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Seguindo as vias : Declaração de nascido vivo, identificação e mediaçãoRichter, Vitor Simonis January 2012 (has links)
Essa pesquisa buscou investigar a elaboração e os usos que as pessoas fazem da Declaração de Nascido Vivo (DNV) na cidade de Porto Alegre/RS. Partindo do referencial que concebe a DNV com uma tecnologia de governo realizamos pesquisa etnográfica acompanhando os percursos das três vias DNV – principalmente em cartórios de registro civil e na Equipe de Eventos Vitais da Secretaria Municipal de Saúde – para tentar conhecer as práticas e significados, os atores envolvidos na elaboração, na utilização pelos representantes da administração pública e que efeitos ela produz no cenário contemporâneo da administração da população e da constituição de subjetividades e cidadanias particulares. A pesquisa em diferentes contextos de circulação do documento permitiu percebermos os diferentes sentidos atribuídos à DNV e as diferentes preocupações que os diferentes atores trazem com ela. Nos órgãos de vigilância em saúde podemos verificar a preocupação com a produção de dados estatísticos e legibilidade da população. Nos cartórios, as preocupações das pessoas que buscam o serviço registral passam pelos documentos que a DNV permite gerar, enquanto que, para os funcionários do registro civil, a preocupação consiste em tentar verificar o vínculo entre mãe e o recém-nascido. A pesquisa etnográfica nesses distintos lugares de circulação da DNV, ao apontar as diferenças de sentido atribuído ao documento, mostrou, também, que a objetividade absoluta que aparentemente revestiria os dados estatísticos e os documentos de identificação envolve inevitavelmente a interação entre diversos artefatos e agentes, carregando, assim, aspectos contingentes e relacionais em sua produção. Emerge, dessa forma, uma máquina burocrática do Estado que não pode ser tomada de forma tão mecânica quanto seus idealizadores gostariam. / In this volume, we investigate the elaboration and the uses of the present Brazilian document issued when a child is born alive (known as the declaração de nascido vivo - DNV) through an ethnographic study of different bureaucratic instances in the city of Porto Alegre/RS. Working on the hypothesis that the DNV is a sort of government technology, we tracked the three leaflets of the DNV– with special emphasis on the office of civil registration and on the Team of Vital Events at the Municipal Secretary of Health – to discover the practices and meanings attributed to this document by the actors involved in its elaboration. We examined the attitudes of public administrators as well as those of common citizens who are registering their children. The research in different contexts of circulation of the documentation allowed us to discern the different meanings assigned to the DNV and the different preoccupations that the various actors bring with it. In the offices of health surveillance we observed a particular concern with the production of statistical data capable of producing a ―readable‖ population; the preoccupation of the family members who seek to register a newborn child centers on legal issues concerned with documenting a child‘s identity, whereas the employees at the office of civil registry are concerned with verifying the biological connection between the declared mother, the declared father and the newborn. From our ethnographic research in these distinct administrative sectors of the DNV, notwithstanding the difference of meanings attributed to the document, there emerged the hypothesis that the ―objectivity‖ that supposedly accompanies the production of statistical data and similar identity documents inevitably involves the interaction between innumerous artifacts and agents, necessarily implying contingent and relational elements in this state technology. Altogether, our study depicts an image of state bureaucracy that adds considerable nuance to the idealized picture often projected by government planners.
