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Rv3852, uma nova proteína Histone-Like de Mycobacterium tuberculosisWerlang, Isabel Cristina Ribas January 2009 (has links)
A tuberculose permanece sendo a principal causa de morte no mundo devido a um único agente infeccioso, Mycobacterium tuberculosis. O surgimento de cepas multi- e extensivamente-resistentes tem aumentado a perspectiva de uma futura epidemia de casos de tuberculose sem tratamento. Faz-se cada vez mais urgente a necessidade do desenvolvimento de novas drogas e vacinas, tanto para encurtar o prazo de tratamento, como para combater as cepas resistentes e o processo de latência que é estabelecido pelo bacilo. Os mecanismos moleculares pelos quais esta micobactéria estabelece infecção e latência ainda precisam ser esclarecidos. O estudo de proteínas associadas ao nucleóide tem sido um tema bastante promissor para o entendimento de mecanismos de invasão e persistência em vários microorganismos patogênicos, podendo auxiliar, também, no esclarecimento do metabolismo do bacilo para estas atividades. Neste estudo, descrevemos a caracterização inicial de uma fase de leitura identificada para uma proteína H-NS putativa de M. tuberculosis. A H-NS é uma das proteínas associadas ao nucleóide mais bem caracterizadas. O gene foi clonado, expresso, e seu produto foi, então, purificado até sua homogeneidade. Ensaios de ligação a DNA qualitativo, utilizando o EMSA, e quantitativo, por meio de ressonância plasmônica de superfície, foram realizados para a comprovação de sua atividade, tendo sido proposto um mecanismo de ligação ao DNA. Além disso, estudos de complementação realizados com a utilização de uma cepa de Escherichia coli mutante para hns sugerem que esta proteína pertence a uma nova classe de proteínas associadas ao nucleóide presentes em Mycobacterium. / Tuberculosis remains the major cause of mortality due to a bacterial pathogen, Mycobacterium tuberculosis. The emergence of multidrug- and extensively drug-resistant strains have raised the bleak prospect of a future epidemic of virtually untreatable TB. More effective antimycobacterial agents, besides new vaccines or vaccination strategies, are thus needed to improve the treatment of resistant strains, to shorten the treatment course, and to provide more effective treatment of latent infection. The molecular mechanisms by which the bacillus establishes infection and persistence have not been completely elucidated. Studies involving nucleoid-associated proteins, which have been related to the control and influence of virulence genes in pathogenic bacteria, can help unveil the virulence process of M. tuberculosis. In this study, we describe the initial characterization of an open reading frame for the M. tuberculosis putative H-NS. This protein is one of the most studied members of the nucleoid-associated proteins family. The gene was cloned, expressed and its product purified to homogeneity. A qualitative protein-DNA binding assay was carried out by gel-retardation and the protein affinity for specific DNA sequences was assessed quantitatively by surface plasmon resonance. A protein-DNA binding mechanism is proposed. In addition, functional complementation studies of an E. coli hns mutant reinforce the likelihood that Rv3852 protein represents a novel nucleoid-associated protein in M. tuberculosis.
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A enzima 2-trans-enoil-ACP (COA) redutase de Mycobacterium tuberculosis : inibição por um novo composto e estudos espectroscópicos do seu mecanismo de resistência à hidrazida do ácido isonicotínicoOliveira, Jaim Simoes de January 2009 (has links)
Tuberculosis (TB) is a neglected disease, which continue to be major cause of morbidity and mortality worldwide, killing together around 5 million people each year. Mycolic acids, the hallmark of mycobacteria, are high-molecular-weight α-alkyl, β-hydroxy fatty acids. Biochemical and genetic experimental data have shown that the product of the M. tuberculosis inhA structural gene (InhA) is the primary target of isoniazid mode of action, the most prescribed anti-tubercular agent. InhA was identified as an NADH-dependent enoyl-ACP(CoA) reductase specific for long-chain enoyl thioesters and is a member of the Type II fatty acid biosynthesis system, which elongates acyl fatty acid precursors of mycolic acids. M. tuberculosis is a target for the development of anti-tubercular agents. Here we present a brief description of the mechanism of action of, and resistance to, isoniazid. In addition, data on inhibition of mycobacterial enoyl reductase by triclosan are presented. We also describe recent efforts to develop inhibitors of M. tuberculosis enoyl reductase enzyme activity.
