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Indução de voláteis em plantas de milho por um hospedeiro, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) e um não-hospedeiro, Plutella xylostella L. (Lepidoptera: Plutellidae) e seu efeito sobre esses insetos e seus respectivos parasitóides / Maize induced volatiles elicited by a host Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) and a non-host Plutella xylostella L. (Lepidoptera: Plutellidae) of these insects and their respective parasitoidsSignoretti, André Gustavo Corrêa 06 October 2008 (has links)
As plantas reconhecem e produzem substâncias voláteis específicas para a atração de parasitóides após o ataque de um herbívoro, num processo conhecido como defesa indireta. Contudo, a capacidade dessas plantas em processar e liberar novos compostos voláteis sob o ataque de um herbívoro não hospedeiro permanece ainda inexplorado. Em vista disso, o presente trabalho buscou investigar o efeito dos voláteis emitidos por planta de milho sob o ataque de uma praga até então não hospedeira (traça-das-crucíferas, Plutella xylostella) comparado ao daqueles emitidos por planta de milho sob ataque de um hospedeiro tradicional (lagarta-do-cartucho-domilho, Spodoptera frugiperda), sobre esses insetos e seus respectivos parasitóides, Apanteles piceotrichosus e Campoletis flavicincta. Os bioensaios com os parasitóides foram conduzidos em fotofase, sendo oferecidos a estes, voláteis de plantas de milho sadias, voláteis liberados nos intervalos de 0-1, 5-6 e 24-25h após tratamento em fotofase por dano mecânico ou herbivoria simulada, e voláteis liberados no intervalo de 5-6h após esses mesmos tratamentos em escotofase. Já os ensaios com as mariposas foram conduzidos em escotofase, sendo oferecidos a estas, voláteis de plantas de milho sadias, voláteis liberados nos intervalos de 5-6h após tratamento em fotofase por dano mecânico ou herbivoria simulada, e voláteis liberados no intervalo de 0-1 e 24- 25h após esses mesmos tratamentos em escotofase. Adicionalmente, foram testados, para P. xylostella, voláteis de plantas de couve-manteiga sadia, e para A. piceotrichosus, voláteis de couve-manteiga sadia, couve-manteiga danificada mecanicamente e couve-manteiga atacada por lagartas de P. xylostella. As fêmeas de C. flavicincta apresentaram atratividade para voláteis emitidos pelas plantas de milho no intervalo de 5 a 6 horas após tratamento com regurgito de S. frugiperda em escotofase. Curiosamente, não apresentou atratividade pelos voláteis liberados nesse mesmo intervalo de tempo após indução com regurgito em fotofase. As fêmeas acasaladas de S. frugiperda foram atraídas por voláteis de plantas de milho sadia e voláteis liberados nos intervalos de 5-6 e 24-25h após dano mecânico ou tratamento da planta com regurgito deste herbívoro. Porém, preferiu voláteis de plantas sadias aqueles de plantas tratadas com regurgito em fotofase. Esses resultados demonstraram que esses insetos são capazes de discriminar entre misturas de voláteis presentes em seu habitat natural, onde ocorre a relação tritrófica milho (planta hospedeira) S. frugiperda (herbívoro) C. flavicincta (parasitóide). Da mesma forma, na relação couve-manteiga (planta hospedeira) P. xylostella (herbívoro) A. piceotrichosus (parasitóide), as fêmeas de P. xylostella foram atraídas pelos voláteis de couve-manteiga sadia, assim como as fêmeas de A. piceotrichosus foram atraídas pelos voláteis de couve-manteiga atacadas por lagartas deste herbívoro. No caso da simulação de uma nova relação, milho (planta não-hospedeira) P. xylostella (herbívoro) C. flavicincta (parasitóide), tanto fêmeas de A. piceotrichosus, quanto de P. xylostella, não foram capazes de responder aos voláteis de plantas de milho sadias, danificadas mecanicamente e danificadas mecanicamente + regurgito de P. xylostella. A determinação desses mecanismos poderá ser útil para maior compreensão do contexto evolutivo entre plantas e insetos e obtenção de novos avanços no manejo e controle biológico de pragas. / Plants recognize and produce specific volatile substances that attract parasitoids after the herbivore attack, characterizing a process known as indirect defense. However, the ability of these plants in processing and releasing novel volatile compounds elicited by a non-host herbivore attack has been poorly explored. Regarding this, the current study aimed to investigate the effect of volatiles emitted by maize plants under the attack of a pest which is not a host so far, diamondback moth, Plutella xylostella compared to those emitted by a common host, fall armyworm, Spodoptera frugiperda on the behavior response of these insects and their respective parasitoids Apanteles piceotrichosus e Campoletis flavicincta. The bioassays with the parasitoids were conducted during photophase and they were exposed to volatiles from undamaged maize, volatiles released at the time intervals 0-1, 5-6 and 24-25h after the treatment of mechanical damage or simulated herbivory during photophase, and volatiles released at the time interval 5-6h after these same treatments in scotophase. The bioassays with the moths were carried out in scotophase and they were exposed to volatiles from undamaged maize, volatiles released at the time interval 5-6h after the treatment of mechanical damage or simulated herbivory during photophase, and volatiles released at time intervals 0-1 and 24-25h after these same treatments in scotophase. Additionally, for P. xylostella volatiles from undamaged kale were tested while for A. piceotrichosus it was tested volatiles from undamaged kale, mechanically damaged and P. xylostella caterpillar damaged kale. C. flavicincta females were attracted to volatiles emitted by the maize plants at the interval 5-6h after the treatment with the S. frugiperda regurgitate in scotophase. Curiously, they were not attracted to volatiles released at the same time interval after the induction elicited by the regurgitate in the photophase. S. frugiperda mated females were attracted by volatiles from undamaged plants and volatiles released at time intervals 5-6 and 24- 25h after the mechanical damage or treated with the regurgitate of this herbivore. Nevertheless, they preferred the volatiles from undamaged maize to the plants treated with the regurgitate during photophase. These results demonstrated that these insects are able to distinguish among the volatile blends present in their natural habitat where it occurs the tritrophic relationship maize (host plant) S. frugiperda (herbivore) C. flavicincta (parasitoid). In the same way, in the relationship kale (host plant)- P. xylostella (herbivore) A. piceotrichosus (parasitoid), P. xylostella females were attracted by the volatiles of undamaged kale as well as the A. piceotrichosus females were attracted to volatiles emited by caterpillar-damaged kale. In the case of simulating a new relationship, maize (non-host plant) P. xylostella (herbivore) C. flavicincta (parasitoid), A. piceotrichosus females and P. xylostella were not able to respond to undamaged maize, mechanically damaged and mechanically damaged+ P. xylostella regurgitate. The determination of these mechanisms can be useful for a better understanding of the evolution context between plants and insects and for obtaining new advances in the management and biological pest control.
