Spelling suggestions: "subject:"dão - ser"" "subject:"cão - ser""
1 |
Platão e Freud : duas metáforas da alma humanaARAÚJO JÚNIOR, Anastácio Borges de January 1999 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:04:40Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo7029_1.pdf: 871968 bytes, checksum: e5b2e3440d0632e82a847bf9ff5bbdd7 (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 1999 / O objetivo deste trabalho foi fazer uma aproximação entre as representações da alma
contidas em alguns diálogos de Platão e nos textos da teoria psicanalítica de Freud. Ou seja,
estabelecemos um espaço de confrontação entre o modelo conhecido como tripartido que Platão
desenvolveu basicamente em A República, Fedro e Timeu, e o modelo de alma desenvolvido por
Sigmund Freud denominado segunda tópica, estabelecendo então as convergências e divergências
entre tais modelos. A dissertação procura mostrar que o conceito de alma, como tradução do
termo grego yuchv e do termo alemão seele, fez um longo e tortuoso trajeto desde seu
aparecimento nos escritos de Homero até os nossos dias e que apesar deste conceito ter sido,
contemporaneamente, abandonado pela filosofia, os problemas associados a este conceito
permanecem sob diversos nomes tais como indivíduo, interioridade, identidade pessoal, sujeito,
subjetividade etc. Para aproximar Platão e Freud, segundo o complexo conceito de alma, foi
necessário fazer uma espécie de preparação de terreno. Procuramos então estabelecer um campo
relacional que, no decorrer de nossa investigação, foi determinado pela função que possui os seus
respectivos modelos no contexto de suas teorias. Segundo nossa análise, Platão e Freud, no que
se refere às suas representações da alma humana, trabalham com tais modelos estabelecendo,
claramente, que eles são metáforas da alma, na medida em que ela é uma realidade da qual só
podemos ter uma experiência singular. Porém, para superar a simples constatação de analogias
entre os autores investigados, foi necessário ainda investigar seus pressupostos com relação a suas
concepções de ciência, isto é, tivemos que examinar seus pressupostos epistemológicos, definindo
o significado do uso de metáforas no contexto de suas teorias. Chegamos à conclusão que o uso
de metáforas constitui uma maneira de enfrentar os paradoxos na elucidação da alma humana, pois
guarda com esta a relação do como se, e garante, deste modo, a manutenção da alma como lugar
de incidência de realidades ontologicamente diversas e paradoxais, tais como unidade e
multiplicidade, sensível e inteligível, mesmo e outro, identidade e diferença etc. Assim, para estes
pensadores o saber psicológico, em última instância, é um saber da ordem do provável que
poderia, no limite, tornar-se conhecimento científico. Finalmente, depois de estabelecer as
convergências entre os modelos de alma propostos por Platão e Freud, investigamos em termos de
dinâmica, isto é, em relação à saúde e doença da alma, qual a maneira saudável e também
patológica de organizar as diferentes tendências da alma, o desejo como elemento central da alma
e as diferenças entre o descentramento metafísico e o psicanalítico.
|
2 |
O preceito da Deusa: o não ser como contradição em Parmênides de Eléia / The precept of the Goddess: non-being as contradiction in Parmenides of EleaGalgano, Nicola Stefano 29 April 2015 (has links)
O presente trabalho é um estudo da noção de não ser em Parmênides. Este estudo se propõe a preencher uma falta que, ao longo do século XX e agora no XXI, foi se tornando cada vez maior, na medida em que crescia o interesse por essa noção extraordinária, que pertence ao universo da lógica e da ontologia antigas e da nossa atualidade. Para evidenciar essa noção o trabalho deixou de lado os demais aspectos do poema, principalmente o estatuto do ser, e se restringiu à análise da noção de não ser. Para tanto, foi desenvolvida uma metodologia que pudesse tornar claros tanto o problema inicial parmenidiano quanto a solução que ele propõe. Descobriu-se, então, uma habilidade específica de Parmênides em observar o comportamento da mente humana; com isto, o estudo esclareceu o papel do método de Parmênides para compensar a amechanie (falta de recursos) do homem comum na compreensão do mundo. Ele identifica o não ser como objeto virtual que enganosamente confunde aquele que se põe no caminho da pesquisa, pois, para Parmênides, o não ser é impossível. Com a noção desta impossibilidade ele determina, discute e aplica o método que garante a persuasão verdadeira, um autêntico princípio de não-contradição, mas diferente daquele de Aristóteles. A este princípio enunciado pela thea, para distingui-lo daquele do Estagirita, o autor dá o nome de Preceito da Deusa. / The present work is an inquiry into the notion of non-being in Parmenides. The study has the purpose of filling a lack that increased, along the XX century and now in the XXI, according to the growth of concern about this extraordinary notion, which belongs to the universe of ancient and modern logic and ontology. With the aim of making this notion evident, the work put aside the other aspects of the poem, mainly the statute of being, and was restricted to the analysis of the notion of non-being. For this reason, a methodology was developed that could make clear both the initial parmenidian problem and the solution that he offers. A specific ability was discovered, that of Parmenides as observer of the human mind; with this, the study made clear the role of Parmenides method to compensate the amechanie (lack of resource) of the common man in understanding the world. He identifies the non-being as a virtual object that deceptively confounds that who takes the way of inquiry, because, to Parmenides, non-being is impossible. With the notion of this impossibility, he determines, discusses and applies the method that certifies the true persuasion, an authentic principle of non-contradiction, albeit different of that of Aristotle. To this principle enunciated by the thea, to distinguish it from that of Stagirite, the author gives the name of Precept of the Goddess.
