestação no instante daquilo que se dispõe numa dinâmica contínua, a relação indissociável entre todo e partes numa perspectiva metamórfica. Em Schelling esta natureza é tomada como um termo real em sua idealidade, ou seja, supera a perspectiva simplesmente negativa do não-eu fichtiano, aparecendo em seu sentido teleológico numa relação sintética com o espírito. A medida dessa união, a ligação em síntese entre espírito e natureza é a chave explicativa para o papel da subjetividade na objetividade, uma ligação entre aquele que é passivo e ativo na captação da cena pela perspectiva intuitiva. O ideal da natureza, este que liga tudo no universo é a força vital em Humboldt; é o permear na esfera orgânica e inorgânica de uma atividade integradora, inseparável. Por fim, o movimento romântico, nele incluídos Goethe e Schelling, corrobora uma perspectiva de arte que deve ser incorporada na tarefa maior de conhecer não só intelectualmente, mas também esteticamente. A arte aparece como elemento maior de manifestação objetiva da síntese entre espírito e natureza, aquilo, enfim, que é o máximo de representação da realidade e, como tal, o ponto mais elevado atingido pelo saber que, a um tempo, também é ser o que se pretende conhecido. A Geografia surge como ciência moderna na confluência filosófica deste múltiplo legado científico-artístico-filosófico pela incorporação humboldtiana dos conceitos de espaço, natureza e morfologia. A maneira e o contexto particular em que toma forma a ciência geográfica é ponto de notado interesse para a produção de um conhecimento científico que, a todo instante, dialoga com sua história e, na leitura que propomos, também com a Filosofia. / Abstract: The master's degree dissertation that we presented takes form in the analysis of Genesis of the Modern Geography starting from the space concepts, nature and morphology. These concepts, elemental in the construction of the modern geographical knowledge in Alexander von Humboldt, it send to a linked scientific-philosophical-artistic itinerary to the philosophy Critical kantiana and the German romantic movement. In Kant highlighted as the space a priori of the Critic of the Pure Reason it is harnessed to the delimitation of a valid field of analysis for the sciences, the sphere of the phenomena. Equally, we still presented with the First Critic (CRP) and with the First Metaphysical Beginnings of the Science of the Nature the philosophical base on which the natural science are structured, growing freely under a pragmatic domain and in search of clear and defined objectives, no more the elementary and last truth; context in which a Modern Geography emerges. Still in Kant, the Critic of Judging puts, preceded by the subject of the organism, the matter under which will take form a conception teleological nature. This nature with an independent end of the reason penetrates in the romantic universe and it is worked of many sort things out, being interested, excessively, carried out them for Goethe and Schelling. The nature in Goethe is linked to the ideal in production-reproduction for the form. The synthesis in the form is the measure of this process, the manifestation in the instant of that that is disposed in a continuous dynamics, the relationship unseparate between whole and parts in a metamorphic perspective. In Schelling this nature is taken as a real term in ideal, in other words, it overcomes the perspective simply negative of the "no-me" fichtiano, appearing in sense teleological in a synthetic relationship with the spirit. The measure of that union, the connection in synthesis between spirit and nature is the explanatory key for the paper of the subjectivity in the objectivity, a connection among who that is passive and assets in the reception of the scene for the intuitive perspective. The ideal of the nature, this that ties everything in the universe is the vital force in Humboldt; it is permeating in the organic and inorganic sphere of an activity integrate, inseparable. Finally, the romantic movement, in him included Goethe and Schelling, it corroborates an art perspective that should be incorporate in the larger task of knowing not only intellectually, but also esthetically. The art appears as larger element of manifestation aims at of the synthesis between spirit and nature, that, finally, that is the maximum of representation of the reality and, as such, the highest point reached by the knowledge that, at a time, it is also to be that is intended known. The Geography appears as modern science in the philosophical confluence of this multiple scientific-artistic-philosophical legacy for the incorporation humboldtiana of the space concepts, nature and morphology. The way and the private context in that takes form the geographical science is point of having noticed interest for the production of a scientific knowledge that, every minute, dialogues with its history and, in the reading that we propose, also with the Philosophy. / Mestrado / Análise Ambiental e Dinâmica Territorial / Mestre em Geografia
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A Frühromantik e as concepções de natureza, ciência, arte e sociedade em Alexander Von Humboldt / The early German romanticism and concepts of nature, science, art and society in Alexander Von Humboldt

