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NGAL como marcador precoce de lesão renal em ratos submetidos à isquemia renal sob anestesia geral balanceada

Azevedo, Vera Lúcia Fernandes de [UNESP] 14 October 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:35:12Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-10-14Bitstream added on 2014-06-13T20:46:14Z : No. of bitstreams: 1 azevedo_vlf_dr_botfm.pdf: 523479 bytes, checksum: c48cd245cf1900b4ee620b31cba525a8 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A lesão renal aguda (LRA) caracterizada como redução abrupta da função renal tem incidência variável, dependendo dos critérios utilizados para sua definição. Atualmente, o mais empregado para avaliação de função renal é a dosagem de creatinina plasmática, porém, por sofrer interferência de vários fatores faz com que a mesma não seja o marcador ideal. Um novo biomarcador da função renal, a lipocalina associada à gelatinase dos neutrófilos (NGAL), tem sido estudado como um dos mais precoces e sensíveis marcadores de lesão de rins após isquemia/reperfusão ou lesão nefrotóxica, sendo facilmente identificada no sangue e na urina. A classificação RIFLE para LRA com a validação da NGAL é uma nova perspectiva para o diagnóstico precoce da LRA e instituição de medidas preventivas e protetoras em situações de risco. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a LRA por meio da dosagem plasmática da NGAL em ratos submetidos à isquemia renal sob anestesia geral balanceada e hidratados com Ringer lactato ou com hidroxietilamido e correlacionar a dosagem da NGAL plasmática com a lesão histológica renal. Em trinta ratos Wistar machos (>350g) distribuídos aleatoriamente em três grupos de dez animais, induzidos com isoflurano a 4%, foi realizada intubação orotraqueal e colocados sob ventilação mecânica. Foram cateterizadas a artéria carótida esquerda e a veia jugular direita para monitorização e coletas sanguíneas. ETCO2, PAMI, T foram continuamente monitorizados (Datex, AS3). A manutenção foi realizada com isoflurano na concentração de 1% a 3% e remifentanil 0,05 a 0,1 μg.kg-1min-1 em infusão continua conforme o grupo pertencente: G1 (Anestesia geral balanceada + Ringer lactato + isquemia/reperfusão renal); G2 (Anestesia geral balanceada + hidroxietilamido (HES) + isquemia/reperfusão renal) e G3... / Acute renal injury (ARI), characterized by abrupt renal function decline, has variable incidence, depending on the criteria used for its definition. Presently, the criterion most often used for kidney function evaluation is plasma creatinine dosing; however, because it suffers interference, it is not an ideal marker. A new renal function biomarker, neutrophil gelatinase-associated lipocalin (NGAL) has been studied as one of the earliest and most sensitive kidney injury marker following ischemia/reperfusion or nephrotoxic injury, and it is easily identified in blood and urine. The RIFLE classification for ARI with NGAL validation is a new perspective for early ARI diagnosis and institution of preventive and protective measures in risk situations. This study aimed at evaluating ARI by means of NGAL plasma dosing in rats submitted to renal ischemia under general balanced anesthesia and hydrated with ringer lactate or hydroxyethylamide and at correlating plasma NGAL dosing with histological renal injury. Thirty male Wistar rats (>350g) were used. They were randomly distributed into three groups with ten animals each and induced by 4% isoflurane. Orotracheal intubation was performed and the animals were placed under mechanical ventilation. The left carotid artery and the right jugular vein were catheterized for monitorization and blood collection. ETCO2, PAMI, T were continuously monitorized (Datex, AS3). Maintenance was performed by 1% to 3% isoflurane and 0.05 remifentanil at 0.1 μg.kg-1min-1 in continuous infusion according to the group to which the animals belonged: G1 (General balanced anesthesia + Ringer lactate + renal ischemia/reperfusion); G2 (General balanced anesthesia + hydroxyethylamide (HES) + renal ischemia/reperfusion) and G3 - Control (General balanced anesthesia + Ringer lactate, without renal... (Complete abstract click electronic access below)
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NGAL como marcador precoce de lesão renal em ratos submetidos à isquemia renal sob anestesia geral balanceada /

Azevedo, Vera Lúcia Fernandes de. January 2011 (has links)
