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Aspectos dos sintagmas nominais em karitiana: a quantificação universal / Aspects of noun phrases in Karitiana: universal quantificationSilva, Thiago Coutinho da 17 February 2009 (has links)
De uma maneira geral, este trabalho tem como objetivos descrever e analisar alguns aspectos dos Sintagmas Nominais em Karitiana. Primeiramente, retomamos as discussões de Müller, Storto e Coutinho-Silva (2006a,b) e Sanchez-Mendes (2007) acerca da quantificação em Karitiana e descrevemos o comportamento do suposto quantificador Universal: akatyym, propondo que em Karitiana exista um processo específico de \'quantificação\' que não pode ser tratado como quantificação nominal ou adverbial conforme descrito em Bach et al (1995), pois o que nossa análise tanto do ponto de vista morfossintático, quanto do ponto de vista semântico aponta é que NP+akatyym é uma sentença relativa com núcleo interno, e sua suposta força quantificacional de Universal pode ser justificada como uma característica das relativas livre de núcleo interno que ao interpretar semanticamente seus núcleos nominais internamente ao CP, gera uma operação que tem como resultado semântico uma denotação de entidade plural máxima ou completa (cf. Grosu & Landman, 1998). Além disso, este trabalho analisa alguns fatos inter-relacionados dentro do Sintagma Nominal: analisamos as estruturas demonstrativas, mostrando que elas também são melhor analisadas como sentenças relativas e propomos uma descrição e análise dos pronominais em Karitiana tanto do ponto de vista da Morfologia Distribuída, seguindo os trabalhos de Ritter e Harley (1998), Hanson, Harley e Ritter (2000) e Harley e Ritter (2002) para a composição da geometria de traços no paradigma dos pronomes pessoais na língua, quanto dos recursos envolvidos na ligação e co-denotação (Büring, 2005). Por fim, apontamos que a não existência de um item lexical específico para a Quantificação Universal Nominal, de pronomes demonstrativos e de uma efetiva morfologia de número nos pronomes pessoais corroboram a hipótese de não existência da categorial funcional DP nos nominais em Karitiana proposta por Müller, Storto & Coutinho-Silva (2006a,b). / In a general aspect, this work has as its goals to describe and analyze some aspects of the Karitiana Noun Phrases. First, we take up again the discussions from Müller, Storto & Coutinho-Silva (2006a,b) and Sanchez-Mendes (2007), on Karitianas quantification, and we describe the behaviour of the alleged universal quantifier: akatyym, proposing that, in Karitiana, there is a specific quantificational process that cannot be treated as noun ou adverbial quantification as described in Bach et al (1995), since what our analysis shows from the morphossyntactic, as well as the semantic point of view, is that NP +akatyym is a internalheaded relative clause, and its alleged Universal quantificational force can be justified as a characteristic of the internal-headed free relatives, that, as it interprets its nominal heads semantically DP-internally, generates an operation which has as its semantic result a denotation of plural maximum or complete entity (cf. Grosu & Landman, 1998). Besides, this work analyzes a few interesting facts correlated within the Noun Phrase: we analysed the demonstrative structures, showing that they are best analyzed as relative clauses, and we propose a description and an analysis of the Karitiana pronouns from both the Distributed Morphology point of view, following the works of Ritter & Harley (2002), for the feature geometry composition for the person pronouns paradigm, and also of the resources involved in binding and co-denotation (Büring, 2005). At last, we point that the non-existance of a specific lexical item for universal quantification of nominals, of demonstrative pronouns and of an effective number morphology in the personal pronouns corroborate the hypothesis of non-existance of the functional category DP in the Karitiana nouns, as proposed by Müller, Storto & Coutinho- Silva (2006a,b).