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Identificação de potenciais substratos de PTPA, tirosina-fosfatase de Mycobacterium tuberculosisPurificação, Marcela 16 July 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-graduação em Biotecnologia / Made available in DSpace on 2013-07-16T03:34:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
249429.pdf: 3363259 bytes, checksum: 38f8dd99b759ea476f6268236b2e2462 (MD5) / Proteínas tirosina-fosfatases (PTPs) de diversos microrganismos possuem importantes papéis na determinação da patogenicidade por modificação do equilíbrio entre fosforilação/defosforilação dentro do hospedeiro. Deste modo, a identificação de substratos das PTPs torna-se um passo essencial para compreensão de seus papéis fisiológicos, e também contribuem para o desenvolvimento de novos fármacos. Neste trabalho, a metodologia de 'mutant substrate-trapping' foi utilizada como ferramenta para identificação de potenciais substratos fisiológicos de PtpA, uma das duas únicas tirosina-fosfatases presentes em Mycobacterium tuberculosis. A mutação do Asp126 no sítio ativo de PtpA converteu uma enzima ativa em um 'mutant substrate-trapping': PtpA-D126A. Ambas as enzimas, ativa/não mutada ('wild-type' - wt) e mutante D126A, foram purificadas e caracterizadas por estudos cinéticos e estruturais. O mutante D126A mostrou ser uma boa ferramenta para 'mutant substrate-trapping', apresentando valor de Km semelhante à proteína ativa, todavia com Vmax reduzido, mantendo os possíveis substratos mais tempo unidos ao seu sítio ativo. Para identificar prováveis substratos de PtpA, ensaios in vitro foram realizados, por incubação de PtpA-D126A com diferentes extratos de macrófagos humanos da linhagem THP-1. Os experimentos foram realizados na escala de Ressonância Plasmônica de Superfície e posteriormente passados a miligramas de proteína. Os complexos PTP-substrato foram isolados por imobilização covalente da PtpA-D126A à resina de agarose e analisados por SDS-PAGE. A identificação por espectrometria de massa dessas proteínas, bem como das proteínas de E. coli co-eluídas com PtpA-D126A durante cromatografias de afinidade e exclusão molecular, revelou alguns possíveis substratos de PtpA. Outros ensaios estão programados para confirmação dos resultados e identificação de substratos fisiológicos da proteína tirosina-fosfatase PtpA de M. tuberculosis.
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A revacinação com a BCG modula a produção de citocinas frente a antígenos do Mycobacterium leprae, em contatos menores de 15 anos de pacientes com hanseníase / Revaccination with BCG modulates cytokine production against antigens of Mycobacterium leprae in contacts under 15 years of leprosy patientsFerreira, Emerson Ramalho January 2010 (has links)
FERREIRA, Emerson Ramalho. A revacinação com a BCG modula a produção de citocinas frente a antígenos do Mycobacterium leprae, em contatos menores de 15 anos de pacientes com hanseníase. 2010. 104 f. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Médica) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2010. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-04-29T13:37:28Z
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Previous issue date: 2010 / Studies in different populations have shown that vaccination with BCG provides partial protection against leprosy. However, need of boost BCG vaccination and your impact in response immune against antigens of Mycobacterium leprae is poorly understood, mainly in children who are contacts of these patients with leprosy, and constitute population of risk for illness. This study, we investigated the paper a second dose of BCG given to contacts of leprosy patients under the age of fifteen years in modulate the response imune. Blood samples of twenty five children, who received a first dose of BCG at birth, were collected immediately before and two months after BCG revaccination. Your peripheral blood mononuclear cells (PBMC) stimulated by proteins and peptides of M. leprae, were measured IFN-γ and IL-10 by an ELISA assay. Before