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Embates sociais da Espanha nos anos 50 em Últimas tardes con Teresa (1966), de Juan Marsé /Teixeira, Romeu da Silva January 2020 (has links)
Orientador: Maira Angélica Pandolfi / Resumo: O trabalho em questão visa, a partir de Últimas tardes con Teresa (1966), de Juan Marsé, discutir os embates sociais da década de 50 na Espanha franquista. Marsé cria a história da relação amorosa de dois integrantes de classes sociais diferentes, que por olhos mais superficiais pode ser considerado como tradicional e debate, durante a narrativa, questões de significativa importância histórica. Há a intenção de discutir as questões sociais presentes em Lazarillo de Tormes, clássico produção espanhola e suas relações com o romance de Juan Marsé, seus temas e subtemas. A utilização de diversas vozes persuasivas e irônicas na obra de Marsé possibilita o estudo de questões importantes no período pós-guerra espanhola. Os conceitos de Cronotopo e Dialogia (teorias difundidas pelo Círculo de Bakhtin) permeiam a interpretação da obra e, juntos à narrativa, constroem uma personagem emblemática da literatura espanhola contemporânea: Pijoaparte, jovem andaluz, representante de migrantes, ladrão de motos, que elabora uma relação peculiar com a burguesia estudantil dos anos 50, especificamente em Barcelona. / Resumen: El trabajo en cuestión tiene como objetivo, a partir de Últimas tardes con Teresa (1966), de Juan Marsé, discutir las luchas sociales de la década de 1950 en la España franquista. Marsé crea la historia de la relación amorosa de dos miembros de diferentes clases sociales, que desde un punto de vista más superficial puede considerarse tradicional y debatir, durante la narración, cuestiones de importancia histórica significativa. Su objetivo es discutir los problemas sociales presentes en Lazarillo de Tormes, la producción clásica española y sus relaciones con la novela de Juan Marsé, sus temas y subtemas. El uso de varias voces persuasivas e irónicas en el trabajo de Marsé permite estudiar cuestiones importantes en el período de la posguerra en España. Los conceptos de Cronotopo y Dialogismo (teorías difundidas por el Círculo de Bakhtin) impregnan la interpretación de la obra y, junto con la narrativa, construyen un personaje emblemático de la literatura española contemporánea: Pijoaparte, joven andaluz, representante de migrantes, ladrón de motocicletas, que construye una peculiar relación con la burguesía estudiantil de los años cincuenta, específicamente en Barcelona. / Abstract: The work in question aims, starting from Juan Marsé's Últimas tardes con Teresa (1966), to discuss the social struggles of the 1950s in Francoist Spain. Marsé creates the story of the love relationship of two members of different social classes, which by more superficial eyes can be considered as traditional and debate, during the narrative, issues of significant historical importance. It is intended to discuss the social issues present in Lazarillo de Tormes, classic Spanish production and its relations with the novel of Juan Marsé, its themes and subthemes. The use of various persuasive and ironic voices in Marsé's work makes it possible to study important issues in the postwar period of Spain. The concepts of Chronotope and Dialogy (theories spread by the Bakhtin Circle) permeate the interpretation of the work and, together with the narrative, build an emblematic character of contemporary Spanish literature: Pijoaparte, young Andalusian, representative of migrants, motorcycle thief, who builds a peculiar relationship with the student bourgeoisie of the 1950s, specifically in Barcelona. / Mestre
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O grande mentecapto, de F. Sabino : a construção literária e social do anti-herói Geraldo ViramundoAragão, Hudson Oliveira Fontes 28 August 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / We will analyse O grande mentecapto: relato das aventuras e desventuras de Viramundo e de suas inenarráveis peregrinações (1979), the second novel of the “mineiro” writer Fernando Sabino. We considered the work as neopicaresque, such as the theoretical approach of González (1994), and we had in mind that it is a comical genre of literature as well and to apply for a popular setting of main character: the roguery, in the Brazilian literature, usually is followed by the chimerical idealism of Don Quijote (1605; 1615), by Miguel de Cervantes Saavedra. Far beyond of the comical and quixotic adventures, the anti-hero of the novel reverberate as well the tragic face of his intertextual model, because Geraldo Viramundo, “mineiro” walker, will be arrested, interned in psychiatric asylums and including murdered by the crowd, in a public lynching, being a scapegoat, just like Jesus Christ. The violence that the main character is submitted in the plot will be analysed, second the modern jurisprudence, through Michel Foucault (1975), and in an anthropologic and religious level, via René Girard (1972; 1975). The way of analysis will consider still the Brazilian representations – specially the Tiradentes – and the universal ones of the novel (more precisely the Christian elaboration of the main character) and the study will conclude that, in a national point of view, O grande mentecapto is pessimistic, but from the human and universal point of view, it propitiate us, in the chimerical space of the future, a possible escape of the violences that operates the mechanisms of the social coercion. / Analisaremos O grande mentecapto: relato das aventuras e desventuras de Viramundo e de suas inenarráveis peregrinações (1979), o segundo romance do escritor mineiro Fernando Sabino. Ao considerarmos a obra como neopicaresca, segundo o aporte teórico de Mário González (1994), tivemos em mente que ela também é um gênero cômico de literatura e concorre para uma configuração popular de protagonista: o pícaro, em nossas letras, costuma vir acompanhado do idealismo utópico do Don Quijote (1605; 1615), de Miguel de Cervantes Saavedra. Para além das cômicas e quixotescas aventuras, o anti-herói do romance também reverbera a face trágica de seus modelos intertextuais, pois Geraldo Viramundo, andarilho mineiro, será preso, internado em manicômios e até assassinado por uma multidão, em um linchamento público, constituindo-se um bode expiatório, à semelhança de Jesus Cristo. A violência a que o protagonista é submetido no enredo será analisada, segundo a jurisprudência moderna, através de Michel Foucault (1975), e num nível antropológico e religioso, via René Girard (1972; 1985). O percurso de análise considerará ainda as representações brasileiras – especialmente a de Tiradentes – e universais da obra (mais precisamente a elaboração cristã do protagonista) e concluirá que, de um ponto de vista nacional, O grande mentecapto apresenta uma visão pessimista, mas que, do ponto de vista humano e universal, propicia-nos, no espaço utópico do porvir, uma possível libertação das violências que operam os mecanismos de coerção social.
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