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A invenção de uma tradição: caminhos da autobiografia no cinema experimental / -Andrade, Patrícia Mourão de 13 April 2016 (has links)
No final da década de 1960 e início da seguinte, dentro do contexto que se convencionou chamar de cinema experimental ou de vanguarda norte-americano, um número sem precendetes de cineastas dedicou-se à elaboração de filmes-diário ou autobiografias filmadas. Esse movimento é acompanhado, no caso de alguns dos realizadores, por um interesse por outras formas (literárias ou pictóricas) de autorre- presentação e escrita de vida e por um esforço reflexivo sobre as possibilidades, usos e potências dessas formas no cinema. Partindo do entendimento que a autobiografia transforma-se em um campo de interesses para cineastas, críticos e público apenas a partir deste momento, esta tese pretende abordar como ela é formulada e inventada por cineastas como uma forma possível para o cinema. A partir da análise de textos e filmes de três cineastas centrais para essa elaboração, notadamente Stan Brakhage, Jonas Mekas e Hollis Frampton, demonstramos o papel do gênero na transformação de um panorama artístico e criativo. De um lado, como se verá, a autobiografia afirma-se e inventa-se como uma tentativa de dialogar e responder a uma história artística que incluí o próprio cineasta, de outro, ela propõe-se como um lugar de singularização e transformação dessa história. / On the threshold of the seventies, the autobiographical genre emerged as one of the main tendencies of the north-american avant-garde film. This event was followed by a growing interest in other forms of self representation and life narratives in painting and literature and by an intellectual effort to reflect on the uses, qualities, possibilities and predecessors of the new form in film. Understanding that autobiography becomes a field of interest for filmmakers, critics and public alike only at this moment in time, this dissertation intends to broach how autobiography is fashioned by filmmakers into a form viable for cinema. Relying on a vast documentation of writings by Jonas Mekas, Stan Brakhage and Hollis Frampton, three filmmakers whom we consider to be central to the understanding of the genre as such, and on close readings of their autobiographical films we demonstrate the role played by the genre in the transformation of a creative and artistic environment. As will be seen, the emergence of the genre responds to a historical and aesthetic transformation in experimental films and offers itself as a peronal narrative for this changing history.
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A invenção de uma tradição: caminhos da autobiografia no cinema experimental / -Patrícia Mourão de Andrade 13 April 2016 (has links)
No final da década de 1960 e início da seguinte, dentro do contexto que se convencionou chamar de cinema experimental ou de vanguarda norte-americano, um número sem precendetes de cineastas dedicou-se à elaboração de filmes-diário ou autobiografias filmadas. Esse movimento é acompanhado, no caso de alguns dos realizadores, por um interesse por outras formas (literárias ou pictóricas) de autorre- presentação e escrita de vida e por um esforço reflexivo sobre as possibilidades, usos e potências dessas formas no cinema. Partindo do entendimento que a autobiografia transforma-se em um campo de interesses para cineastas, críticos e público apenas a partir deste momento, esta tese pretende abordar como ela é formulada e inventada por cineastas como uma forma possível para o cinema. A partir da análise de textos e filmes de três cineastas centrais para essa elaboração, notadamente Stan Brakhage, Jonas Mekas e Hollis Frampton, demonstramos o papel do gênero na transformação de um panorama artístico e criativo. De um lado, como se verá, a autobiografia afirma-se e inventa-se como uma tentativa de dialogar e responder a uma história artística que incluí o próprio cineasta, de outro, ela propõe-se como um lugar de singularização e transformação dessa história. / On the threshold of the seventies, the autobiographical genre emerged as one of the main tendencies of the north-american avant-garde film. This event was followed by a growing interest in other forms of self representation and life narratives in painting and literature and by an intellectual effort to reflect on the uses, qualities, possibilities and predecessors of the new form in film. Understanding that autobiography becomes a field of interest for filmmakers, critics and public alike only at this moment in time, this dissertation intends to broach how autobiography is fashioned by filmmakers into a form viable for cinema. Relying on a vast documentation of writings by Jonas Mekas, Stan Brakhage and Hollis Frampton, three filmmakers whom we consider to be central to the understanding of the genre as such, and on close readings of their autobiographical films we demonstrate the role played by the genre in the transformation of a creative and artistic environment. As will be seen, the emergence of the genre responds to a historical and aesthetic transformation in experimental films and offers itself as a peronal narrative for this changing history.
