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Tumores estromais gastrointestinais (GIST) : fatores de risco e análise molecular de 85 casos provenientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul

Cerski, Marcelle Reesink January 2010 (has links)
Introdução: GIST perfazem cerca de 70% dos tumores mesenquimais do trato gastrintestinal. Têm uma incidência de 1 a 2/100.000/ano sendo a forma esporádica observada em adultos, a mais comum. Para o diagnóstico definitivo de GIST é necessária à confirmação imunohistoquímica, sendo que 90 a 95% dos casos são positivos para o marcador CD117. Os GIST apresentam um comportamento biológico incerto e a classificação em categorias de risco (tamanho tumoral e índice mitótico - NIH) tem sido validada em inúmeras séries. Marcadores imuno-histoquímicos prognósticos têm sido pesquisados amplamente principalmente o Ki67 e o p16 INK4A. Estudos genéticos mostram um percentual alto de mutações em GIST, sobretudo para as mutações localizadas no exon 11 do gene c-Kit. Objetivo: caracterizar todos os casos de GIST diagnosticados no Serviço de Patologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre de 01/01/1993 a 31/07/2009 do ponto de vista anatomopatológico, imuno-histoquímico, clínico e molecular. Material e Métodos: os casos foram selecionados a partir do estudo das lâminas no HE e pelo seguinte painel imuno-histoquímico: CD117, CD34, S100, desmina e actina. Foram testados dois marcadores imuno-histoquímicos prognósticos: o Ki67 e o p16 INK4A. Os casos cirúrgicos foram classificados em categoria de risco segundo os critérios de Fletcher e cols. (NIH). O estudo molecular incluiu: extração do DNA, PCR e análise mutacional. Resultados: a série é composta por 45 homens e 40 mulheres com uma média de idade de 58,4 anos. A localização gástrica foi a mais frequente (45,9%) seguida da intestinal (37,6%). O tipo histológico predominante foi o fusocelular presente em 74,1% dos casos. GIST classificados na categoria de risco muito baixo e baixo risco foram 28,2%, na categoria de risco intermediário, 23,9% e na categoria de alto risco, 47,9%. O marcador CD117 (proteína KIT) foi positivo em 97,6% dos casos de GIST. Entre os 85 casos, o marcador p16 INK4A apresentou positividade em 64,7% e Ki67> 3% foi observado em 32,9%. Houve associação significativa entre as categorias de risco classificadas como alto e não alto risco com o Ki67>3% (p = 0,001) e do Ki67 >3% com o índice mitótico (rs=0,526; p<0,001). Em 60 casos foi possível o sequenciamento do exon 11 do gene c-Kit. Foram encontradas 29 mutações para este exon: 12 mutações de ponto, 10 deleções, 04 duplicações e 03 mutações duplas (deleção associada à mutação de ponto). A maioria das mutações foi observada entre os codons 550 e 560, “hot spot” descrito em estudos prévios. A curva de sobrevida mostrou um tempo de seguimento de 2,5 anos (±2,8) e mediana de 1,5 anos, e foi estatisticamente significativa quando associada às metástases (p=0,025) e ao índice mitótico (p=0,002). Os fatores associados com a probabilidade de óbito através da Regressão de Cox foram o índice mitótico e o Ki67 > 3%. Conclusões: os 85 casos de GIST do HCPA foram caracterizados do ponto de vista anatomopatológico, imuno-histoquímico, clínico e molecular. Negatividade para p16 INK4 e Ki67 > 3% mostrou associação com um tempo de sobrevida mais curto. Houve associação entre o Ki67>3% e GIST classificados na categoria de alto risco. Não houve evidência de associação entre as mutações ou os tipos de mutação com as categorias de risco ou com a curva de sobrevida. Das variáveis que compõem a categoria de risco, o índice mitótico apresentou associação significativa com a sobrevida, sendo que os pacientes com mais de 10 mitoses em 50 campos de grande aumento apresentaram maior risco