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Skenepoiesis : dire??o teatral como intera??o po?ticaCastro, Daniel Fraga de 20 January 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-01-20 / The making of a theatre spectacle goes through several sucessive and simultaneous processes until its final realization. Among all elements that compose it, the work of the actor shows itself as fundamental. The stage always was the kingdom of the living body of the actor, despite attempts to withdraw its dominancy. This means that the director needs to know how to conduct his cast so he can create the scene. As much as there are acting techniques, there is one component in the act of directing an actor that goes beyond brute pragmatism. This is called poetic interaction. It was called so because the meeting of the director and the actor should work in the same way that happens when a reader is confronted with a poem. It is a non-rational knowledge, because it causes a holistic and instantaneous apprehension of the event. The process recalls the religious rapture of the mystics in ecstasy and, therefore, can only be understood by a personal way. The director has to be able to evoke the deeper aspects of the artists in the scene. This type of work is not quantifiable and can not be easily recorded by recognized scientific means, because it disobeys the common logic. It is only through dialectical thinking that this kind of understanding can be achieved. The unusual, ambiguous and obscure aspects become part of the discourse demonstrating that this reality is constantly changing. Following Hegel and Lupasco one can perceive that there is an underground movement in the thought and
the moments of greater contradiction open space for the poetic process. Poetry is a divine mistery that canot be understood, but can be feeled, and it is possible to recite several ways of its manifestation in art and literature. Great stage directors and theoriticians like Stanislavski, Meyerhold, Brecht, Artaud, Grotowski and Eugenio Barba developed their tecniques and ideas of a pedagogy of the actor that allows to see this poetic activity. A theatrical experiment was conducted by this researcher, as a director, not to prove the thesis, but to promote a testimony. The assembly of the show As you like it comes to provide more material for the discussion of the points raised here. Personal notes on the process are presented together with the opinions of the actors who participated in it. / A constru??o de um espet?culo teatral passa por v?rios processos simult?neos e sucessivos at? sua realiza??o final. Entre todos os elementos que o comp?e, o trabalho do ator se mostra como o fundamental. O palco sempre foi o reino do corpo vivo do ator, apesar de tentativas de retirar sua domin?ncia. Isso significa que o diretor teatral precisa saber como conduzir o seu elenco para que possa criar em cena. Por mais que existam t?cnicas de atua??o, existe um componente no ato de dirigir um ator que vai al?m do bruto pragmatismo. A isso chamamos de intera??o po?tica. Foi assim chamado por que o encontro do diretor e do ator deveria funcionar da mesma forma que acontece quando um leitor se defronta com um poema. Tratase de um conhecimento n?o-racional, pois provoca uma apreens?o hol?stica e instant?nea do acontecimento. O processo lembra o arrebatamento religioso dos m?sticos em ?xtase e, portanto, s? pode ser compreendido por uma via pessoal. O diretor tem que ser capaz de evocar os aspectos mais profundos dos artistas da cena. Esse tipo de trabalho n?o ? quantific?vel e n?o pode ser facilmente registrado pelos meios cient?ficos reconhecidos, pois desobedece a l?gica comum. Somente com o pensamento dial?tico ? poss?vel alcan?ar esse tipo de entendimento. Os aspectos ins?litos, amb?guos e obscuros tornam-se parte do discurso demonstrando que esta realidade est? em constante transforma??o. Seguindo Hegel e Lupasco se pode perceber que existe um movimento subterr?neo no pensamento e que os momentos de maior contradi??o abrem espa?o para o processo po?tico. A poesia ? um mist?rio divino que n?o se entende, mas se sente, sendo poss?vel elencar v?rias maneiras de sua manifesta??o na arte e na literatura. Grandes encenadores e te?ricos como Stanislavski, Meyerhold, Brecht, Artaud, Grotowski e Eugenio Barba desenvolveram suas t?cnicas e ideias de uma pedagogia do ator que permite ver essa atividade po?tica. Foi realizado um experimento teatral por este pesquisador, enquanto diretor, n?o para comprovar a tese, mas para promover um testemunho. A montagem do espet?culo Como Gostais vem a fornecer mais material para a discuss?o dos pontos aqui aventados. S?o apresentadas anota??es pessoais sobre o processo juntamente com as opini?es dos atores que participaram dele.
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