Springer, Kalina Salaib, 1979- 02 January 2013 (has links)
Orientador: Antonio Carlos Vitte / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-22T00:18:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Springer_KalinaSalaib_D.pdf: 2543424 bytes, checksum: cb621b713b59545db1d7899d34529b9d (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: Reconhecendo a complexidade das concepções e as diferenças entre as várias expressões que se inscrevem no conjunto das manifestações e idéias contempladas pelo Romantismo, neste trabalho, nos interessa destacar alguns traços que vão influenciar de modo marcante os trabalhos de Alexander von Humboldt. Assim, tentaremos entender a dualidade de seu pensamento: a postura racionalista e o pensamento 'sensível'; acreditando ser a compreensão desta relação essencial para o entendimento do trabalho científico desenvolvido por Humboldt. Neste sentido, é objetivo central analisar o pensamento de Alexander von Humboldt a partir da sua relação com a frühromantik de modo a encontrar em seus textos afinidades com esta experiência romântica alemã. Como aporte metodológico escolheu-se utilizar as concepções desenvolvidas por Timothy Lenoir e Hans-Georg Gadamer. A Hermenêutica filosófica de Hans-Georg Gadamer é capaz de, para além da superficialidade, tornar compreensível, o sentido de determinado objeto de estudo. Já na obra de Timothy Lenoir, o pensamento que nos interessa são suas análises sobre a instituição da ciência como produção cultural / Abstract: Recognizing the complexity of the concepts and the differences among the various expressions that fall into all the events and ideas contemplated by Romanticism, we highlight, in this paper, some features that will markedly influence the works of Alexander von Humboldt. So we will try to understand the duality of his thought: the rationalist attitude and the 'sensitive' thinking, this being essential to understanding the scientific work developed by Humboldt. In this sense, our central aim is to analyze Alexander von Humboldt's thought from his relationship with Frühromantik to find in his writing affinities with this German romantic experience. As methodological approach we have chosen the concepts developed by Timothy Lenoir and Hans-Georg Gadamer. Hans-Georg Gadamer's philosophical hermeneutics is capable of, beyond superficiality, giving an understanding to the meaning of a particular object of study. In Timothy Lenoir's work, we are interested in his analysis of the institution of science as a cultural production / Doutorado / Análise Ambiental e Dinâmica Territorial / Doutora em Geografia
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Estética romântica germânica e a paisagem em Humboldt: percurso da geografia

Barbosa, Túlio [UNESP] 15 April 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:33:34Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-04-15Bitstream added on 2014-06-13T20:25:15Z : No. of bitstreams: 1 barbosa_t_dr_prud.pdf: 1833394 bytes, checksum: f15b58808366e115e594d8f49d673627 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Partimos da tese que o romantismo germânico influenciou, decisivamente, a reelaboração das ciências humanas, neste caso, estudamos especificamente a ciência geográfica e sua constituição a partir do século XIX. Para isso compreendemos o juízo estético como fundamental para entender o desdobramento do romantismo germânico, já que defendemos que a estética romântica germânica, influenciada por Kant, proporcionou o desenvolvimento da ciência geográfica antecedida pela paisagem. Neste sentido a compreensão da paisagem do século XIX foi precedida pelos ideais românticos e se firmou, naquele momento, enquanto categoria estética-geográfica; assim, posteriormente, possibilitou o desenvolvimento das ciências da natureza e das ciências humanas, o que resultou na Geografia. Um dos primeiros interlocutores entre o romantismo, as ciências humanas e as ciências da natureza foi Humboldt que baseou suas observações também nos elementos estéticos para a natureza, daí a importância em verificarmos a relação estética na Geografia a partir de Kant, Schelling, Fichte, e Goethe para compreendermos as relações conceituais que compõe a paisagem do século XIX e o desenvolvimento da Geografia / This research studies as the Germanic romanticism influenced decisively the reworking of the humanities in this case specifically studied geographical science and its formation from the nineteenth century. To understand this aesthetic judgment as fundamental to understanding the unfolding of Germanic Romanticism, as we argue that the Germanic Romantic style, influenced by Kant, enabled the development of geographical science preceded by the landscape. In order to understand the landscape of the nineteenth century was preceded by romantic ideals and established himself at that moment as an aesthetic category, geographical, so subsequently enabled the development of natural science and humanities, which resulted in Geography. One of the first contact between the romanticism of humanities and natural science was Humboldt who based his observations on the aesthetics for nature, hence the importance to verify the relationship between aesthetics in geography from Kant, Schelling, Fichte, and Goethe to understand the relationships of the concepts that comprise the landscape of the nineteenth century and the development of geography
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Uma discussão sobre a filogênese Kant-Goethe-Schopenhauer na constituição do conceito forma-paisagem e o seu impacto na geografia humboldtiana / A discussion about phylogeny Kant-Schopenhauer-Goethen in constitution concept form of landscape and its impact on the geography humboldtian