para óbito na análise multivariada. A contagem mitótica e o Ki67 são importantes marcadores prognósticos em pacientes portadores de GIST. / Introduction: Gastrointestinal stromal tumors (GIST) are the most common mesenchymal tumors of the gastrointestinal tract, representing 70% of these neoplasias, having an annual incidence of 1 to 2 /100.000/year. They are mostly sporadic and occurring mainly in adults. GIST are tumors of relative unknown behavior and a score of risk stratification was developed based on two criteria: maximum tumor size and mitotic index according to the National Institutes of Health (NIH) consensus, validated by several authors. Prognostic immunohistochemical biomarkers are mostly investigated, especially Ki67 and p16 INK4A. GIST have a high incidence of mutations affecting mainly exon 11 of the c-Kit gene. Objective: the aim of this work was to study the anatomopathological, immunohistochemical, clinical, and molecular aspects of all GIST diagnosed by the Pathology Service at the HCPA (Hospital de Clínicas - Porto Alegre), from 01/01/1993 to 31/07/2009. Material e Methods: diagnosis of GIST was confirmed after HE analysis and submission to the following immunohistochemical profile: CD117, CD34, S100, desmin and actin. Two prognostic immunohistochemical biomarkers were also analysed: Ki67 and p16 INK4A. Surgical cases were classified according to their risk stratification (NIH). Molecular study included: DNA extraction, PCR and mutational analysis. Results: from a total of 85 cases, 45 were male and 40, female and the mean average age was 58. 4 years. GIST were predominately located in the stomach (48.9%) followed by the small intestine (37.6%). Spindle cell morphology was present in 74.1% of these tumors. According to the NIH classification, 28.2% GIST were classified as very low or low risk category; 23.9% as intermediate risk and 47.9% belonged to the high risk category. CD117 (KIT protein) was expressed in 97.6% of all GIST in this study. From a total of 85 cases, 64.7% showed positivity for p16 INK4A and 32.9% had a Ki67 >3% index. There was a clear association between high risk category and non high risk category with Ki67>3% (p=0,001) and between Ki67>3% and a high mitotic index (>10 mitoses in 50 HPF), rs=0,526; p<0,001. Eighty-three cases were submitted to molecular genetic analysis and 60 samples were successfully amplified and sequenced for exon 11 of the c-Kit gene. Out of the 29 mutations found for this exon 12 were point mutations, 10 were deletions, 04 were duplications and 03 were double mutations (deletion plus point mutation). Most of these mutations were present between codons 550 and 660, “hot spots” described in previous studies. The mean survival follow up period was 2.5 years (±2,8) having a median time of 1.5 years. Survival rates were statistically significant when associated to metastases p=0.025 and to a high mitotic index (p=0.002. The multivariate Cox Regression analysis showed two independent risk factors indicating a poor prognosis: Ki67>3% and a high mitotic index. Conclusions: anatomopathological, immunohistochemical, clinical and molecular aspects of 85 GIST were studied in this series. Negativity for p16 INK4A and a Ki67 >3% were associated to a shorter survival time. Ki67>3% was associated to GIST belonging to the high risk category group. No significant associations were seen concerning presence of mutation or type of mutation in relation to survival rate or risk categories. A high mitotic index (more than 10 mitoses in 50 HPF), one of the NIH risk criteria, was strongly related to a shorter survival time and was also seen as an independent factor for poor prognosis in GIST on multivariate analysis. Mitotic count and Ki67 are important predictors of outcome in patients with GIST.
