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Os consultórios gramaticais: um estudo de preconceito e intolerância lingüísticos / The \'consultórios gramaticais\': a study about the linguistical prejudice and intolerance

Marcondes, Iara Lucia 30 June 2008 (has links)
Consultórios Gramaticais são textos metalingüísticos formados por perguntas e respostas sobre as regras prescritas pela gramática tradicional. Esse gênero discursivo, veiculado no início do século XX na mídia impressa, atualmente, é propagado também na internet, todavia, os consultórios gramaticais da internet, ao mudarem de suporte, não se modificaram suficientemente para serem considerados um novo gênero. Assim, podem ser classificados como um gênero tradicional com suporte digital. Esta dissertação tem como principal objetivo caracterizar os consultórios gramaticais como gênero discursivo, observar o discurso metalingüístico presente nos enunciados desse gênero e levantar as marcas de intolerância e preconceito lingüísticos nos enunciados dos consultórios gramaticais. Utilizamos como método de pesquisa a Análise do Discurso e como base teórica a Teoria da Enunciação e a Teoria dos Gêneros Textuais. Os principais autores referidos neste trabalho são: Maingueneau (2004); Authier-Revuz (1990) e Bakhtin (1992). O corpus para a pesquisa é composto por consultórios gramaticais impressos no início do século XX e por consultórios digitais, veiculados atualmente na internet. Os consultórios do início do século XX que foram analisados neste trabalho são de autoria de Candido de Figueiredo, Napoleão Mendes de Almeida e Mário Barreto. Já os sites com seções de consultas gramaticais que foram utilizados para a pesquisa são Sua Língua de Cláudio Moreno, Por Trás das Letras, de Hélio Consolaro e Gramática On Line de Dílson Catarino. Com a pesquisa, confirmou-se a hipótese de que as marcas de preconceito e intolerância lingüísticos é uma característica do gênero consultório gramatical. / Consultórios Gramaticais are metalinguistics texts constituted by questions and answers about rules dictated by the traditional grammar. This gender of discourse, popular in the early 20th century among readers of printed media, today, is propagated also in the internet, however, the \'consultórios gramaticais\' in the internet, when changed their media support, don\' t changed themselves sufficiently to be considered another gender. Therefore, they may be classified how a traditional gender with digital media support. The main aim of this dissertation is to charaterize the \'consultórios gramaticais\' how a gender of discourse, to observe the metalinguistic discourse in the enunciations of this gender and to make evident the linguistic intolerance and preconception marks in the enunciations of the \'consultórios gramaticais\'. The research method we used was the Discourse Analysis; the theoretical basements were the Enunciation theory and the Theory of the textual genders. Mainguenau (2004); Authier-Revuz (1990) and Bakthin (1992) are among the main works studied here. The corpus for the resarch is compound by printed \'consultórios gramaticais\' in the early 20th century and by digital \'consultórios gramaticais\' found recently on internet. The \'consultórios gramaticais\' of the early 20th century that were analysed in this work were compound by Cândido de Figueiredo, Napoleão Mendes de Almeida and Mario Barreto.The sites with sections of grammatical questions that were used in this resarch were \'Sua língua\', found by Cláudio Moreno, \'Por trás das letras\", by Hélio Consolaro and \'Gramática on line\' by Dilson Catarino. This research has confirmed the hypothesis that the linguistic preconceptions and intolerance marks are a characteristic of the \'consultórios gramaticais\' gender.
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Os consultórios gramaticais: um estudo de preconceito e intolerância lingüísticos / The \'consultórios gramaticais\': a study about the linguistical prejudice and intolerance

