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Taxonomia e paleoecologia de foraminíferos e ostracodes da Formação Romualdo, cretáceo inferior da Bacia do Araripe – PE, Nordeste do BrasilARARIPE, Rilda Verônica Cardoso de 31 August 2017 (has links)
Nome completo da orientadora: Alcina Magnólia da Silva Franca / Submitted by Fernanda Rodrigues de Lima (fernanda.rlima@ufpe.br) on 2018-09-27T21:54:49Z
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Previous issue date: 2017-08-31 / CAPES / O estudo da associação de microfósseis da Formação Romualdo foi realizado em 50 amostras de calcarenitos e argilitos, situada no nível de concentrações de fósseis de invertebrados marinhos e nos calcários coquinoides, que compõem os estratos de caráter transgressivos da Formação Romualdo, Bacia do Araripe-PE. As amostras analisadas provêm de cinco afloramentos (Cedro, Santo Antônio, Arrojado, Canastra e Torre Grande), localizados nos municípios de Exu e Araripina na porção centro-sul e sudoeste da bacia. As amostras foram analisadas em laboratório obedecendo aos protocolos metodológicos padrão para estudos de foraminíferos e ostracodes. Foram reconhecidas quatro biofácies, dentre associações de foraminíferos e ostracodes. Foram identificadas 10 espécies de foraminíferos bentônicos e registrada a ocorrência de foraminíferos planctônicos. Tal associação é tipicamente de ambiente marinho raso a lagunas hipersalinas, e demonstra uma afinidade com a fauna tetiana através da presença de espécies do gênero Agathammina. No que se refere a ostracodes, foram identificadas cinco espécies, consideradas de ambiente mixohialino e estaria resistindo à variação de salinidade ocorrida durante deposição da Formação Romualdo. Além da análise taxonômica, foram realizadas análises isotópicas em amostras de três afloramentos (Arrojado, Canastra e Cedro). Os dados de isótopo oxigênio indicaram águas com temperaturas elevadas e presença de calcários marinhos em todos os afloramentos. Para os dados isotópicos de carbono os valores indicam ambiente anóxico e com alto teor de matéria orgânica. No afloramento Cedro, ocorreu uma variação positiva nos dados isotópicos de carbono sendo interpretada como um pulso transgressivo. De acordo com análise da associação de microfósseis e a análise isotópica foi possível concluir que a porção centro-sul da Bacia do Araripe (Cedro e Santo Antônio) possui maior representatividade da influência marinha que na porção sudoeste. Dessa forma, a ingressão marinha ocorrida no Aptiano, poderia ter atingido primeiramente a parte centro-sul da bacia, com sentido N/NE. / A study of the microfossil association from the Romualdo Formation was carried out in 50 samples from limestones and siltones, at the level of marine invertebrate concentrations and coquinoid limestones, which compose the transgressive strata of the Romualdo Formation, Araripe Basin - PE. The analyzed samples were collected in five different outcrops (Cedro, Santo Antônio, Arrojado, Canastra and Torre Grande), located at Exu and Araripina at the midsouthern and southwestern portions of this basin. Four biofacies were recognized among the foraminífera and ostracoda associations. Ten species of benthic foraminifera were identified and the occurrence of planktonic foraminifera was recorded. The microfossil association found is typically of transitional environment, from shallow marine to hypersaline lagoon, and demonstrates a thetian affinity with the presence of the genus Agathammina species. Regarding the association of ostracoda, five species were identified, these species infer a mixohialine environment and would be resisting to the variation of salinity occurred during the deposition of the Romualdo Formation. Besides the taxonomic study, the isotopic analyses were done in three outcrops (Arrojado, Canastra and Cedro). Oxygen data indicated waters with high temperature and marine limestones in all outcrops. δ13C the values indicate anoxic environment and with high content of organic matter. An positive variation occurs on Cedro outcrop and is interpreted as a transgressive pulse. Combining the analysis of the microfossils association and the isotopic analysis, it was possible to infer that the depositional environment of the Romualdo Formation, Araripe Basin, has the middlesouth portion (Cedro and Santo Antônio) with characteristics linked to an environment with greater marine influence than the southwestern portion (Arrojado, Canastra and Torre Grande). Thus, the marine incursion could have initially reached the midsouthern portion of this basin, coming from N/NE.