Santos, Josevan Dutra dos, 1968- 20 August 2018 (has links)
Orientador: Antonio Carlos Vitte / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-20T02:34:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Santos_JosevanDutrados_M.pdf: 1573021 bytes, checksum: 170d4158a80bae5100aadc29c6c0b314 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: A proposta de investigação deste trabalho envolve uma temática que possui embasamento teórico envolvendo discursos histórico-filosóficos e naturalistas atribuídos ao longo do tempo às transfomações do termo forma. Para tanto, buscamos organizar um texto em que os argumentos se manifestam e se entrelacem a partir de alguns discursos filosóficos encontrados na Grécia antiga. Na sequência, pontuamos algumas considerações a respeito da relação entre o homem e a natureza advindas de alguns pensadores alemães, preferencialmente: Immanuel Kant, J. Goethe, Arthur Schopenhauer e Alexander Von Humboldt. Optamos por esta composição por acreditarmos que o termo representação concorre num primeiro momento à estruturação do conceito de forma manifestado na natureza, sendo que, posteriormente tais conceitos servirão como elementos base à composição e desenvolvimento da geografia em nível de ciência. Desta forma, obteve-se como principal resultado da investigação, um acréscimo teórico na pesquisa, culminando na constatação positiva em relação a hipótese contida no projeto; ou seja, haveria uma filogênse Kant-Goethe-Schopenhauer na geografia humboldtiana? De acordo com os dados levantados e analisados acredita-se que sim / Abstract: The proposed work involves an investigation of this issue that hastheoretical basis involving discourse-historical and philosophicalnaturalists assigned over time to the end transfomações way. To this end, we organize a text in which the arguments are intertwinedand manifest from some philosophical discourses found in ancient Greece. Further, we point to some considerations about the relationship between man and nature arising out of some German thinkers, preferably: Immanuel Kant, J. Goethe, Schopenhauer and Alexander Von Humboldt. We chose this composition because we believe that the term representation competes at first the structure of the concept of form manifested in nature, and later these concepts will serve as basic elements to the composition of the geography and development level of science. Thus, we obtained the main result of the investigation, an increase in theoretical research,culminating in the positive statement about the hypothesiscontained in the project, ie, there would be afilogênse Kant,Goethe, Schopenhauer Humboldtian geography? According to thedata collected and analyzed it is believed that yes / Mestrado / Análise Ambiental e Dinâmica Territorial / Mestre em Geografia
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Filosofia, arte e ciência = a paisagem na geografia de Alexander Von Humboldt / Philosophy, art and science : the landscape in the Alexander von Humboldt¿s geography

Silveira, Roberison Wittgenstein Dias da, 1982- 20 August 2018 (has links)
Orientador: Antonio Carlos Vitte / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-20T04:58:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Silveira_RoberisonWittgensteinDiasda_D.pdf: 4231278 bytes, checksum: 7618a5ec10784fd8dfa0a911c5f81cdb (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: Humboldt incorpora muitos legados do seu contexto científico, estético e filosófico. Aparentemente contraditórias, na verdade excludentes, essas vias não podem sem qualquer dificuldade serem aproximadas, na medida em que partem de noções cosmológicas distintas e compreendem um conjunto diversificado de diretrizes e pressupostos conceituais. Mas, nessa aparente desarmonia, toma forma uma nova composição científica, marcada pela associação entre razão e sensibilidade, ciência e estética, descrição e explicação causal, mecanicismo e teleologia. Como base para essa integração inovadora, Humboldt assimila a fundamentação ontológico-metafísica oferecida por Schelling, além da concepção de homem schilleriana e da goethiana concepção de forma. A tese que defendemos é que essa confluência de pressupostos e métodos se harmonize sob o conceito de paisagem e que, nesse domínio, tenha pretendido Humboldt compreender e apaziguar na ciência o embate ontológico que acompanha o saber filosófico desde sua origem, e que é exatamente o ponto alto de toda a transformação operada no pensamento do período: o embate entre as cosmovisões materialista e idealista. Mais do que isso, sustentamos que esta articulação original sob o conceito de paisagem fundamentou a construção moderna do saber geográfico, a despeito de uma série de interpretações que pretendem subtrair de Humboldt seu papel estruturador e sistematizador. Nessa releitura da gênese da Geografia moderna, pretendemos também mostrar, ao final da tese, como essa origem ainda incompreendida pode e deve oferecer novos horizontes para o saber e fazer geográficos contemporâneos / Abstract: Humboldt incorporates many legacies of his scientific, aesthetical, and philosophical context. Seemingly contradictory, indeed exclusive, these pathways can't be approximated without any difficult, whereas start from different cosmological notions and embrace a diverse range of guidelines and conceptual assumptions. But, in this apparent disharmony, takes shape a new scientific composition, characterized by the association between reason and sensibility, science and aesthetics, description and causal explanation, mechanism and teleology. As a basis for this innovative integration, Humboldt assimilated the ontological-metaphysical foundation offered by Schelling, addition Schiller's conception of man and goethean conception of form. We defended the thesis that this confluence of assumptions and methods is harmonized under the landscape concept and that, in this field, Humboldt has attempted understand and appease in his science the ontological divergence that comes from philosophy since its origin, and that is exactly the high point of the whole transformation operated in the thought of the period: the divergence between the idealist and materialist cosmoviews. More than that, we argue that this articulation under the landscape concept founded modern construction of geographic knowledge, despite a series of interpretation that want to subtract from Humboldt his structured and systematic role. In this reinterpretation of the genesis of modern Geography, we also wanted show how this misunderstood source can and should offer new horizons for the contemporary geographic knowledge / Doutorado / Análise Ambiental e Dinâmica Territorial / Doutor em Geografia

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