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Seleção hospedeira, controle de qualidade in vivo e criação in vitro de três espécies de tricogramatídeos neotropicais / Host selection, in vivo quality control and in vitro rearing of three neotropical trichogrammatid speciesDias, Nívia da Silva 31 March 2008 (has links)
Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983, Trichogrammatoidea annulata De Santis, 1972 e Trichogramma bruni Nagaraja, 1983 são espécies que ocorrem naturalmente no Brasil, e assim como outras espécies de tricogramatídeos neotropicais apresentam potencial de utilização em programas de controle biológico. Todavia, para que essa estratégia seja implementada faz-se necessário um sistema eficiente de criação massal, baseando-se, principalmente, na escolha do hospedeiro adequado para multiplicação do parasitóide com qualidade. Normalmente são utilizados os hospedeiros alternativos Sitotroga cerealella (Olivier, 1819), Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) e Corcyra cephalonica (Stainton, 1865); a produção destes hospedeiros é equivalente a mais de 70% dos custos de produção. Um sistema de criação que independa desses hospedeiros, como a criação in vitro, seria ideal para simplificar a linha de produção de parasitóides. Os objetivos deste trabalho foram: 1) selecionar o hospedeiro alternativo mais adequado para criação de T. atopovirilia, T. annulata e T. bruni, e avaliar os efeitos da criação destes parasitóides por sucessivas gerações, em suas características biológicas, incluindo capacidade de vôo e tabela de vida de fertilidade; 2) estudar a viabilidade da criação in vitro destas espécies de parasitóides. Concluiu-se que o hospedeiro alternativo afetou as características biológicas e a capacidade de vôo das espécies estudadas. Para T. atopovirilia, C. cephalonica e/ou A. kuehniella foram os hospedeiros alternativos mais adequados para sua criação, enquanto que para T. annulata e T. bruni C. cephalonica foi o hospedeiro preferencial. No entanto, com base na atividade de vôo, T. bruni não demonstrou potencial adaptativo ao longo das gerações avaliadas em nenhum dos 3 hospedeiros alternativos. As demais espécies apresentaram potencial adaptativo aos hospedeiros preferenciais. Com base em todos os parâmetros avaliados S. cerealella foi o pior hospedeiro para as 3 espécies de parasitóides estudadas. Foi possível a criação in vitro de T. atopovirilia, desde o parasitismo até a emergência dos adultos, numa dieta artificial composta de holotecidos pupais de Heliothis virescens Fabr. (65%), gema de ovo (18%), soro fetal bovino (8,5%), hidrolisado de lactoalbumina (8,5%) e anticontaminantes (0,3%). A dieta não permitiu o desenvolvimento de T. annulata e T. bruni. Os parasitóides criados in vitro apresentaram características semelhantes aos insetos criados in vivo, quando foram transferidos para o hospedeiro alternativo. / Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983, Trichogrammatoidea annulata De Santis, 1972 and Trichogramma bruni Nagaraja, 1983 are species that occurs naturally in Brazil and just like other species of Neotropical trichogrammatid, they have potential for utilization in biological control programs. Therefore, for this strategy to be implemented, it is necessary to establish an efficient mass rearing system, based mainly on the choice of suitable hosts for multiplication of quality parasitoids. Frequently used factitious hosts are Sitotroga cerealella (Olivier, 1819), Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) and Corcyra cephalonica (Stainton, 1865); the cost of production of these hosts is equivalent to more than 70% of the production costs. A rearing system which does not depend on these hosts such as in vitro production could be ideal to simplify production of parasitoids. The objectives of this work were to: 1) select the most suitable factitious host for rearing of T. atopovirilia, T. annulata and T. bruni, and evaluate the effect of rearing these parasitoids for successive generations on their biological characteristics including flight capacity and fertility life table and 2) study the viability of in vitro rearing of these parasitoids. It was concluded that factitious hosts affected biological characteristics and flight capacity of the studied species. For T. atopovirilia, C. cephalonica and/or A. kuehniella were the most suitable factitious hosts for its rearing, while for T. annulata and T. bruni, C. cephalonica was a preferential host. However, based on flight capacity, T. bruni did not demonstrate adaptive potential along the evaluated generations in all the 3 factitious hosts. The other species presented adaptive potential to their preferential hosts. Based on all the evaluated parameters, S. cerealella was the worst host for all the 3 parasitoid species studied. In vitro rearing of T. atopovirilia was possible from parasitism up to adult emergency on artificial diet consisting of holotissues of Heliothis virescens Fabr. (65%), egg york (18%), fetal bovine serum (8,5%), lactoalbumin hydrolysate (8,5%) and anti-contaminants (0,3%). The diet did not permit the development of T. annulata and T. bruni. The in vitro reared parasitoids presented similar characteristics to insects reared in vivo when they were transferred to factitious hosts.