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Tumores estromais gastrointestinais (GIST) : fatores de risco e análise molecular de 85 casos provenientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul

Cerski, Marcelle Reesink January 2010 (has links)
Introdução: GIST perfazem cerca de 70% dos tumores mesenquimais do trato gastrintestinal. Têm uma incidência de 1 a 2/100.000/ano sendo a forma esporádica observada em adultos, a mais comum. Para o diagnóstico definitivo de GIST é necessária à confirmação imunohistoquímica, sendo que 90 a 95% dos casos são positivos para o marcador CD117. Os GIST apresentam um comportamento biológico incerto e a classificação em categorias de risco (tamanho tumoral e índice mitótico - NIH) tem sido validada em inúmeras séries. Marcadores imuno-histoquímicos prognósticos têm sido pesquisados amplamente principalmente o Ki67 e o p16 INK4A. Estudos genéticos mostram um percentual alto de mutações em GIST, sobretudo para as mutações localizadas no exon 11 do gene c-Kit. Objetivo: caracterizar todos os casos de GIST diagnosticados no Serviço de Patologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre de 01/01/1993 a 31/07/2009 do ponto de vista anatomopatológico, imuno-histoquímico, clínico e molecular. Material e Métodos: os casos foram selecionados a partir do estudo das lâminas no HE e pelo seguinte painel imuno-histoquímico: CD117, CD34, S100, desmina e actina. Foram testados dois marcadores imuno-histoquímicos prognósticos: o Ki67 e o p16 INK4A. Os casos cirúrgicos foram classificados em categoria de risco segundo os critérios de Fletcher e cols. (NIH). O estudo molecular incluiu: extração do DNA, PCR e análise mutacional. Resultados: a série é composta por 45 homens e 40 mulheres com uma média de idade de 58,4 anos. A localização gástrica foi a mais frequente (45,9%) seguida da intestinal (37,6%). O tipo histológico predominante foi o fusocelular presente em 74,1% dos casos. GIST classificados na categoria de risco muito baixo e baixo risco foram 28,2%, na categoria de risco intermediário, 23,9% e na categoria de alto risco, 47,9%. O marcador CD117 (proteína KIT) foi positivo em 97,6% dos casos de GIST. Entre os 85 casos, o marcador p16 INK4A apresentou positividade em 64,7% e Ki67> 3% foi observado em 32,9%. Houve associação significativa entre as categorias de risco classificadas como alto e não alto risco com o Ki67>3% (p = 0,001) e do Ki67 >3% com o índice mitótico (rs=0,526; p<0,001). Em 60 casos foi possível o sequenciamento do exon 11 do gene c-Kit. Foram encontradas 29 mutações para este exon: 12 mutações de ponto, 10 deleções, 04 duplicações e 03 mutações duplas (deleção associada à mutação de ponto). A maioria das mutações foi observada entre os codons 550 e 560, “hot spot” descrito em estudos prévios. A curva de sobrevida mostrou um tempo de seguimento de 2,5 anos (±2,8) e mediana de 1,5 anos, e foi estatisticamente significativa quando associada às metástases (p=0,025) e ao índice mitótico (p=0,002). Os fatores associados com a probabilidade de óbito através da Regressão de Cox foram o índice mitótico e o Ki67 > 3%. Conclusões: os 85 casos de GIST do HCPA foram caracterizados do ponto de vista anatomopatológico, imuno-histoquímico, clínico e molecular. Negatividade para p16 INK4 e Ki67 > 3% mostrou associação com um tempo de sobrevida mais curto. Houve associação entre o Ki67>3% e GIST classificados na categoria de alto risco. Não houve evidência de associação entre as mutações ou os tipos de mutação com as categorias de risco ou com a curva de sobrevida. Das variáveis que compõem a categoria de risco, o índice mitótico apresentou associação significativa com a sobrevida, sendo que os pacientes com mais de 10 mitoses em 50 campos de grande aumento apresentaram maior risco para óbito na análise multivariada. A contagem mitótica e o Ki67 são importantes marcadores prognósticos em pacientes portadores de GIST. / Introduction: Gastrointestinal stromal tumors (GIST) are the most common mesenchymal tumors of the gastrointestinal tract, representing 70% of these neoplasias, having an annual incidence of 1 to 2 /100.000/year. They are mostly sporadic and occurring mainly in adults. GIST are tumors of relative unknown behavior and a score of risk stratification was developed based on two criteria: maximum tumor size and mitotic index according to the National Institutes of Health (NIH) consensus, validated by several authors. Prognostic immunohistochemical biomarkers are mostly investigated, especially Ki67 and p16 INK4A. GIST