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Os efeitos da nomeação sobre a formação e expansão de classes emergentes de resposta

Nogueira, Melissa Fecury January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. / Made available in DSpace on 2012-10-22T06:22:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 202494.pdf: 1232364 bytes, checksum: f9dbea499d620c6777c7b6c8c7103259 (MD5)
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[en] REMARRIED FAMILIES: ADOLESCENTS PERSPECTIVES ON THE STEPFATHER S ROLE / [pt] FAMÍLIA RECASADA: O LUGAR DO PADRASTO NA PERSPECTIVA DOS ADOLESCENTES

ISABELA TAVARES JUNQUEIRA 28 June 2017 (has links)
[pt] Esta Dissertação teve como objetivo investigar a percepção de adolescentes de famílias recasadas em relação à coabitação com seus padrastos, e ao lugar que estes ocupam na dinâmica familiar. Levando-se em conta o crescente número de recasamentos e face à necessidade de que se estude esta configuração familiar, considerando suas características singulares, foi realizada uma pesquisa qualitativa contando com a participação de oito adolescentes com idades variando entre 14 e 16 anos e que coabitavam com seus padrastros por, no mínimo, quatro anos. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas. As categorias que emergiram dos relatos dos adolescentes foram: membros da família recasada; cotidiano da família recasada; tarefas domésticas; autonomia; autoridade; conflitos; relações socioafetivas; o pai; nomeação e, por fim, as expectativas em relação ao padrasto. Verificou-se que um fator de importância para se definir os membros da família é a coabitação, e que uma possível característica específica desta configuração é o tempo passado em família reduzido em função dos diversos núcleos familiares dos quais os adolescentes fazem parte e cujas casas frequentam. Os dados sugerem que ainda cabe à mãe a realização de grande parte das tarefas domésticas e os cuidados com os filhos, o que demonstra a permanência dos papéis de gênero tradicionais, ainda que se trate de uma configuração familiar não-tradicional. A visitação à casa paterna não seguiu algum acordo estabelecido pelas figuras parentais, cabendo aos adolescentes a decisão de ir e vir quando assim desejassem. As mães foram identificadas como sendo a principal figura de autoridade, estabelecendo e garantindo o cumprimento das regras. O segundo lugar foi dividido entre o pai e o padrasto, o que sugere uma maior participação paterna na educação e na criação dos filhos após o divórcio e o recasamento. Quanto ao padrasto, os adolescentes justificaram a autoridade do mesmo com a presença deste na casa, mas a qualidade da relação que se estabelece entre eles se mostrou ainda mais importante para que reconheçam a autoridade do mesmo. Constatou-se a predominância de um modelo democrático e igualitário na maneira de lidar com a hierarquia, e a maioria dos conflitos ocorrem quando os jovens questionam as regras ou os limites colocados pela mãe. Maiores conflitos também ocorrem na relação entre os adolescentes e seus padrastos quando estes últimos buscam exercer um papel de autoridade que a eles não foi designado. A função de autoridade do padrasto é conquistada gradualmente, dependendo da relação que estabelece com seu enteado. Quanto ao lugar que o padrasto ocupa na dinâmica familiar, os enteados entendem que ele deve ser como um pai naquele núcleo familiar e esperam ser tratados como filhos. Contudo, mesmo esperando que o padrasto desempenhe uma papel paterno, os adolescentes não desejam que ele substitua a figura paterna e guardam a palavra pai para nomear apenas o pai biológico, optando pelo uso do termo padrasto, para designar o marido da mãe, termo este que não é visto pelos jovens de forma negativa. A presença paterna parece ser um fator de importância para que não se refiram aos padrastos como pai. A maneira com que chamam os irmãos biológicos é a mesma que usam para se referir aos meio-irmãos e, quanto aos irmãos socioafetivos, a qualidade do laço que se constrói entre eles parece ser determinante para a escolha do termo a ser utilizado para nomeá-los. Nas famílias estudadas verificou-se uma lógica de funcionamento que garante a presença do pai e, no que diz respeito ao lugar do padrasto, este é construído de maneira própria e única, adicionando à família e não substituindo o lugar da figura paterna. / [en] This Dissertation aimed to investigate the perception of adolescents in remarried families regarding their stepfather s place in the family s everyday life. Taking into consideration the growing number of remarried families, and given the need to discuss the specific characteristics of this family configuration, a qualitative research was conducted with the participation of eight adolescents between the ages of 14 and 16, living with their mothers and stepfathers for at least four years. Semi-structured interviews were used to collect data. The categories that emerged from the interviews were: members of the remarried family; family everyday life; household chores; autonomy; authority; conflicts; stepfamily; the father; naming and, finally, expectations regarding the stepfather. It was verified that an important factor for defining the family members is the time spent living together. Also, one of the possible specificities of remarried families is the limited family time, since the teenagers divide their time amongst the many family households that they visit often. Traditional gender roles still remain present, as the mothers were said to be the ones that take care of house chores. The adolescents that participated in this study seem to display autonomy, given that seen as they can do most things on their own as long as their parents are aware. An example of this autonomy is the decision to visit their father s house, which remains theirs. As for the exercise of authority in the families, the teenagers recognize their mothers as their main authority figure, followed by their fathers, in some cases, or their stepfathers, in other cases, which demonstrates a bigger participation of the fathers in their children s education after divorce and remarriage. As for the stepfathers, living together was shown to be an important factor so that the adolescents acknowledge their authority. However, the kind of relationship that they build seems to be essential for the teenagers to accept or reject the establishment and enforcement of rules by them. The families seem to deal with hierarchy in a democratic way, where the adolescents participate on the establishment of rules and allow themselves to question the decisions made mostly by their mothers, which sometimes results in conflicts between them. Conflicts may also occur between the stepfathers and their stepchildren if he tries to set rules or administer discipline without being recognized as an authority figure by his stepchild as it seems that stepfather authority is gained over time, according to the kind of relationship that is established between him and his stepchild. Regarding the stepfather s place in the family dynamics, the teenagers consider that they should be like a father to them in their household, acting as fathers and treating them as their own children. However, as much as the young participants expect their stepfathers to treat them as fathers, they don t seem to wish for a substitution of their father s place and save the word dad to be used only with their fathers, choosing to refer to their mother s husband as their stepfather, and don t seem to see a problem in using this word. The presence of their biological fathers seems to be an important factor for not calling their stepfathers dad. The words used to refer to half-siblings are the same as the ones used with biological siblings, and step-siblings are referred to according to the strength of the bond that exists between them. The adolescents families seem to function by a logic that doesn t put aside the biological father. As for the stepfather s place in the family and his roles, they are built in order to add to the family, and not as a substitute for the father.
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[pt] ALGUMA COISA ESTÁ FORA DA ORDEM SEXUAL: ALGO MUDOU OU PARECE TER MUDADO / [fr] QUELQUE CHOSE EST EN DEHORS DE L ORDRE SEXUEL QUELQUE CHOSE A CHANGÉ OU SEMBLE AVOIR CHANGÉ

