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Um conceito plural: a ἄτη na tragédia gregaRodrigues, Marco Aurélio [UNESP] 31 July 2015 (has links) (PDF)
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000851849.pdf: 1343700 bytes, checksum: f920526248474b829705a5d8a8a6cda4 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Na primeira metade do século XX, E. R. Dodds não apenas estimulou novas perspectivas com o livro The Greeks and the irrational (1953), como tornou-se referência aos futuros estudiosos ao discutir o conceito de ἄτη na Ilíada. Extremamente complexo, o vocábulo ἄτη designa, em primeira instância, um estágio de cegueira do pensamento humano e, mais tarde, a própria desgraça consumada. Suzanne Saïd (1978), acrescenta que, posteriormente, na tragédia clássica, o conceito passaria a fazer referência a toda sorte de infortúnios. Foi R. Doyle (1984) quem fez a análise do conceito em todas as tragédias clássicas, apenas tentando estabelecer seus diferentes sentidos. Dessa forma, a presente tese tem por objetivo defender que o conceito de ἄτη, ao longo da tragédia clássica grega, no século V a.C., passa por mudanças, assumindo diferentes acepções de acordo com o contexto apresentado, podendo, inclusive, ter perdido seu sentido original, aquele que a épica e toda a literatura anterior registravam. Para além disso, ao estar unido a outros termos, o conceito de ἄτη ganha novos contornos e significados diferentes, o que impede que sua tradução seja fixada em um único campo semântico. Daí a proposta, também, de pontuar que sua tradução respeite o uso adequado feito em cada uma das tragédias por seus autores. Para tanto, a tese perpassa todas as tragédias clássicas de Ésquilo Sófocles e Eurípides em que o vocábulo está presente (vinte e oito), nas quais o termo indica mudança ou acréscimo de valor semântico, fato este que será fundamentado na análise da transformação de pensamento do homem grego que, ao longo do século V, passou por mudanças extremas, desde a fundação da democracia e a vitória contra os persas, até o fim da Guerra do Peloponeso, com a queda do poderio ateniense e o desenvolvimento do pensamento racional / In the first half of the twentieth century, E. R. Dodds not only stimulated new perspectives through the book The Greeks and the irrational (1953), but also has become the benchmark for future scholars to discuss the concept of ἄτη in the Iliad. Extremely complex, the word ἄτη means in the first instance a blinding stage of human thought and, later, the very accomplished disgrace. Suzanne Saïd (1978) adds that later in classical tragedy, the concept would refer to all sorts of misfortunes. It was R. Doyle (1984) who analyzed the concept in all classical tragedies, just trying to establish its different meanings. Thus, this thesis aims to defend that the concept of ἄτη, along the classical Greek tragedy in the fifth century BC, undergoes changes, assuming different meanings according to the context presented, and may even have lost its original meaning, that the epic and all previous literature recorded. In addition, being united with other terms, the concept of ἄτη achieves new contours and different meanings, which prevents its translation to be fixed at a single semantic field. Hence the proposal, also, to point out that the translation respects the proper use made in each of the tragedies by their authors. Therefore, the argument permeates all the classic tragedies of Aeschylus, Sophocles and Euripides in which the word is present (twenty-eight), in which the term indicates change or addition of semantic value, a fact that will be based on the analysis of the transformation of thought of the Greek man, along the fifth century, underwent extreme changes from the foundation of democracy and the victory against the Persians, until the end of the Peloponnesian War, the fall of the Athenian power and the development of rational thought
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Interdiscursividade em Ovídio: recorrências expressivas entre Amores II, 4; Pônticas III, 8 E Tristes I, 11Benites, Vinicius Marcus [UNESP] 30 May 2015 (has links) (PDF)
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000851844.pdf: 1698016 bytes, checksum: 334e0d02b1077c807dd71f35fe60e4c9 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Résumé: La critique la plus traditionnelle, sur la base du biographisme, avait la tendance à voir les poèmes du exil inférieurs aux poèmes de la phase amoureuse d'Ovide. La raison en était la crédulité aux vers déterministes du énonciateur ovidien, présentes dans le recueil des Tristes. Selon cet énonciateur, les conditions défavorables du banissement seraient responsables pour une rédaction moins élaborée en esthétique que celle des vers des oeuvres précédentes. Mais la comparaison entre les élégies de cette phase e les autres de la phase dite amoureuse montre un même style, qui semble imprégner toute sa production élégiaque . Ce style de composition, fondé sur l'utilisation libre de l'expressivité artistique, était également responsable du fait que le poète latin a été marqué, par divers chercheurs, comme rhétorique et exagéré . Cependant, les analyses des textes qu'ont été faites au cours du travail de recherche indiquent que l'utilisation de figures de style dans la composition des vers suggère des nouvelles possibilités de significations