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Memória da matéria de Bretanha em narrativas de Álvaro Cunqueiro e Méndez Ferrín. / La matéria de la Bretanha en las narrativas de Álvaro Cunqueiro y Méndez Ferrín.

Caroline Moreira Reis 14 March 2007 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Ao observarmos o fenômeno do vasto uso da figura mítica do Rei Artur e do mago Merlín pela Literatura Galega, no século XX, pensamos nos possíveis motivos e/ou razões para tal. Afinal, por que um tema historicamente tão distante de Galiza a afeta tanto?Assim, no intento de responder a essa questão procuramos observar a presença de personagens da tradição artúrica em narrativas pós-modernas galegas, através do conto Amor de Artur (1982), de Méndez Ferrín, e da novela Merlín e Familia (1955), de Álvaro Cunqueiro em comparação com obras medievais que perpetuaram a Matéria da Bretanha. Pelas observações iniciais, podemos perceber que estes personagens reúnem em si a representação de dois elementos culturais muito representativos da cultura galega: a Idade Média e a cultura celta. Verificamos deste modo que a utilização de personagens da Matéria da Bretanha ocorre, nas obras aqui analisadas, numa busca destes autores por uma identificação da cultura galega com a memória coletiva ocidental, da qual Artur é um dos maiores representantes, para assim reafirmar e/ou legitimar a própria cultura. A partir disto, dividimos a análise em três partes, nas quais observamos, nas duas obras, três elementos que demarcam temas através dos quais os galegos se identificam como nação: o celtismo, a peregrinação e o campesinato. Concluímos, então, que as identidades são construídas através da narrativa, derivada da memória. Deste modo, no caso das narrativas citadas, legitima-se a identidade através de elementos especificamente galegos reunidos a elementos universais/imortais procedentes do legado artúrico sedimentado na memória coletiva ocidental. / Al observarmos el fenómeno del vasto uso de la figura mítica del Rey Arturo y del mago Merlín por la Literatura Gallega, en el siglo XX, pensamos en los posibles motivos y/o razones para tal. Entonces, por qué un tema cuya historicidad está tan lejos de la Galicia cobró tanta importancia? Así, intentando responder a esa cuestión buscamos observar la presencia de personajes de la tradición artúrica en narrativas posmodernas gallegas, a través del cuento Amor de Arturo (1982), de Méndez Ferrín, y de la novela Merlín y Familia (1955), de Álvaro Cunqueiro en comparación con obras medievales que perpetuaran la Matéria de la Bretanha. Por las observaciones iniciales, podemos percibir que estos personajes reúnen en si mismos la representación de dos elementos culturales muy representativos de la cultura gallega: la Edad Media y la cultura celta. Verificamos de este modo que la utilización de los personajes de la Materia de la Bretanha ocurre, en las obras aquí analizadas, en una búsqueda de estes autores por una identificación de la cultura gallega con la memoria del pueblo ocidental, en la cual Arturo es un de los mayores representantes, para así reafirmar y/o legitimar la propia cultura.Dividimos la análisis en tres partes, en las cuales observamos, en las dos obras, tres elementos que resaltan temas a través de los cuales los gallegos se identifican como nación: el celtismo, la peregrinación y el campesinato.Concluimos, entonces, que las identidades son construidas a través de la narrativa, derivada de la memoria. De este modo, en el caso de las narrativas presentadas, se legitima la identidad a través de elementos específicamente gallegos reunidos a elementos universales/imortales procedentes del legado artúrico sedimentado en la memoria de Occidente.
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Memória da matéria de Bretanha em narrativas de Álvaro Cunqueiro e Méndez Ferrín. / La matéria de la Bretanha en las narrativas de Álvaro Cunqueiro y Méndez Ferrín.

Caroline Moreira Reis 14 March 2007 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Ao observarmos o fenômeno do vasto uso da figura mítica do Rei Artur e do mago Merlín pela Literatura Galega, no século XX, pensamos nos possíveis motivos e/ou razões para tal. Afinal, por que um tema historicamente tão distante de Galiza a afeta tanto?Assim, no intento de responder a essa questão procuramos observar a presença de personagens da tradição artúrica em narrativas pós-modernas galegas, através do conto Amor de Artur (1982), de Méndez Ferrín, e da novela Merlín e Familia (1955), de Álvaro Cunqueiro em comparação com obras medievais que perpetuaram a Matéria da Bretanha. Pelas observações iniciais, podemos perceber que estes personagens reúnem em si a representação de dois elementos culturais muito representativos da cultura galega: a Idade Média e a cultura celta. Verificamos deste modo que a utilização de personagens da Matéria da Bretanha ocorre, nas obras aqui analisadas, numa busca destes autores por uma identificação da cultura galega com a memória coletiva ocidental, da qual Artur é um dos maiores representantes, para assim reafirmar e/ou legitimar a própria cultura. A partir disto, dividimos a análise em três partes, nas quais observamos, nas duas obras, três elementos que demarcam temas através dos quais os galegos se identificam como nação: o celtismo, a peregrinação e o campesinato. Concluímos, então, que as identidades são construídas através da narrativa, derivada da memória. Deste modo, no caso das narrativas citadas, legitima-se a identidade através de elementos especificamente galegos reunidos a elementos universais/imortais procedentes do legado artúrico sedimentado na memória coletiva ocidental. / Al observarmos el fenómeno del vasto uso de la figura mítica del Rey Arturo y del mago Merlín por la Literatura Gallega, en el siglo XX, pensamos en los posibles motivos y/o razones para tal. Entonces, por qué un tema cuya historicidad está tan lejos de la Galicia cobró tanta importancia? Así, intentando responder a esa cuestión buscamos observar la presencia de personajes de la tradición artúrica en narrativas posmodernas gallegas, a través del cuento Amor de Arturo (1982), de Méndez Ferrín, y de la novela Merlín y Familia (1955), de Álvaro Cunqueiro en comparación con obras medievales que perpetuaran la Matéria de la Bretanha. Por las observaciones iniciales, podemos percibir que estos personajes reúnen en si mismos la representación de dos elementos culturales muy representativos de la cultura gallega: la Edad Media y la cultura celta. Verificamos de este modo que la utilización de los personajes de la Materia de la Bretanha ocurre, en las obras aquí analizadas, en una búsqueda de estes autores por una identificación de la cultura gallega con la memoria del pueblo ocidental, en la cual Arturo es un de los mayores representantes, para así reafirmar y/o legitimar la propia cultura.Dividimos la análisis en tres partes, en las cuales observamos, en las dos obras, tres elementos que resaltan temas a través de los cuales los gallegos se identifican como nación: el celtismo, la peregrinación y el campesinato.Concluimos, entonces, que las identidades son construidas a través de la narrativa, derivada de la memoria. De este modo, en el caso de las narrativas presentadas, se legitima la identidad a través de elementos específicamente gallegos reunidos a elementos universales/imortales procedentes del legado artúrico sedimentado en la memoria de Occidente.

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