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Deslocamentos, vínculos afetivos e políticos, conquistas e transformações das mulheres opositoras à ditadura civil-militar: a trajetória do movimento feminino pela anistia no Rio Grande do Sul (1975-1979)

Vargas, Mariluci Cardoso de 23 July 2010 (has links)
Submitted by Mariana Dornelles Vargas (marianadv) on 2015-05-19T15:02:59Z No. of bitstreams: 1 deslocamentos_vinculos.pdf: 2776111 bytes, checksum: f024999e47a9221fb07e33cc5625f7f5 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-19T15:02:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 deslocamentos_vinculos.pdf: 2776111 bytes, checksum: f024999e47a9221fb07e33cc5625f7f5 (MD5) Previous issue date: 2010-07-23 / CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O Movimento Feminino pela Anistia no Rio Grande do Sul (MFPA-RS) foi constituído como objeto de análise deste trabalho. Caracterizado aqui como um movimento social, este grupo de mulheres foi pioneiro na luta pública pela anistia, transformando o projeto distensionista do governo Geisel, o que nos sugere a afirmativa de que a Lei da Anistia aprovada em 1979 é resultado de um embate e não pode ser encarado como uma simples concessão. O MFPA-RS foi analisado em duas fases: nos primeiros anos (1975, 1976, 1977) o movimento se apresentava pela pacificação da família brasileira, momento em que as ações se resumiam em conseguir adesões e alcançar a política formal; a segunda fase do MFPA-RS (1978-1979) se classifica pelos anos mais efervescentes de luta na qual a presença das mulheres do MFPA-RS nos Congressos, Reuniões e Encontros Nacionais pela Anistia fez com que estas modificassem seu discurso de pacificação pela família brasileira, radicalizando-o pela Anistia ampla, geral e irrestrita, como sugerido pelos CBAs. Os deslocamentos das mulheres e os vínculos construídos por elas durante a trajetória do MFPA-RS foram essenciais para compreendermos suas transformações e o quanto as associações da sociedade civil interferiram, direta ou indiretamente, nos avanços e recuos do movimento. Assim, reconstruímos a trajetória política do MFPA-RS e de suas lideranças utilizando como fontes o acervo organizado pelas ex-presidentes do grupo, disponível no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, além de algumas entrevistas realizadas com protagonistas do grupo ou familiares próximas a elas, embasadas na metodologia de História Oral Temática. A hipótese que traçamos é a de que este movimento deve ser valorizado como o precursor da resistência pública que contribuiu, juntamente com os demais movimentos que se formaram pelas liberdades democráticas, para a formação de uma cultura política democrática no estado do Rio Grande do Sul. É possível identificar os protagonistas da luta pela anistia na capital e no estado gaúcho, e com isto preencher algumas ausências do período ditatorial na historiografia riograndense. / El Movimiento Femenino por la Amnistía en Rio Grande do Sul (MFPA-RS) constituye el objeto de análisis de este trabajo. Caracterizado aquí como un movimiento social, este grupo de mujeres fue pionero en la lucha pública en favor de la amnistía, transformando el proyecto distensionista del gobierno Geisel. Lo que nos sugiere que la afirmativa a la Lei da Anistia aprobada en 1979 es resultado de un embate y no puede ser analizado como una simple concesión. El MFPA-RS fue analizado en dos períodos: en los primeros años (1975, 1976, 1977) el movimiento se presentaba defendiendo la pacificación de la familia brasileña, momento en el cual las acciones se resumían a conseguir adhesiones y alcanzar la política formal. La segunda fase del MFPA-RS (1978-1979), se caracteriza como los años más efervescentes de la lucha, cuando la presencia de las mujeres del MFPA-RS en los Congresos, Reuniones y Encuentros Nacionales por la Amnistía hizo que éstas modificasen su discurso de pacificación por la familia brasileña, radicalizándolo hacia la Amnistía amplia, general e irrestricta, como lo fue sugerido por los CBAs. Los traslados de las mujeres, y los vínculos construidos por ellas durante la trayectoria del MFPA-RS, fueron esenciales para comprender sus transformaciones y hasta que punto las asociaciones de la sociedad civil interfirieron, directa o indirectamente, en los avances y retrocesos del movimiento. Así, se reconstruyó la trayectoria política del MFPA-RS y sus líderes, las fuentes utilizadas fueron: la colección organizada por las ex presidentes del grupo, disponible en el Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, junto con algunas entrevistas basadas en la metodología de la historia oral, realizada a las protagonistas o a parientes cercanos a ellas. La hipótesis que desarrollamos, es que este movimiento debe ser valorado como el precursor de la resistencia pública que contribuyó, junto con los demás movimientos que se formaron por las libertades democráticas, a la formación de una cultura política democrática en el estado de Rio Grande do Sul. Será posible identificar a los protagonistas de la lucha por la amnistía en la capital y en el estado gaucho, y con ello cubrir algunas ausencias del periodo dictatorial en la historiografía riograndense.

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