CLARICE ARANTES MARTIN 09 June 2021 (has links)
[pt] Esta tese é o produto de uma investigação sobre a noção de diferença sexual em Freud e Lacan. Noção que não permanece a mesma ao longo do pensamento dos autores. Exploramos algumas transformações operadas ao longo da obra de Freud e do ensino de Lacan, levando em consideração o debate sobre os gêneros ininteligíveis encampado pelas teorias de J. Butler e Paul B. Preciado. Com nosso percurso buscamos, inicialmente, indicar os diferentes tratamentos teóricos que a noção de diferença sexual recebe em Freud e Lacan. Em relação ao ensino de Lacan destacamos o Seminário 5, como paradigma de um Lacan ainda bastante freudiano e os Seminários 20 e 21, que lidos em diálogo nos conduziram ao esforço de tentar extrair a atualidade do pensamento lacaniano. Para isso, as noções de nomeação e autorização nos ajudaram a vislumbrar alternativas clínicas para navegarmos neste mar que se abre frente a um certo declínio das noções tradicionais. / [fr] Cette thèse est le fruit d une recherche sur la notion de différence sexuelle chez Freud et Lacan. Une notion qui évolue tout au long de la pensée des auteurs. Nous avons exploré certaines transformations dans l oeuvre de Freud et dans l enseignement de Lacan, prenant en compte le débat sur les genres inintelligibles qu embrasse les théories de J. Butler et de Paul B Preciado. Au cours de notre parcours, nous citons, dans un premier temps, les différentes théories de Freud et de Lacan concernant la notion de différence sexuelle. À propos de l enseignement de Lacan, nous montrons l importance du Séminaire 5, en tant que paradigme d un Lacan bien freudien, et des Séminaires 20 et 21. Notre lecture, sous la forme d un dialogue entre ces trois Séminaires, témoigne de l effort de tenter d extraire l actualité de la pensée lacanienne. À cet effet, les notions de nomination et d autorisation nous ont permis d entrevoir des alternatives cliniques pour nous orienter dans cette mer qui s ouvre face à un certain déclin des notions traditionnelles.

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