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Paleobiologia e contexto deposicional de microbialitos silicificados da formação Teresina (Permiano, Bacia do Paraná) no centro do Estado de São Paulo / not availableBadaro, Victor Cezar Soficier 04 April 2013 (has links)
Microbialitos são depósitos biossedimentares formados a partir do aprisionamento, aglutinação e/ou precipitação de sedimentos por intermédio de microbiotas bentônicas, geralmente cianobacterianas. Ocasionalmente, esses depósitos podem preservar suas microbiotas formadoras, especialmente quando apresentam silicificação precoce, antes da degradação total de sua matéria orgânica. Organismos alóctones, como formas planctônicas decantadas e outras trazidas pelas correntes também costumam se preservar, ainda que em número muito menor. Microbialitos são elementos comuns dos depósitos permianos do Grupo Passa Dois na Bacia do Paraná, onde ocorrem em diversos níveis e em uma área geográfica ampla, apresentando também diversidade e abundancia consideráveis, com alguns exemplos silicificados. Todavia, os microbialitos e microbiotas associadas do Grupo Passa Dois são pouco conhecidos. Este estudo consiste em uma análise de microbialitos silicificados e suas microbiotas dos afloramentos da Formação Teresina no Km 168 da Rodovia Presidente Castelo Branco, no sudoeste do Município de Porangaba, centro do Estado de São Paulo. Foram encontrados abundantes oncólitos e também raros representantes de uma nova categoria, denominada estromatoncólito. Esta nova categoria é caracterizada por uma estrutura interna oncolítica que serviu de base para um crescimento estromatolítico em seu topo. A presença destes dois morfotipos de microbialitos é indicativa da mudança no nível de base. A preservação de uma microbiota abundante e relativamente bem preservada indica que a silicificação ocorreu eodiageneticamente. A assembleia microfossilífera é formada quase exclusivamente por formas filamentosas, com raros palinomorfos e espículas de esponjas depositadas entre as tramas microbialíticas. A ausência de descrições detalhadas de microbialitos e microbiotas permianas da mesma unidade impossibilitou a comparação em grande escala, mas pode-se afirmar que os filamentos aqui descritos se assemelham taxonômica e tafonomicamente àqueles associados a estromatólitos da Formação Teresina em Angatuba, Estado de São Paulo. Isto encoraja a prospecção e descrição de novas ocorrências, visando melhor entendimento da paleobiologia e paleoambiente da Bacia do Paraná durante o Permiano. / Microbialites are biosedimentary deposits formed through the trapping, binding and/or precipitation of sediments by benthonic microbiotas, composed mainly of cyanobacteria. The microbialite-building organisms can be preserve within microbialites, especially when, in eodiagenesis, silicification occurs before the complete organic matter degradation. Planktonic and other allochthonous organisms decanted on microbial mats can also be preserved, although they occur in smaller numbers. Microbialites are common elements of the Permian Passa Dois Group of the Paraná Basin. They occur in several levels and over a large area, showing great diversity and abundance; silicified specimens also appear in these beds. The Passa Dois Group microbialites and associated microbiota were barely studied before and are, therefore, poorly known. The present study analyzes silicified microbialites and their associated microbiota in the outcrops of the Teresina Formation at the Km 168 of the Presidente Castelo Branco Highway, southwestern Porangaba County, center of São Paulo State. Abundant oncolites and rare specimens of a new category, designated stromatoncolites, were found. Stromatoncolites are characterized by an oncolitic internal structure which served as a foundation for a stromatolitic development on its top. The presence of these two kinds of microbialite morphotypes indicates base level changes. The well-preserved, abundant microbiota indicates that the silicification occurred during eodiagenesis. The microfossil assemblage is composed almost exclusively of filamentous forms, with rare palynomorphs and sponge spicules deposited within the microbialitic fabrics. The lack of detailed descriptions of other Permian microbialites and microbiotas of the Paraná Basin prevented major comparisons, but it can be said that the filaments here reported are taxonomically and taphonomically similar to those described for Teresina Formation at the Angatuba County, São Paulo State. Thus, the prospection and description of new occurrences are encouraged, in order to improve paleobiological and paleoenvironmental knowledge of the Paraná Basin during the Permian.
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Sistemática e tafonomia de microfósseis vasiformes neoproterozoicos do Brasil e seu significado paleoecológico e filogenético. / not availableSoares, Luana Pereira Costa de Morais 09 October 2017 (has links)
Esta pesquisa investigou microfósseis neoproterozoicos em forma de vaso (\"vase-shaped microfossils - VSMs\") da Formação Urucum (Grupo Jacadigo) e Formação Bocaina (Grupo Corumbá), ambas inseridas na Faixa Paraguai Sul, Brasil. Estes microfósseis foram comparados a outras ocorrências neoproterozoicas no mundo. O objetivo foi contribuir com o conhecimento de aspectos paleobiológicos, evolutivos e bioestratigráficos relacionados ao aparecimento de eucariontes unicelulares tecados em ecossistemas anteriores ao surgimento dos metazoários. Os VSMs podem ser atribuídos a quitinozoários, tintinídeos e foraminíferos, porém, características diagnósticas importantes apontam o grupo Amoebozoa como afinidade biológica mais próxima. A variedade morfológica e composicional observada em VSMs neoproterozoicos, inclusive nos exemplares brasileiros, documenta a mais antiga diversificação da vida unicelular eucariótica, presumivelmente heterotrófica, preservada no registro geológico. As diferentes fácies sedimentares contendo VSMs fornecem informações valiosas sobre fatores ambientais que podem ter sido importantes na diversificação bem como no seu possível desaparecimento entre o Neoproterozoico e o Mesozoico. Além disso, a ampla distribuição e variedade desses microfósseis sugerem uma possível aplicação bioestratigráfica. Microscopia petrográfica (MP) e Eletrônica de Varredura (MEV), Espectrometria de Energia Dispersiva de Raios X (EDS), Microscopia Confocal (MC), Espectroscopia Raman (ER), Catodoluminescência (CL) além de técnicas geoquímicas e geocronológicas foram aplicadas para caracterizar a composição e morfologia dos microfósseis, bem como para a rocha encaixante, visando inferir a natureza e paleoecologia dos organismos responsáveis pelas produção das tecas e o ambiente em que viveram, se diversificaram e desapareceram. / This research investigated vase-shaped microfossils (VSMs) from the Urucum Formation (Jacadigo Group) and Bocaina Formation (Corumbá Group), both inserted in the Southern Paraguay Fold Belt, Brazil. These microfossils were compared to other neoproterozoic occurrences in the world. The aim was to contribute to the knowledge of paleobiological, evolutionary and biostratigraphic aspects related to the appearance of unicellular eukaryotes in the ecosystems that preceed the appearance of metazoans. VSMs can be attributed to quitinozoan, tintinids and foraminifera, but important diagnostic features point to the Amoebozoa group as the closest biological affinity. The morphological and compositional variety observed in neoproterozoic VSMs, including Brazilian specimens, documents the earliest diversification of eukaryotic unicellular life, presumably heterotrophic, preserved in the geological record. The different sedimentary facies containing VSMs provide valuable information about environmental factors that may have been important in the diversification as well as their possible disappearance between the Neoproterozoic to the Mesozoic. In addition, the wide distribution and variety of these microfossils suggest a possible biostratigraphic application. Petrography, Scanning electron microscopy, Confocal microscopy, Energy-dispersive X-ray spectroscopy, Raman spectroscopy, Cathodoluminescense, besides geochemical and geochronological techniques, were applied to characterize the composition and morphology of the microfossils, as well as for the host rock, in order to infer the nature and paleoecology of the organisms responsible for the production of the test and the environment in which they lived, diversified and probably disappeared