revaccination the serum anti-PGL1 IgG and IgM isotypes were measured by ELISA assays performed with native PGL1- coated microplates, and PPD-skin reaction was measured 2 to 3 months after revaccination. The study was approved by the local Ethic Committee, number 006-08, May 7th, 2008. BCG revaccination can induces IFN-gamma and/or IL-10 production related to antigen and age, but did not correlated with PPD-skin reaction or anti-PGL1 levels. The PBMC’s production of IFN-gamma against MLT (total M. leprae antigen) after BCG was higher on children under 4 years old (N= 8, 4203,0 ± 539,2 pg/mL before BCG x 9141,0 ± 860,9 pg/mL after BCG, p=0,015, Mann-Whitney’s test). Children between 5 and 9 years old showed an increase either of IFN-gama levels (N=11, 4912 ± 1065 pg/mL x 9249,0 ± 1171 pg/mL, p=0,024, Mann-Whitney’s test) or IL-10 levels (N=11, 210,6 ± 39,4 pg/mL x 680,3 ± 76,74 pg/mL, p=0, 0,001, Mann-Whitney’s test). However children between 10 and 15 years old failed to increase the cytokines levels after BCG booster. Contacts of multibacillary patients produced higher IFN-gamma levels (N= 13, 4536,0 ± 543,1 pg/mL x 9263,0 ± 989,0 pg/mL, p=0,0012, Mann-Whitney’s test) and IL-10 levels (N= 13, 235,9 ± 46,5 pg/mL x 743,5 ± 87,8, p=0,0012, Mann-Whitney’s test) against MLT after BCG, but only IFN-gamma levels (N=12, 4975,0 ± 995,8 pg/mL x 8126,0 ± 788,6, p=0,0342, Mann-Whitney’s test) increased after BCG on contacts of paucibacillary patients. The production of IFN-gamma and IL-10 against two synthetic peptides (p38 and p67), before and after BCG vaccine, were similar as seen with MLT antigen, but the absence of cytokine production against p69 help to identify this peptide as a effective diagnostic marker. / Estudos em diferentes populações têm mostrado que a vacinação com a BCG concede proteção parcial contra a hanseníase. Entretanto, a necessidade da revacinação e seu impacto na resposta imune contra antígenos do Mycobacterium leprae é pouco compreendida, principalmente nas crianças que são contatos destes pacientes com hanseníase, e constituem uma população de risco para o adoecimento. Neste estudo, investigamos o papel da revacinação com a BCG na modulação da resposta imune em contatos menores de quinze anos de pacientes com hanseníase. Amostras de sangue periférico de vinte e cinco crianças, vacinadas com a BCG ao nascer, foram coletas antes e dois meses após a revacinação com a BCG. Suas células mononucleares (PBMC) foram estimuladas com proteínas e peptídeos do M. leprae, dosando-se as quantidades de IFN-γ e IL-10 por ELISA. Anteriormente a revacinação, foram coletas amostras para dosagem de IgM e IgG anti-PGL-1 e realizado o teste tuberculínico (PPD) para avaliação da eficácia vacinal após a revacinação. Identificamos o potencial papel da BCG em estimular a produção de IFN-γ e/ou IL-10 dependendo do antígeno e da idade do contato, sem relação com o PPD e sorologia anti-PGL-1. Estes resultados sugerem que a BCG modula a resposta imune dos contatos frente aos antígenos do M. leprae, com o frequente aumento nos níveis de IFN-γ, frente ao MLT, nas crianças com idade entre 1 a 4 anos (4.203 + 539,2 pg/mL pré-BCG x 9.141 + 860,9 pg/mL pós-BCG, p=0,001). Já os contatos entre 5 a 9 anos mostram aumento na produção de IL-10 (210 +39,4 pg/mL pré-BCG x 680 + 76,74 pg/mL pós-BCG, p=0,001) e IFN-γ (4.912 + 1.065 pg/mL x 9.249 + 1.171 pg/mL, p=0,024). Estes achados são acompanhados com o aumento dos casos de hanseníase em crianças entre 5 a 9 anos na comunidade. Entretanto, nos contatos entre 10 a 15 anos a revacinação falha em induzir o aumento de IFN-γ e IL-10. Os contatos de MB produziram, simultaneamente, altos níveis de IFN-γ e IL-10 em resposta ao MLT, enquanto que os contatos de PB somente produziram altos níveis de IFN-γ após a revacinação. A produção de IFN-γ e IL-10 frente aos peptídeos sintéticos p38 e p69 indica que estes antígenos podem ser possíveis marcadores de infecção. Assim, a BCG pode ser protetora, sendo eficiente em induzir o aumento da resposta por IFN-γ nestes contatos, frente aos antígenos do M. leprae.
