Made available in DSpace on 2016-04-27T17:27:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carlos Jacinto Nascimento Motta.pdf: 1413752 bytes, checksum: 466d45d754b40761f382c04cc0cb65a4 (MD5) Previous issue date: 2015-10-23 / The PhD. thesis here offered has as its aim the presentation of the Baconian conception of induction, understood as an essential element for the realization of Francis Bacon s project of a Restauration of by means of a reform of learning and sciences. In his most important and influente work, the Instauratio Magna, Bacon highlights the need for a wide survey of both the knowledge and sciences already established in order to know which of these should be abandoned, which perfected and which still are in need of implementation. Once this is achieved, and with due governamental support, a new scientifical era was supposed to begin and many advancements would also be achieved by Humankind. Notwithstanding, as Bacon points out, the reformation of sciences demands a change in the proceedings used by the investigator, which, in turn, results in a reformulation of both the idea of experience and the pattern of inference. It also indicates that the new scientifical era demands the establishment of investigative communities instead of isolated researchers, so that common mistakes to human nature should be avoided. This change, however, could only be realized in a mind duly cleansed of prejudices caused by both the philosophical tradition and by the natural characteristics of Humankind. The first were supposed to be corrected by means of the purging of idols, i.e. false notions which inhabit our mind and are imposed by culture; the latter, being these the greatest impediments on account of having to do with human nature itself, would be corrected by means of three different modalities of help, which combined form the novum organum (the new induction) or the new pattern of Bacon s scientific inference. This new induction must be understood in the contexto of the need for reformulations which promote the necessary aid to the investigator, being the histories the aids to the senses, the tables of presentation of instances the aids to memory and the new induction (Novum Organum) the aid to reason. Thus, we understand that the best interpretative key as regards the Baconian epistemology is the proposal of a reform of human understanding, and not merely the reformation of the logic used in investigations. Such reform would possibilitate the emergence of a new man, gifted with new logical tools and which would cooperate with other researchers towards the aim of assembling a type of inferential device, a collective investigative machine / A tese de doutorado aqui apresentada tem por objetivo apresentar a concepção baconiana de indução entendida como elemento essencial para a efetivação do projeto de Francis Bacon de uma Restauração da humanidade por meio da reforma do conhecimento e das ciências. Em sua mais significativa e influente obra, a Instauratio Magna, Bacon estabelece a necessidade de uma ampla avaliação dos saberes e ciências já constituídos a fim de saber quais devem ser abandonados, quais aprimorados e quais ainda necessitam implantação. De posse desse inventário, e com o devido apoio governamental, uma nova era científica teria início e muitos avanços seriam alcançados pela humanidade. Contudo, observa Bacon, a reforma das ciências exige uma alteração dos procedimentos adotados pelo investigador, o que leva a uma reformulação da ideia de experiência e do padrão de inferência utilizados. Também indica que a nova era científica exige que sejam constituídas comunidades investigativas, em lugar dos pesquisadores, a fim de se evitarem os erros comuns à natureza humana. Mas, isso somente poderia ser efetivado em uma mente devidamente purificada dos prejuízos causados pela tradição filosófica e pelas características naturais do homem. Os primeiros seriam corrigidos por meio da eliminação dos Ídolos, as falsas noções que habitam nossa mente impostas pela cultura. As segundas, os maiores impedimentos por se tratarem da própria natureza humana, seriam corrigidos por meio de três diferentes modalidades de ajuda, que juntas formam o novum organum (ou nova indução), o novo padrão de inferência científica de Bacon. Esta nova indução deve ser entendida no contexto da necessidade de reformas que promovam os auxílios necessários ao investigador, sendo as histórias os auxílios aos sentidos, as tábuas de organização das instâncias os auxílios à memória e a nova indução (ou novum organum) o auxílio à razão. Assim, nosso entendimento é que a melhor chave interpretativa para a epistemologia baconiana é a proposta de uma reforma do entendimento humano, não meramente a reforma da lógica utilizada nas investigações, da qual emergiriam um outro homem, dotado de novas ferramentas lógicas, trabalhando em cooperação, formando uma espécie de dispositivo inferencial, ou uma máquina investigativa coletiva