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Paleobiologia de foraminíferos e microfósseis associados dos depósitos eocênicos, miocênicos e plio-pleistocênicos da Ilha Seymour, Antártica Ocidental / not availableBadaro, Victor Cezar Soficier 15 December 2017 (has links)
Os depósitos cenozoicos da Antártica Ocidental, especialmente aqueles da transição Eoceno-Oligoceno, fornecem importantes dados geológicos sobre as mudanças climáticas ocorridas ao longo da Era Cenozoica e de seu impacto na biosfera austral. Assembleias fósseis, incluindo de foraminíferos, foram relatadas para unidades de todas as épocas cenozoicas, em afloramentos dos arquipélagos James Ross e Shetlands do Sul. Todavia, os diamictitos das Formações Hobbs Glacier (Mioceno) e Weddell Sea (Plio-Pleistoceno), que afloram nas ilhas James Ross e Seymour, ainda não haviam sido alvo de análises micropaleontólogicas visando a obtenção de microfósseis com paredes inorgânicas. Foram analisadas amostras de 12 seções estratigráficas da Ilha Seymour, incluindo estratos do topo da Formação La Meseta (Eoceno) e de diversos níveis das formações Hobbs Glacier e Weddell Sea. Pela primeira vez foram encontradas assembleias de microfósseis com paredes inorgânicas, constituídas principalmente por foraminíferos, na porção superior da Formação La Meseta e em estratos das formações Hobbs Glacier e Weddell Sea. Na Formação La Meseta foram encontrados restos autóctones ou parautóctones de foraminíferos Textularia sp., primeira ocorrência do gênero para a unidade. Na Formação Hobbs Glacier, a assembleia autóctone ou parautóctone melhor preservada é composta pelo foraminífero lagenído Oolina stellula e pelo radiolário Larcopyle polyacantha. O foraminífero rotaliído Bolivina sp. é raro e representa um resto alóctone na unidade. Para a Formação Weddell Sea, a assembleia autóctone ou parautóctone melhor preservada é constituída pelo foraminífero lagenído Favulina hexagona e pelo planctônico Globigerinita uvula, além do rotaliído Globocassidulina subglobosa e do radiolário L. polyacantha nos mesmos e em outros níveis. Nos depósitos miocênicos e plio-pleistocênicos ocorrem também foraminíferos aglutinados grandes de táxons típicos de mar profundo, cujas feições tafonômicas indicam sua reelaboração a partir de depósitos mais antigos, possivelmente do Paleoceno, tendo em vista sua associação tafonômica e estratigráfica com o foraminífero Reticulophragmium garcilassoi, um fóssil-índice dessa época. Além de R. garcilassoi, ocorrem outros táxons típicos de assembleias de mar profundo na Formação Hobbs Glacier, como Alveolophragmium orbiculatum, Ammodiscus sp. nov., Ammodiscus pennyi, Ammomarginulina cf. aubertae, Bathysiphon sp. 1, Bathysiphon sp. 2, Cyclammina placenta e Nothia robusta. Na Formação Weddell Sea, as grandes formas aglutinadas são representadas por Ammodiscus sp. nov., Bathysiphon sp. 1, Budashevaella cf. laevigata, Cyclammina cancellata, Glomospira charoides, Saccammina grzybowski, Sculptobaculites barri e Verneulinoides cf. neocomiensis. Alguns táxons da Ilha Seymour podem ser associados àqueles dos depósitos paleocênicos da Nova Zelândia e Nova Guiné, sugerindo alguma correlação cronológica. Embora o registro fossilífero das formações La Meseta, Hobbs Glacier e Weddell Sea seja rarefeito, foi possível identificar restos autóctones ou parautóctones que indicaram a composição parcial das comunidades infaunais e planctônicas que habitavam a região durante a deposição das unidades. Os poucos fósseis-índice encontrados corroboram as idades já propostas paras as formações. Para a Formação Weddell Sea, as assembleias autóctones ou parautóctones e as formas planctônicas permitiram redefinir o contexto deposicional da unidade como glacio-marino, e não plenamente glacial, como anteriormente proposto. / Western Antarctic deposits, especially those from the Eocene-Oligocene transition, provide important geological data on Cenozoic global climate changes and their impact on the southern biota. Fossil assemblages, including foraminifers, are known from geological units from all Cenozoic epochs, in outcrops of the James Ross and South Shetlands archipelagos. However, the diamictites of Hobbs Glacier (Miocene) and Weddell Sea (Plio-Pleistocene) formations, exposed in James Ross and Seymour islands, were never subjects of micropaleontologic analysis targeting inorganic-walled microfossils. Twelve stratigraphic sections on Seymour Island were analyzed, including the top of the La Meseta Formation (Eocene) and several strata of Hobbs Glacier and Weddell Sea formations. Assemblages of inorganic-walled microfossils, composed mainly of foraminifers, were found for the first time in the La Meseta Formation and in strata from the Hobbs Glacier and Weddell Sea formations. Autochthonous or parautochthonous remains of the foraminifer Textularia sp. were found in the La Meseta Formation, being the first occurrence of the genus in this unit. The best preserved autochthonous or parautochthonous assemblage from Hobbs Glacier Formation is composed of the Lagenid foraminifer Oolina stellula and radiolarian Larcopyle polyacantha. The Rotaliid foraminifer Bolivina sp. is rare and represents an allochthonous elements in this formation. In the Weddell Sea Formation, the best preserved autochthonous or parautochthonous assemblage is composed of the Lagenid foraminifer Favulina hexagona and the planktonic Globigerinita uvula, as well as the Rotaliid foraminifer Globocassidulina subglobosa and the radiolarian L. polyacantha in the same and in other strata. In these Miocene and Plio-Pleistocene deposits also occur large agglutinated foraminifers typical of the deep sea, whose taphonomic features indicate their reelaboration from older deposits, possibly from the Paleocene, given their taphonomic and stratigraphic association with the foraminifer Reticulophragmium garcilassoi, a Paleocene index-fossil. Besides R. garcilassoi, other typical deep-sea taxa occur in the Hobbs Glacier Formation, such as Alveolophragmium orbiculatum, Ammodiscus sp. nov., Ammodiscus pennyi, Ammomarginulina cf. aubertae, Bathysiphon sp. 1, Bathysiphon sp. 2, Cyclammina placenta and Nothia robusta. In the Weddell Sea Formation the agglutinated specimens are represented by Ammodiscus sp. nov., Bathysiphon sp. 1, Budashevaella cf. laevigata, Cyclammina cancellata, Glomospira charoides, Saccammina grzybowski, Sculptobaculites barri and Verneulinoides cf. neocomiensis. Some taxa from Seymour Island also occur in the Paleocene deposits of New Zealand and New Guinea, suggesting some chronological correlation. Although the fossil record of the La Meseta, Hobbs Glacier and Weddell Sea formations is sparse, it was possible to identify autochthonous or parautochthonous remains that indicate the partial composition of the infaunal communities and plankton that thrived in the area during the deposition of the units. The few index-fossils found corroborate the ages already indicated for the deposits. For the Weddell Sea Formation, the autochthonous or parautochthonous assemblages and the planktonic specimens allowed the redefinition of its depositional setting as glacial-marine, and not fully glacial, as previously proposed.