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Ação antimicrobiana de óleos essenciais sobre a cepa padrão H37RV de Mycobacterium tuberculosis / Antimicrobial action of essential oils against standard strain H37RV of Mycobacterium tuberculosisDantas, João Carlos Pinheiro January 2014 (has links)
DANTAS, João Carlos Pinheiro. Ação antimicrobiana de óleos essenciais sobre a cepa padrão H37RV de Mycobacterium tuberculosis. 2014. 94 f. Dissertação (mestrado em Patologia) - Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2014. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-08-22T16:03:01Z
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Previous issue date: 2014 / The infectious agent is the Mycobacterium tuberculosis, one mycobacteria with high capacity to acquire resistance to agents used in the treatment. The development of new drugs or treatments with antimicrobial activity is necessary for reducing the prevalence of the disease. Plants through secondary metabolic pathways produce various compounds, being already observed biological activity against mycobacteria in some classes of terpenoids. This study evaluated the antimicrobial activity of essential oils from Lippia alba, Lippia sidoides, Cymbopogon citratus, Plectranthus amboinicus and Cinnamomun zeylanicum against standard strain (H37Rv) of M. tuberculosis. The technique used was in 96-well microdilution (Resazurin Microtiter Assay - REMA) card, which uses the rezasurina, redox indicator for the evaluation of the bacterial growth. The yield of extraction of oils from L. alba, L. sidoides, C. citratus, P. amboinicus and C. zeylanicum was 0.49%, 0.68%, 0.30%, 0.009% and 0.13%, respectively. Citral was found as the major constituent of oil of L. alba (70.6%) and C. citratus (80.7%). The oil of L. sidoides has as the main constituent the caryophyllene (30.2%). The thymol (64.3%) was found in a higher percentage of oil concentration in P. amboinicus. In the oil of C. zeylanicum the trans-cinnamaldehyde (86.0%) was found as the main constituent. The essential oil of L. alba do not showed antimicrobial activity. The oil of L. sidoides, C. citratus, P. amboinicus and C. zeylanicum showed MIC of 299.5±117.2mg/ml, 1.250μg/ml, 351.6±55.2mg/ml and 286.5±130.2g/ml, respectively. The oil that showed higher antimicrobial activity was the of L. sidoides, with power of 5.4 x 10-4. The results show that essential oils of L. sidoides, C. citratus, P. amboinicus and C. zeylanicum contains substances with properties of inhibiting the growth of the standard strain H37Rv of M. tuberculosis. Essential oils are promising alternatives in the discovery of new therapeutic agents. / A doença tuberculose é altamente infecciosa e estima-se que um terço da população mundial esteja infectada. Em 2012, foi estimado que 8,6 milhões de pessoas no mundo tiveram a doença, representando umas das doenças infecciosas que mais matam no mundo. O agente causador da infecção é o Mycobacterium tuberculosis, uma micobactéria com alta capacidade de adquirir resistência aos fármacos usados no tratamento. O desenvolvimento de novas drogas ou opções terapêuticas com atividade antimicobacteriana se faz necessário para a redução da prevalência da doença. As plantas através de vias metabólicas secundárias produzem diversos compostos, sendo já verificada atividade biológica contra micobactérias em algumas classes de terpenóides. Este estudo avaliou a atividade antimicobacteriana de óleos essenciais de Lippia alba, Lippia sidoides, Cymbopogon citratus, Plectranthus amboinicus e Cinnamomun zeylanicum contra a cepa padrão (H37Rv) de M. tuberculosis. A técnica utilizada foi de microdiluição em placa de 96 poços (Resazurin Microtiter Assay - REMA), onde se utiliza a rezasurina, indicador de oxirredução, para a avaliação do crescimento bacteriano. O rendimento da extração dos óleos de L. alba, L. sidoides, C. citratus, P. amboinicus e C. zeylanicum foi de 0,49%, 0,68%, 0,30%, 0,009% e 0,13%, respectivamente. O citral foi encontrado como o principal constituinte dos óleos de L. alba (70,6%) e C. citratus (80,7%). O óleo de L. sidoides teve como principal