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Aspectos dos sintagmas nominais em karitiana: a quantificação universal / Aspects of noun phrases in Karitiana: universal quantificationThiago Coutinho da Silva 17 February 2009 (has links)
De uma maneira geral, este trabalho tem como objetivos descrever e analisar alguns aspectos dos Sintagmas Nominais em Karitiana. Primeiramente, retomamos as discussões de Müller, Storto e Coutinho-Silva (2006a,b) e Sanchez-Mendes (2007) acerca da quantificação em Karitiana e descrevemos o comportamento do suposto quantificador Universal: akatyym, propondo que em Karitiana exista um processo específico de \'quantificação\' que não pode ser tratado como quantificação nominal ou adverbial conforme descrito em Bach et al (1995), pois o que nossa análise tanto do ponto de vista morfossintático, quanto do ponto de vista semântico aponta é que NP+akatyym é uma sentença relativa com núcleo interno, e sua suposta força quantificacional de Universal pode ser justificada como uma característica das relativas livre de núcleo interno que ao interpretar semanticamente seus núcleos nominais internamente ao CP, gera uma operação que tem como resultado semântico uma denotação de entidade plural máxima ou completa (cf. Grosu & Landman, 1998). Além disso, este trabalho analisa alguns fatos inter-relacionados dentro do Sintagma Nominal: analisamos as estruturas demonstrativas, mostrando que elas também são melhor analisadas como sentenças relativas e propomos uma descrição e análise dos pronominais em Karitiana tanto do ponto de vista da Morfologia Distribuída, seguindo os trabalhos de Ritter e Harley (1998), Hanson, Harley e Ritter (2000) e Harley e Ritter (2002) para a composição da geometria de traços no paradigma dos pronomes pessoais na língua, quanto dos recursos envolvidos na ligação e co-denotação (Büring, 2005). Por fim, apontamos que a não existência de um item lexical específico para a Quantificação Universal Nominal, de pronomes demonstrativos e de uma efetiva morfologia de número nos pronomes pessoais corroboram a hipótese de não existência da categorial funcional DP nos nominais em Karitiana proposta por Müller, Storto & Coutinho-Silva (2006a,b). / In a general aspect, this work has as its goals to describe and analyze some aspects of the Karitiana Noun Phrases. First, we take up again the discussions from Müller, Storto & Coutinho-Silva (2006a,b) and Sanchez-Mendes (2007), on Karitianas quantification, and we describe the behaviour of the alleged universal quantifier: akatyym, proposing that, in Karitiana, there is a specific quantificational process that cannot be treated as noun ou adverbial quantification as described in Bach et al (1995), since what our analysis shows from the morphossyntactic, as well as the semantic point of view, is that NP +akatyym is a internalheaded relative clause, and its alleged Universal quantificational force can be justified as a characteristic of the internal-headed free relatives, that, as it interprets its nominal heads semantically DP-internally, generates an operation which has as its semantic result a denotation of plural maximum or complete entity (cf. Grosu & Landman, 1998). Besides, this work analyzes a few interesting facts correlated within the Noun Phrase: we analysed the demonstrative structures, showing that they are best analyzed as relative clauses, and we propose a description and an analysis of the Karitiana pronouns from both the Distributed Morphology point of view, following the works of Ritter & Harley (2002), for the feature geometry composition for the person pronouns paradigm, and also of the resources involved in binding and co-denotation (Büring, 2005). At last, we point that the non-existance of a specific lexical item for universal quantification of nominals, of demonstrative pronouns and of an effective number morphology in the personal pronouns corroborate the hypothesis of non-existance of the functional category DP in the Karitiana nouns, as proposed by Müller, Storto & Coutinho- Silva (2006a,b).
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As construções de cópula da língua Karitiana / Copular constructions in KaritianaDias, Tarcisio Antonio 05 April 2019 (has links)
Em vista do sistema de Caso/concordância de Chomsky (2000; 2001) baseado em Agree, bem como na proposta minimalista para a ergatividade de Aldridge (2004; 2008; 2012), apresentamos no capítulo 1 uma análise para as relações de Caso e concordância em Karitiana à luz do seu padrão de concordância ergativo-absolutivo e das ordens de constituinte que a língua exibe. Propomos que T valora Caso absolutivo no objeto e no sujeito intransitivo em orações matriz, ao passo em que o núcleo n valora genitivo nestes argumentos em orações subordinadas. O núcleo v, por sua vez, atribui Caso ergativo inerente ao sujeito transitivo. Propomos, também, que o v transitivo possua um traço EPP responsável por alçar o objeto para uma posição de especificador extra de vP acima do sujeito, o que explicaria a ordenação atestada em sentenças assertivas VOS e subordinadas OSV. A disposição SVO em declarativas, em que o sujeito sobe mesmo estando abaixo do objeto em Spec,vP, é explicada em termos de uma restrição imposta sobre o