|
3 |
Os problemas da opinião falsa e da predicação no diálogo sofista de PlatãoCavalcante Filho, Francisco de Assis Vale 05 April 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:11:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 2857162 bytes, checksum: 305852c6ecfc26671885779cb85a0d07 (MD5)
Previous issue date: 2013-04-05 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The thesis of the impossibility of falsehood becomes from the interpretation of negation as contrarierity. Being false what is not true, then falsehood is impossible. Plato diagnoses this problem as a derivative of sophistic reading of Parmenides' Poem. The Eleatic argument advocates the interdicto of the route that "is not" as a result of the unknowability of what is not. Plato receives in many ways throughout the corpus the problems about the sophistic readings and denounces in the heart of the Sophist the misconception that consists of taking the contrarierity as the sole meaning of the negative. It follows, for example, the theory of the infallibility of opinion found in the Theaetetus. For if it is impossible to give an opinion about "what is not" every judgment will be free from falsehood. The caveat made "Protagoras" is that the truth of doxa is for appearance and how something appears to whom it seems. The answer to theses expounded by Gorgias in the treatise On Nature or What is Not, in turn, is synthesized by Plato in the Sophist theses about: being, "what-is-not" as a genre of the other and the predicative nature of logos. This new understanding that affects the meaning of negative become feasible beyond the aporias, the relationship between beings who agree or disagree with each other, is reflected in the true or false statements. For the philosopher truth is not a property of things, but a predicate of speech. / A tese da impossibilidade da falsidade decorre da interpretação da negação como contrariedade. Sendo o não ser o contrário do ser e o falso o que não é verdadeiro, então, a falsidade é impossível. Platão diagnostica este problema como derivado das leituras sofísticas do Poema de Parmênides. O argumento do eleata defende a interdição da via que "não é" como resultado da incognoscibilidade do não ser. O ateniense recepciona de muitos modos, ao longo do corpus as consequências das leituras sofísticas e denuncia no Sofista o cerne do equívoco que consiste em tomar a contrariedade como o único sentido da negativa. Resultado disto, p. ex: a tese da infalibilidade da opinião constatada no Teeteto. Pois, se é impossível opinar sobre "o que não é", todo juízo será isento de falsidade. A ressalva feita a "Protágoras" é que a verdade da dóxa está para a aparência e o modo como algo aparece para aquele a quem assim parece. A resposta às teses defendidas por Górgias no tratado Da Natureza ou do Não Ser, por sua vez, consuma-se no Sofista nas teses sobre o ser, o não ser como gênero do outro e a natureza predicativa do lógos. Esta nova compreensão que afeta o sentido da negativa tornar viável, para lá das aporias, a relação entre seres, que em acordo ou desacordo uns com os outros, encontra-se refletida nos enunciados verdadeiros ou falsos. Para o filósofo a verdade não é uma propriedade das coisas, mas um predicado do discurso.
|
4 |
O problema do não-ser no sofista de PlatãoCavalcante Filho, Francisco de Assis Vale 30 July 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:12:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 346383 bytes, checksum: aa761af44228a47c51ad63fad4b8984f (MD5)
Previous issue date: 2008-07-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The work that follow directly inquire three issues selected by this analysis as the main
problems in the dialogue Sofist of Plato. They are: the problem of being, the problem
of non-be and the problem of negative. The problem of being in this dialogue is also
the truth. This occurs from the fallacy identified with the "ontological concept of truth."