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Seleção hospedeira, controle de qualidade in vivo e criação in vitro de três espécies de tricogramatídeos neotropicais / Host selection, in vivo quality control and in vitro rearing of three neotropical trichogrammatid speciesNívia da Silva Dias 31 March 2008 (has links)
Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983, Trichogrammatoidea annulata De Santis, 1972 e Trichogramma bruni Nagaraja, 1983 são espécies que ocorrem naturalmente no Brasil, e assim como outras espécies de tricogramatídeos neotropicais apresentam potencial de utilização em programas de controle biológico. Todavia, para que essa estratégia seja implementada faz-se necessário um sistema eficiente de criação massal, baseando-se, principalmente, na escolha do hospedeiro adequado para multiplicação do parasitóide com qualidade. Normalmente são utilizados os hospedeiros alternativos Sitotroga cerealella (Olivier, 1819), Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) e Corcyra cephalonica (Stainton, 1865); a produção destes hospedeiros é equivalente a mais de 70% dos custos de produção. Um sistema de criação que independa desses hospedeiros, como a criação in vitro, seria ideal para simplificar a linha de produção de parasitóides. Os objetivos deste trabalho foram: 1) selecionar o hospedeiro alternativo mais adequado para criação de T. atopovirilia, T. annulata e T. bruni, e avaliar os efeitos da criação destes parasitóides por sucessivas gerações, em suas características biológicas, incluindo capacidade de vôo e tabela de vida de fertilidade; 2) estudar a viabilidade da criação in vitro destas espécies de parasitóides. Concluiu-se que o hospedeiro alternativo afetou as características biológicas e a capacidade de vôo das espécies estudadas. Para T. atopovirilia, C. cephalonica e/ou A. kuehniella foram os hospedeiros alternativos mais adequados para sua criação, enquanto que para T. annulata e T. bruni C. cephalonica foi o hospedeiro preferencial. No entanto, com base na atividade de vôo, T. bruni não demonstrou potencial adaptativo ao longo das gerações avaliadas em nenhum dos 3 hospedeiros alternativos. As demais espécies apresentaram potencial adaptativo aos hospedeiros preferenciais. Com base em todos os parâmetros avaliados S. cerealella foi o pior hospedeiro para as 3 espécies de parasitóides estudadas. Foi possível a criação in vitro de T. atopovirilia, desde o parasitismo até a emergência dos adultos, numa dieta artificial composta de holotecidos pupais de Heliothis virescens Fabr. (65%), gema de ovo (18%), soro fetal bovino (8,5%), hidrolisado de lactoalbumina (8,5%) e anticontaminantes (0,3%). A dieta não permitiu o desenvolvimento de T. annulata e T. bruni. Os parasitóides criados in vitro apresentaram características semelhantes aos insetos criados in vivo, quando foram transferidos para o hospedeiro alternativo. / Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983, Trichogrammatoidea annulata De Santis, 1972 and Trichogramma bruni Nagaraja, 1983 are species that occurs naturally in Brazil and just like other species of Neotropical trichogrammatid, they have potential for utilization in biological control programs. Therefore, for this strategy to be implemented, it is necessary to establish an efficient mass rearing system, based mainly on the choice of suitable hosts for multiplication of quality parasitoids. Frequently used factitious hosts are Sitotroga cerealella (Olivier, 1819), Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) and Corcyra cephalonica (Stainton, 1865); the cost of production of these hosts is equivalent to more than 70% of the production costs. A rearing system which does not depend on these hosts such as in vitro production could be ideal to simplify production of parasitoids. The objectives of this work were to: 1) select the most suitable factitious host for rearing of T. atopovirilia, T. annulata and T. bruni, and evaluate the effect of rearing these parasitoids for successive generations on their biological characteristics including flight capacity and fertility life table and 2) study the viability of in vitro rearing of these parasitoids. It was concluded that factitious hosts affected biological characteristics and flight capacity of the studied species. For T. atopovirilia, C. cephalonica and/or A. kuehniella were the most suitable factitious hosts for its rearing, while for T. annulata and T. bruni, C. cephalonica was a preferential host. However, based on flight capacity, T. bruni did not demonstrate adaptive potential along the evaluated generations in all the 3 factitious hosts. The other species presented adaptive potential to their preferential hosts. Based on all the evaluated parameters, S. cerealella was the worst host for all the 3 parasitoid species studied. In vitro rearing of T. atopovirilia was possible from parasitism up to adult emergency on artificial diet consisting of holotissues of Heliothis virescens Fabr. (65%), egg york (18%), fetal bovine serum (8,5%), lactoalbumin hydrolysate (8,5%) and anti-contaminants (0,3%). The diet did not permit the development of T. annulata and T. bruni. The in vitro reared parasitoids presented similar characteristics to insects reared in vivo when they were transferred to factitious hosts.
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Indução de voláteis em plantas de milho por um hospedeiro, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) e um não-hospedeiro, Plutella xylostella L. (Lepidoptera: Plutellidae) e seu efeito sobre esses insetos e seus respectivos parasitóides / Maize induced volatiles elicited by a host Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) and a non-host Plutella xylostella L. (Lepidoptera: Plutellidae) of these insects and their respective parasitoidsAndré Gustavo Corrêa Signoretti 06 October 2008 (has links)