have a high incidence of mutations affecting mainly exon 11 of the c-Kit gene. Objective: the aim of this work was to study the anatomopathological, immunohistochemical, clinical, and molecular aspects of all GIST diagnosed by the Pathology Service at the HCPA (Hospital de Clínicas - Porto Alegre), from 01/01/1993 to 31/07/2009. Material e Methods: diagnosis of GIST was confirmed after HE analysis and submission to the following immunohistochemical profile: CD117, CD34, S100, desmin and actin. Two prognostic immunohistochemical biomarkers were also analysed: Ki67 and p16 INK4A. Surgical cases were classified according to their risk stratification (NIH). Molecular study included: DNA extraction, PCR and mutational analysis. Results: from a total of 85 cases, 45 were male and 40, female and the mean average age was 58. 4 years. GIST were predominately located in the stomach (48.9%) followed by the small intestine (37.6%). Spindle cell morphology was present in 74.1% of these tumors. According to the NIH classification, 28.2% GIST were classified as very low or low risk category; 23.9% as intermediate risk and 47.9% belonged to the high risk category. CD117 (KIT protein) was expressed in 97.6% of all GIST in this study. From a total of 85 cases, 64.7% showed positivity for p16 INK4A and 32.9% had a Ki67 >3% index. There was a clear association between high risk category and non high risk category with Ki67>3% (p=0,001) and between Ki67>3% and a high mitotic index (>10 mitoses in 50 HPF), rs=0,526; p<0,001. Eighty-three cases were submitted to molecular genetic analysis and 60 samples were successfully amplified and sequenced for exon 11 of the c-Kit gene. Out of the 29 mutations found for this exon 12 were point mutations, 10 were deletions, 04 were duplications and 03 were double mutations (deletion plus point mutation). Most of these mutations were present between codons 550 and 660, “hot spots” described in previous studies. The mean survival follow up period was 2.5 years (±2,8) having a median time of 1.5 years. Survival rates were statistically significant when associated to metastases p=0.025 and to a high mitotic index (p=0.002. The multivariate Cox Regression analysis showed two independent risk factors indicating a poor prognosis: Ki67>3% and a high mitotic index. Conclusions: anatomopathological, immunohistochemical, clinical and molecular aspects of 85 GIST were studied in this series. Negativity for p16 INK4A and a Ki67 >3% were associated to a shorter survival time. Ki67>3% was associated to GIST belonging to the high risk category group. No significant associations were seen concerning presence of mutation or type of mutation in relation to survival rate or risk categories. A high mitotic index (more than 10 mitoses in 50 HPF), one of the NIH risk criteria, was strongly related to a shorter survival time and was also seen as an independent factor for poor prognosis in GIST on multivariate analysis. Mitotic count and Ki67 are important predictors of outcome in patients with GIST.
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Tumores estromais gastrointestinais (GIST) : fatores de risco e análise molecular de 85 casos provenientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul

Cerski, Marcelle Reesink January 2010 (has links)
Introdução: GIST perfazem cerca de 70% dos tumores mesenquimais do trato gastrintestinal. Têm uma incidência de 1 a 2/100.000/ano sendo a forma esporádica observada em adultos, a mais comum. Para o diagnóstico definitivo de GIST é necessária à confirmação imunohistoquímica, sendo que 90 a 95% dos casos são positivos para o marcador CD117. Os GIST apresentam um comportamento biológico incerto e a classificação em categorias de risco (tamanho tumoral e índice mitótico - NIH) tem sido validada em inúmeras séries. Marcadores imuno-histoquímicos prognósticos têm sido pesquisados amplamente principalmente o Ki67 e o p16 INK4A. Estudos genéticos mostram um percentual alto de mutações em GIST, sobretudo para as mutações localizadas no exon 11 do gene c-Kit. Objetivo: caracterizar todos os casos de GIST diagnosticados no Serviço de Patologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre de 01/01/1993 a 31/07/2009 do ponto de vista anatomopatológico, imuno-histoquímico, clínico e molecular. Material e Métodos: os casos foram selecionados a partir do estudo das lâminas no HE e pelo seguinte painel imuno-histoquímico: CD117, CD34, S100, desmina e actina. Foram testados dois marcadores imuno-histoquímicos prognósticos: o Ki67 e o p16 