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Paleobiologia e contexto deposicional de microbialitos silicificados da formação Teresina (Permiano, Bacia do Paraná) no centro do Estado de São Paulo / not availableVictor Cezar Soficier Badaro 04 April 2013 (has links)
Microbialitos são depósitos biossedimentares formados a partir do aprisionamento, aglutinação e/ou precipitação de sedimentos por intermédio de microbiotas bentônicas, geralmente cianobacterianas. Ocasionalmente, esses depósitos podem preservar suas microbiotas formadoras, especialmente quando apresentam silicificação precoce, antes da degradação total de sua matéria orgânica. Organismos alóctones, como formas planctônicas decantadas e outras trazidas pelas correntes também costumam se preservar, ainda que em número muito menor. Microbialitos são elementos comuns dos depósitos permianos do Grupo Passa Dois na Bacia do Paraná, onde ocorrem em diversos níveis e em uma área geográfica ampla, apresentando também diversidade e abundancia consideráveis, com alguns exemplos silicificados. Todavia, os microbialitos e microbiotas associadas do Grupo Passa Dois são pouco conhecidos. Este estudo consiste em uma análise de microbialitos silicificados e suas microbiotas dos afloramentos da Formação Teresina no Km 168 da Rodovia Presidente Castelo Branco, no sudoeste do Município de Porangaba, centro do Estado de São Paulo. Foram encontrados abundantes oncólitos e também raros representantes de uma nova categoria, denominada estromatoncólito. Esta nova categoria é caracterizada por uma estrutura interna oncolítica que serviu de base para um crescimento estromatolítico em seu topo. A presença destes dois morfotipos de microbialitos é indicativa da mudança no nível de base. A preservação de uma microbiota abundante e relativamente bem preservada indica que a silicificação ocorreu eodiageneticamente. A assembleia microfossilífera é formada quase exclusivamente por formas filamentosas, com raros palinomorfos e espículas de esponjas depositadas entre as tramas microbialíticas. A ausência de descrições detalhadas de microbialitos e microbiotas permianas da mesma unidade impossibilitou a comparação em grande escala, mas pode-se afirmar que os filamentos aqui descritos se assemelham taxonômica e tafonomicamente àqueles associados a estromatólitos da Formação Teresina em Angatuba, Estado de São Paulo. Isto encoraja a prospecção e descrição de novas ocorrências, visando melhor entendimento da paleobiologia e paleoambiente da Bacia do Paraná durante o Permiano. / Microbialites are biosedimentary deposits formed through the trapping, binding and/or precipitation of sediments by benthonic microbiotas, composed mainly of cyanobacteria. The microbialite-building organisms can be preserve within microbialites, especially when, in eodiagenesis, silicification occurs before the complete organic matter degradation. Planktonic and other allochthonous organisms decanted on microbial mats can also be preserved, although they occur in smaller numbers. Microbialites are common elements of the Permian Passa Dois Group of the Paraná Basin. They occur in several levels and over a large area, showing great diversity and abundance; silicified specimens also appear in these beds. The Passa Dois Group microbialites and associated microbiota were barely studied before and are, therefore, poorly known. The present study analyzes silicified microbialites and their associated microbiota in the outcrops of the Teresina Formation at the Km 168 of the Presidente Castelo Branco Highway, southwestern Porangaba County, center of São Paulo State. Abundant oncolites and rare specimens of a new category, designated stromatoncolites, were found. Stromatoncolites are characterized by an oncolitic internal structure which served as a foundation for a stromatolitic development on its top. The presence of these two kinds of microbialite morphotypes indicates base level changes. The well-preserved, abundant microbiota indicates that the silicification occurred during eodiagenesis. The microfossil assemblage is composed almost exclusively of filamentous forms, with rare palynomorphs and sponge spicules deposited within the microbialitic fabrics. The lack of detailed descriptions of other Permian microbialites and microbiotas of the Paraná Basin prevented major comparisons, but it can be said that the filaments here reported are taxonomically and taphonomically similar to those described for Teresina Formation at the Angatuba County, São Paulo State. Thus, the prospection and description of new occurrences are encouraged, in order to improve paleobiological and paleoenvironmental knowledge of the Paraná Basin during the Permian.
