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Para uma psicossociologia da máscara : sobre curativos, óculos e próteses faciais na trajetória de vida de pessoas que passaram por mutilações na faceKatarina Barbosa da Silva, Anna 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Este estudo teve o objetivo de investigar os sentidos conferidos a mutilações faciais a
partir das apercepções de pessoas que convivem com o agravo têm de si mesmas, na
interface com a interação que estabelecem no meio social. Tal pesquisa foi desenvolvida
a partir da interlocução entre abordagens Psicossociais, Antropológicas e da Psicologia
da Cultura, as quais buscam localizar o corpo como elemento importante para
constituição da pessoa e da identidade: Corpo que é, na cultura, instância a partir e/ou
pela qual os sentidos são produzidos; Corpo-pessoa atravessado por agências e posições
de sujeito frente ao discurso presente na sociedade. Neste contexto teórico onde se
chama atenção a centralidade da cabeça e do rosto no que tange a construção da
identidade da pessoa e suas vicissitudes localizamos o objeto desta investigação: a
vivência da mutilação facial. A pesquisa foi realizada em dois locais: no Centro de
Reabilitação Buco-Maxilo-Facial, que funciona no Hospital de Câncer de Pernambuco
(HCP) e em um consultório particular para reabilitação facial. Utilizaram-se as técnicas
de observação participante, entrevista semi-dirigida e entrevista com enfoque
biográfico, perfazendo estas últimas o total de 16 (dezesseis) participantes. A análise
temática e a dupla hermenêutica foram as formas de análise escolhidas para tratamento
das informações e, a partir da transcrição fiel das entrevistas, procurou-se entrar em
contato com as histórias narradas, que foram apresentadas como resultados em forma de
síntese das falas dos sujeitos, procurando evidenciar trechos que passaram por
interpretações do pesquisador, o que já significou uma pré-análise do corpo de dados
obtidos. Observou-se que o acréscimo de curativos, óculos e próteses faciais parece
auxiliar na afirmação pessoal diante da impossibilidade sentida para modificar sua
condição de existir como era antes , pois que agora se tem um buraco no rosto . A
mutilação é significada como uma espécie de estigma da monstruosidade , sobre o
qual Frankenstein, O corcunda de Norte Dame e, em especial, O fantasma da Ópera, já
nos falavam desde as paginas da ficção. Numa tentativa de adequação social por meio
daqueles acessórios, estes acabariam por funcionar como aquilo que mascara, ao mesmo
momento que revela tal condição. Tais acessórios, para alguns, parecem facilitar a
interação social, especialmente junto àqueles com os quais existem laços afetivos,
familiares ou de amizade, sendo a aceitação por estes últimos ressaltada como
fundamental para que os momentos difíceis advindos com a mutilação possam ser
atravessados. O fato é que, e considerando a sociedade abrangente, as pessoas se sentem
demasiadamente observadas, analisadas, avaliadas negativamente por causa desta
modificação na face. Ainda assim, vislumbrou-se situações em que o indivíduo teve o
poder de demonstrar sua diferença e sua autonomia, mesmo onde eram conhecidas as
normas estigmatizantes presentes na sociedade. Também, nos espaços visitados, a
princípio pensados para dar suporte a vivência da mutilação, não foi possível perceber a
existência de grupos, ou instâncias de compartilhamento de experiências. As narrativas
sugerem que o atendimento individual, focado na oferta de próteses, nem sempre
contribui para a busca do convívio social, sendo o afastamento resposta comum ao que
chamamos de estigma da monstruosidade : sentir-se ser recebido como diferente,
estranho e até assustador. Estigma que permanece, mesmo para aqueles que já fazem
uso de curativos, óculos e prótese facial. Os dados sinalizam que o caminho para lidar
com o estigma, socialmente compartilhado e incorporado pela pessoa, está menos no
uso de máscaras , e mais no de afirmar, para os que passaram pela mutilação e para
seus outros, as suas humanidades
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O processo de escolarização do aluno mutilado pelo câncer: a transformação da identidade no processo de inclusão escolarRocha, Magna Celi Mendes da 07 December 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-12-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study aimed to understand the formation of the identity of the student mutilated by childhood cancer, with focus on process integration and reintegration school, based on the assumptions of inclusive education. The theoretical perspective that underlies the identity category, in this study was proposed by Antonio da Costa Ciampa that, in the context of Social Psychology, studies the identity as a synthesis of multiple determinations. Identity is understood as a metamorphosis, term that he uses to communicate the idea of continuous movement and transformation as constituents of this process. This is a qualitative research. The subjects of this research were eight survivors of childhood cancer, with apparent physical mutilation, who lived the process of integration or reintegration into regular school, after the end of treatment. Data were collected and organized in two distinct ways: mini-cases and case study. Of the eight subjects of research, we conducted interviews, focused on the process of integration or reintegration into school with seven of them, that we call mini-cases. With the other subject, considered emblematic we did a case study using the narrative of the life history, trying to understand the transformations of his identity in the process of school inclusion. The data show that the