constituinte o cariofileno (30,2%). O timol (64,3%) foi encontrado em maior percentual de concentração no óleo do P. amboinicus. No óleo de C. zeylanicum foi encontrado o trans-cinamaldeído (86,0%) como principal constituinte. O óleo essencial de L. alba não apresentou atividade antimicobacteriana. Os óleos de L. sidoides, C. citratus, P. amboinicus e C. zeylanicum apresentaram CIM de 299,5±117,2µg/ml, 1.250µg/ml, 351,6±55,2µg/ml e 286,5±130,2µg/ml, respectivamente. O óleo que apresentou maior atividade antimicobacteriana foi o de L. sidoides, com potência de 5,4 x 10-4. Os resultados mostram que os óleos essenciais de L. sidoides, C. citratus, P. amboinicus e C. zeylanicum, contém substâncias com propriedades de inibição do crescimento da cepa padrão H37Rv de M. tuberculosis. Os óleos essenciais são alternativas promissoras na descoberta de novos agentes terapêuticos.
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AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA CLARITROMICINA E DA AMICACINA NO TRATAMENTO DA INFECÇÃO EXPERIMENTAL DE CAMUNDONGOS BALB/c PELO Mycobacterium massiliense.COLOMBO, D. C. 21 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-21 / Infecções nosocomiais causadas por micobactérias de crescimento rápido (MCR) têm aumentado significativamente nos últimos anos em países desenvolvidos e em desenvolvimento. No Brasil, a ocorrência de surtos de infecções por MCR foi descrita durante a última década e envolveu, na grande maioria dos casos, uma mesma cepa de M. massiliense, denominada BRA100. Essa micobactéria, assim como as demais espécies do grupo MCR, apresenta resistência a um amplo espectro de antimicrobianos, o que limita as opções terapêuticas de tratamento dos pacientes enfermos. Em razão da inexistência de ensaios clínicos que estabeleçam regimes ou esquemas terapêuticos apropriados, as diretrizes atuais para o tratamento das infecções causadas por esses microrganismos são baseadas nas atividades in vitro dos antimicrobianos e em relatos de experiências clínicas de casos. Entretanto, existem variações na correlação entre os resultados dos testes de susceptibilidade in vitro e a resposta clínica terapêutica observada, o que gera uma polêmica acerca do seu uso para fundamentar a terapia medicamentosa das infecções por MCR. Nesse contexto, realizamos este estudo para avaliar a atividade da claritromicina e da amicacina contra Mycobacterium massiliense em camundongos BALB/c infectados. A determinação das concentrações inibitórias mínimas (CIM) da claritromicina e da amicacina para o isolado de M. massiliense, obtido de um surto hospitalar ocorrido em 2007, foi realizada pelo método de microdiluição em caldo Müeller-Hinton. Para os testes in vivo, camundongos BALB/c foram infectados, via intravenosa, com aproximadamente 1-2 x 107 UFC/mL de M. massiliense. O tratamento com amicacina ou com lactobionato de claritromicina teve início um dia após a infecção. Os animais receberam diariamente, via subcutânea, 0,1 mL de lactobionato de claritromicina (50mg/kg/12h), ou 0,1 mL de amicacina (100mg/Kg/dia), durante 14 dias, e foram sacrificados 24h-48h após a administração da última dose. Baço e fígado foram removidos para determinação do peso e contagem do N° de UFC (log10) por órgão. Os nossos resultados demonstraram atividade in vitro da claritromicina e da amicacina contra o isolado de M. massiliense. O tratamento de camundongos BALB/c com claritromicina impediu a evolução da hepatoesplenomegalia, bem como a formação de lesões granulomatosas durante os 15 dias de infecção com M. massiliense. Apesar disso, a claritromicina e mesmo a amicacina não foram eficientes na redução da população bacteriana de M. massiliense nos órgãos. A susceptibilidade in vitro das bactérias isoladas dos órgãos dos camundongos tratados com lactobionato de claritromicina ou com amicacina e dos camundongos controles foi determinada e demonstrou que não houve o desenvolvimento de resistência induzível a esses antimicrobianos durante o tratamento. Em conclusão, não houve correlação entre as atividades in vitro e in vivo da claritromcina e da amicacina contra M. massiliense.