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Paleobiologia da Formação Bocaina (Grupo Corumbá), Ediacarano, Mato Grosso do SulSoares, Luana Pereira Costa de Morais 05 April 2013 (has links)
O Grupo Corumbá, SW Brasil, documenta uma etapa importante na evolução da vida por causa de seu registro fóssil de microbialitos, microfósseis, e organismos multicelulares indicativos da complexidade cada vez maior da biosfera no final do período Ediacarano. A importância paleobiológica da Formação Bocaina, inserido no meio do Grupo Corumbá, e datado em cerca de 560 Ma, é embasada em sua diversidade de microbialitos e registro de significativo evento fosfogenético, associados a supostos \"microfósseis em forma de vaso\", semelhantes à tecamebas, interpretadas como os primeiros protistas heterótrofos. Estes fósseis, bem como formas semelhantes reconhecidos em outras unidades geológicas do mundo, precedem o registro da explosão de organismos multicelulares macroscópicos esqueléticos (Cloudina, Corumbella) na formação sobrejacente Tamengo (543 Ma). A morfologia do microbialitos fornece evidências de variação local do nível do mar durante a deposição da Form ação Bocaina. As análises morfológicas e químicas dos microfósseis usando microscopia óptica e eletrônica de varredura, EDS e espectroscopia Raman ajudaram a esclarecer a natureza biológica desses objetos e, assim, contribuir para a compreensão da importância da evolução da vida no Ediacarano, na Formação Bocaina, Grupo Corumbá. / The Corumbá Group, SW Brazil, documents an important stage in the evolution of life because of its fossil record of microbialites, microfossils, and early multicellular organisms indicative of the rapidly increasing complexity of the biosphere at the very end of the Ediacaran period. The paleobiological importance of the Bocaina Formation, in middle of the Corumbá Group and dated at about 560 Ma, lies in its diversity of microbialites and its record of a significant phosphogenesis event with associated putative \"vase-shaped microfossils\", similar to testate amoebae, interpreted as early protistan heterotrophs. Th ese fossils, as well as similar forms recognized in other geologic units in the world precede the record of the explosion of macroscopic multicellular skeletal organisms (Cloudina, Corumbella) in the overlying Tamengo Formation (543 Ma). The morphology of microbialites provides evidence of local sea level variation during deposition of the Bocaina Formation. Morphological and chemical analyses of the microfossils using optical and scanning electron microscopy, EDS and Raman spectroscopy helped clarify the biological nature of these objects and thereby contribute to the understanding of the importance of the Bocaina Formation the evolution of late Ediacaran life in the Corumbá Group.
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Paleobiologia da Formação Bocaina (Grupo Corumbá), Ediacarano, Mato Grosso do SulLuana Pereira Costa de Morais Soares 05 April 2013 (has links)
O Grupo Corumbá, SW Brasil, documenta uma etapa importante na evolução da vida por causa de seu registro fóssil de microbialitos, microfósseis, e organismos multicelulares indicativos da complexidade cada vez maior da biosfera no final do período Ediacarano. A importância paleobiológica da Formação Bocaina, inserido no meio do Grupo Corumbá, e datado em cerca de 560 Ma, é embasada em sua diversidade de microbialitos e registro de significativo evento fosfogenético, associados a supostos \"microfósseis em forma de vaso\", semelhantes à tecamebas, interpretadas como os primeiros protistas heterótrofos. Estes fósseis, bem como formas semelhantes reconhecidos em outras unidades geológicas do mundo, precedem o registro da explosão de organismos multicelulares macroscópicos esqueléticos (Cloudina, Corumbella) na formação sobrejacente Tamengo (543 Ma). A morfologia do microbialitos fornece evidências de variação local do nível do mar durante a deposição da Form ação Bocaina. As análises morfológicas e químicas dos microfósseis usando microscopia óptica e eletrônica de varredura, EDS e espectroscopia Raman ajudaram a esclarecer a natureza biológica desses objetos e, assim, contribuir para a compreensão da importância da evolução da vida no Ediacarano, na Formação Bocaina, Grupo Corumbá. / The Corumbá Group, SW Brazil, documents an important stage in the evolution of life because of its fossil record of microbialites, microfossils, and early multicellular organisms indicative of the rapidly increasing complexity of the biosphere at the very end of the Ediacaran period. The paleobiological importance of the Bocaina Formation, in middle of the Corumbá Group and dated at about 560 Ma, lies in its diversity of microbialites and its record of a significant phosphogenesis event with associated putative \"vase-shaped microfossils\", similar to testate amoebae, interpreted as early protistan heterotrophs. Th ese fossils, as well as similar forms recognized in other geologic units in the world precede the record of the explosion of macroscopic multicellular skeletal organisms (Cloudina, Corumbella) in the overlying Tamengo Formation (543 Ma). The morphology of microbialites provides evidence of local sea level variation during deposition of the Bocaina Formation. Morphological and chemical analyses of the microfossils using optical and scanning electron microscopy, EDS and Raman spectroscopy helped clarify the biological nature of these objects and thereby contribute to the understanding of the importance of the Bocaina Formation the evolution of late Ediacaran life in the Corumbá Group.