Orientador: Norma Sueli Pinheiro Módolo / Banca: Leandro Gobbo Braz / Banca: Luiz Antonio Vane / Banca: Jedson dos Santos Nascimento / Banca: Eduardo Toshiyuki Moro / Resumo: A lesão renal aguda (LRA) caracterizada como redução abrupta da função renal tem incidência variável, dependendo dos critérios utilizados para sua definição. Atualmente, o mais empregado para avaliação de função renal é a dosagem de creatinina plasmática, porém, por sofrer interferência de vários fatores faz com que a mesma não seja o marcador ideal. Um novo biomarcador da função renal, a lipocalina associada à gelatinase dos neutrófilos (NGAL), tem sido estudado como um dos mais precoces e sensíveis marcadores de lesão de rins após isquemia/reperfusão ou lesão nefrotóxica, sendo facilmente identificada no sangue e na urina. A classificação RIFLE para LRA com a validação da NGAL é uma nova perspectiva para o diagnóstico precoce da LRA e instituição de medidas preventivas e protetoras em situações de risco. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a LRA por meio da dosagem plasmática da NGAL em ratos submetidos à isquemia renal sob anestesia geral balanceada e hidratados com Ringer lactato ou com hidroxietilamido e correlacionar a dosagem da NGAL plasmática com a lesão histológica renal. Em trinta ratos Wistar machos (>350g) distribuídos aleatoriamente em três grupos de dez animais, induzidos com isoflurano a 4%, foi realizada intubação orotraqueal e colocados sob ventilação mecânica. Foram cateterizadas a artéria carótida esquerda e a veia jugular direita para monitorização e coletas sanguíneas. ETCO2, PAMI, T foram continuamente monitorizados (Datex, AS3). A manutenção foi realizada com isoflurano na concentração de 1% a 3% e remifentanil 0,05 a 0,1 μg.kg-1min-1 em infusão continua conforme o grupo pertencente: G1 (Anestesia geral balanceada + Ringer lactato + isquemia/reperfusão renal); G2 (Anestesia geral balanceada + hidroxietilamido (HES) + isquemia/reperfusão renal) e G3... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Acute renal injury (ARI), characterized by abrupt renal function decline, has variable incidence, depending on the criteria used for its definition. Presently, the criterion most often used for kidney function evaluation is plasma creatinine dosing; however, because it suffers interference, it is not an ideal marker. A new renal function biomarker, neutrophil gelatinase-associated lipocalin (NGAL) has been studied as one of the earliest and most sensitive kidney injury marker following ischemia/reperfusion or nephrotoxic injury, and it is easily identified in blood and urine. The RIFLE classification for ARI with NGAL validation is a new perspective for early ARI diagnosis and institution of preventive and protective measures in risk situations. This study aimed at evaluating ARI by means of NGAL plasma dosing in rats submitted to renal ischemia under general balanced anesthesia and hydrated with ringer lactate or hydroxyethylamide and at correlating plasma NGAL dosing with histological renal injury. Thirty male Wistar rats (>350g) were used. They were randomly distributed into three groups with ten animals each and induced by 4% isoflurane. Orotracheal intubation was performed and the animals were placed under mechanical ventilation. The left carotid artery and the right jugular vein were catheterized for monitorization and blood collection. ETCO2, PAMI, T were continuously monitorized (Datex, AS3). Maintenance was performed by 1% to 3% isoflurane and 0.05 remifentanil at 0.1 μg.kg-1min-1 in continuous infusion according to the group to which the animals belonged: G1 (General balanced anesthesia + Ringer lactate + renal ischemia/reperfusion); G2 (General balanced anesthesia + hydroxyethylamide (HES) + renal ischemia/reperfusion) and G3 - Control (General balanced anesthesia + Ringer lactate, without renal... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Efeitos da dexmedetomidina sobre o aparelho cardiovascular e a concentração plasmática da vasopressina em cães submeidos à isquemia e reperfusão renais