INK4A. Os casos cirúrgicos foram classificados em categoria de risco segundo os critérios de Fletcher e cols. (NIH). O estudo molecular incluiu: extração do DNA, PCR e análise mutacional. Resultados: a série é composta por 45 homens e 40 mulheres com uma média de idade de 58,4 anos. A localização gástrica foi a mais frequente (45,9%) seguida da intestinal (37,6%). O tipo histológico predominante foi o fusocelular presente em 74,1% dos casos. GIST classificados na categoria de risco muito baixo e baixo risco foram 28,2%, na categoria de risco intermediário, 23,9% e na categoria de alto risco, 47,9%. O marcador CD117 (proteína KIT) foi positivo em 97,6% dos casos de GIST. Entre os 85 casos, o marcador p16 INK4A apresentou positividade em 64,7% e Ki67> 3% foi observado em 32,9%. Houve associação significativa entre as categorias de risco classificadas como alto e não alto risco com o Ki67>3% (p = 0,001) e do Ki67 >3% com o índice mitótico (rs=0,526; p<0,001). Em 60 casos foi possível o sequenciamento do exon 11 do gene c-Kit. Foram encontradas 29 mutações para este exon: 12 mutações de ponto, 10 deleções, 04 duplicações e 03 mutações duplas (deleção associada à mutação de ponto). A maioria das mutações foi observada entre os codons 550 e 560, “hot spot” descrito em estudos prévios. A curva de sobrevida mostrou um tempo de seguimento de 2,5 anos (±2,8) e mediana de 1,5 anos, e foi estatisticamente significativa quando associada às metástases (p=0,025) e ao índice mitótico (p=0,002). Os fatores associados com a probabilidade de óbito através da Regressão de Cox foram o índice mitótico e o Ki67 > 3%. Conclusões: os 85 casos de GIST do HCPA foram caracterizados do ponto de vista anatomopatológico, imuno-histoquímico, clínico e molecular. Negatividade para p16 INK4 e Ki67 > 3% mostrou associação com um tempo de sobrevida mais curto. Houve associação entre o Ki67>3% e GIST classificados na categoria de alto risco. Não houve evidência de associação entre as mutações ou os tipos de mutação com as categorias de risco ou com a curva de sobrevida. Das variáveis que compõem a categoria de risco, o índice mitótico apresentou associação significativa com a sobrevida, sendo que os pacientes com mais de 10 mitoses em 50 campos de grande aumento apresentaram maior risco para óbito na análise multivariada. A contagem mitótica e o Ki67 são importantes marcadores prognósticos em pacientes portadores de GIST. / Introduction: Gastrointestinal stromal tumors (GIST) are the most common mesenchymal tumors of the gastrointestinal tract, representing 70% of these neoplasias, having an annual incidence of 1 to 2 /100.000/year. They are mostly sporadic and occurring mainly in adults. GIST are tumors of relative unknown behavior and a score of risk stratification was developed based on two criteria: maximum tumor size and mitotic index according to the National Institutes of Health (NIH) consensus, validated by several authors. Prognostic immunohistochemical biomarkers are mostly investigated, especially Ki67 and p16 INK4A. GIST have a high incidence of mutations affecting mainly exon 11 of the c-Kit gene. Objective: the aim of this work was to study the anatomopathological, immunohistochemical, clinical, and molecular aspects of all GIST diagnosed by the Pathology Service at the HCPA (Hospital de Clínicas - Porto Alegre), from 01/01/1993 to 31/07/2009. Material e Methods: diagnosis of GIST was confirmed after HE analysis and submission to the following immunohistochemical profile: CD117, CD34, S100, desmin and actin. Two prognostic immunohistochemical biomarkers were also analysed: Ki67 and p16 INK4A. Surgical cases were classified according to their risk stratification (NIH). Molecular study included: DNA extraction, PCR and mutational analysis. Results: from a total of 85 cases, 45 were male and 40, female and the mean average age was 58. 