experiences of these subjects are varied, and in some cases it can be affirm that there was indeed school inclusion, others that were excluded, either stereotypical attitudes or prejudice, possibly by indifference. In the case of the subject considered as emblematic, it was observed that, in terms of schooling was not inclusion, but a process of integration, however, the subject not suffer exclusion, for him, the inclusion in sporting activities determined the process of overcoming their conditions, towards a metamorphosis emancipatory / A presente pesquisa teve por objetivo compreender a constituição da identidade do aluno mutilado pelo câncer infantil, com foco no processo de inserção e reinserção escolar, com base nos pressupostos da educação inclusiva. A perspectiva teórica que fundamenta a categoria Identidade, nesta pesquisa, foi elaborada por Antônio da Costa Ciampa que, no âmbito da Psicologia Social, estuda a Identidade como síntese de múltiplas determinações. A identidade é entendida como metamorfose, expressão que utiliza para dar a idéia de movimento e contínua transformação como constituintes desse processo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa. Os sujeitos desta pesquisa foram oito sobreviventes do câncer infantil, com mutilação física aparente, que viveram seu processo de inserção ou reinserção escolar regular, após o término do tratamento. Os dados foram obtidos e organizados de dois modos distintos: mini-casos e estudo de caso. Dos oito sujeitos da pesquisa, fizemos entrevistas, focadas no processo de inserção ou reinserção escolar com sete deles, o que chamamos de mini-casos. Com o outro sujeito, considerado emblemático, fizemos um estudo de caso, utilizando a narrativa da história de vida, buscando compreender as transformações de sua identidade no processo de inclusão escolar. Os dados demonstram que as experiências desses sujeitos são variadas, havendo casos em que se pode afirmar que houve inclusão escolar de fato; outros em que houve exclusão, seja por atitudes estereotipadas ou de preconceito, seja pela indiferença. No caso do sujeito considerado como emblemático, percebeu-se que, do ponto de vista da escolarização não houve inclusão, mas um processo de integração; entretanto, o sujeito não sofreu exclusão; para ele, a inclusão em atividade esportiva foi o que determinou o processo de superação de suas condições, em direção à metamorfose emancipatória
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Mulheres mutiladas e mulheres desonradas:a importância da luta de Mukhtar Mai e Khady Koita aos direitos humanos das mulheres. / Mulheres mutiladas e mulheres desonradas:a importância da luta de Mukhtar Mai e Khady Koita aos direitos humanos das mulheres.VILARINHO, Murilo Chaves 23 February 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-02-23 / This dissertation is an analysis from the reports of two women who broke with the patriarchal tradition of their societies and resolved to fight for the dignity of women. We speak of Mukhtar Mai in Pakistan and Senegal Khady Koita. The first victim of gang rape was ordered by the tribal council of Meerwala in Pakistan. And the second had her clitoris removed at 7 years old in a traditional ritual purification procedure in Senegal. So, each in its context, both women have rebelled against the acts suffered and denounced the violence is committed in the name of tradition, or honor the man. Denouncing the violence were the world, a feat that became a symbol for the human rights of women. Mukhtar Mai and Khady gained fame locally and internationally in the fight for an end to honor killings and female genital mutilation. It's about attitudes to break with tradition, and the fight passed the reflections of this work. That is, in light of feminist theories, the field of Human Rights (formed by means of treaties, conventions and humanitarian letters), and human rights of women who seek to understand the break with the patterns of subordination in patriarchal societies entrenched like remember Therborn (2006), and they represent the achievements of these individuals for Human Rights in general and the condition of women in particular. / Esta dissertação de mestrado é uma análise a partir dos relatos de duas mulheres que romperam com a tradição patriarcalista de suas sociedades e resolveram lutar a favor da dignidade da mulher. Fala-se da paquistanesa Mukhtar Mai e da senegalesa Khady Koita. A primeira foi vítima de estupro coletivo ordenado pelo conselho tribal de Meerwala no Paquistão. A segunda teve seu clitóris retirado aos sete anos de idade num ritual de
purificação, procedimento tradicional no Senegal. Assim sendo, cada qual em seu contexto, ambas mulheres, se rebelaram contra os atos sofridos e denunciaram a violência que é cometida em nome da tradição, ou seja, da honra do homem. Ao denunciar ao mundo as violências sofridas, um feito que se transformou em símbolo para os direitos humanos das mulheres, Mukhtar Mai e Khady Koita ganharam notoriedade local e internacional na luta pelo fim dos crimes de honra e mutilação genital feminina. É sobre as atitudes de ruptura com a tradição e sobre a luta destas mulheres que recaem as reflexões deste trabalho, ou seja, é à luz das teorias feministas, do campo dos Direitos Humanos (formado por meio dos tratados, convenções e cartas humanitárias), e dos direitos humanos das mulheres que se buscou compreender a quebra com os padrões de submissão em sociedades de patriarcalismo entrincheirado como lembra Therborn (2006), e o significado dos feitos desses indivíduos para os Direitos Humanos em geral, e para a condição feminina em específico.
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