PALAVRAS CHAVES: Mycobacterium massiliense, tratamento, camundongos.
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DESENVOLVIMENTO E PADRONIZAÇÃO DE UM MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DA SENSIBILIDADE DO Mycobacterium tuberculosis A FÁRMACOS CONTRA TUBERCULOSE.CASTELLANI, L. G. S. 22 August 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-08-22 / A resistência a fármacos antituberculose tem constituído uma grande ameaça ao controle da tuberculose em âmbito mundial. A sua detecção precoce permite ao médico instituir um esquema de tratamento mais adequado ao paciente e consequentemente quebrar a cadeia de transmissão dos bacilos. Os testes de sensibilidade a antimicrobianos atuais, embora eficientes, são caros e/ou demorados e/ou trabalhosos. Com base nesta premissa, nos propusemos a desenvolver e padronizar um método fenotípico direto para determinação da sensibilidade do
Mycobacterium tuberculosis a antimicrobianos de primeira linha do tratamento da tuberculose. Para o desenvolvimento deste novo teste, utilizaram-se os princípios do método das proporções e do exame de cultura pelo método de OgawaKudoh. O estudo foi dividido em duas fases. A primeira, caracterizada pelo desenvolvimento e padronização do método proposto e a segunda, pela análise da concordância entre
o método desenvolvido e o método do MGIT (padrão-ouro). Na primeira fase, foram realizados diversos ensaios para definir: os volumes de absorção e de liberação de líquidos de diferentes tipos de swab, o meio de cultura, as concentrações dos antimicrobianos e o tempo de leitura/interpretação das culturas. Além disso, foi verificado se a amostra deveria ou não ser diluída. Com base nos resultados destes
ensaios, padronizou-se o método com: swab comercial, em meio de cultura Ogawa-Kudoh contendo separadamente 0,2 µg/mL de isoniazida, 40,0 µg/mL de rifampicina, 10,0 µg/mL de estreptomicina e 500,0 µg/mL de ácido para-nitrobenzóico. Padronizou-se ainda a inoculação da amostra de escarro de forma direta, ou seja, sem diluir e a leitura/interpretação do resultado do teste no período entre 21 e 28
dias. A análise comparativa entre este método e o teste de ensibilidade a antimicrobianos no sistema MGIT realizada na segunda fase do projeto indicou um índice kappa igual a 1,000, ou seja, uma concordância muito boa em relação ao padrão-ouro. Diante desses resultados promissores, acreditamos que o método desenvolvido apresente um grande potencial para ser utilizado em laboratórios com pouca infra-estrutura, por ser de baixo custo, fácil execução e relativamente rápido.
Palavras-chave: Mycobacterium tuberculosis, escarros, antimicrobianos, testes de sensibilidade bacteriana, resistência a drogas.