objeto pela Condição de Atividade (CHOMSKY, 2001). No capítulo 2 discutimos de que maneira as relações predicativas são sintaticamente capturadas nas construções de cópula do Karitiana. Adotamos a teoria da Sintaxe da Predicação de den Dikken (2006), em que sujeito e predicado estabelecem uma relação de predicação no domínio da projeção de um núcleo relator em uma configuração assimétrica e não direcional. Também lançamos mão da proposta em Hale & Keyser (2002) de que a projeção de um especificador depende de um núcleo verbal selecionar um elemento predicador como um complemento. Apresentamos, assim, uma análise para as construções de cópula de predicação verbal e adjetival (i.e. [NP cóp i-Pred-t/ø]). Em nossa proposta o pronome i- prefixado ao adjetivo e verbo corresponde a um pro-predicate (MORO, 1997), um place holder do predicado lexical. Tal pro-predicate é o verdadeiro predicador da construção de cópula em que ele aparece, de modo que o adjetivo e o verbo entram como um adjunto na estrutura. Apresentamos, também, uma derivação para as construções de inversão de predicado, nas quais o i- está ausente. O morfema -t/ø sufixado ao predicado corresponde a um bloqueador de projeção, sendo uma maneira que a língua possui de contornar o problema de rotulação que emerge em certas estruturas de adjunção. Por fim, explicamos o comportamento distinto das construções de predicação nominal (i.e. [ NP cóp NP-t/ø]) argumentando que elas não se submetem às restrições da sintaxe da predicação. Finalmente, no capítulo 3 argumentamos que o apagamento da cópula em Karitiana nas sentenças declarativas de tempo não futuro é um caso de elipse do tipo sluicing (MERCHANT, 2001) que não precisa satisfazer condições de identidade para ser licenciada, propondo que o efeito copula drop decorre de uma restrição baseada em fases (CHOMSKY, 2001; BOKOVI, 2014). / In light of the chomskyan Case/agreement system (2000; 2001), and also Aldridges (2004; 2008; 2012) minimalist approach to ergativity, in chapter 1 we present an account for Case and agreement relations in Karitiana in view of its ergative-absolutive agreement pattern and the constituent order the language exhibits. We propose T values absolutive Case on both the object and the intransitive subject within matrix clauses, and n head values genitive on these arguments within subordinate clauses. We also propose v assigns ergative as an inherent Case to the transitive subject. In addition, transitive v bears an EPP feature responsible for dragging the object to an outer Spec,vP position above the subject, which accounts for the VOS assertives and OSV subordinates word order. SVO declaratives, in which the subject is raised even though the object is arguably higher up in the tree, is derived due to a restriction the Activity Condition (CHOMSKY, 2001) imposes on the object. In chapter 2 we discuss how predication relations are syntactically captured in Karitiana copular constructions. We adopt den Dikkens (2006) Predication theory, in which the subject and the predicate establish a relation in the minimal domain of the projection headed by a relator in a asymmetrical and non directional configuration. We also adopt Hale & Keysers (2002) proposal in which the specifier position is projected only when a verbal head selects for a predicate element as its complement. Then, we present an analysis for verbal and adjectival predication in Karitiana copular constructions (i.e. [NP cop i-A/V-t/ø]). In our approach the pronoun i- prefixed to the adjective and the verb is a pro-predicate (MORO, 1997), a place holder for the lexical predicate. Such element is the real predicate in the copula constructions it appears, and the adjective and the verb are adjoined to the structure. We present, as well, a derivation for predicate inversion constructions, which lack i-. The morpheme -t/ø suffixed to the predicate corresponds to a projection blocker, and it is a way the language alleviates a projection problem caused by certain adjunction structures. To conclude, we explain the distinctive behaviour of nominal predicate constructions (i.e. [ NP cop NP-t/ø]) arguing they are not submitted to restrictions of the Syntax of Predication. Finally, in chapter 3 we propose a phase-based (CHOMSKY, 2001; BOKOVI, 2014) account of the copula drop phenomenon in Karitiana declarative sentences (non future tense), arguing it to be an instance of sluicing (MERCHANT, 2001), a type of ellipsis, and that it does not need to satisfy identity conditions to be licensed.
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O auxiliar aspectual Tyka do Karitiana / The aspectual auxiliary tyka the KaritianaCarvalho, Andrea Marques de 20 July 2010 (has links)
Este trabalho investiga a semântica da palavra tyka do Karitiana, língua amazônica da família Arikém do tronco Tupi falada atualmente por cerca de 320 pessoas em uma reserva localizada em Porto Velho, Rondônia (Nelson Karitiana - com. pessoal - 2005). / This research investigates the semantics of the word tyka in Karitiana, an Amazonian language of the Arikém family (Tupi stock) spoken nowadays by approximately 320 people who live in their own reservation located in Porto Velho, Rondônia (Nelson Karitiana - personal communication - 2005).