As plantas reconhecem e produzem substâncias voláteis específicas para a atração de parasitóides após o ataque de um herbívoro, num processo conhecido como defesa indireta. Contudo, a capacidade dessas plantas em processar e liberar novos compostos voláteis sob o ataque de um herbívoro não hospedeiro permanece ainda inexplorado. Em vista disso, o presente trabalho buscou investigar o efeito dos voláteis emitidos por planta de milho sob o ataque de uma praga até então não hospedeira (traça-das-crucíferas, Plutella xylostella) comparado ao daqueles emitidos por planta de milho sob ataque de um hospedeiro tradicional (lagarta-do-cartucho-domilho, Spodoptera frugiperda), sobre esses insetos e seus respectivos parasitóides, Apanteles piceotrichosus e Campoletis flavicincta. Os bioensaios com os parasitóides foram conduzidos em fotofase, sendo oferecidos a estes, voláteis de plantas de milho sadias, voláteis liberados nos intervalos de 0-1, 5-6 e 24-25h após tratamento em fotofase por dano mecânico ou herbivoria simulada, e voláteis liberados no intervalo de 5-6h após esses mesmos tratamentos em escotofase. Já os ensaios com as mariposas foram conduzidos em escotofase, sendo oferecidos a estas, voláteis de plantas de milho sadias, voláteis liberados nos intervalos de 5-6h após tratamento em fotofase por dano mecânico ou herbivoria simulada, e voláteis liberados no intervalo de 0-1 e 24- 25h após esses mesmos tratamentos em escotofase. Adicionalmente, foram testados, para P. xylostella, voláteis de plantas de couve-manteiga sadia, e para A. piceotrichosus, voláteis de couve-manteiga sadia, couve-manteiga danificada mecanicamente e couve-manteiga atacada por lagartas de P. xylostella. As fêmeas de C. flavicincta apresentaram atratividade para voláteis emitidos pelas plantas de milho no intervalo de 5 a 6 horas após tratamento com regurgito de S. frugiperda em escotofase. Curiosamente, não apresentou atratividade pelos voláteis liberados nesse mesmo intervalo de tempo após indução com regurgito em fotofase. As fêmeas acasaladas de S. frugiperda foram atraídas por voláteis de plantas de milho sadia e voláteis liberados nos intervalos de 5-6 e 24-25h após dano mecânico ou tratamento da planta com regurgito deste herbívoro. Porém, preferiu voláteis de plantas sadias aqueles de plantas tratadas com regurgito em fotofase. Esses resultados demonstraram que esses insetos são capazes de discriminar entre misturas de voláteis presentes em seu habitat natural, onde ocorre a relação tritrófica milho (planta hospedeira) S. frugiperda (herbívoro) C. flavicincta (parasitóide). Da mesma forma, na relação couve-manteiga (planta hospedeira) P. xylostella (herbívoro) A. piceotrichosus (parasitóide), as fêmeas de P. xylostella foram atraídas pelos voláteis de couve-manteiga sadia, assim como as fêmeas de A. piceotrichosus foram atraídas pelos voláteis de couve-manteiga atacadas por lagartas deste herbívoro. No caso da simulação de uma nova relação, milho (planta não-hospedeira) P. xylostella (herbívoro) C. flavicincta (parasitóide), tanto fêmeas de A. piceotrichosus, quanto de P. xylostella, não foram capazes de responder aos voláteis de plantas de milho sadias, danificadas mecanicamente e danificadas mecanicamente + regurgito de P. xylostella. A determinação desses mecanismos poderá ser útil para maior compreensão do contexto evolutivo entre plantas e insetos e obtenção de novos avanços no manejo e controle biológico de pragas. / Plants recognize and produce specific volatile substances that attract parasitoids after the herbivore attack, characterizing a process known as indirect defense. However, the ability of these plants in processing and releasing novel volatile compounds elicited by a non-host herbivore attack has been poorly explored. Regarding this, the current study aimed to investigate the effect of volatiles emitted by maize plants under the attack of a pest which is not a host so far, diamondback moth, Plutella xylostella compared to those emitted by a common host, fall armyworm, Spodoptera frugiperda on the behavior response of these insects and their respective parasitoids Apanteles piceotrichosus e Campoletis flavicincta. The bioassays with the parasitoids were conducted during photophase and they were exposed to volatiles from undamaged maize, volatiles released at the time intervals 0-1, 5-6 and 24-25h after the treatment of mechanical damage or simulated herbivory during photophase, and volatiles released at the time interval 5-6h after these same treatments in scotophase. The bioassays with the moths were carried out in scotophase and they were exposed to volatiles from undamaged maize, volatiles released at the time interval 5-6h after the treatment of mechanical damage or simulated herbivory during photophase, and volatiles released at time intervals 0-1 and 24-25h after these same treatments in scotophase. Additionally, for P. xylostella volatiles from undamaged kale were tested while for A. piceotrichosus it was tested volatiles from undamaged kale, mechanically damaged and P. xylostella caterpillar damaged kale. C. flavicincta females were attracted to volatiles emitted by the maize plants at the interval 5-6h after the treatment with the S. frugiperda regurgitate in scotophase. Curiously, they were not attracted to volatiles released at the same time interval after the induction elicited by the regurgitate in the photophase. S. frugiperda mated females were attracted by volatiles from undamaged plants and volatiles released at time intervals 5-6 and 24- 25h after the mechanical damage or treated with the regurgitate of this herbivore. Nevertheless, they preferred the volatiles from undamaged maize to the plants treated with the regurgitate during photophase. These results demonstrated that these insects are able to distinguish among the volatile blends present in their natural habitat where it occurs the tritrophic relationship maize (host plant) S. frugiperda (herbivore) C. flavicincta (parasitoid). In the same way, in the relationship kale (host plant)- P. xylostella (herbivore) A. piceotrichosus (parasitoid), P. xylostella females were attracted by the volatiles of undamaged kale as well as the A. piceotrichosus females were attracted to volatiles emited by caterpillar-damaged kale. In the case of simulating a new relationship, maize (non-host plant) P. xylostella (herbivore) C. flavicincta (parasitoid), A. piceotrichosus females and P. xylostella were not able to respond to undamaged maize, mechanically damaged and mechanically damaged+ P. xylostella regurgitate. The determination of these mechanisms can be useful for a better understanding of the evolution context between plants and insects and for obtaining new advances in the management and biological pest control.