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A elevação subclínica do hormônio estimulante da tireoide não compromete os resultados dos procedimentos de reprodução assistida / Subclinical elevation of thyroid-stimulating hormone does not compromise assisted reproductive technology outcomes.Marcela de Alencar Coelho Neto 15 July 2015 (has links)
Introdução: A importância dos níveis pré-concepcionais de hormônio estimulante da tireoide (TSH) em pacientes inférteis submetidas à estimulação ovariana controlada (EOC) para técnicas de reprodução assistida (TRA) permanece controversa. O hipotireoidismo subclínico pode aumentar a morbidade obstétrica e neonatal. Ainda não existe consenso entre endocrinologistas e ginecologistas em relação ao rastreio de doença tireoidiana por meio da medida do TSH em pacientes inférteis, nem em relação aos valores de corte para o TSH no hipotireoidismo subclínico (se devem ser <2,5mIU/L ou <4,0/4,5mIU/L). Avaliar o potencial impacto das diferentes concentrações de TSH nos resultados reprodutivos de pacientes submetidas à EOC para tratamentos com TRA é um importante passo para se estabelecerem políticas de rastreio e abordagens terapêuticas adequadas. Objetivo: Comparar resultados reprodutivos de pacientes submetidas à EOC para fertilização in vitro (FIV)/injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), de acordo com as diferentes concentrações de TSH (<2,5 mIU/L; 2,5 a 4,0 mIU/L; >4,0 e <10,0 mIU/L; pacientes em uso de levotiroxina, independente dos níveis de TSH). Pacientes e Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectiva avaliando mulheres submetidas à FIV/ICSI no Laboratório de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2012, que apresentavam concentração sérica de TSH descrita em prontuário médico. Foi considerado hipotireoidismo subclínico quando as concentrações de TSH eram de 4,0 mIU/L e <10,0 mIU/L em pacientes assintomáticas, que foram separadas em quatro grupos (TSH <2,5mIU/L; TSH 2.5 e <4,0mIU/L; 4mIU/L e <10mIU/L; em uso levotiroxina). Os desfechos primários avaliados foram: taxa de gestação clínica, de nascidos vivos, de gravidez múltipla e de abortamento. Os desfechos secundários analisados foram: dose total de FSH utilizada e duração da EOC, número de oócitos captados e número de oócitos maduros. Resultados: Das 787 pacientes que realizaram ciclos de FIV/ICSI no período do estudo, 727 foram incluídas na análise. A prevalência de hipotireoidismo subclínico encontrada foi de 15,13%. Sessenta pacientes foram excluídas, pois não havia registro de concentrações de TSH em seus prontuários. Não houve diferença estatisticamente significativa em relação às taxas de gravidez de clínica, nascidos vivos, gestação múltipla e abortamento, entre os grupos estudados. Também não foi detectada diferença significativa na resposta à EOC nos grupos avaliados. Conclusão: A taxa de nascido vivo e de abortamento e a resposta à EOC das mulheres com hipotireoidismo subclínico após FIV/ICSI não foram prejudicadas. Estes achados reforçam as incertezas relacionadas ao impacto das concentrações de TSH nos resultados reprodutivos de mulheres submetidas à EOC para TRA, principalmente em pacientes com concentrações de TSH entre 2,5 e 4,0 mIU/L, e tabém a ausência de dados confiáveis que justifiquem diminuir o limite do TSH para 2,5 mIU/L para a definição de hipotireoidismo subclínico. / Background: The relevance of preconception TSH (thyroid-stimulating hormone) serum concentration in infertile patients undergoing controlled ovarian stimulation (COS) for assisted reproductive techniques (ART) treatments remains controversial. Subclinical hypothyroidism may increase pregnancy e neonatal morbidity. There is no consensus among endocrinologists and gynecologists regarding screening of thyroid disease neither by measurement of TSH in infertile patients nor about the cut-off values for TSH in subclinical hypothyroidism (whether <2.5mIU/L or <4.0/4.5mIU/L). Evaluating the potential impact of different TSH concentrations in reproductive outcomes of patients undergoing COS for assisted reproductive techniques is an important step to establish screening policies and adequate therapeutic approaches. The aim of this study is to compare reproductive outcomes of patients undergoing COS for in vitro fertilization (IVF)/ICSI according to TSH serum concentrations (<2.5 mIU/L, 2.5 to 4.0 mIU/L, and >4.0 e <10mIU/L and those patients using levothyroxine irrespective TSH concentrations. Patients and Methods: Retrospective cohort study evaluating all women who underwent in vitro fertilization (IVF)/intracytoplasmic sperm injection (ICSI) between January 2011 and December 2012 and who had TSH sérum concentration described at medical records. Subclinical hypothyroidism was considered when TSH concentrations 4,0mIU/L and <10.0 mIU/L in asymptomatic patients, but the patients were separated between 4 groups (TSH <2.5mIU/L; TSH 2.5 and <4.0mIU/L; 4m e <10IU/L; patients using levothyroxine irrespective TSH concentrations. The primary endpoints assessed were clinical pregnancy, miscarriage, live birth and multiple pregnancy. Secondary endpoints evaluated were total dose of FSH (follicle-stimulating hormone) and duration of COS, number of retrieved oocytes and number of mature oocytes. Results: 787 women underwent IVF/ICSI in within the period of the study. Sixty of these women were excluded because they didn´t had TSH concentrations available in medical records. The prevalence of hypothyroidism, in the present study was 15.13%. No significant difference was observed between the four groups according to clinical pregnancy, miscarriage, live birth and multiple pregnancy rates. There were no differences between the four groups in regard to the response to COS. Conclusion: The live birth rate, miscarriage rate, and response to COS of women with subclinical hypothyroidism following IVF/ICSI were not impaired. These findings reinforce the uncertainties related to the impact of TSH concentrations on reproductive outcomes of women undergoing COS for ART, mainly in patients with TSH ranging from 2.5-4.0 mIU/L, and the absence of reliable data that justify changing the threshold for the definition of subclinical hypothyroidism for 2,5 mIU/L in this population.