4 years. GIST were predominately located in the stomach (48.9%) followed by the small intestine (37.6%). Spindle cell morphology was present in 74.1% of these tumors. According to the NIH classification, 28.2% GIST were classified as very low or low risk category; 23.9% as intermediate risk and 47.9% belonged to the high risk category. CD117 (KIT protein) was expressed in 97.6% of all GIST in this study. From a total of 85 cases, 64.7% showed positivity for p16 INK4A and 32.9% had a Ki67 >3% index. There was a clear association between high risk category and non high risk category with Ki67>3% (p=0,001) and between Ki67>3% and a high mitotic index (>10 mitoses in 50 HPF), rs=0,526; p<0,001. Eighty-three cases were submitted to molecular genetic analysis and 60 samples were successfully amplified and sequenced for exon 11 of the c-Kit gene. Out of the 29 mutations found for this exon 12 were point mutations, 10 were deletions, 04 were duplications and 03 were double mutations (deletion plus point mutation). Most of these mutations were present between codons 550 and 660, “hot spots” described in previous studies. The mean survival follow up period was 2.5 years (±2,8) having a median time of 1.5 years. Survival rates were statistically significant when associated to metastases p=0.025 and to a high mitotic index (p=0.002. The multivariate Cox Regression analysis showed two independent risk factors indicating a poor prognosis: Ki67>3% and a high mitotic index. Conclusions: anatomopathological, immunohistochemical, clinical and molecular aspects of 85 GIST were studied in this series. Negativity for p16 INK4A and a Ki67 >3% were associated to a shorter survival time. Ki67>3% was associated to GIST belonging to the high risk category group. No significant associations were seen concerning presence of mutation or type of mutation in relation to survival rate or risk categories. A high mitotic index (more than 10 mitoses in 50 HPF), one of the NIH risk criteria, was strongly related to a shorter survival time and was also seen as an independent factor for poor prognosis in GIST on multivariate analysis. Mitotic count and Ki67 are important predictors of outcome in patients with GIST.
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Avaliação imunoistoquímica da expressão das proteínas Akt e VEGFR e seu valor prognóstico em tumores estromais do trato gastrointestinal (GISTs)

Carvalho, Gisele Pereira de January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:03:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000438529-Texto+Completo-0.pdf: 18860537 bytes, checksum: 9c31f74e1e908515a22fbc3a7838b2b1 (MD5) Previous issue date: 2012 / Gastrointestinal sarcomatoid tumors (GIST) are rare malignancies, corresponding to 1 - 3% of alli GI cancers. Nevertheless, GISts are the most common GI mesenchimal malignancies. GISTs are heterogeneous in presentation, clinical course and response to therapy. Their prognosis can be roughly estimated at diagnosis by assessing tumor size, mitotic index and the topography of the primary lesion. Despite the proved utility of these prognostic factors, their limitations are well documented, and a more refined set of biological markers are much needed. The abnormal activation of the cell survival signaling pathway provided by PI3K/Akt/PTEN proteins is a well known feature in advanced epithelial and hematological malignancies, impacting the aggressiveness of the disease as well as the resistance to different traditional therapies or biological agents. Besides their multi-effect in cell survival mechanisms, the PI3K/Akt/PTEN pathway is a powerful activator of angiogenesis via VEGF protein family transcription. The different isoforms of VEGF will in turn activate the VEGF receptor (VEGFR) at the surface of endothelial cells. Therefore, VEGFR is a reliable marker of angiogenesis in human tumors. We sought to evaluate the expression of VEGFR and Akt proteins in a series of GIST patients at diagnosis, treated in a single institution, in order to correlated the levei of expression of these proteins to clinical outcomes, such as overall survival (OS) and disease free survival (DFS). The levei of expression of these proteins was also correlated to the same outcomes in a subgroup of patients with advanced disease who received more than three months of therapy with Imatinib Mesylate (GleeveC®).Methods - 48 GIST patients were evaluated. Immunohystochemistry for VEGFR and Akt was performed by tissue microarray. Results - Akt hyperexpression was statistically correlated with a shorter DFS in the group of patients with metastatic disease (ali of them receiving GleeveC®). This correlation was not observed in early cases (defined as curable disease - stages I to III). We have not observed correlation between Akt expression and OS in any clinical stage. Lower VEGFR expression was associated to a significant better OS in ali stages (including patients receiving GleeveC®). Conversely, DFS was not affected by the levei of expression of VEGFR.CONCLUSIONS - Low VEGFR expression was related to a better prognosis in any clinicalstage of GIST, reflected in larger OS. The fact that this effect was observed in GleeveC® treated patients suggests