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Não-finitude em Karitiana: subordinação versus nominalização / Non-finiteness in Karitiana: subordination versus nominalizationSilva, Ivan Rocha da 02 May 2016 (has links)
A meta da presente tese é analisar as orações não-finitas em Karitiana. Esta é uma língua Ameríndia falada atualmente por 400 pessoas que habitam a Terra Indígena Karitiana. A reserva Karitiana está localizada a 95 quilômetros ao sul da área urbana de Porto Velho, Rondônia, Brasil. A língua é a única representante do ramo Arikém, família Tupi. A presente pesquisa investiga as diferenças entre as orações subordinadas que funcionam como orações subordinadas adverbiais, relativas e completivas, bem como a nominalização oracional e as orações infinitivas marcadas pelos sufixos e , respectivamente. Apesar de a língua não apresentar morfologia de tempo, modo ou concordância em subordinadas, ela possui várias outras características, tais como núcleos aspectuais, voz, variação na ordem de palavras (SOV ou OSV), morfologia de foco do objeto, o que sugere que se trata subordinação e não nominalização (Storto 1999, Storto 2012, Vivanco 2014). Mostramos ainda que as orações encaixadas Karitiana podem ser modificadas por advérbios, negação e evidenciais que estão associados a orações ou sintagmas verbais. Esta pesquisa levantou uma discussão que tem sido amplamente abordada na literatura sobre as orações subordinadas nãofinitas em línguas Ameríndias. A literatura sobre essas orações não-finitas mostra que muitos autores que assumem que elas são nominalizações utilizam dois argumentos: (1) a falta de traços finitos e (2) o fato de algumas línguas exibirem marcas de caso. Os argumentos com base no item (2) supramencionado não parece muito convincentes para assumirmos uma análise de nominalização em Karitiana, visto que orações subordinadas finitas em várias línguas podem ser usadas como complemento verbal e receber marcas de caso. A nossa análise apresentada nesta tese assume que a falta de traços finitos não significa necessariamente que estas orações sejam nominalizadas porque elas exibem em suas estruturas várias características de orações ativas, tais como núcleos funcionais de voz, aspecto, advérbios, negação e evidenciais. Tipologicamente, esses núcleos funcionais estão associados a orações ou a sintagmas verbais. E, internamente à língua, eles estão também relacionados a orações ou a sintagmas verbais tanto em ambientes finitos quanto em ambientes não-finitas. / The main aim of this dissertation is to analyze non-finite clauses in Karitiana. Karitiana is an endangered Amerindian language spoken today by approximately 400 people who live in a reservation located 59 miles south of the urban area of Porto Velho, the capital of the state of Rondônia, Brazil (Amazonian region). The language is the unique representative of the Arikém branch, one of the ten linguistic groupings identified inside the Tupian family. The current research investigates differences among embedded clauses that function as adverbial, relative, and complement clauses in Karitiana, as well as nominalization and infinitival embedding marked respectively by the suffixes and . Even though subordinate clauses in Karitiana do not display any finite morphology of agreement, tense, or mood, it is true that the language shows many other functional heads such as morphemes of causativization, passivization, and object focus construction, as well as aspectual nuclei, and word order variation (SOV, OSV), suggesting that they are clauses and not nominalizations (Storto 1999; Vivanco 2014). Furthemore, we show that Karitiana embedded clauses can be modified by adverbs, negation and evidentials that are associated with clauses or verbal phrases. The literature on non-finite clauses in Amerindian languages shows that many specialists in these languages have claimed that these clauses are nominalized based on two arguments: (1) lack of finite traits and (2) the fact that some of these languages display case-marking. The argument that the presence of case-marking in subordination characterizes them as nominalizations seems to be unconvincing because finite subordinate clauses in several languages can be used as verbal complement and can be marked with case. In our analysis, the lack of finite features also does not necessarily mean that these clauses are nominalizations, since Karitiana subordinate clauses exhibit other properties of active clauses such as functional heads: voice, aspect, adverbs, negation, and evidentials. Typologically, these functional heads are associated with clauses and, internally to the language, they are also correlated with clauses and verbal phrases, functioning either in matrix clauses or in subordinate clauses.
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A estrutura argumental da língua karitiana: desafios descritivos e teóricos / Argument structure in Karitiana: theoretical and descriptive challengesSilva, Ivan Rocha da 13 September 2011 (has links)