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Comportamento olfativo de três espécies de parasitóides (Hymenoptera: Braconidae) de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) / Olfactory behavior of three parasitoid species (hymenoptera: braconidae) of fruit flies (diptera: tephritidae)Silva, José Wilson Pereira da 22 July 2005 (has links)
Entre os inimigos naturais das moscas-das-frutas, os representantes da subfamília Opiinae (Hymenoptera: Braconidae) têm sido os mais utilizados em programas de controle biológico. Entretanto, algumas espécies da subfamília Alysiinae são comumente relacionadas ao parasitismo desses dípteros, em particular Asobara anastrephae (Muesebeck). No estudo da eficiência desses parasitóides é de fundamental importância o conhecimento dos estímulos utilizados para a localização do hábitat de seus hospedeiros. Dessa forma, foram avaliadas as respostas olfativas do parasitóide exótico Diachasmimorpha longicaudata Ashmead, e dos nativos, Doryctobracon areolatus (Szépligeti) e A. anastrephae a frutos de goiaba (Psidium guajava L.) com e sem larvas de moscasdas- frutas, em condições de laboratório. D. longicaudata e D. areolatus foram também estudados em telado. As fêmeas de D. longicaudata e de D. areolatus responderam aos odores de frutos podres não-infestados, embora D. areolatus também tenha sido atraído aos frutos em maturação inicial (de vez). As fêmeas dessas espécies demonstraram reconhecer os voláteis de frutos com larvas de Ceratitis capitata (Wied.). No entanto, em bioensaios realizados com frutos contendo larvas de diferentes instares, as fêmeas de D. longicaudata não foram capazes de separar frutos com larvas dos primeiros instares dos de terceiro instar de C. capitata. Nas avaliações dos voláteis liberados dos frutos com larvas de C. capitata e de Anastrepha fraterculus (Wied.), as fêmeas de D. longicaudata orientaram-se aos voláteis dos frutos com ambas as espécies de hospedeiros, mas diferiram significativamente dos voláteis com larvas de C. capitata. As fêmeas de D. areolatus também demonstraram respostas para ambas as espécies, mas diferiram significativamente dos voláteis de frutos com larvas de A. fraterculus. As fêmeas de A. anastrephae orientaram-se de forma similar para os campos com odores de frutos infestados com ambas as espécies de moscas-dasfrutas. Em área coberta (telado), as fêmeas de D. longicaudata orientaram-se pelos voláteis de frutos podres com e sem larvas, porém não diferenciaram significativamente os hospedeiros. As fêmeas de D. areolatus não foram atraídas para os frutos nas gaiolas no solo independentemente do hospedeiro, sugerindo que este parasitóide não forrageia em frutos caídos. / Parasitoids of the Opiinae subfamily (Hymenoptera: Braconidae) are among the most used natural enemies in fruit fly control programs. Furthermore, some species of the subfamily Alysiinae, such as Asobara anastrephae (Muesebeck), are commonly associated to the parasitism of these dipterans. The study of efficiency of parasitoids is essential in order to understand the mechanisms that regulate both prey and habitat searching behavior of natural enemies. In this work we evaluated the behavioral response of the native parasitoid species Doryctobracon areolatus (Szépligeti), A. anastrephae as well as the exotic species Diachasmimorpha longicaudata Ashmead, to guava fruit (Psidium guajava L.) with and without fruit flies larvae under laboratory conditions. In addition, behavioral response of D. longicaudata and D. areolatus were also determined under natural conditions. Parasitoid females of D. longicaudata and D. areolatus responded to volatiles from non-infested fermented fruits, moreover D. areolatus also attracted to fruits on initial maturation. Both species recognized volatiles from fruits infested with Ceratitis capitata (Wied.) larvae; however D. longicaudata females were unable to differentiate volatiles from fruit infested with different larval instars of C. capitata. Olfactometer choice bioassays showed that females of both parasitoid species oriented to volatiles released from fruits infested with C. capitata and Anastrepha fraterculus (Wied.) larvae, however preference differed significantly for volatiles associated with each fruit fly species. Under natural conditions, D. longicaudata was attracted to volatiles released from infested and non-infested fermented fruits. Nevertheless, D. areolatus did not respond to volatiles from infested fruits placed on the ground, suggesting that this species do not prey on fallen fruits.
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Desenvolvimento de uma dieta artificial para a criação de Nezara viridula (L., 1758) e Euschistus heros (F., 1798) e sua relação com trissolcus basalis (Wollaston, 1858) / Development of an artificial diet to Nezara viridula (L., 1758) and Euschistus heros (F., 1798) rearing and its relation to Trissolcus basalis (Wollaston, 1858)Fortes, Priscila 08 August 2005 (has links)
A partir dos estudos biológicos de Nezara viridula (L., 1758) e Euschistus heros (F., 1798) objetivou-se, neste trabalho, desenvolver uma dieta artificial para a criação destes pentatomídeos, visando à obtenção de grande número de insetos, semelhantes àqueles da natureza, possibilitando a criação de inimigos naturais (especialmente de ovos) para a liberação em campo, com diminuição da mão-de-obra para a criação massal destes percevejos. Testou-se como substrato alternativo de postura, para os percevejos, plantas verdes de material plástico. Verificou-se o efeito das dietas artificiais, utilizadas na criação dos percevejos da soja, sobre o parasitismo de Trissolcus basalis (Wollaston, 1858), como forma de avaliar a qualidade nutricional das mesmas. Assim, realizou-se o estudo da biologia de N. viridula e E. heros em condições controladas de temperatura (25?1?C), umidade relativa (60?10%) e fotofase de 14 horas. Três dietas artificiais secas foram testadas e comparadas com a dieta natural (sementes de soja e amendoim e fruto de ligustro). Nas dietas artificiais, os adultos foram alimentados com sementes de girassol. Os resultados mostraram que as dietas artificiais secas permitiram o desenvolvimento completo de N. viridula e E. heros. Os estudos de biologia, tabela de vida de fertilidade e análise de agrupamento ("cluster analyses") mostraram que os pentatomídeos possuem exigências nutricionais diferentes, sendo que a melhor dieta para N. viridula foi aquela contendo óleo de girassol e, para E. heros, a dieta contendo óleo de soja, como fonte de ácidos graxos. Os pentatomídeos realizaram posturas em plantas artificiais verdes embora o número de ovos tenha sido drasticamente reduzido quando comparado com plantas naturais, pois o binômio composto por estímulos químicos e táteis (visuais) é fundamental para que a postura das espécies estudadas seja comparável