Bitencourt, Wesley Semboloni [UNESP] 27 February 2007 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:28:35Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2007-02-27Bitstream added on 2014-06-13T18:57:59Z : No. of bitstreams: 1 bitencourt_ws_me_botfm.pdf: 486980 bytes, checksum: abd8e85670c15a06e39908123b00d522 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / A ativação do sistema nervoso simpático em pacientes coronariopatas pode provocar instabilidade hemodinâmica e alterações metabólicas, aumentando a incidência de isquemia ou infarto do miocárdio e graves disritmias. A resposta adrenérgica pós-operatória pode promover isquemia miocárdica devido à taquicardia, ao tempo diastólico diminuído, à vasoconstrição coronariana e ao aumento da agregação plaquetária. Pacientes submetidos à cirurgia vascular e que apresentaram isquemia miocárdica por mais de duas horas, apresentaram 32 vezes mais risco de eventos mórbidos no pós-operatório. Esforços agressivos na prevenção, ou tratamento da isquemia durante estes períodos podem melhorar o prognóstico destes pacientes. Os fármacos agonistas 2- adrenérgicos reduzem o tônus simpático, reduzindo a necessidade anestésica, e induzindo a analgesia e ansiólise (Maze, 1991), sendo uma das opções na prevenção de isquemia miocárdica peri-operatória. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos sobre o sistema cardiovascular e concentração plasmática da vasopressina da dexmedetomidina no cão anestesiado e submetido à isquemia e reperfusão renais, empregando-se dose semelhante àquelas utilizada na anestesiologia. Vinte cães adultos, anestesiados com propofol, fentanil, isoflurano e rocurônio, foram distribuídos, de forma aleatória e encoberta, em dois grupos com 10 cães: Grupo 1 (G1): injeção de 20 ml de solução de cloreto de sódio a 0,9% em 10 minutos, seguida de injeção de 20 ml da mesma solução, em 1 hora; Grupo 2 (G2): injeção de 20 ml de solução de cloreto de sódio a 0,9% contendo dexmedetomidina 2 g.kg-1, em 10 minutos, seguida da injeção de 20 ml da mesma solução, com a mesma dose de dexmedetomidina (2 g.kg-1), em 1 hora... / The activation of the sympathetic nervous system in coronary disease patients can cause homodynamic instability and metabolic alterations, increasing the occurrences of ischemia or myocardium infarction and severe arrhythmia. The post-surgical adrenergic response can promote myocardium ischemia due to tachyarrhythmia, reduced diastolic rate, coronary vasoconstriction and the increase of platelets clogging. Patients submitted to vascular surgery and that have had myocardium ischemia for longer than two hours, presented 32 times more risks of morbid events in post-operation. Aggressive prevention efforts, or treatment of ischemia during this period can improve the prognostics of this patient. The pharmaceuticals agonists 2-adrenergics decrease the sympathetic tonus, reducing the anesthetic need, and inducing the analgesia and ansiolozy (Maze, 1991), being one of the options of myocardic ischemia peri-operational prevention. The purpose of this research was to evaluate the effects over the cardiovascular system and plasmatic concentration vasopressin of the dexmedetomidine in the anesthesiaed canine and submitted to renal ischemia and reperfusion, applying similar doses to those used in anesthesiology. Twenty adult canines, anesthesiaed with propofol, fentanil, isoflurane and rocurane, were distributed randomly and blindly, into two groups with 10 dogs each: Group 1 (G1): injection of 20 ml of 0.9% sodium chloride solution in 10 minutes, followed by the injection of 20 ml of the same solution, in 1 hour; Group 2 (G2): injection of 20 ml of 0.9% sodium chloride solution dexmedetomidine 2 g.kg-1, in 10 minutes, followed by the injection of 20 ml of same solution, with the same doses of dexmedetomidine (2 g.kg-1), in 1 hour... (Complete abstract click electronic access below)
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Regulação da expressão da anexina A1 e sua ação modulatória em processos inflamatórios e infecciosos in vitro e in vivo

Priuli, Angela Aparecida Servino de Sena 23 April 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Background: Exacerbated or prolonged inflammatory responses can be detrimental to the host, then any antiinflammatory mediators act to regulate the properties of pro-inflammatory factors and ensure the homeostasis of the organic systems. Objectives: Aims: This study has focused in the regulation of expression and the immunomodulatory properties of annexin A1, a protein of 37 KDa, originally known as the second messenger action of glucocorticoids, in inflammatory and infectious processes. Methods: Using molecular (qPCR), biochemical (luminometry) and immunological (flow cytometry, immunofluorescence) tools, we investigated the endogenous and exogenous of ANXA1 and its mimetic peptide (Ac2-26) in different conditions in vitro and in vivo: fungi infection, HIV/SIV infecion, bowel inflammatory disease and renal ischemic injury. Results: The Ac2-26 pre-treatment of PMN and PBMC of human peripheral blood stimulated with opsonized-zymosan inhibited the production of reactive oxygen species in a dose-dependent manner. In parallel, incubation