Esta dissertação tem por objetivo descrever a estrutura argumental da língua Karitiana (grupo Tupi, família Arikém, aproximadamente 400 falantes) em uma perspectiva descritiva e teórica. Nesse trabalho, buscou-se o desafio de descrever as classes verbais da língua com base em uma teoria formal: a teoria de estrutura argumental de Hale e Keyser (2002). O trabalho encontra-se dividido em duas partes. Na parte I, descreve-se a morfossintaxe das classes verbais. Na parte II, foram analisadas, em termos de estrutura argumental, as evidências morfossintáticas notadas no padrão verbal. A segunda parte, ainda, oferece uma análise preliminar para a estrutura passiva impessoal em Karitiana, dentro da teoria Gerativa. A transitivização, a passivização, a construção de cópula e o padrão de concordância funcionam como evidências morfossintáticas para descrever classes verbais na língua. Todos os verbos intransitivos podem ser afetados pela causativização sintética (transitivização) através de um morfema causativo que permite a adição de um argumento externo (o sujeito agente ou causa) a uma sentença intransitiva, tornando-a transitiva. Através do morfema de passiva impessoal em Karitiana, é possível transformar um verbo biargumental em monoargumental, apagando o sujeito original da sentença transitiva. O morfema de passiva é adicionado apenas a um verbo minimamente biargumental ou a um verbo intransitivo que tenha sido antes transitivizado via . A construção de cópula nesta língua apresenta uma estrutura bioracional (S Copula minioração) em que a cópula toma como complemento uma minioração. No núcleo desta minioração, pode entrar apenas um verbo intransitivo, um adjetivo ou um nome. O padrão de concordância ergativo-absolutiva é o último diagnóstico utilizado como evidência de valência na língua. Com base nestas evidências, foram descritas três classes verbais: uma classe de verbos intransitivos (formada por 3 subclasses: composta de intransitivos comuns, de intransitivos com objeto oblíquo e sujeito experienciador e, por último, a subclasse de intransitivos locativos), uma classe de verbos transitivos e uma terceira classe composta por verbos bitransitivos. Esta última tem um objeto direto com papel semântico ALVO e um objeto indireto, marcado obliquamente (com a posposição ty) com papel TEMA. Os verbos intransitivos com objeto oblíquo apresentam um comportamento especial, comportando-se, morfossintaticamente e em termos de alternância, como os demais intransitivos, mas projetando em sua estrutura um complemento oblíquo, o que leva a considerar que eles são sintaticamente intransitivos e semanticamente transitivos. Concluimos que todos os verbos intransitivos nesta língua têm o comportamento de verbos inacusativos do tipo alternante. Na proposta de Hale e Keyser, os verbos são formados, estrutural e hierarquicamente, a partir de duas estruturas básicas (monádica e diádica) nucleadas pelos núcleos verbais (V1 e V2). Deste modo, os verbos do Karitiana descritos como intransitivos são analisados como verbos diádicos compostos, em conformidade com suas propriedades alternantes. Os verbos intransitivos com objeto oblíquo e aqueles verbos intransitivos locativos foram analisados como verbos diádicos compostos com complemento oblíquo (P-complemento). Os verbos bitransitivos são analisados como diádicos básicos. Apenas os verbos transitivos em Karitiana podem ser analisados como verbos monádicos. / This masters thesis aims to describe the argument structure in Karitiana (Tupi branch, Arikém family, about 400 speakers) both in a theoretical and in a descriptive perspective. In this work, the challenge is to describe the verb classes identified in Karitiana in the formal theory of argument structure proposed by Hale and Keyser (2002). The work is divided in two parts. In Part I, the morphosyntax of the verb classes is described. In Part II, the verb patterns were analyzed in terms of their argument structure. Still in this part, a preliminary analysis of the structure of the impersonal passive is presented, inside the Generativist framework. All instransitive verbs may be affected by the synthetic causativization (transitivization) in which a causative morpheme allows the addition of an external argument (the subject) to an intransitive sentence, transitivizing it. By the use of the impersonal passive in Karitiana it is possible to turn a bi-argumental verb into a mono-argumental one, causing the demotion of the initial subject and the promotion of the initial object to subject of the passive. The passive morpheme is added only to a transitive verb or to an intransitive verb which has been first transitivized via . The copular construction in Karitiana presents a biclausal structure (Subject + copular verb + small clause) in which the copular verb selects a small clause as its complement. Copular verbs can only select complements headed by nouns, adjectives or intransitive verbs. If a transitive verb is added to the head of the small clause, the sentence is ungrammatical. However, if a transitive verb has undergone a passivization process via , that verb may be the head of the small clause. The ergative-absolutive agreement pattern is also used as evidence of valency in Karitiana. Based on this evidence, three verbal classes were described: a large class of intransitive verbs (with three subclasses, one of common intransitive verbs, another of intransitive verbs with oblique objects and experiencer subjects, and one of intransitive locatives), a class of transitive verbs, and a third class of ditransitive verbs. The latter presents a direct object with the semantic role GOAL, whereas the indirect object is a THEME, marked as oblique (with the postposition ty). These intransitive verbs with an oblique object are part of a special subclass of intransitives because they behave, in terms of morphosyntax and valency, as other intransitive verbs, but they also project in their structure an oblique complement; it seems to be the case that they are syntactically intransitive and semantically transitive. We conclude that all intransitive verbs in Karitiana have the behavior of unaccusative verbs that may alternate. In Hale and Keysers proposal, verbs are formed, in structural and hierachical terms, from two basic structures (monadic and dyadic) headed by the verbal heads (V1 and V2). Thus, the Karitiana verbs described as common intransitives are analyzed as dyadic because of their alternation properties. The intransitives with oblique objects and the locative intransitives were analyzed as composite dyadic with oblique complements (P-complements). The ditransitive verbs are analyzed as basic dyadic, and only the transitive verbs in Karitiana may be analyzed as projecting monadic argument structures.