à da natureza. Para ambas as espécies de percevejos, as dietas artificiais secas não afetaram o parasitismo dos ovos destas espécies e nem a porcentagem de emergência e duração do período ovo-adulto do parasitóide. Desta forma, as dietas artificiais secas para N. viridula e E. heros, à base de germe-de-trigo, proteína-de-soja, dextrosol, fécula-de-batata, sacarose, celulose, óleo-de-soja e/ou girassol e solução vitamínica, permitiram o desenvolvimento completo dos insetos, embora necessitem de alguns ajustes para torná-las viáveis em uma criação massal de pentatomídeos da soja com vistas a programas de controle biológico, pois sempre foram inferiores à dieta natural. Em geral, N. viridula foi nutricionalmente mais exigente do que E. heros. / This study was carried out viewing the development of an artificial diet to rear Nezara viridula (L., 1758) and Euschistus heros (F., 1798) based on the biological studies of these pentatomidae, aiming at obtaining a great number of insects similar to those found in nature; therefore, enabling natural enemies rearing (especially egg parasitoids) for field release and decreasing the hand labor in the mass rearing process of these bugs. Green artificial plants were evaluated as an egg laying substrate. The effect of the artificial diets, used for southern green stink bug rearing, on Trissolcus basalis (Wollaston, 1858) parasitism was observed as a way to evaluate their nutritional quality. Biological studies of N. viridula and E. heros were carried out under controlled conditions of temperature (25±1°C), relative humidity (60±10%) and photophase of 14 hours. Three artificial dry diets were evaluated and compared to the natural diet (soybean and peanut seeds and ligustrum fruit). In the artificial diet treatments, the adults were fed with sunflower seeds. The results showed that the artificial dry diets allowed the full development of N. viridula and E. heros. The biological studies, fertility life table and the cluster analyses showed that Pentatomidae have different nutritional requirements and the best diet for N. viridula was the one containing sunflower oil and for E. heros the one containing soybean oil as a source of fatty acids. The bugs oviposited on green artificial plants although the number of eggs was drastically reduced when compared to natural plants since the binomial composed of chemical and tact (visual) stimuli is essential in order to make the oviposition of the studied species compatible with natural oviposition. The artificial dry diets did not affect neither the parasitism of eggs nor the emergency rate and the duration of the egg-adult period of the parasitoid. Thus, dry artificial diets to N. viridula and E. heros, based on wheat germ, soybean protein, dextrosol, potato starch, sucrose, cellulose, soybean and/or sunflower oil and vitamin mixture allowed the full development of the insect although some adjustment is required in order to make it viable for soybean stink bugs mass rearing aiming at biological control programs, as they were always inferior to the natural diet. Overall, N. viridula was nutritionally more demanding than E. heros.
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Espécies de parasitóides (Hymenoptera: Braconidae) de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) no estado de São Paulo: caracterização taxonômica, distribuição geográfica e percentagem de parasitismo / Braconid parasitoids (hymenoptera) of fruit flies (diptera: tephritidae) in the state of são paulo: taxonomic characterization, geographic distribution and percentage of parasitismMarinho, Cláudia Fidelis 22 April 2004 (has links)
A partir de 148 amostras com parasitóides da família Braconidae, provenientes de levantamentos realizados com as moscas-das-frutas no Estado de São Paulo, foi feito estudo taxonômico, de distribuição e de associação com as moscas hospedeiras e fruteiras. Em 33 municípios, foram coletados 3.009 exemplares. A subfamília Opiinae foi a mais abundante com 96,2% dos exemplares. Apenas 3,8% dos parasitóides pertenciam à subfamília Alysiinae. Foram coletadas seis espécies de braconídeos: Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck), Opius bellus (Wesmael) e Opius sp. (Wesmael), além do alisiíneo Asobara anastrephae (Muesebeck). A maior parte dos braconídeos (77,5%) pertencia a D. areolatus. Esta espécie foi associada ao maior número de espécies frutíferas (26), em 7 famílias, e ocorreu na maioria dos municípios amostrados (30). Foi associada a Anastrepha fraterculus (Wied.), A. obliqua (Macquart) e A. amita Zucchi, sendo obtida pela primeira vez de larvas de moscas em frutos de wampi, Clausena lansium (Lour) Skeels, e de canela-batalha, Cryptocarya aschersoniana Mez. Doryctobracon brasiliensis foi associada apenas A. fraterculus, sendo registrado pela primeira vez em ameixa-japonesa, Prunus salicina Lindl. Não foi possível associar as demais espécies de parasitóides às moscas-das-frutas. Opius sp. foi associada às larvas em canela-batalha (primeiro registro de planta associada). A percentagem de parasitismo de tefritídeos nos 33 municípios foi de 7,75%, variando de 0,02% a 40%. Foi elaborada uma chave de identificação para as espécies. / This work presents the results of a survey of braconid fruit fly parasitoids from 33 localities in the State of São Paulo. In addition to the taxonomic studies, data of geographical distribution and association of braconid species to insect hosts and associated plants were also performed. A total of 3,009 specimens were colleted. The subfamily Opiinae was the most abundant with 96.2% of specimens colleted, and only 3.8% of the parasitoids belonged to the subfamily Alysiinae. Six species of braconids were collected: Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck), Opius bellus (Wesmael) and Opius sp. (Wesmael), beyond the alisiíneo Asobara anastrephae (Muesebeck). Most of the braconids (77.5%) belonged to D. areolatus. This species was associated with the highest number of fruit tree species (26), in 7 families, and occurred in the majority of the cities sampled (30). It was associated to Anastrepha fraterculus (Wied.), A. obliqua (Macquart) and A. amita Zucchi, and it is recorded for the first time from fruit fly larvae in wampi, Clausena lansium (Lour) Skeels, and in "canela-batalha" fruits, Cryptocarya aschersoniana Mez. Doryctobracon brasiliensis was associated only to A. fraterculus, and it is recorded for the first time in fruit fly larvae in plum, Prunus salicina Lindl. It was not possible to associate the other parasitoid species to the fruit fly species. Opius sp. was associated with the fruit fly larvae in "canela-batalha" (first record of associate plant). The percentage of tephritid parasitism in the 33 cities was of 7.75%, varying from 0.02% to 40%. A key to identification for the braconid species was elaborated.