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AVALIAÇÃO DO PAPEL DE RECEPTORES TIPO TOLL 2 e 4 NA RESPOSTA IMUNE DE INDIVÍDUOS, SADIOS REATIVOS OU NÃO AO TESTE TUBERCULÍNICO, FRENTE AO DESAFIO in vitro COM Mycobacterium tuberculosis.COVRE, L. P. 29 August 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-08-29 / Acredita-se que indivíduos PPD+ representam um dos maiores reservatórios de transmissão da tuberculose, pois podem sofrer uma reativação da tuberculose latente e transmitir silenciosamente o bacilo Mycobacterium tuberculosis (Mtb) para seus contactantes. Em relação aos casos de tuberculose ativa existentes, sabe-se que a maioria é devido à reativação da infecção latente. Portanto a latência ainda é um grande obstáculo para alcançar o controle da tuberculose. A capacidade de controlar a infecção pelo Mtb está correlacionada com as funções imunológicas do hospedeiro. Os receptores Tipo Toll, principalmente TLR2 e TLR4, podem exercer participação direta a respeito dessa função imune, visto que possuem capacidade de iniciarem e direcionarem tanto a resposta inata quanto a adaptativa. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o papel de receptores do tipo Toll 2 e 4 na resposta imune de indivíduos sadios reativos ou não ao teste tuberculínico (PPD+ e PPD-) frente ao desafio in vitro com Mycobacterium tuberculosis. Para isso, foram arrolados 13 indivíduos PPD+ e 11 indivíduos PPD-, nos quais avaliamos: 1) a frequência de células T reguladoras, 2) a atividade microbicida, e o 3) perfil de citocinas e óxido nítrico, após a infecção com o Mtb com ou sem o bloqueio dos receptores TLR2 e TLR4. Observamos que indivíduos PPD+ apresentaram maior frequência de células T reguladoras e carga bacilar que o grupo PPD- e que os receptores TLR2 e TLR4 possuem papel distinto na ativação da resposta imune. O bloqueio do receptor TLR2 reduziu a frequência de células T reguladoras e a capacidade microbicida do grupo PPD+. Por outro lado o bloqueio do receptor TLR4 aumentou a capacidade microbicida dos grupos PPD+ e PPD-, o que pode estar associado à redução na produção da citocina IL10. Dessa forma, nossos dados sugerem que a pré-exposição ao Mtb e/ou micobactérias ambientais, apesar de levar a uma memória imunológica nos indivíduos PPD+, não influencia na capacidade de eliminação do patógeno por esse grupo. Diversos mecanismos podem estar associados a essa dificuldade na eliminação do Mtb sendo a imunorregulação provocada pelo aumento de células T reguladoras um desses mecanismos. Além disso, observamos que os receptores TLR 2 e TLR4 possuem capacidade de modular a resposta imune contra o Mtb e podem ser futuros alvos para tratamentos anti-TB e quimioprofilaxia da TB latente.
Palavras-chave: Mycobacterium tuberculosis, tuberculose latente, Purified Protein Derivative, PPD, células T reguladoras, receptores tipo Toll.
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Participação da Apolipoproteína-e na Atividade Microbicida in Vitro Contra o Mycobacterium TuberculosisROSSI, K. B. 29 August 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-08-29 / A parede celular de Mycobacterium tuberculosis (Mtb) é constituída por 60% de lipídios, impedindo a passagem de uma grande quantidade de substâncias, além de desempenhar um importante papel na munopatogênese. A apresentação desses antígenos aos linfócitos se dá por meio de moléculas do tipo CD1. Por sua vez a Apolipoproteína-E (ApoE), glicoproteína amplamente distribuída nos tecidos, pode facilitar a apresentação de lipídios pelo CD1. A ApoE possui três principais alelos ApoE- 2, 3 e 4, que codificam três isoformas de proteínas, tipos 2, 3 e 4, que possuem diferentes estruturas e funções. A presença de determinadas isoformas da ApoE está associada a doenças infecciosas, como herpes labial, dano hepático severo causado pelo vírus da hepatite C, diarréia infantil e tuberculose pulmonar. Neste contexto, avaliamos a participação da ApoE na atividade microbicida in vitro frente ao Mtb. Para tanto, foram arrolados 13 indivíduos PPD-, 17 indivíduos PPD+ e 4 indivíduos com tuberculose pulmonar ativa. O uso de plasma humano depletado de ApoE nos experimentos de atividade microbicida in vitro mostraram um aumento significante (p=0,02) no número de micobactérias (431.5 ± 81.92 UFC) quando comparado ao grupo controle (313.0 ± 74.61 UFC). Esses resultados foram confirmados por um modelo experimental utilizando esplenócitos de camundongos de camundongos C57BL/6 (815.9 ± 76.32 UFC) e animais APOE nocaute (1133 ± 86.85 UFC) (p= 0.021). Quanto à produção de IL-10, no grupo PPD+, observamos que o grupo com depleção de ApoE (866.7 ± 447.8) apresentou uma produção menor desta citocina com relação ao controle infectado (1089 ± 481.3) (p=0,023). Já em relação ao IFN-, em ambos os grupos observou-se, após 72 horas, uma tendência à diminuição da produção dessa citocina no grupo com depleção, com relação ao grupo controle. Esses dados sugerem que a ApoE tem papel distinto na ativação da resposta imune e sua ausência pode prejudicar a resposta imune frente à tuberculose.