Iara Lucia Marcondes 30 June 2008 (has links)
Consultórios Gramaticais são textos metalingüísticos formados por perguntas e respostas sobre as regras prescritas pela gramática tradicional. Esse gênero discursivo, veiculado no início do século XX na mídia impressa, atualmente, é propagado também na internet, todavia, os consultórios gramaticais da internet, ao mudarem de suporte, não se modificaram suficientemente para serem considerados um novo gênero. Assim, podem ser classificados como um gênero tradicional com suporte digital. Esta dissertação tem como principal objetivo caracterizar os consultórios gramaticais como gênero discursivo, observar o discurso metalingüístico presente nos enunciados desse gênero e levantar as marcas de intolerância e preconceito lingüísticos nos enunciados dos consultórios gramaticais. Utilizamos como método de pesquisa a Análise do Discurso e como base teórica a Teoria da Enunciação e a Teoria dos Gêneros Textuais. Os principais autores referidos neste trabalho são: Maingueneau (2004); Authier-Revuz (1990) e Bakhtin (1992). O corpus para a pesquisa é composto por consultórios gramaticais impressos no início do século XX e por consultórios digitais, veiculados atualmente na internet. Os consultórios do início do século XX que foram analisados neste trabalho são de autoria de Candido de Figueiredo, Napoleão Mendes de Almeida e Mário Barreto. Já os sites com seções de consultas gramaticais que foram utilizados para a pesquisa são Sua Língua de Cláudio Moreno, Por Trás das Letras, de Hélio Consolaro e Gramática On Line de Dílson Catarino. Com a pesquisa, confirmou-se a hipótese de que as marcas de preconceito e intolerância lingüísticos é uma característica do gênero consultório gramatical. / Consultórios Gramaticais are metalinguistics texts constituted by questions and answers about rules dictated by the traditional grammar. This gender of discourse, popular in the early 20th century among readers of printed media, today, is propagated also in the internet, however, the \'consultórios gramaticais\' in the internet, when changed their media support, don\' t changed themselves sufficiently to be considered another gender. Therefore, they may be classified how a traditional gender with digital media support. The main aim of this dissertation is to charaterize the \'consultórios gramaticais\' how a gender of discourse, to observe the metalinguistic discourse in the enunciations of this gender and to make evident the linguistic intolerance and preconception marks in the enunciations of the \'consultórios gramaticais\'. The research method we used was the Discourse Analysis; the theoretical basements were the Enunciation theory and the Theory of the textual genders. Mainguenau (2004); Authier-Revuz (1990) and Bakthin (1992) are among the main works studied here. The corpus for the resarch is compound by printed \'consultórios gramaticais\' in the early 20th century and by digital \'consultórios gramaticais\' found recently on internet. The \'consultórios gramaticais\' of the early 20th century that were analysed in this work were compound by Cândido de Figueiredo, Napoleão Mendes de Almeida and Mario Barreto.The sites with sections of grammatical questions that were used in this resarch were \'Sua língua\', found by Cláudio Moreno, \'Por trás das letras\", by Hélio Consolaro and \'Gramática on line\' by Dilson Catarino. This research has confirmed the hypothesis that the linguistic preconceptions and intolerance marks are a characteristic of the \'consultórios gramaticais\' gender.
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Intolerância linguística e imigração / Linguistic intolerance and immigration

Alexandre Marcelo Bueno 28 September 2006 (has links)
Os séculos XIX e XX se caracterizaram por um grande afluxo de imigrantes, principalmente europeus, para a América. Nesse contexto histórico, a interação entre o Estado, a sociedade local e os imigrantes passou por diversas tensões, que envolviam preconceitos e intolerâncias manifestadas de diferentes formas (racial, social, lingüística, cultural, econômica etc.). Por estar presente tanto em Estados nacionais, quanto em sociedades, grupos e pessoas, o preconceito e a intolerância têm uma dupla dimensão: privada e pública. Nosso trabalho tem por objetivo analisar o fenômeno da intolerância lingüística na relação entre sociedade e Estado brasileiros e imigrantes. Para a constituição de nosso corpus, efetuamos como recorte histórico o período compreendido entre 1875 a 1945, ou seja, do fim da Monarquia até a Era Vargas. Para analisar a intolerância lingüística em suas duas dimensões, pública e privada, dividimos nosso trabalho em dois capítulos distintos: no primeiro, foram examinados os decretos e as leis que organizavam o processo imigratório e que tratavam da naturalização de estrangeiros; no outro capítulo, foram analisados três textos de autores representativos da sociedade na Monarquia, na Primeira República e na Era Vargas (Menezes e Souza, Silvio Romero e Oliveira Viana, respectivamente); e analisamos também nesse segundo capítulo, depoimentos de imigrantes e uma autobiografia para apresentar a perspectiva daqueles que sofreram a intolerância. Para realizar essas análises, utilizamos a semiótica discursiva de linha francesa. Nessa perspectiva teórica, consideramos o preconceito como um modo de ser passional (ser malevolente) em relação ao outro e a intolerância (e também a intolerância lingüística) como um fazer malevolente (fazer mal a um outro), que pressupõe o preconceito. Para a realização desse fazer são utilizadas estratégias diferentes que se assentam na certeza do intolerante de que seus valores são melhores do que os do outro. Por isso, é possível pensar a língua como um elemento de preconceito e de intolerância, não apenas por estar envolvida na construção da imagem negativa de imigrantes, mas também por ser um elemento de exclusão ou ainda de assimilação de imigrantes por parte da sociedade e do Estado brasileiros / The 19th and 20th centuries had been characterized for a great influx of immigrants to America, mainly from Europe. In this historical context, the interaction among the State, the local society and the immigrants passed through different tensions that involved different types of prejudice and intolerance (racial, social, linguistic, cultural, economic etc.). The prejudice and he intolerance have a double dimension: private and public, present in national tates, society, groups and peoples. Our work aimed to analyze the phenomenon of the linguistic intolerance in the relation among Brazilian society, State and immigrants. For the constitution of our corpus, we selected the period between 1875 and 1945, or either, the end of the Monarchy until the Vargas\' Era. To analyze the linguistic intolerance in its two dimensions, private and public, we divided our work in two distinct chapters: in the first one, we examined the laws that organized the immigration and the naturalization processes of foreigners; and in the other chapter, three texts of representative authors of the society in the Monarchy (Menezes e Souza), the First Republic (Sílvio Romero) and the Vargas\' Era (Oliveira Viana) were analyzed. We also analyzed in this chapter, reports from immigrants and one autobiography to show the perspective from those who had suffered the intolerance. To make these analyses, we used the French\'s discursive semiotics. In this theoretical perspective, we considered the prejudice as a way of to be passionate (to be malevolence) in relation to the other and the intolerance (and also the linguistic intolerance) as one to make malevolence (to make badly to the other), that presuppose the prejudice. The certainty of the intolerants about theirs values (the values of the intolerants are better than of the others) is the responsible for the accomplishment of this to action, using different strategies. Therefore, it is possible to think the language as an element of prejudice and intolerance, not only for being involved in the construction of the negative image of immigrants, but also for being an element of immigrant\'s exclusion or assimilation by the Brazilian society and the State.
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Intolerância linguística e imigração / Linguistic intolerance and immigration