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Espécies de parasitóides (Hymenoptera: Braconidae) de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) no estado de São Paulo: caracterização taxonômica, distribuição geográfica e percentagem de parasitismo / Braconid parasitoids (hymenoptera) of fruit flies (diptera: tephritidae) in the state of são paulo: taxonomic characterization, geographic distribution and percentage of parasitismCláudia Fidelis Marinho 22 April 2004 (has links)
A partir de 148 amostras com parasitóides da família Braconidae, provenientes de levantamentos realizados com as moscas-das-frutas no Estado de São Paulo, foi feito estudo taxonômico, de distribuição e de associação com as moscas hospedeiras e fruteiras. Em 33 municípios, foram coletados 3.009 exemplares. A subfamília Opiinae foi a mais abundante com 96,2% dos exemplares. Apenas 3,8% dos parasitóides pertenciam à subfamília Alysiinae. Foram coletadas seis espécies de braconídeos: Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck), Opius bellus (Wesmael) e Opius sp. (Wesmael), além do alisiíneo Asobara anastrephae (Muesebeck). A maior parte dos braconídeos (77,5%) pertencia a D. areolatus. Esta espécie foi associada ao maior número de espécies frutíferas (26), em 7 famílias, e ocorreu na maioria dos municípios amostrados (30). Foi associada a Anastrepha fraterculus (Wied.), A. obliqua (Macquart) e A. amita Zucchi, sendo obtida pela primeira vez de larvas de moscas em frutos de wampi, Clausena lansium (Lour) Skeels, e de canela-batalha, Cryptocarya aschersoniana Mez. Doryctobracon brasiliensis foi associada apenas A. fraterculus, sendo registrado pela primeira vez em ameixa-japonesa, Prunus salicina Lindl. Não foi possível associar as demais espécies de parasitóides às moscas-das-frutas. Opius sp. foi associada às larvas em canela-batalha (primeiro registro de planta associada). A percentagem de parasitismo de tefritídeos nos 33 municípios foi de 7,75%, variando de 0,02% a 40%. Foi elaborada uma chave de identificação para as espécies. / This work presents the results of a survey of braconid fruit fly parasitoids from 33 localities in the State of São Paulo. In addition to the taxonomic studies, data of geographical distribution and association of braconid species to insect hosts and associated plants were also performed. A total of 3,009 specimens were colleted. The subfamily Opiinae was the most abundant with 96.2% of specimens colleted, and only 3.8% of the parasitoids belonged to the subfamily Alysiinae. Six species of braconids were collected: Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck), Opius bellus (Wesmael) and Opius sp. (Wesmael), beyond the alisiíneo Asobara anastrephae (Muesebeck). Most of the braconids (77.5%) belonged to D. areolatus. This species was associated with the highest number of fruit tree species (26), in 7 families, and occurred in the majority of the cities sampled (30). It was associated to Anastrepha fraterculus (Wied.), A. obliqua (Macquart) and A. amita Zucchi, and it is recorded for the first time from fruit fly larvae in wampi, Clausena lansium (Lour) Skeels, and in "canela-batalha" fruits, Cryptocarya aschersoniana Mez. Doryctobracon brasiliensis was associated only to A. fraterculus, and it is recorded for the first time in fruit fly larvae in plum, Prunus salicina Lindl. It was not possible to associate the other parasitoid species to the fruit fly species. Opius sp. was associated with the fruit fly larvae in "canela-batalha" (first record of associate plant). The percentage of tephritid parasitism in the 33 cities was of 7.75%, varying from 0.02% to 40%. A key to identification for the braconid species was elaborated.
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Comportamento olfativo de três espécies de parasitóides (Hymenoptera: Braconidae) de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) / Olfactory behavior of three parasitoid species (hymenoptera: braconidae) of fruit flies (diptera: tephritidae)José Wilson Pereira da Silva 22 July 2005 (has links)
Entre os inimigos naturais das moscas-das-frutas, os representantes da subfamília Opiinae (Hymenoptera: Braconidae) têm sido os mais utilizados em programas de controle biológico. Entretanto, algumas espécies da subfamília Alysiinae são comumente relacionadas ao parasitismo desses dípteros, em particular Asobara anastrephae (Muesebeck). No estudo da eficiência desses parasitóides é de fundamental importância o conhecimento dos estímulos utilizados para a localização do hábitat de seus hospedeiros. Dessa forma, foram avaliadas as respostas olfativas do parasitóide exótico Diachasmimorpha longicaudata Ashmead, e dos nativos, Doryctobracon areolatus (Szépligeti) e A. anastrephae a frutos de goiaba (Psidium guajava L.) com e sem larvas de moscasdas- frutas, em condições de laboratório. D. longicaudata e D. areolatus foram também estudados em telado. As fêmeas de D. longicaudata e de D. areolatus responderam aos odores de frutos podres não-infestados, embora D. areolatus também tenha sido atraído aos frutos em maturação inicial (de vez). As fêmeas dessas espécies demonstraram reconhecer os voláteis de frutos com larvas de Ceratitis capitata (Wied.). No entanto, em bioensaios realizados com frutos contendo larvas de diferentes instares, as fêmeas de D. longicaudata não foram capazes de separar frutos com larvas dos primeiros instares dos de terceiro instar de C. capitata. Nas avaliações dos voláteis liberados dos frutos com larvas de C. capitata e de Anastrepha fraterculus (Wied.), as fêmeas de D. longicaudata orientaram-se aos voláteis dos frutos com ambas as espécies de hospedeiros, mas diferiram significativamente dos voláteis com larvas de C. capitata. As fêmeas de D. areolatus também demonstraram respostas para ambas as espécies, mas diferiram significativamente dos voláteis de frutos com larvas de A. fraterculus. As fêmeas de A. anastrephae orientaram-se de forma similar para os campos com odores de frutos infestados com ambas as espécies de moscas-dasfrutas. Em área coberta (telado), as fêmeas de D. longicaudata orientaram-se pelos voláteis de frutos podres com e sem larvas, porém não diferenciaram significativamente os hospedeiros. As fêmeas de D. areolatus não foram atraídas para os frutos nas gaiolas no solo independentemente do hospedeiro, sugerindo que este parasitóide não forrageia em frutos caídos. / Parasitoids of the Opiinae subfamily (Hymenoptera: Braconidae) are among the most used natural enemies in fruit fly control programs. Furthermore, some species of the subfamily Alysiinae, such as Asobara anastrephae (Muesebeck), are commonly associated to the parasitism of these dipterans. The study of efficiency of parasitoids is essential in order to understand the mechanisms that regulate both prey and habitat searching behavior of natural enemies. In this work we evaluated the behavioral response of the native parasitoid species Doryctobracon areolatus (Szépligeti), A. anastrephae as well as the exotic species Diachasmimorpha longicaudata Ashmead, to guava fruit (Psidium guajava L.) with and without fruit flies larvae under laboratory conditions. In addition, behavioral response of D. longicaudata and D. areolatus were also determined under natural conditions. Parasitoid females of D. longicaudata and D. areolatus responded to volatiles from non-infested fermented fruits, moreover D. areolatus also attracted to fruits on initial maturation. Both species recognized volatiles from fruits infested with Ceratitis capitata (Wied.) larvae; however D. longicaudata females were unable to differentiate volatiles from fruit infested with different larval instars of C. capitata. Olfactometer choice bioassays showed that females of both parasitoid species oriented to volatiles released from fruits infested with C. capitata and Anastrepha fraterculus (Wied.) larvae, however preference differed significantly for volatiles associated with each fruit fly species. Under natural conditions, D. longicaudata was attracted to volatiles released from infested and non-infested fermented fruits. Nevertheless, D. areolatus did not respond to volatiles from infested fruits placed on the ground, suggesting that this species do not prey on fallen fruits.