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Microbialitos e microfósseis da Formação Sete Lagoas, Neoproterozoico, Brasil: implicações geomicrobiológicas em um contexto de mudanças climáticas e evolutivas / not availableSanchez, Evelyn Aparecida Mecenero 11 February 2015 (has links)
A Formação Sete Lagoas, base do Grupo Bambuí, tem sido alvo de constantes discussões sobre o contexto temporal e ambiental sob a qual esta unidade foi depositada. Sua idade tem sido atribuída a dois momentos distintos do Neoproterozoico, e ambas têm implicações evolutivas significativas. A primeira proposta, baseadas em dados geoquímicos e litoestratigráficos,relaciona a deposição da Formação Sete Lagoas após o fim da glaciação Marinoana (do modelo paleoclimático Snowball Earth), há cerca de 635 Ma, quando mudanças paleogeográficas e geoquímicas levaram a mudanças climáticas de escala global, o quepode ter impactado significativamente na bioprodutividade do Edicarano. O segundo modelo deposicional baseia-se na ocorrência de Cloudina sp., um fóssil-guia do Ediacarano final, em níveis estratigráficos próximos à base da Formação Sete Lagoas, apontando, portanto, para uma idade mais nova que a primeira hipótese. No entanto, ambos os modelos preveem um cenário de mudanças, ocorridas no Neoproterozoico tardio, enquanto a Formação Sete Lagoas estava sendo depositada. Tais mudanças foram de natureza climática, paleogeográfica e geoquímica, que influenciaram a composição da atmosfera e da hidrosfera, e culminaram em profundas mudanças na biosfera. Propôs-se aqui uma análise pormenorizada de microbialitos e microfósseis da Formação Sete Lagoas, visando compreender como os produtores, base dos ecossistemas, teriam respondido a tantas transformações ambientais e ecológicas, além de estabelecer a abrangência estratigráfica dos microbialitos e microfósseis desta unidade. Foram analisadas tramas de microbialitos carbonáticos e precocemente silicificados, amostras de mão para comparação e dados de afloramentos. Uma avaliação de materiais reportados em meados e na segunda metade do século passado também foi necessária, tendo em vista os avanços recentes no campo da Paleobiologia do Pré-Cambriano. Os dados demonstraram que a Formação Sete Lagoas conta com uma riqueza treze formasmicrobialíticas, sendo onze detalhadas neste trabalho e encontradas ao longo de toda a formação, tanto sobre o Cráton do São Francisco, quanto sobre a Faixa Brasília, porém em baixa quantidade. Estas formas são compostas por onze tipos de tramas, cujo conteúdo biogênico em última análise, remete, mesmo que de forma reliquiar, à formas cianobacterianas recentes reconhecidas como formadoras de estromatólitos. Por outro lado, microfósseis silicificados não são comuns, e foram observados apenas em três localidades, onde já tinham sido reportados. Porém, a re-análise deste material permitiu refinar os dados e identificar cinco táxons, quatro cianobacterianos - os gêneros Siphonophycus, Oscillatoriopsis e Eosynechococcus- e um Incertae sedis - o gêneroArchaeotrichion. A baixa diversidade de microfósseis, ou seja, baixa riqueza e baixa abundância, somada à baixa abundância e densidade de microbialitos nos afloramentos analisados foi interpretada como resultados de eventos diagenéticos e tectônicos que resultaram na perda de material. Outra vertente do presente trabalho foi a re-avaliação de estruturas reportadas como fósseis há cerca de 50 anos, cuja interpretação à luz dos conhecimentos atuais, permitiram a identificação de alguns como pseudofósseis, a reclassificação deuma espécie de acritarco esferomórfico (Leiosphaeridia jacutica[Timofeev 1966]) e de outro espécime como provável Nemiana simplexPalij 1976. De um modo geral, pode-se perceber que, embora poucos espécimes tenham sido preservados, o registro fóssil da Formação Sete Lagoas é variado e inclui microbialitos, microfósseisbentônicos e planctônicos, identificados neste trabalho, além de icnofósseis, biomarcadores e metazoários reportados em trabalhos anteriores, mas que ainda demandam novas considerações. A ocorrência vertical de microbialitos ao longo de toda a unidade e a diversidade de tramas que os compõem demonstram que a bioprodutividade não sofreu declínio com as mudanças paleoambientais, seja por conta de mudanças climáticas, se considerarmos a Formação Sete Lagoas como capa carbonática, seja pelo estabelecimento de metazoários nos ecossistemas, se a considerarmos uma unidade depositada a partir do Ediacarano tardio. / The Sete Lagoas Formation, base of BambuíGroup, has been under constant discussion about the temporal and environmental context under it was deposited. Its age has been attributed to two different moments ofNeoproterozoic, each one comprising significative evolutionay changes. The first one, based on geochemical and lithostratigraphic data, related the deposition of Sete Lagoas Formation to the end of Marinoan glacial episode (the Snowball Earthpaleoclimatic model), ca. 635 Ma, when pelogeographic and geochemical changes resulted in global climatic changes, that could result in significative impacts over the Ediacaran bioprodutivity. The second age model is based on the occurrence of Cloudinasp., an index fossil of Terminal Neoproterozoic, in stratigraphic levels near the base ofthe formation, pointing for a younger age that previously proposed. However, both modelspredict a scenario of environmental changes, occurred during the Late Ediacaran, while the Sete Lagoas Formation deposited. Such changes include climatic, paleogeographic and geochemical, that influenced the composition of atmosphere and hydrosphere, what resulted in profound changes in the biosphere. Here it was proposed a detailed study of microbialites and silicified microfossils of Sete Lagoas Formation, aiming to understand the responses of producers, the framework of any ecosystem, would reacted to suchpaleoenvironmental and ecological changes, as well also establish the stratigraphic occurrence of Sete Lagoas Formatiom microbialites and microfossils. Fabrics of carbonate and early silicified microbialites were analyzed, aswell hand samples for comparison and data acquired in the outcrops. Previous reported material, collect in the past half century was also re-evaluated due to new knowledge concerning the Paleobiology of Precambrian. The data showed that the Sete Lagoas Formation has a richness of thirteen microbialite forms, which eleven were detailed in this paper and found throughout the unit, on the São Francisco Craton, as well on the Brasília Fold Belt, but in low abundance. These forms are composed of eleven types of fabrics, which biogenic content ultimately refers, even if reliquiar preservation, to Recent cyanobacteria recognized as mat formers. Moreover, silicified microfossils are not common, and were only observed in three localities, where they had already been reported. However, re-analysis of this material allowed to refine the data and identify five taxa, four cyanobacteria - Siphonophycus, Oscillatoriopsis, Eosynechococcus- and one Incertae sedis - Archaeotrichion. The low diversity of microfossils, including low richness and low abundance, coupled with the low abundance and density of microbialites in outcrops were interpreted as a result of diagenetic and tectonic events that resulted in the loss of material. Another aspect of this work was the re-evaluation of structures reported as fossils for about 50 years, whose interpretation in the light of updated knowledge, allowed the identification of some pseudofossils as the reclassification ofa species of sphaeromorphic acritarch (Leiosphaeridia jacutica [Timofeev 1966]) and putative Nemiana simplexPalij 1976. In general, it can be seen that, although a few specimens have been preserved, the fossil record of the Sete Lagoas Formation is varied and includes microbialites, benthic and planktonic microfossils, identified in this work, as well as trace fossils, biomarkers and metazoan reported in previous works, which require new considerations. The vertical occurrence of microbialites throughout the unit and the variety of frames that make up demonstrate that bioproductivity did not declined due to paleoenvironmental changes, either due to climate change, considering the formation Sete Lagoas Formation as cap carbonate, or by establishment ofmetazoan ecosystems, if we consider a unit deposited during the Late Ediacaran.