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Narrar o vivido, viver o narrado : a constru??o do di?rio na obra de Jonas MekasValles, Rafael Rosinato 19 March 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-03-19 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / This thesis carries out a study of the diary in the work of Jonas Mekas, throughout three formats: the written diary, the diary-film and the video diary. The aim is to analyze how Mekas?s work contributes to an understanding of the diary as a narrative form, and how the author constructs his process of self-representation by means of the diaries. This work seeks to establish a definition for the diary, by means of theoretical references related to the spheres of literature (Braud, 2006; Simonet-Tenant, 2004; Girard, 1986; Lejeune, 2015; Blanchot, 2005) and of audiovisual work (James, 2013; Renov, 1996). As object of study, we analyze the book I had nowhere to go (1991), the diary-films Lost Lost Lost (1976), Walden ? Diaries, Sketches & Notes (1969), Reminiscences of a Journey to Lithuania (1972), and video diaries from the 365 Day Project (2007). This thesis takes weavings (Daney, 2007; Benjamin, 1994) and rends (Daney, 2007; Didi-Huberman, 2014, 2015) as its methodology, grounding itself on the way in which Mekas elaborates his narrative choices and his historical condition. We conclude that Mekas?s work points to an understanding of the diary not solely as literary genre, but as a narrative that affirms itself in a plurality of forms, following the shifts done by the author in his relation to time, space, and the use of different technical devices. We also conclude that Mekas, in his diaries, builds an intrinsic relation between narrating the lived and living the narrated, which reveals how the diaries not only document a certain socio-historical context, but are also themselves part of that context and of the subjectivity built by their author. / Esta tese realiza um estudo sobre o di?rio, que aparece na obra do cineasta Jonas Mekas em tr?s formatos: o di?rio escrito, o filme-di?rio e o v?deo-di?rio. O objetivo ? analisar como essa obra contribui para um entendimento sobre o di?rio enquanto forma narrativa e como o autor constr?i o seu processo de autorrepresenta??o por meio dos di?rios. Este trabalho procura construir uma defini??o de di?rio, a partir de referenciais te?ricos relacionados ao ?mbito liter?rio (Braud, 2006; Simonet-Tenant, 2004; Girard, 1986; Lejeune, 2015; Blanchot, 2005) e audiovisual (James, 2013; Renov, 1996). Como objetos de estudo, s?o analisados o livro I had nowhere to go (1991), os filmes-di?rio Lost Lost Lost (1976), Walden ? Diaries, Sketches & Notes (1969), Reminisc?ncias de uma viagem para a Litu?nia (1972) e os v?deos-di?rio pertencentes a 365 Day Project (2007). Esta tese assume como metodologia os conceitos de teceduras (Daney, 2007; Benjamin, 1994) e rasgaduras (Daney, 2007; Didi-Huberman, 2014, 2015), a partir da forma como Mekas realiza as suas escolhas narrativas e apresenta a sua condi??o hist?rica. Este trabalho conclui que a obra em pauta aporta um entendimento sobre o di?rio n?o somente como um g?nero liter?rio, mas como uma narrativa que se afirma na sua pluralidade de formas, de acordo com os deslocamentos que o autor efetua na sua rela??o com o tempo, com o espa?o e com o uso de diferentes dispositivos t?cnicos. Tamb?m conclui que Mekas constr?i, nos seus di?rios, uma rela??o intr?nseca entre narrar o vivido e viver o narrado, o que revela como os registros documentam um determinado contexto s?cio-hist?rico e, ainda, como esses registros fazem parte do pr?prio contexto e da subjetividade constru?da pelo seu autor.
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