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Desenvolvimento de uma dieta artificial para a criação de Nezara viridula (L., 1758) e Euschistus heros (F., 1798) e sua relação com trissolcus basalis (Wollaston, 1858) / Development of an artificial diet to Nezara viridula (L., 1758) and Euschistus heros (F., 1798) rearing and its relation to Trissolcus basalis (Wollaston, 1858)Priscila Fortes 08 August 2005 (has links)
A partir dos estudos biológicos de Nezara viridula (L., 1758) e Euschistus heros (F., 1798) objetivou-se, neste trabalho, desenvolver uma dieta artificial para a criação destes pentatomídeos, visando à obtenção de grande número de insetos, semelhantes àqueles da natureza, possibilitando a criação de inimigos naturais (especialmente de ovos) para a liberação em campo, com diminuição da mão-de-obra para a criação massal destes percevejos. Testou-se como substrato alternativo de postura, para os percevejos, plantas verdes de material plástico. Verificou-se o efeito das dietas artificiais, utilizadas na criação dos percevejos da soja, sobre o parasitismo de Trissolcus basalis (Wollaston, 1858), como forma de avaliar a qualidade nutricional das mesmas. Assim, realizou-se o estudo da biologia de N. viridula e E. heros em condições controladas de temperatura (25?1?C), umidade relativa (60?10%) e fotofase de 14 horas. Três dietas artificiais secas foram testadas e comparadas com a dieta natural (sementes de soja e amendoim e fruto de ligustro). Nas dietas artificiais, os adultos foram alimentados com sementes de girassol. Os resultados mostraram que as dietas artificiais secas permitiram o desenvolvimento completo de N. viridula e E. heros. Os estudos de biologia, tabela de vida de fertilidade e análise de agrupamento (cluster analyses) mostraram que os pentatomídeos possuem exigências nutricionais diferentes, sendo que a melhor dieta para N. viridula foi aquela contendo óleo de girassol e, para E. heros, a dieta contendo óleo de soja, como fonte de ácidos graxos. Os pentatomídeos realizaram posturas em plantas artificiais verdes embora o número de ovos tenha sido drasticamente reduzido quando comparado com plantas naturais, pois o binômio composto por estímulos químicos e táteis (visuais) é fundamental para que a postura das espécies estudadas seja comparável à da natureza. Para ambas as espécies de percevejos, as dietas artificiais secas não afetaram o parasitismo dos ovos destas espécies e nem a porcentagem de emergência e duração do período ovo-adulto do parasitóide. Desta forma, as dietas artificiais secas para N. viridula e E. heros, à base de germe-de-trigo, proteína-de-soja, dextrosol, fécula-de-batata, sacarose, celulose, óleo-de-soja e/ou girassol e solução vitamínica, permitiram o desenvolvimento completo dos insetos, embora necessitem de alguns ajustes para torná-las viáveis em uma criação massal de pentatomídeos da soja com vistas a programas de controle biológico, pois sempre foram inferiores à dieta natural. Em geral, N. viridula foi nutricionalmente mais exigente do que E. heros. / This study was carried out viewing the development of an artificial diet to rear Nezara viridula (L., 1758) and Euschistus heros (F., 1798) based on the biological studies of these pentatomidae, aiming at obtaining a great number of insects similar to those found in nature; therefore, enabling natural enemies rearing (especially egg parasitoids) for field release and decreasing the hand labor in the mass rearing process of these bugs. Green artificial plants were evaluated as an egg laying substrate. The effect of the artificial diets, used for southern green stink bug rearing, on Trissolcus basalis (Wollaston, 1858) parasitism was observed as a way to evaluate their nutritional quality. Biological studies of N. viridula and E. heros were carried out under controlled conditions of temperature (25±1°C), relative humidity (60±10%) and photophase of 14 hours. Three artificial dry diets were evaluated and compared to the natural diet (soybean and peanut seeds and ligustrum fruit). In the artificial diet treatments, the adults were fed with sunflower seeds. The results showed that the artificial dry diets allowed the full development of N. viridula and E. heros. The biological studies, fertility life table and the cluster analyses showed that Pentatomidae have different nutritional requirements and the best diet for N. viridula was the one containing sunflower oil and for E. heros the one containing soybean oil as a source of fatty acids. The bugs oviposited on green artificial plants although the number of eggs was drastically reduced when compared to natural plants since the binomial composed of chemical and tact (visual) stimuli is essential in order to make the oviposition of the studied species compatible with natural oviposition. The artificial dry diets did not affect neither the parasitism of eggs nor the emergency rate and the duration of the egg-adult period of the parasitoid. Thus, dry artificial diets to N. viridula and E. heros, based on wheat germ, soybean protein, dextrosol, potato starch, sucrose, cellulose, soybean and/or sunflower oil and vitamin mixture allowed the full development of the insect although some adjustment is required in order to make it viable for soybean stink bugs mass rearing aiming at biological control programs, as they were always inferior to the natural diet. Overall, N. viridula was nutritionally more demanding than E. heros.
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