of phagocytes with the peptide was shown to decrease expression of TLR2 receptor, responsible for the recognition of zymosan on phagocyte, suggesting a regulatory mechanism of surface receptor by ANXA1 peptide. Due to last data, the expression of CCR5, chemokine receptor and HIV co-receptor, was investigated in the same in vitro conditions. CCR5 transcription was down-regulated in PBMC from HIV-infected and healthy subjects, partially by ANXA1/FPR pathway. Consistently, both PBMC subject groups showed an impairment of percentage of CCR5+CD4+ T cells after Ac2-26 incubation. In contrast, Ac2-26 showed an up-regulation of CCR5 surface expression in monocytes, however the peptide switched the profile of monocyte subsets, increasing CD14highCD16- and decreasing CD14lowCD16+ populations. The last one is the most susceptible to HIV infection. In conclusion, the data suggest that the action of N-terminal ANXA1 is cell-dependent and may contribute indirectly modulating the HIV-1. Coherently, the study in vivo of ANXA1 expression in a non-human model of AIDS, showed that ANXA1 is regulated during the progression of the disease in the main compartments of infection, the blood and the gut. In comparison with samples of uninfected animals, the ANXA1 transcripts in peripheral blood increased from acute to chronic SIV infection, whereas in the intestinal mucosa it was down-regulated, reaching baseline levels only in chronic infection. Analysis of typical markers of AIDS progression, showed that increased ANXA1 transcripts was significantly correlated with the activation of T cells. However, the expression of ANXA1 had a positive correlation with antiinflammatory cytokines in the blood and in the intestine and a inverse dynamics of viral load and depletion of CD4 T cells, suggesting that activation of its transcription is related to an attempt to reduce the immune depletion during infection. In addition, based on the described differential modulation of the ANXA1 in the gut of primates, another goal was to analyze the expression of ANXA1 in patients with IBD (inflammatory bowel disease) or not treated with immunosuppressive drugs. The correlation among those factors and clinical data were analyzed. In IBD patients, the expression of ANXA1 is reduced in level of mRNA in peripheral blood and protein in the colonic mucosa. In these patients, immunotherapy with infliximab (anti-TNF-alpha) modulates the transcription of ANXA1 and TNF-α, and even systemic lymphocyte activation in accordance with the duration of treatment and the side effects of drugs, such as bacteremia. The dynamics of ANXA1 added to other clinical and immunological factors appear to be associated with the course of IBD. Finally, acute and chronic inflammatory process induced by ischemia/reperfusion (I/R) procedure, revealed that exogenous ANXA1 mimetic peptide granted a remarkable protection against kidney I/R injury, preventing glomerular filtration rate and urinary osmolality decreases and acute tubular necrosis development by affording striking structural protection due to the abortion of neutrophil extravasation, attenuation of macrophage infiltration and regulation of endogenous annexin A1 expression in renal epithelial cells. Conclusions: In a general analysis of all studies presented, we conclude that exogenous ANXA1 and its derived peptides act as key molecules in the modulation of specific activation, immunophenotype and distribution of phagocytes and lymphocytes participating as a line of defense or targeting of infectious agents, via FPRs or not. And, emphasizing the importance of ANXA1 in the defense of homeostasis, although it was found that the pathways related to the regulation of endogenous ANXA1 is differentially activated in tissues and fluids under acute and chronic inflammation caused by viral infection, autoimmunity or hypoxia. / Introdução: As respostas inflamatórias exacerbadas ou prolongadas podem ser prejudiciais para o hospedeiro, então muitos mediadores antiinflamatórios atuam para regular as propriedades dos fatores pró-inflamatórios e garantir a homeostasia dos sistemas. Objetivos: Assim, o foco do presente trabalho foi estudar a regulação da expressão e as propriedades imunomodulatórias da anexina A1, uma proteína de 37 KDa, inicialmente conhecida como a segunda mensageira da ação dos glicocorticóides, em processos inflamatórios e infecciosos. Metodologia: Para tanto, por meio de técnicas moleculares (qPCR), bioquímicas (luminometria) e imunológicas (citometria de fluxo, imunofluorescência), foi investigado o papel endógeno da ANXA1 e exógeno