that the betler response to the drug is much more related to the biology of the tumor than to the treatment itself. Akt showed also a promising role as a prognostic marker for disease free survival in advanced disease, indicating that GISTs with hyperexpressed Akt pathway behave more aggressively or may be less sensitive to GleeveC®. / Introdução: GISTs são raros, correspondendo de 1 a 3% de todas as neoplasias do trato gastrointestinal, entretanto, são as neoplasias mesenquimais mais comuns desta localização. Possuem uma apresentação, comportamento clínico e resposta à terapia heterogêneos. O prognóstico pode ser grosseiramente estimado pelo tamanho tumoral ao diagnóstico, topografia e índice mitótico. Apesar da utilidade destes fatores de prognóstico de simples obtenção, a heterogeneidade da doença exige que marcadores mais específicos sejam aplicados para uma avaliação individual não apenas prognóstica ao diagnóstico, mas também preditiva ao tratamento com novas drogas disponíveis. A ativação aberrante das proteínas da via de sinalização PI3K/Akt/PTEN é um fenômeno relativamente comum em neoplasias epiteliais e hematológicas, com repercussão tanto na agressividade da neoplasia como na sua resistência adquirida a tratamentos anti-neoplásicos. Além da sinalização para mecanismos de sobrevivência, a via PI3K/Akt/PTEN está envolvida na ativação de angiogênese por meio da transcrição de VEGF e secundariamente do seu receptor endotelial, VEGFR. O objetivo deste trabalho foi avaliar a expressão das proteínas VEGFR, Akt e PTEN em pacientes com GIST ao diagnóstico, na tentativa de correlacionar a mesma com desfechos clínicos. Paralelamente acompanhamos o efeito do nível de expressão destas proteínas em um subgrupo de pacientes com doença avançada que recebeu a medicação Mesilato de Imatinib (GliveC®).Método: Avaliação imunoistoquímica com método TMA de 48 espécimes de GISTs utilizando os anticorpos monoclonais para Akt e VEGFR. A hiperexpressão de Akt foi verificada em 33,3% e VEGFR em 75% das amostras. Na análise do grupo geral de pacientes, a hiper-expressão de Akt correlacionou-se com uma SLP (sobrevida livre de progressão) estatisticamente encurtada (p>O. 05) exclusivamente para casos com doença metastática. Esta correlação não foi observada em casos com doença não inicial (estágios I a III). No entanto, mesmo em doença avançada, a hiper-expressão de Akt não teve impacto na sobrevida global. Como o grupo de pacientes com doença avançada foi o grupo que recebeu GliveC®, a correlação com SLP e hiper-expressão de Akt se manteve. A ausência de expressão de VEGFR se associou com melhor sobrevida global (SG) em todos os estágios (incluindo os pacientes que receberam GliveC®), mas não com sobrevida livre de doença (SLD). Este dado sugere que os pacientes com baixa expressão de VEGFR poderiam ter uma doença de biologia mais indolente, mesmo que a taxa de recorrência seja idêntica ao grupo com VEGFR hiper-expresso.Conclusões: os resultados deste estudo sugerem que a baixa expressão de VEGFR é um fator de prognóstico favorável em pacientes com doença em qualquer estágio. A hiperexpressão de Akt associa-se a uma menor SLP apenas em casos avançados, sugerindo que a ativação desta via poderia ser um mecanismo adquirido em etapas finais da doença que conferem resistência ao GliveC®.
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Estado nutricional e inflamatório em pacientes com tumores do trato gastrointestinal submetidos à ressecção cirúrgica

Fruchtenicht, Ana Valeria Goncalves January 2017 (has links)
Resumo não disponível
6

O diagnóstico citológico do câncer gástrico : experiência pessoal

Zamel, Noe January 1958 (has links)
Resumo não disponível.
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Estado nutricional e inflamatório em pacientes com tumores do trato gastrointestinal submetidos à ressecção cirúrgica

Fruchtenicht, Ana Valeria Goncalves January 2017 (has links)
Resumo não disponível
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O diagnóstico citológico do câncer gástrico : experiência pessoal

Zamel, Noe January 1958 (has links)
Resumo não disponível.
9

Estado nutricional e inflamatório em pacientes com tumores do trato gastrointestinal submetidos à ressecção cirúrgica

Fruchtenicht, Ana Valeria Goncalves January 2017 (has links)
Resumo não disponível
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O diagnóstico citológico do câncer gástrico : experiência pessoal

Zamel, Noe January 1958 (has links)
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