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Micropaleontologia aplicada na interpretação estratigráfica e paleoclimática da transição entre o Grupo Paranoá e o Supergrupo São Francisco (Neoproterozóico, Cabeceiras, GO) / Micropaleontolgy applied to the stratigraphic and paleoclimatic interpretation of the transition between the Paranoá Group and São Francisco Supergroup (Neoproterozoic, Cabeceiras, Goiás)Sanchez, Evelyn Aparecida Mecenero 26 March 2010 (has links)
O registro proterozóico da Fazenda Funil, região de Cabeceiras, GO, inclui três unidades sedimentares: carbonatos do topo do Grupo Paranoá, níveis de diamictito da Formação Jequitaí, e um pacote de folhelhos, ritmitos de margas e folhelhos e carbonatos da Formação Sete Lagoas. As três unidades registram ocorrência de sílex microfossilífero, encontrados na forma de lentes no Grupo Paranoá, seixos na Formação Jequitaí e uma camada de aproximadamente 600 m de extensão na Formação Sete Lagoas. A semelhança do sílex nas três unidades levou ao questionamento da estratigrafia da Fazenda Funil e da origem dos seixos na Formação Jequitaí, se esta origem foi, de fato, sedimentar (glacial) ou se teria sido tectônico. Foram comparadas as tramas petrográficas (fabrics) do sílex das três unidades, aspectos inorgânicos (minerais, estruturas sedimentares e estruturas diagenéticas) e o seu conteúdo orgânico (microfósseis e características da matéria orgânica). A análise das amostras revelou grande semelhança entre as tramas e seus microfósseis. Nas três unidades foram identificados os mesmos tipos de tramas cinco tipos e 12 táxons de microfósseis, sendo que dois deles ainda não haviam sido identificados na região. Conclui-se que a camada de sílex atualmente atribuída à Formação Sete Lagoas foi a fonte dos seixos de sílex do diamictito da Formação Jequitaí e representa, na verdade, uma lasca tectônica do Grupo Paranoá colocada dentro do Grupo Bambuí durante a deformação brasiliana. Esta camada teria sido erodido e o diamictito depositado presumivelmente durante a glaciação Sturtiana, embora outras evidências glaciais não fossem observadas na Fazenda Funil. Este trabalho, além de esclarecer as relações estratigráficas na Fazenda Funil, demonstrou que microfósseis pré-cambrianos podem ser uma ferramenta muito útil no entendimento de bacias proterozoicas. / The Proterozoic record of the Fazenda Funil, near Cabeceiras, GO, includes three sedimentary units: carbonate at the top of Paranoá Group, diamictite of the Jequitaí Formation, and a succession of shale, marl-shale rhythmites, and carbonate of the Sete Lagoas Formation. Microfossiliferous chert occurs in these three units in the form of lenses in the Paranoá Group, clasts within the diamictites of the Jequitaí Formation and as a persistent, 600 meter-long layer in the Sete Lagoas Formation. The similarity of the chert from these three units brings up crucial questions as to the stratigraphy of the Fazenda Funil and the origin of the clasts in the Jequitaí Formation : are they, in fact, of sedimentary (glacial) or tectonic origin? Comparisons among the three units were made of chert fabrics, inorganic aspects (minerals, sedimentary and diagenetic structures), and organic content (microfossils and general characteristics of the organic matter). The analysis of several samples revealed great similarity between the fabrics and microfossils in the three units. Five fabrics and 12 microfossil taxons were identified, two taxons for the first time in the region. These observations led to the conclusion that the chert layer presently attributed to the Sete Lagoas Formation was the source of the chert clasts in the Jequitaí Formation and represents is a slice of the Paranoá Group introduced tectonically within the Bambuí Group during Brasiliano deformation. This layer was eroded and the diamictite deposited presumably during the Sturtian glaciation, even though other evidence of glaciation were not observed on Fazenda Funil. This research, besides clarifying stratigraphic relationships on Fazenda Funil, also demonstrates that Precambrian microfossils can be a very useful tool in research on Proterozoic basins.
