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Atividade anti-inflamatória, antinociceptiva e antioxidante do extrato etanólico de Leonurus sibirucus L. (Lamiaceae) / Anti-inflammatory, antinociceptive and antioxidant activity of the ethanol extract of Leonurus sibirucus L. (Lamiaceae)Oliveira, Alan Santos 24 February 2017 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Inflammation is an important component in the development of various pathologies in
which the primary process is the recruitment of leukocytes as a cause of tissue injury.
The need for new compounds to treat this condition is imminent. In this context,
medicinal plants represent a viable alternative for this purpose. Leonurus sibiricus L.
is a plant popularly used to treat inflammation and there are few studies that confirm
this use. The present study aimed to investigate the antioxidant, antinociceptive and
anti-inflammatory effects of the ethanol extract of aerial parts of L. sibiricus. The total
content of phenols and flavonoids, as well as the chromatographic analysis by high
performance liquid chromatography were carried out to characterize the ethanol
extract of L. sibiricus (EELs). In vitro experiments, the antioxidant capacity tests were
carried out by elimination of 2,2-diphenyl-1-picryl-hydrazila (DPPH), 2,2'-azinobis
(ABTS) and nitric oxide (NO) inhibition, inhibition of lipid peroxidation and the iron
reduction potential test (FRAP). In in vivo experiments, the antinociceptive activity was
evaluated through the formalin paw and hot plate and anti-inflammatory test using the
edema test The results were expressed as mean ± SEM and analyzed by analysis of
variance followed by Tukey's test; p<0.05 was considered significant. The contents of
total phenols and flavonoids in the extract were 60.1 ± 0.1 mg of gallic acid
equivalents/g of extract and 15.4 ± 0.1 mg of catechin equivalents/g of extract,
respectively. In the chromatographic profile of EELs, chlorogenic acid, caffeic acid,
ferric acid, p-coumaric acid and quercetin were identified. Decrease of DPPH (IC50=
267,6 μg/mL), ABTS (IC50= 7894,3 μg/mL) and NO (IC50= 266,6 μg/mL) radical was
observed, as well as the increase in the reduction potential by the FRAP assay. In
addition to reducing spontaneous (IC50= 652,4 μg/mL) or FeSO4-induced (IC50=
1553,3 μg/mL) lipid peroxidation in vitro. In the formalin test in the paw, administration
of the EELs (400 mg / kg) reduced (p <0.05) the licking / biting time in the second
phase of the test compared to the vehicle group, as did as the treatment with morphine
and aspirin (p <0.05 each). On the other hand, only morphine decreased (p <0.05) this
parameter in the first phase of the test. In the hot plate test, administration of the EELs
at all doses did not increase the latency time of mice. In the open field test,
administration of EELs to the animals did not change the distance traveled when
compared to the vehicle-treated group. In the TPA-induced edema, topical
administration of EELs reduced the thickness (p<0.05), MPO activity (p<0.05), TNF-α
and IL-1β production (p<0.05) and lipid peroxidation (p<0.05) in the ear, as well as
increased FRAP in this tissue (p<0.05). All together, these results show that EELs has
anti-inflammatory, antinociceptive and antioxidant properties, supporting the popular
use for the treatment of inflammatory conditions. / A inflamação é um componente importante no desenvolvimento de diversas
patologias cujo processo primário é o recrutamento de leucócitos provocando lesão
tecidual. A necessidade de novos compostos para tratar esta condição é iminente.
Neste contexto, as plantas medicinais representam uma alternativa viável para este
fim. A Leonurus sibiricus L. é uma planta popularmente utilizada para tratar a
inflamação e poucos estudos dão suporte a este uso. O presente estudo teve como
objetivo investigar os efeitos antioxidante, antinociceptivo e anti-inflamatório do extrato
etanólico de partes aéreas de L. sibiricus. O conteúdo total de fenóis e flavonoides,
bem como a análise cromatográfica por cromatografia líquida de alta performance
foram realizados para caracterizar o extrato etanólico do Leonurus sibiricus (EELS).
In vitro, foram realizados os ensaios de capacidade antioxidante por eliminação de
radicais 2,2-difenil-1-picril-hidrazila (DPPH), 2,2'-azinobis (ácido 3-etilbenztiazolino-6-
sulfônico (ABTS) e óxido nítrico (NO), inibição da peroxidação lipídica e o ensaio de
potencial reducional de ferro (FRAP). In vivo, foi avaliada a atividade antinociceptiva,
pelo teste de formalina na pata e placa quente, e anti-inflamatória, pelo teste de edema
de orelha induzido por 12-O-tetradecanoilforbol-acetato (TPA). Os resultados foram
expressos como média ± SEM e analisados por análise de variância seguido pelo
teste de Tukey; p<0,05 foi considerado significativo. Os conteúdos de fenóis totais e
flavonoides no extrato foram de 60,1 ± 0,1 mg de equivalentes de ácido gálico/g de
extrato e 15,4 ± 0,1 mg de equivalentes de catequinas/g de extrato, respectivamente.
No perfil cromatográfico do EELs foram identificados o ácido clorogênico, o ácido
cafeico, o ácido ferúlico, o ácido p-cumárico e a quercetina. Observou-se diminuição
do radical DPPH (IC50= 267,6 μg/mL), ABTS (IC50= 7894,3 μg/mL) e NO (IC50= 266,6
μg/mL), bem como o aumento no potencial de redução pelo ensaio de FRAP. Além de
redução da peroxidação lipídica espontânea (IC50= 652,4 μg/mL) ou induzida por
FeSO4 (IC50= 1553,3 μg/mL) in vitro. No teste de formalina na pata, a administração
do EELs (400 mg/kg) reduziu (p<0,05) o tempo de lambida/mordida na segunda fase
do teste em comparação com o grupo veículo, bem como o tratamento com morfina e
aspirina (p<0,05 cada). Entretanto, somente a morfina diminuiu (p<0,05) este
parâmetro na primeira fase do teste. No teste da placa quente, a administração do
EELs (100, 200 ou 400 mg/kg) não aumentou o tempo de latência dos camundongos
na placa quente. No teste do campo aberto, a administração de EELs aos animais não
alterou a distância percorrida em comparação ao controle, mas o diazepam diminui
esta distância significativamente. No edema induzido por TPA, observou-se que a
administração tópica do EELs, concomitante ao TPA, reduziu a espessura (p<0,05), a
atividade de MPO (p<0,05), a produção de TNF-α e IL-1β (p<0,05) e a peroxidação
lipídica (p<0,05) na orelha, bem com aumentou o FRAP neste tecido (p<0,05).
Conjuntamente, estes resultados mostram que o EELs apresenta propriedades antiinflamatória,
antinociceptiva e antioxidante, embasando o uso popular para o
tratamento de condições inflamatórias.
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