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ANÁLISE DE TRANSMISSÃO E DA DINÂMICA DE MODIFICAÇÃO DE GENÓTIPOS DE Mycobacterium tuberculosis NA REGIÃO METROPOLITANA DE VITÓRIA ES EM UM INTERVALO DE 10 ANOSNOBREGA, R. L. P. 25 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-25 / Introdução: Técnicas de tipagem molecular têm colaborado para o entendimento da dinâmica de transmissão da tuberculose (TB). Apesar de inúmeros trabalhos terem sido publicados a esse respeito, poucos estudos, no entanto, foram realizados levando-se em consideração a dinâmica de modificação dos perfis genotípicos de M. tuberculosis (Mtb) em um intervalo de tempo longo. Objetivos: Caracterizar os genótipos e identificar os fatores de risco associados com transmissão recente e tamanho de cluster de Mtb na Região Metropolitana de Vitória ES (RMV) e analisar a dinâmica de modificação dos genótipos de Mtb na Região Metropolitana de Vitória ES em intervalo de 10 anos. Métodos: Este estudo foi constituído de duas partes. Primeira parte: Estudo transversal de casos novos de TB diagnosticados na RMV, entre 2000 e 2010 para identificar fatores de risco associados à transmissão recente da TB e o tamanho do cluster de Mtb. A genotipagem dos isolados de Mtb foi realizada com base nos métodos de RFLP IS 6110, Spoligotyping e na análise de deleção RDRio. Foram realizados Modelos de regressão hierárquica polinomial para identificar os fatores associados com o tamanho do cluster. Segunda Parte: Estudo observacional para analisar a dinâmica de modificação dos genótipos de Mtb na RMV em intervalo de 10 anos (com cortes transversais nos períodos de 2000 2001 e 2011) com base nas técnicas de RFLP IS 6110 e MIRU- VNTR 24 loci tendo como fonte de dados registros laboratoriais e o SINAN. Resultados: Primeira Parte: Dentre os 959 isolados de Mtb, 461 (48%) casos pertenciam a um cluster. Nossos modelos de regressão polinomial mostraram que os isolados de Mtb pertencentes a família LAM e ao genótipo RDRio foram mais prováveis de estarem em clusters com 6-9 isolados (OR = 1,17, 95% IC 1,08 1,26; OR=1,25, 95% IC 1,14- 1,37; respectivamente) em relação aos outros grupos. Os pacientes com ≥10 isolados foram mais prováveis de pertencerem a família LAM e a família de RFLP ES14 (OR = 1,14, 95% IC 1,06 1,23; OR= 7,03, 95% IC 4,00 12,34, respectivamente). Segunda Parte: No período de 2000-2001, dentre os 329 isolados, 109 (33,2%) foram agrupados em 38 clusters enquanto, em 2011, dentre os 485 isolados de Mtb, 176 (36,2%) foram distribuídos em 39 clusters. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os períodos analisados em relação a formação de um cluster (p=0,35). A análise dos padrões gerados pelo RFLP IS 6110 identificou 8 clusters, ao quais estão mais envolvidos com transmissão recente na RMV. A correlação entre as duas técnicas de genotipagem mostrou em 2000-2001 uma concordância de 42,1%, e 42,5% em 2011. Conclusão: Esses resultados confirmam que a família LAM e o genótipo RDRio são mais encontrados em clusters com 6-9 isolados, e que a família de RFLP ES14 é o genótipo mais prevalente na RMV, sugerindo que a proporção de casos de TB em uma cidade pode ser causada por um pequeno número de genótipos circulantes dentro de uma região e que fatores relacionados ao patógeno devem ser melhor estudados para melhoria no controle da doença.
Palavras-chave: Mycobacterium tuberculosis, técnicas de genotipagem, epidemiologia molecular, dinâmica de modificação do Mtb.
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