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Microbialitos e microfósseis da Formação Sete Lagoas, Neoproterozoico, Brasil: implicações geomicrobiológicas em um contexto de mudanças climáticas e evolutivas / not availableEvelyn Aparecida Mecenero Sanchez 11 February 2015 (has links)
A Formação Sete Lagoas, base do Grupo Bambuí, tem sido alvo de constantes discussões sobre o contexto temporal e ambiental sob a qual esta unidade foi depositada. Sua idade tem sido atribuída a dois momentos distintos do Neoproterozoico, e ambas têm implicações evolutivas significativas. A primeira proposta, baseadas em dados geoquímicos e litoestratigráficos,relaciona a deposição da Formação Sete Lagoas após o fim da glaciação Marinoana (do modelo paleoclimático Snowball Earth), há cerca de 635 Ma, quando mudanças paleogeográficas e geoquímicas levaram a mudanças climáticas de escala global, o quepode ter impactado significativamente na bioprodutividade do Edicarano. O segundo modelo deposicional baseia-se na ocorrência de Cloudina sp., um fóssil-guia do Ediacarano final, em níveis estratigráficos próximos à base da Formação Sete Lagoas, apontando, portanto, para uma idade mais nova que a primeira hipótese. No entanto, ambos os modelos preveem um cenário de mudanças, ocorridas no Neoproterozoico tardio, enquanto a Formação Sete Lagoas estava sendo depositada. Tais mudanças foram de natureza climática, paleogeográfica e geoquímica, que influenciaram a composição da atmosfera e da hidrosfera, e culminaram em profundas mudanças na biosfera. Propôs-se aqui uma análise pormenorizada de microbialitos e microfósseis da Formação Sete Lagoas, visando compreender como os produtores, base dos ecossistemas, teriam respondido a tantas transformações ambientais e ecológicas, além de estabelecer a abrangência estratigráfica dos microbialitos e microfósseis desta unidade. Foram analisadas tramas de microbialitos carbonáticos e precocemente silicificados, amostras de mão para comparação e dados de afloramentos. Uma avaliação de materiais reportados em meados e na segunda metade do século passado também foi necessária, tendo em vista os avanços recentes no campo da Paleobiologia do Pré-Cambriano. Os dados demonstraram que a Formação Sete Lagoas conta com uma riqueza treze formasmicrobialíticas, sendo onze detalhadas neste trabalho e encontradas ao longo de toda a formação, tanto sobre o Cráton do São Francisco, quanto sobre a Faixa Brasília, porém em baixa quantidade. Estas formas são compostas por onze tipos de tramas, cujo conteúdo biogênico em última análise, remete, mesmo que de forma reliquiar, à formas cianobacterianas recentes reconhecidas como formadoras de estromatólitos. Por outro lado, microfósseis silicificados não são comuns, e foram observados apenas em três localidades, onde já tinham sido reportados. Porém, a re-análise deste material permitiu refinar os dados e identificar cinco táxons, quatro cianobacterianos - os gêneros Siphonophycus, Oscillatoriopsis e Eosynechococcus- e um Incertae sedis - o gêneroArchaeotrichion. A baixa diversidade de microfósseis, ou seja, baixa riqueza e baixa abundância, somada à baixa abundância e densidade de microbialitos nos afloramentos analisados foi interpretada como resultados de eventos diagenéticos e tectônicos que resultaram na perda de material. Outra vertente do presente trabalho foi a re-avaliação de estruturas reportadas como fósseis há cerca de 50 anos, cuja interpretação à luz dos conhecimentos atuais, permitiram a identificação de alguns como pseudofósseis, a reclassificação deuma espécie de acritarco esferomórfico (Leiosphaeridia jacutica[Timofeev 1966]) e de outro espécime como provável Nemiana simplexPalij 1976. De um modo geral, pode-se perceber que, embora poucos espécimes tenham sido preservados, o registro fóssil da Formação Sete Lagoas é variado e inclui microbialitos, microfósseisbentônicos e planctônicos, identificados neste trabalho, além de icnofósseis, biomarcadores e metazoários reportados em trabalhos anteriores, mas que ainda demandam novas considerações. A ocorrência vertical de microbialitos ao longo de toda a unidade e a diversidade de tramas que os compõem demonstram que a bioprodutividade não sofreu declínio com as mudanças paleoambientais, seja por conta de mudanças climáticas, se considerarmos a Formação Sete Lagoas como capa carbonática, seja pelo estabelecimento de metazoários nos ecossistemas, se a considerarmos uma unidade depositada a partir do Ediacarano tardio. / The Sete Lagoas Formation, base of BambuíGroup, has been under constant discussion about the temporal and environmental context under it was deposited. Its age has been attributed to two different moments ofNeoproterozoic, each one comprising significative evolutionay changes. The first one, based on geochemical and lithostratigraphic data, related the deposition of Sete Lagoas Formation to the end of Marinoan glacial episode (the Snowball Earthpaleoclimatic model), ca. 635 Ma, when pelogeographic and geochemical changes resulted in global climatic changes, that could result in significative impacts over the Ediacaran bioprodutivity. The second age model is based on the occurrence of Cloudinasp., an index fossil of Terminal Neoproterozoic, in stratigraphic levels near the base ofthe formation, pointing for a younger age that previously proposed. However, both modelspredict a scenario of environmental changes, occurred during the Late Ediacaran, while the Sete Lagoas Formation deposited. Such changes include climatic, paleogeographic and geochemical, that influenced the composition of atmosphere and hydrosphere, what resulted in profound changes in the biosphere. Here it was proposed a detailed study of microbialites and silicified microfossils of Sete Lagoas Formation, aiming to understand the responses of producers, the framework of any ecosystem, would reacted to suchpaleoenvironmental and ecological changes, as well also establish the stratigraphic occurrence of Sete Lagoas Formatiom microbialites and microfossils. Fabrics of carbonate and early silicified microbialites were analyzed, aswell hand samples for comparison and data acquired in the outcrops. Previous reported material, collect in the past half century was also re-evaluated due to new knowledge concerning the Paleobiology of Precambrian. The data showed that the Sete Lagoas Formation has a richness of thirteen microbialite forms, which eleven were detailed in this paper and found throughout the unit, on the São Francisco Craton, as well on the Brasília Fold Belt, but in low abundance. These forms are composed of eleven types of fabrics, which biogenic content ultimately refers, even if reliquiar preservation, to Recent cyanobacteria recognized as mat formers. Moreover, silicified microfossils are not common, and were only observed in three localities, where they had already been reported. However, re-analysis of this material allowed to refine the data and identify five taxa, four cyanobacteria - Siphonophycus, Oscillatoriopsis, Eosynechococcus- and one Incertae sedis - Archaeotrichion. The low diversity of microfossils, including low richness and low abundance, coupled with the low abundance and density of microbialites in outcrops were interpreted as a result of diagenetic and tectonic events that resulted in the loss of material. Another aspect of this work was the re-evaluation of structures reported as fossils for about 50 years, whose interpretation in the light of updated knowledge, allowed the identification of some pseudofossils as the reclassification ofa species of sphaeromorphic acritarch (Leiosphaeridia jacutica [Timofeev 1966]) and putative Nemiana simplexPalij 1976. In general, it can be seen that, although a few specimens have been preserved, the fossil record of the Sete Lagoas Formation is varied and includes microbialites, benthic and planktonic microfossils, identified in this work, as well as trace fossils, biomarkers and metazoan reported in previous works, which require new considerations. The vertical occurrence of microbialites throughout the unit and the variety of frames that make up demonstrate that bioproductivity did not declined due to paleoenvironmental changes, either due to climate change, considering the formation Sete Lagoas Formation as cap carbonate, or by establishment ofmetazoan ecosystems, if we consider a unit deposited during the Late Ediacaran.
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