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Desigualdades escolares: as diferenÃas de rendimento escolar dos alunos amparados e concursados no ColÃgio Militar de Fortaleza. / Inequalities in School: the differences on school performance of the students supported by military regulation and the students who were admitted by exam in Brazilian Army Military School of Fortaleza.

Cleber Borges dos Santos 04 July 2011 (has links)
nÃo hà / O presente estudo teve como objetivo, analisar a influÃncia da origem dos alunos no rendimento escolar e nos Ãndices de reprovaÃÃo, bem como o comportamento, ao longo do tempo, das possÃveis desigualdades iniciais de rendimento escolar no ColÃgio Militar de Fortaleza (CMF). Especificamente, buscou-se verificar numa populaÃÃo de 534 alunos, se hà diferenÃa nas mÃdias globais dos alunos amparados e concursados e se existe relaÃÃo entre os amparados e a reprovaÃÃo nos anos finais do Ensino Fundamental em 2009. Buscou-se ainda, verificar longitudinalmente se as possÃveis diferenÃas de rendimento entre os alunos amparados e concursados se alteraram no perÃodo de 2007 a 2010. A verificaÃÃo da existÃncia de diferenÃa entre as mÃdias foi realizada por meio do teste t para amostras independentes. A verificaÃÃo da existÃncia de relacionamento entre os alunos amparados e a reprovaÃÃo foi obtida por meio do teste χ2 2x2 (Qui-Quadrado de Pearson). O software utilizado para as anÃlises dos dados foi o SPSS 16.0 for Windows. A anÃlise longitudinal acompanhou o rendimento escolar de 71 alunos que entraram no 6 ano em 2007 e permaneceram atà o 9 ano do Ensino Fundamental. A comparaÃÃo das diferenÃas de rendimento foi realizada em valores z da distribuiÃÃo normal padrÃo. Os resultados demonstram que hà grande diferenÃa de rendimento entre os alunos concursados e amparados. Os alunos amparados em todos os anos do Ensino Fundamental apresentam mÃdias globais bem menores que os alunos concursados. A pesquisa revelou ainda que hà relaÃÃo entre os alunos amparados e a reprovaÃÃo, mostrando que a reprovaÃÃo afetou exclusivamente os alunos amparados em todos os anos escolares. Na anÃlise longitudinal, as desigualdades de rendimento entre os alunos amparados e concursados que cursaram do 6 ao 9 ano do Ensino Fundamental no CMF basicamente se mantiveram de 2007 a 2010. A expectativa de que houvesse, ao longo do tempo, uma reduÃÃo das desigualdades entre amparados e concursados nÃo se confirmou, nÃo sendo possÃvel afirmar os motivos que levaram a nÃo melhoria do rendimento dos amparados em relaÃÃo ao grupo investigado. Novos estudos devem buscar estas respostas, que poderÃo contribuir para as futuras polÃticas educacionais nos ColÃgio Militares. Diante dos resultados apresentados, recomenda-se que os indicadores educacionais sejam analisados tambÃm pela origem dos alunos e que as desigualdades iniciais de rendimento, sempre que possÃvel, sejam consideradas no planejamento pedagÃgico e na gestÃo escolar do CMF, a fim de que elas nÃo se tornem desigualdades permanentes. Um estudo sobre as caracterÃsticas dos alunos que mais se relacionam com a reprovaÃÃo poderà ser Ãtil para subsidiar polÃticas de acompanhamento e prevenÃÃo. Um grande desafio do CMF à nÃo permitir que as desigualdades sociais e culturais, que naturalmente se apresentam como desigualdades de aprendizado, sejam determinantes para o Ãxito ou fracasso escolar dos alunos. Por isso, espera-se que as conclusÃes alcanÃadas neste estudo sejam um ponto de partida para que outras pesquisas encontrem caminhos que possam atenuar as desigualdades escolares e contribuir para a efetiva aprendizagem tanto dos alunos concursados como dos amparados.
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Savoirs scientifiques, malentendus et inégalités sociales à l'école : les formes disciplinaires des SVT en 6ème / Scientific knowledge, misunderstandings and social inequalities at school : disciplinary forms of biology in sixth grade

Brederode, Marion van 29 November 2016 (has links)
Cette thèse s’intéresse aux processus de construction des inégalités scolaires dans la discipline d’enseignement des Sciences de la Vie et de la Terre (SVT), généralement moins soupçonnée que d’autres d’y participer. Elle s’appuie sur les travaux de didactique qui postulent que les savoirs scientifiques proposés en classe doivent être fondés en raison pour mettre au jour la façon dont les formes disciplinaires des SVT, rencontrées par les élèves en 6ème, peuvent participer à produire passivement et activement des apprentissages inégaux et ainsi, conduire les élèves à produire des consciences disciplinaires de pertinence inégale. Une analyse qualitative de textes officiels et de manuels de SVT depuis 1958 permet de mettre au jour les évolutions de la forme disciplinaire à enseigner. Cette dernière s’adresse aujourd’hui à un élève autonome qui doit construire, par lui-même, des savoirs permettant de comprendre des phénomènes biologiques. Ces évolutions rendent l’accès aux savoirs scientifiques difficile pour les élèves qui n’ont que l’école pour y parvenir. Cette approche socio-historique est complétée par une étude synchronique visant à comparer les formes disciplinaires enseignées dans des établissements socialement contrastés. Elles sont analysées quantitativement à partir de la trace qu’elles laissent dans les cahiers des élèves. Selon les contextes, les formes ne sollicitent pas les mêmes types de savoirs, d’opérations de pensée et d’écrits. Ces sollicitations différentielles semblent ainsi participer activement à l’inégale appréhension par les élèves des spécificités de la discipline SVT. / This thesis deals with the processes leading to the development of inequalities at school in the teaching of life sciences, subject often thought not to be relevant on this point. It accounts for studies taking place within the theoretical framework of the problematization, stating that scientific knowledge in the classroom should be based on reason in order to expose how the forms of life sciences as a subject might generate, actively and passively, teaching inequalities. These, in turn, would lead the pupils to develop unequally suited disciplinary awareness. The qualitative analysis of life sciences textbooks and curricula since 1958 shows the evolutions of the subject, and how, today, pupils have to acquire by themselves knowledge essential to the understanding of biological phenomena. These evolutions impede the pupils relying only on school for the construction of their scientific knowledge. This socio-historical approach is completed with a synchronic study aiming at comparing forms of the subjects taught in socially diverse schools. Their quantitative analysis is based on content from the pupils’ notebooks. Depending on the context, forms of the subject don’t solicit and trigger the same knowledge, thinking and writing skills. These differences thus seem to actively contribute to the discrepancies on how pupils apprehend the specificities of life sciences.

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