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Orações relativas em karitiana: um estudo experimental / Relative clauses in karitiana: an experimental studyVivanco, Karin Camolese 06 June 2014 (has links)
Essa dissertação pretende esclarecer o estatuto das orações relativas do karitiana (tupi- Arikém). Orações relativas podem ser classificadas como relativas de núcleo externo (RNE) e de núcleo interno (RNI), sendo o principal critério de diferenciação a posição do núcleo em relação à relativa: relativas com o núcleo adjacente à oração subordinada são classificadas como RNEs, enquanto aquelas com o núcleo interno à subordinada são RNIs (DE VRIES, 2006, CULY, 1990). Outro critério utilizado é a marcação de caso: se o núcleo estiver marcado com o caso exigido pelo verbo da matriz, a relativa será uma RNE; se for aquele exigido pelo verbo da relativa, ela será uma RNI (COLE, 1987). Dentro desse quadro, as orações do karitiana são difíceis de classificar: por um lado, o núcleo aparece sempre deslocado para a periferia esquerda (STORTO, 1999), algo característico de RNEs; por outro, a marcação de caso no núcleo segue o padrão de RNIs. À luz do trabalho de Basilico (1996), hipotetizamos que as relativas do karitiana seriam RNIs com frontalização opcional do núcleo. Se for o caso, é esperado que relativas com núcleos não frontalizados sejam permitidas. Montamos então um experimento para verificar se as relativas poderiam ter seus núcleos não frontalizados e testamos 14 falantes com uma metodologia de produção elicitada. Os resultados mostram que, embora haja uma tendência pela frontalização, núcleos não frontalizados são permitidos na língua, pois há casos de relativas de sujeito com a ordem OSV e de relativas de objeto SOtiV, OSV e SOV. Também foram produzidas relativas de objeto sem o morfema de foco do objeto , indicando que ele não é imprescindível para a relativização. Esse quadro aproxima nossas relativas das RNIs, pois RNEs não podem ter núcleos em outras posições além da periferia da oração relativa. Também analisamos propostas de análise sintática para as diversas ordens de palavras coletadas em nosso experimento. Vemos que aquelas que assumem algum tipo de deslocamento do núcleo para Spec de uma projeção de periferia seja CP ou AspP incorrem em diversos problemas, como a impossibilidade de derivar relativas de objeto SOtiV e a incapacidade de excluir estruturas agramaticais com advérbios. Assim, propomos que a frontalização do núcleo é uma adjunção a AspP. Dados de orações relativas com advérbios nos levam ainda a postular que, em relativas de objeto, a frontalização do núcleo ocorre em duas etapas: primeiro um movimento para Spec, vP e, em seguida, a frontalização para uma posição de adjunto de AspP. Essa primeira etapa do movimento seria marcada pela presença de em v e estaria na base do sincretismo desse morfema, que também está presente em perguntas qu- de objeto e em construções de foco do objeto. Por fim, oferecemos ainda uma análise da correlação entre a presença do morfema e a frontalização do objeto a partir do modelo de fases de Chomsky (2000, 2001), admitindo que o movimento do objeto para a borda do sintagma verbal seria uma operação sintática imprescindível para a subsequente frontalização do objeto / This dissertation aims to clarify the status of relative clauses in Karitiana (Tupi-Arikém). Relative clauses are traditionally classified as externally (EHRC) or internally-headed (IHRC) and the main criterion for their differentiation is the heads position: EHRCs have their heads adjacent to the relative clause itself, whereas IHRCs have internal heads (DE VRIES, 2006, CULY, 1990). Another criterion is case-marking: if the head is marked with the case demanded by the matrix verb, the relative is an EHRC; if it is the one demanded by the embedded verb, it will be an IHRC (COLE, 1987). Within this framework, karitiana relative clauses are hard to classify: on one hand, the head always appears fronted to the left periphery (STORTO, 1999), which resembles the pattern found in EHRCS; on the other hand, the case-marking on the head is similar to IHRCs. In the light of Basilicos (1996) work, one can hypothesize that karitiana relative clauses are IHRCs with optional head frontalization. In this case, it is expected that relatives with non-fronted heads will be allowed in the language. An experiment was designed in order to verify if karitiana relatives could have non-fronted heads and 14 speakers were tested with an elicited production methodology. The results show that, although there is a preference for frontalization, non-fronted heads are possible in the language, since subject relatives OSV and object relatives SOtiV, OSV and SOV were produced. There are also cases of object relatives without the object focus morpheme , indicating that it is not indispensable in relative clause formation. These results bring karitiana relatives closer to IHRCs, because EHRCs cannot have their heads in any other positions than in the periphery of the clause. We also discuss some syntactic proposals for the word orders found in our experiment, claiming that those which assume head dislocation to Spec of CP and AspP face some problems, such as the derivation of SOtiV object relatives and ungrammatical structures with adverbs. Therefore, our proposal is that the frontalization of the head is an adjunction to AspP. Paradigms of relative clauses with adverbs also show that, in object relatives, the frontalization of the head occurs in two steps: first the head moves to Spec, vP and then it is further fronted to the position of adjunct of Spec, AspP. The first step is marked with on v and it underlies the syncretism of this morpheme, which is also present in object wh- questions and object focus constructions. Finally, the correlation between and the frontalization of the head is analyzed within the phase theory framework (CHOMSKY, 2000, 2001) and it is assumed that object movement to vPs edge is a syntactic requirement for further frontalization