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Mortalidade materna e sua distribuição nos distritos sanitários de São Luís-MA no período de 2003 a 2013 / Maternal mortality and its distribution in the sanitary districts of São Luís-MA from 2003 to 2013Silva, Alécia Maria da 22 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-22 / Introduction: The Maternal Mortality (MM) is a problem of public health in several countries. It represents a grave violation of the human rights and of women’s reproductive functions. Its statistics points out the level of women’s and population’s health in general. Although efforts have been implemented to its reduction, most of the countries still have high values of maternal mortality, including Brazil. It presents important variations among the regions and cities of the country. Objective: To analyse the maternal mortality and its distribution in Sanitary Districts of São Luís - MA in the period from 2003 to 2013. Methodology: Descriptive study performed by means of secondary data of the Mortality Information System (SIM) and Information System of Living Born One (Sinasc) available electronically through the site of the through the Computing Department of the Brazilian National Health System (SUS; Datasus). Results: it was analyzed 201 deaths of women residents in São Luís - MA, present in 07 sanitary districts of the city. It was observed a major perceptual of deaths among singles (women) (64.1%), dark ones (51.7%), between 20 and 29 years old (51.7%) and with 8 to 11 years of schooling (39,3%), being the majority by direct causes (62.7%), detaching the years 2007 and 2010 as the ones of major death event. The reason for maternal mortality was bigger than that one of the state of Maranhão and Brazil. Among the sanitary districts Tirirical detached itself for its major number of deaths (13.9%) besides the Itaqui-Bacanga (12.9%) and Cohab (12.0%) being by direct causes. The puerperium was the period under a major number of deaths. Conclusion: We observed that São Luís presented higher values as yet of Maternal Mortality, not being possible to reach the fifth aim of the goals of the millennium. The not informed data were present under high perceptual so showing clearly the need of a better data register in the death declarations. The Primary Health Care must be strengthened, so getting high their percentage of coverage, making systematized actions of that level of attention as to the maternal health, for effective services of prenatal care offered in the ESF of the different Sanitary Districts can represent an important intervention for the increase of the mother’s health and, extensively, of the whole population. / Introdução: A Mortalidade Materna (MM) é um problema de saúde pública em vários países. Representa grave violação dos direitos humanos e reprodutivos das mulheres e que suas estatísticas indicam o nível de saúde de mulheres e da população em geral. Embora esforços venham sendo implementados para sua redução, a maioria dos países ainda têm valores elevados de mortalidade materna, inclusive o Brasil, o qual apresenta variações importantes entre suas regiões e cidades. Objetivo: Analisar a mortalidade materna e sua distribuição nos Distritos Sanitários de São Luís-MA no período de 2003 a 2013. Metodologia: Estudo descritivo realizado com dados secundários do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação de Nascido Vivo (Sinasc) disponíveis eletronicamente através do site do Departamento de Informática do SUS (Datasus). Resultados: Foram analisados 201 óbitos de mulheres residentes em São Luís-MA, presentes em 07 distritos sanitários da cidade. Observou-se maior percentual de óbitos em mulheres solteiras (64,1%), pardas (51,7%), entre 20 e 29 anos de idade (51,7%) e com 8 a 11 anos de estudo (39,3%) sendo a maioria por causas diretas (62,7%), destacando os anos de 2007 e 2010 como os de maior ocorrência de óbito. A razão de mortalidade materna foi maior do que a do Estado do Maranhão e do Brasil. Entre os distritos sanitários, o Tirirical se destacou com o maior número de óbitos (13,9%) além do Itaqui-Bacanga (12,9%) e Cohab (12,0%) sendo por causas diretas. O puerpério foi o período com maior número de óbitos. Conclusão: Observamos que São Luís apresentou valores ainda elevados de mortalidade materna, não sendo possível alcançar a quinta meta dos objetivos do milênio. Os dados não informados estiveram presentes com percentuais elevados evidenciando a necessidade de se melhorar registro dos dados nas declarações de óbito. A atenção básica precisa ser fortalecida, elevando seu percentual de cobertura e sistematizando ações nesse nível de atenção em relação a saúde materna, pois efetivos serviços de pré-natal oferecidos pela ESF nos diferentes Distritos Sanitários representam uma importante intervenção para a melhoria da saúde materna e, por extensão, de toda a população.
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