do peptídeo N-terminal da ANXA1 em diferentes condições in vitro e in vivo: infecção fúngica, infecção viral por HIV-1 e SIV, doença inflamatória intestinal e injúria isquêmica renal. Resultados: O peptídeo N-terminal da ANXA1, Ac2-26, quando usado como tratamento prévio de PMN e PBMC do sangue periférico humano estimuladas por zymosan-opsonizado, inibe a produção de espécies reativas de oxigênio de modo dose-dependente. Paralelamente, a incubação dos fagócitos com o peptídeo demonstrou diminuir a expressão do receptor TLR2, responsável pelo reconhecimento de zymosan nos fagócitos, sugerindo um mecanismo de regulação de receptores de superfície pelo Ac2-26. Frente a este dado e a sinalização de ANXA1 via FPRs, a expressão do receptor de quimiocina e coreceptor do vírus HIV-1, CCR5, também foi investigada em tais condições in vitro. Os transcritos de CCR5 diminuíram em PBMCs de indivíduos HIV+ e saudáveis, parcialmente pela via ANXA1/FPR. Consistentemente, Ac2-26 também diminuiu a expressão do CCR5 na superfície de células T CD4+, os principais alvos do vírus. Em contraste, nos monócitos o peptídeo aumentou a expressão de CCR5, no entanto, induziu uma mudança na distribuição dos subfenótipos, diminuindo a quantidade dos monócitos com maior susceptibilidade a infecção por HIV-1 (CD14lowCD16+). A investigação da ANXA1 endógena em um modelo não humano de AIDS, realizado pela infecção de macacos por SIV, mostrou que a expressão transcricional da ANXA1 é regulada durante a progressão da doença nos principais compartimentos de infecção, o sangue e o intestino. Em comparação com as amostras de animais não-infectados, os transcritos de ANXA1 aumentaram gradualmente no sangue periférico entre as fases aguda e crônica da infecção por SIV, enquanto que na mucosa intestinal houve uma regulação negativa, atingindo os níveis basais apenas na infecção crônica. A análise de marcadores típicos da progressão da AIDS mostrou que a expressão de ANXA1 está relacionada à ativação de células T. No entanto, a expressão da ANXA1 tem uma correlação positiva com o número de transcritos de citocinas antiinflamatórias e uma correlação negativa com a carga viral e depleção de células T CD4+ no sangue e no intestino, sugerindo que a ativação da sua transcrição está relacionada a tentativa de diminuir a exaustão imunológica durante a infecção. Frente aos dados da modulação diferencial da ANXA1 no intestino de primatas, o próximo objetivo foi analisar a expressão da ANXA1 nos portadores de IBD (doença inflamatória intestinal) tratados ou não com drogas imunossupressoras. Nos indivíduos com IBD, a expressão da ANXA1 é diminuída em nível de RNAm, no sangue periférico, e proteína, na mucosa colônica. Nestes pacientes, a imunoterapia com infliximab (anti-TNF-α) modulou sistemicamente a transcrição da ANXA1 e do TNF-α, e ainda a ativação linfocitária e a bacteremia. Em suma, a dinâmica da ANXA1 somada a outros elementos imunológicos e clínicos parecem estar associados a progressão do curso das IBDs. Finalmente, os processos inflamatórios agudo e crônico induzidos pelo procedimento de isquemia e reperfusão (I/R) revelou que o peptídeo mimético ANXA1 exógeno protegeu significativamente contra a lesão por I/R renal. Os animais pré-tratados com Ac2-26 mostraram menores taxas de filtração glomerular, osmolalidade urinária e desenvolvimento da necrose tubular aguda, possivelmente, por manter a integridade tecidual devido ao bloqueio total do extravasamento de neutrófilos, à atenuação de infiltração de macrófagos e à regulação da expressão protéica da ANXA1 endógena em células epiteliais renais. Estes resultados apontam um importante papel da ANXA1 na defesa das células epiteliais contra a lesão de I/R e indicam que os neutrófilos são mediadores-chave para o desenvolvimento da lesão do tecido renal após I/R. Conclusões: Em uma análise geral do conjunto de estudos apresentados, é possível concluir que a ANXA1 exógena e seus peptídeos derivados atuam como moléculas chave na modulação específica da ativação, imunofenótipo e distribuição dos fagócitos e linfócitos que participam como linha de defesa ou como alvo de agentes infecciosos, por meio da ligação com os FPRs ou por uma via ainda não elucidada. E, enfatizando a relevância da ANXA1 na defesa da homeostasia, ainda foi constatado que as vias relacionadas à regulação da ANXA1 endógena são ativadas diferencialmente em tecidos e fluidos sob inflamação aguda e crônica iniciadas quer seja por infecção viral, autoimunidade ou hipóxia. / Doutor em Genética e Bioquímica

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