This conception of truth is based on the following formulation: if we can only say
"what is" as soon as someone speaks says what is and, therefore, says the real.
The problem of non-being is the problem of falsehood. The problem of not-being
directly connects to the problem of negative and is identified with a second fallacy in
this Sofist: the fallacy that the negative should always be read as a contradiction.
This conception of negative as contradiction raises a number of aporias. The
negative should be read as a contradiction, only if each and every third term is
excluded, as we see in the poem On Nature (Peri Physeos) of Parmenides, where
there are only two terms, being, and this denial, the not-being.
However, this is not the context in which either make Plato´s Sofist. The difficulty can
be circumvented when we meet the second negative sense, id est, for all cases
where there is a "third included," the third term in any relationship, identified in the
text by "something" (ti) is to reformulate the "no" of negative. Thus the "no" should
now be read as otherness rather than as opposition read as contrariety.
The "ontological concept of truth" is linked directly to the ambiguity of the Greek verb
"to be" (einai). To solve the problem Plato proposes a new conception of truth.
Design that directly linked to the nature of speech and is seen as characteristic of
what is said. Thus, truth and falsehood are to be regarded as property of the views
expressed in a statement. They are presented here the three problems that our
analysis attention, as well as those fallacies that motivate Plato´s solutions to the
problems of being/truth, not-being/falsehood and the problem of negative. / O presente trabalho aborda diretamente três problemas elegidos por esta análise
como os principais problemas contidos no diálogo Sofista de Platão. São eles: o
problema do ser, o problema do não-ser e o problema da negativa. O problema do
ser, no presente diálogo é também o da verdade. Isto ocorre a partir da falácia
identificada com o conceito ontológico de verdade . A presente concepção de
verdade está assentada na seguinte formulação: se só podemos dizer o que é ,
logo assim que alguém fala diz o que é, e, por conseguinte, diz o verdadeiro.
O problema do não-ser é o problema da falsidade. O problema do não-ser
liga-se diretamente ao problema da negativa e está identificado com uma segunda
falácia presente no Sofista: a falácia de que a negativa deva ser lida sempre como
contradição.
Essa concepção de negativa como contradição origina uma série de aporias.
A negativa deve ser lida como contradição, somente se todo e qualquer terceiro
termo é excluído, assim como vemos no poema de Parmênides, onde só há dois
termos, o ser, e a negação do ser, o não-ser.
No entanto, não é este o contexto que quer apresentar Platão no Sofista. A
dificuldade só pode ser contornada no momento em que encontramos para a
negativa um segundo sentido, isto é, para todos os casos onde haja um terceiro
incluído , esse terceiro termo em qualquer relação, identificado no texto pelo termo
algo , deve reformular o não da negativa. Assim, o não deve passar a ser lido
como alteridade e não mais como contrariedade.
O conceito ontológico de verdade está ligado diretamente à ambigüidade do
verbo ser grego. Para contornar o problema Platão propõe uma nova concepção
de verdade. Concepção essa diretamente vinculada à natureza do discurso, sendo
vista como uma característica dos enunciados. Assim, verdade e falsidade passam a
ser encaradas como propriedades das opiniões expressas por um enunciado.
Estão aqui apresentados os três problemas a que nossa análise presta
atenção, assim como as ditas falácias que motivam Platão a propor soluções para
os problemas do ser/verdade, não-ser/falsidade e o problema da negativa.