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Osikirip: os \'especiais\' Karitiana e a noção de pessoa ameríndia / Osikirip: the Karitiana special ones and the notion of Amerindian personAraujo, Iris Morais 09 March 2015 (has links)
Esta tese indaga os sentidos que os Karitiana população de língua Tupi-Arikém da Amazônia Meridional atribuem ao termo especial (osikirip) para caracterizarem alguns de seus parentes. Essa condição os estimula a procurar instituições não indígenas para que usufruam de tratamento médico e benefícios sociais específicos. Ao mesmo tempo que aproximam os especiais a espíritos e ogros, os Karitiana jamais questionam seus vínculos de parentesco logo, sua condição humana. Tal equação permite uma reflexão, a partir de novo ângulo, sobre questões concernentes à noção de pessoa ameríndia. / This thesis inquires into the meanings that the Karitiana Tupi-Arikém-speaking population from the Southern Amazon ascribe to the term special (osikirip) to characterize some of their relatives. This condition encourages them to reach nonindigenous institutions in order to enjoy medical treatment and specific social welfare benefits. While correlating the special ones to spirits and ogres, the Karitiana never question their ties of kinship hence their human condition. This equation poses a reflection, from a new perspective, on issues concerning to the notion of Amerindian person.
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Perguntas QU-, orações subordinadas e ordem de palavras em Karitiana / WH- questions, embedded clauses, and word order in KaritianaKarin Camolese Vivanco 26 October 2018 (has links)
Este trabalho descreve diversos aspectos da formação de perguntas complexas, orações subordinadas e ordem de palavras no Karitiana, uma língua Tupi da família Arikém. Primeiramente, descrevemos a formação de perguntas bi-oracionais como perguntas indiretas e perguntas de longa-distância. No primeiro caso, argumentamos que perguntas indiretas strictu sensu não existem em Karitiana, pois pronomes interrogativos não são em geral permitidos dentro de orações subordinadas. Já perguntas de longa-distância são possíveis na língua, mas sua formação inclui uma estratégia conhecida como pied-piping de larga-escala, na qual a oração subordinada inteira contendo o pronome interrogativo é movida para a posição inicial da sentença. Argumentamos que estes dois fatos podem ser capturados se assumirmos uma estrutura para orações subordinadas (1) que não contém certos núcleos oracionais, como C; e (2) que é a projeção de um núcleo nominalizador n. Essas propriedades seriam capazes de explicar o comportamento ambíguo destas construções, que ora se comportam como orações, ora como sintagmas nominais. Além disso, essa proposta também explica outros fenômenos aparentemente não relacionadas, como a ausência de tough-constructions, a extração com verbos factivos, a cliticização em subordinadas e a presença de relativas de núcleo interno. Propomos ainda que este núcleo n de caráter nominal teria como uma possível realização fonética um sufixo -a, que pode ser detectado em diversos ambientes nominais da língua e que possivelmente teria conexões históricas com o nominalizador -a presente em outras línguas Tupi. Na segunda parte deste trabalho, discutimos ainda construções com o morfema de voz inversa ti-, reanalisadas aqui como configurações de redobro de clítico. Essa proposta é capaz de explicar diversas propriedades deste morfema, como sua emergência em diferentes construções, o padrão de concordância excêntrica disparado por ele, a distribuição complementar com a passiva e a leitura pressuposicional do tema nestes ambientes. Por fim, discutimos ainda dois fenômenos prosódicos - o sufixo -o e a intonação de relativas de objeto com ti- - que poderiam constituir argumentos adicionais para as análises desenvolvidas neste trabalho. / This dissertation investigates aspects of question formation, embedded clauses, and word order in Karitiana, a Tupi-Arikém language spoken in Brazil. Firstly, the formation of bi-clausal questions such as indirect questions and long-distance questions is described. Regarding indirect questions, our claim is that there are no indirect questions in Karitiana, as interrogative pronouns are usually disallowed inside embedded clauses. On the other hand, the language has long-distance questions, but they obligatorily involve a strategy known as clausal/large-scale pied-piping - i.e., fronting of the whole embedded clause containing the interrogative pronoun. These two facts can be explained if one assumes a structure for embedded clauses that does not contain certain clausal projections, such as CP, and that includes a nominalizing head n. These properties also account for the mixed behavior of these constructions, which exhibit a clausal template while manifesting several nominal features. Moreover, the proposed analysis also explains other apparently non-related properties of the language, such as the lack of tough-constructions, extraction with factive verbs, obligatory cliticization, and internally-headed relative clauses. Additionally, we claim that this nominal head has a phonetic realization as a suffix -a, detected in several nominal phrases and which is possibly linked to a Tupian nominalizer of the same form. In part II, we discuss constructions with the inverse voice morpheme ti-, claiming that these can be reanalyzed as cases of clitic-doubling. This analysis accounts for several properties of this preffix, such as its presence in cases of WHmovement, the eccentric pattern of agreement that it triggers, the complementary distribution with the passive, and the pressupositional reading of the theme in these constructions. Finally, two prosodic phenomena - the suffix -o and the intonational pattern of object relative clauses with ti- - are describedin detail and it will be shown how these provide additional evidence for the analyses developed in this dissertation.