textuelles. Ainsi, il y a une espèce d'approbation entre les deux plans du langage, le plan de l'expression et le plan du contenu, qui permet voir que les relations phonologiques dans le texte sont aussi des relations sémantiques. On s'interroge, alors, sur la pertinence des études qu'ont le biographisme comme une méthode d'analyse, car il détermine trop et délimite généralement les études sur Ovide. Par contre, il faut proposer des analyses qui mettent en scène une attention spéciale aux relations interdiscursives - entre les poèmes d'Ovide -, c'est à dire, celles qui privilégient la vérification et l'interprétation des figures de style qui traversent les élégies des différentes phases d'écrite du poète e qui peuvent apporter, comme conséquence, des nouvelles lectures / A crítica mais tradicional ao poeta latino Ovídio, tendo como base o biografismo, tendeu a ver, nos poemas do exílio, obras inferiores àquelas das outras fases de sua produção poética. O motivo para isso foi a credulidade nas afirmações deterministas do próprio enunciador ovidiano, presentes nas elegias do desterro, de que as condições adversas de escrita seriam responsáveis por textos com menos qualidade estética que os anteriores. No entanto, comparando-se elegias dessa fase com as de sua fase erótico-amorosa, percebe-se um mesmo estilo, perene, que perpassa toda sua produção elegíaca. Esse estilo de composição, fundado na utilização mais livre de recursos expressivos, também foi responsável pelo fato de o poeta latino ter sido tachado, por parte de seus estudiosos, como retórico e exagerado. Contudo, as análises feitas aos textos indicam que a utilização de figuras de linguagem na composição dos versos sugere novas possibilidades de sentidos textuais. Assim, há homologação entre os planos da expressão e do conteúdo, em que relações fonológicas, no texto, também constituem relações semânticas. Deste modo, questiona-se o biografismo como método de análise, pelo que ele condiciona e delimita os estudos a respeito de Ovídio. Propõem-se, em contrapartida, análises que levem em conta, de forma predominante, relações interdiscursivas, ou seja, aquelas que, privilegiando a verificação e interpretação dos recursos expressivos, possam trazer novas leituras
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Modos de expressão do discurso didático n'Os trabalhos e os dias' de HesíodoVieira, Daniele Talita Florido [UNESP] 02 May 2011 (has links) (PDF)
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vieira_dtf_me_arafcl.pdf: 418751 bytes, checksum: 9c82a47b9a270e92cc601806a987324b (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Esta dissertação de Mestrado intitulada “Modos de expressão do discurso didático n’Os trabalhos e os Dias de Hesíodo” propõe a análise da estrutura textual do poema hesiódico, de modo a descrever os recursos textuais usados pelo poeta para compor um texto de natureza exortativa e didática. Com a finalidade de ensinar seu irmão Perses a viver honestamente, por meio dos frutos do próprio trabalho, Hesíodo escreve seu poema, discorrendo a respeito da justiça de Zeus e da dimensão religiosa do trabalho. Para isso, o poeta apropria-se de uma série de expedientes linguísticos que validam a classificação de seu poema como um discurso didático. Entre eles: o uso das narrativas míticas, que possuem um caráter norteador; os versos que acionam a função conativa da linguagem, nos termos em que Jakobson a definiu (1973, p. 125), versos que são dirigidos para uma segunda pessoa; o uso de formas verbais apropriadas ao aconselhamento (como imperativos e infinitivos); a frequente apresentação de máximas que condensam um ensinamento, muitas delas construídas com aoristos gnômicos; uma tipologia dos sujeitos com as passagens que caracterizam o sujeito-didata, Hesíodo, e as que caracterizam os sujeitosaprendizes, Perses e os reis de Ascra e assim por diante. A busca e a descrição desses expedientes é, precisamente, o que nos compete nesta pesquisa / This Master’s Degree dissertation entitled “Manners of expression of the didactical speech in Work and Days of Hesiod” proposes the analysis of the textual structure in the hesiodic poem, so as to describe the textual resources used by the poet to compose a text of exhorting and didactic nature. With the aim of teaching his brother Perses to live honestly, by his own work, Hesiod writes his poem, discoursing upon the justice of Zeus and of the religious dimension of work. For this, the poet has appropriated a series of linguistics expedients that validate the classification of his poem as a didactical speech. Among them: the use of mythical narratives that have a guiding character; the verses that put in action the conative function of the language, in the terms that Jakobson defined (1973, p. 125), verses that are directed to a second person; the use of appropriated verbal forms for advising (as imperative and infinitive); the frequent presentation of maxims that condense a teaching, many of them constructed with gnomic aorists; a typology of the subjects with the passages that characterize the didactical-subject, Hesiod, and the ones that characterize the apprentice-subject, Perses and the kings of Ascra and so forth. We are precisely entitled to do the search and the description of these expedients in this research
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