Bueno, Alexandre Marcelo 28 September 2006 (has links)
Os séculos XIX e XX se caracterizaram por um grande afluxo de imigrantes, principalmente europeus, para a América. Nesse contexto histórico, a interação entre o Estado, a sociedade local e os imigrantes passou por diversas tensões, que envolviam preconceitos e intolerâncias manifestadas de diferentes formas (racial, social, lingüística, cultural, econômica etc.). Por estar presente tanto em Estados nacionais, quanto em sociedades, grupos e pessoas, o preconceito e a intolerância têm uma dupla dimensão: privada e pública. Nosso trabalho tem por objetivo analisar o fenômeno da intolerância lingüística na relação entre sociedade e Estado brasileiros e imigrantes. Para a constituição de nosso corpus, efetuamos como recorte histórico o período compreendido entre 1875 a 1945, ou seja, do fim da Monarquia até a Era Vargas. Para analisar a intolerância lingüística em suas duas dimensões, pública e privada, dividimos nosso trabalho em dois capítulos distintos: no primeiro, foram examinados os decretos e as leis que organizavam o processo imigratório e que tratavam da naturalização de estrangeiros; no outro capítulo, foram analisados três textos de autores representativos da sociedade na Monarquia, na Primeira República e na Era Vargas (Menezes e Souza, Silvio Romero e Oliveira Viana, respectivamente); e analisamos também nesse segundo capítulo, depoimentos de imigrantes e uma autobiografia para apresentar a perspectiva daqueles que sofreram a intolerância. Para realizar essas análises, utilizamos a semiótica discursiva de linha francesa. Nessa perspectiva teórica, consideramos o preconceito como um modo de ser passional (ser malevolente) em relação ao outro e a intolerância (e também a intolerância lingüística) como um fazer malevolente (fazer mal a um outro), que pressupõe o preconceito. Para a realização desse fazer são utilizadas estratégias diferentes que se assentam na certeza do intolerante de que seus valores são melhores do que os do outro. Por isso, é possível pensar a língua como um elemento de preconceito e de intolerância, não apenas por estar envolvida na construção da imagem negativa de imigrantes, mas também por ser um elemento de exclusão ou ainda de assimilação de imigrantes por parte da sociedade e do Estado brasileiros / The 19th and 20th centuries had been characterized for a great influx of immigrants to America, mainly from Europe. In this historical context, the interaction among the State, the local society and the immigrants passed through different tensions that involved different types of prejudice and intolerance (racial, social, linguistic, cultural, economic etc.). The prejudice and he intolerance have a double dimension: private and public, present in national tates, society, groups and peoples. Our work aimed to analyze the phenomenon of the linguistic intolerance in the relation among Brazilian society, State and immigrants. For the constitution of our corpus, we selected the period between 1875 and 1945, or either, the end of the Monarchy until the Vargas\' Era. To analyze the linguistic intolerance in its two dimensions, private and public, we divided our work in two distinct chapters: in the first one, we examined the laws that organized the immigration and the naturalization processes of foreigners; and in the other chapter, three texts of representative authors of the society in the Monarchy (Menezes e Souza), the First Republic (Sílvio Romero) and the Vargas\' Era (Oliveira Viana) were analyzed. We also analyzed in this chapter, reports from immigrants and one autobiography to show the perspective from those who had suffered the intolerance. To make these analyses, we used the French\'s discursive semiotics. In this theoretical perspective, we considered the prejudice as a way of to be passionate (to be malevolence) in relation to the other and the intolerance (and also the linguistic intolerance) as one to make malevolence (to make badly to the other), that presuppose the prejudice. The certainty of the intolerants about theirs values (the values of the intolerants are better than of the others) is the responsible for the accomplishment of this to action, using different strategies. Therefore, it is possible to think the language as an element of prejudice and intolerance, not only for being involved in the construction of the negative image of immigrants, but also for being an element of immigrant\'s exclusion or assimilation by the Brazilian society and the State.

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