|
5 |
O preceito da Deusa: o não ser como contradição em Parmênides de Eléia / The precept of the Goddess: non-being as contradiction in Parmenides of EleaNicola Stefano Galgano 29 April 2015 (has links)
O presente trabalho é um estudo da noção de não ser em Parmênides. Este estudo se propõe a preencher uma falta que, ao longo do século XX e agora no XXI, foi se tornando cada vez maior, na medida em que crescia o interesse por essa noção extraordinária, que pertence ao universo da lógica e da ontologia antigas e da nossa atualidade. Para evidenciar essa noção o trabalho deixou de lado os demais aspectos do poema, principalmente o estatuto do ser, e se restringiu à análise da noção de não ser. Para tanto, foi desenvolvida uma metodologia que pudesse tornar claros tanto o problema inicial parmenidiano quanto a solução que ele propõe. Descobriu-se, então, uma habilidade específica de Parmênides em observar o comportamento da mente humana; com isto, o estudo esclareceu o papel do método de Parmênides para compensar a amechanie (falta de recursos) do homem comum na compreensão do mundo. Ele identifica o não ser como objeto virtual que enganosamente confunde aquele que se põe no caminho da pesquisa, pois, para Parmênides, o não ser é impossível. Com a noção desta impossibilidade ele determina, discute e aplica o método que garante a persuasão verdadeira, um autêntico princípio de não-contradição, mas diferente daquele de Aristóteles. A este princípio enunciado pela thea, para distingui-lo daquele do Estagirita, o autor dá o nome de Preceito da Deusa. / The present work is an inquiry into the notion of non-being in Parmenides. The study has the purpose of filling a lack that increased, along the XX century and now in the XXI, according to the growth of concern about this extraordinary notion, which belongs to the universe of ancient and modern logic and ontology. With the aim of making this notion evident, the work put aside the other aspects of the poem, mainly the statute of being, and was restricted to the analysis of the notion of non-being. For this reason, a methodology was developed that could make clear both the initial parmenidian problem and the solution that he offers. A specific ability was discovered, that of Parmenides as observer of the human mind; with this, the study made clear the role of Parmenides method to compensate the amechanie (lack of resource) of the common man in understanding the world. He identifies the non-being as a virtual object that deceptively confounds that who takes the way of inquiry, because, to Parmenides, non-being is impossible. With the notion of this impossibility, he determines, discusses and applies the method that certifies the true persuasion, an authentic principle of non-contradiction, albeit different of that of Aristotle. To this principle enunciated by the thea, to distinguish it from that of Stagirite, the author gives the name of Precept of the Goddess.
|
6 |
Algumas funções do silenciar na clínica psicanalíticaCarvalho, Peggy Coelho 19 December 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:39:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Peggy Coelho Carvalho.pdf: 501518 bytes, checksum: 6149c62f1458e0b29d66c0c53c49c3ac (MD5)
Previous issue date: 2008-12-19 / This work aims to investigate some functions of silence on the psychoanalytic pratice. In his
psychoanalytic space, where the core of the work is talking, dialoguing, the silent experiences
can upset the analyst s capacity of observation and apprehension of the psychic reality, since
some observable elements become unavailable. The adopted method is my own poetic style
and, through the poetic bond established with the reader, I propose to expand the knowledge,
reflections and comprehension of silent situations. I make an analogy with the musical
technique of counterpoint using trhee principal and simultaneous events, or voices:
Beethoven s, John Milton s and my own, interrelated around the theme of silence during all
the narrative. My hypothesis is that it is possible that the being/not being can reveal and/or
hide itself through silence, pregnant of mental pain. In this trajectory, I did not come across
the silence by itself, but with the process of silence and, at the end, I found the silence as
mental pain and pleasure / O objetivo deste trabalho é investigar algumas funções do silenciar na clínica
psicanalítica. Neste espaço psicanalítico, no qual o cerne do trabalho é o conversar, o
dialogar, as experiências silenciosas podem dificultar a capacidade de observação e apreensão
da realidade psíquica por parte do analista, uma vez que alguns elementos observáveis ficam
indisponíveis. O método adotado é o meu próprio estilo poético e, através do vínculo poético
estabelecido com o leitor, proponho expandir nossos conhecimentos, nossas reflexões e
compreensão sobre as situações silenciosas. Faço analogia com a técnica contrapontística
musical no sentido de que utilizo três principais acontecimentos simultâneos, ou, vozes: de
Beethoven, de John Milton e a minha própria voz que se inter-relacionam em torno do tema
do silenciar durante toda a narrativa. Minha hipótese é a de que seja possível que o ser/não ser
possa revelar-se e/ou ocultar-se através do silêncio, pregnante de dor mental. Nesta trajetória,
fui deparando não com o silêncio, coisa-em-si, mas com o processo de silenciar e, ao final,
encontrei o silenciar como dor e prazer mentais
|
Page generated in 0.0413 seconds