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Perguntas QU-, orações subordinadas e ordem de palavras em Karitiana / WH- questions, embedded clauses, and word order in KaritianaVivanco, Karin Camolese 26 October 2018 (has links)
Este trabalho descreve diversos aspectos da formação de perguntas complexas, orações subordinadas e ordem de palavras no Karitiana, uma língua Tupi da família Arikém. Primeiramente, descrevemos a formação de perguntas bi-oracionais como perguntas indiretas e perguntas de longa-distância. No primeiro caso, argumentamos que perguntas indiretas strictu sensu não existem em Karitiana, pois pronomes interrogativos não são em geral permitidos dentro de orações subordinadas. Já perguntas de longa-distância são possíveis na língua, mas sua formação inclui uma estratégia conhecida como pied-piping de larga-escala, na qual a oração subordinada inteira contendo o pronome interrogativo é movida para a posição inicial da sentença. Argumentamos que estes dois fatos podem ser capturados se assumirmos uma estrutura para orações subordinadas (1) que não contém certos núcleos oracionais, como C; e (2) que é a projeção de um núcleo nominalizador n. Essas propriedades seriam capazes de explicar o comportamento ambíguo destas construções, que ora se comportam como orações, ora como sintagmas nominais. Além disso, essa proposta também explica outros fenômenos aparentemente não relacionadas, como a ausência de tough-constructions, a extração com verbos factivos, a cliticização em subordinadas e a presença de relativas de núcleo interno. Propomos ainda que este núcleo n de caráter nominal teria como uma possível realização fonética um sufixo -a, que pode ser detectado em diversos ambientes nominais da língua e que possivelmente teria conexões históricas com o nominalizador -a presente em outras línguas Tupi. Na segunda parte deste trabalho, discutimos ainda construções com o morfema de voz inversa ti-, reanalisadas aqui como configurações de redobro de clítico. Essa proposta é capaz de explicar diversas propriedades deste morfema, como sua emergência em diferentes construções, o padrão de concordância excêntrica disparado por ele, a distribuição complementar com a passiva e a leitura pressuposicional do tema nestes ambientes. Por fim, discutimos ainda dois fenômenos prosódicos - o sufixo -o e a intonação de relativas de objeto com ti- - que poderiam constituir argumentos adicionais para as análises desenvolvidas neste trabalho. / This dissertation investigates aspects of question formation, embedded clauses, and word order in Karitiana, a Tupi-Arikém language spoken in Brazil. Firstly, the formation of bi-clausal questions such as indirect questions and long-distance questions is described. Regarding indirect questions, our claim is that there are no indirect questions in Karitiana, as interrogative pronouns are usually disallowed inside embedded clauses. On the other hand, the language has long-distance questions, but they obligatorily involve a strategy known as clausal/large-scale pied-piping - i.e., fronting of the whole embedded clause containing the interrogative pronoun. These two facts can be explained if one assumes a structure for embedded clauses that does not contain certain clausal projections, such as CP, and that includes a nominalizing head n. These properties also account for the mixed behavior of these constructions, which exhibit a clausal template while manifesting several nominal features. Moreover, the proposed analysis also explains other apparently non-related properties of the language, such as the lack of tough-constructions, extraction with factive verbs, obligatory cliticization, and internally-headed relative clauses. Additionally, we claim that this nominal head has a phonetic realization as a suffix -a, detected in several nominal phrases and which is possibly linked to a Tupian nominalizer of the same form. In part II, we discuss constructions with the inverse voice morpheme ti-, claiming that these can be reanalyzed as cases of clitic-doubling. This analysis accounts for several properties of this preffix, such as its presence in cases of WHmovement, the eccentric pattern of agreement that it triggers, the complementary distribution with the passive, and the pressupositional reading of the theme in these constructions. Finally, two prosodic phenomena - the suffix -o and the intonational pattern of object relative clauses with ti- - are describedin detail and it will be shown how these provide additional evidence for the analyses developed in this dissertation.
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