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Mapeamento geológico, caracterização estrutural, análise geoquímica e microestrutural da porção oriental da zona de cisalhamento Pernambuco oeste e áreas adjacentes

VASCONCELOS, Cleidiane de Lemos 04 July 2016 (has links)
Submitted by Rafael Santana (rafael.silvasantana@ufpe.br) on 2018-01-24T18:13:29Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Dissertação Cleidiane de Lemos.pdf: 21179890 bytes, checksum: 781a2c62ecd2718e46de1d6d8a512e53 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-24T18:13:29Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Dissertação Cleidiane de Lemos.pdf: 21179890 bytes, checksum: 781a2c62ecd2718e46de1d6d8a512e53 (MD5) Previous issue date: 2016-07-04 / CNPQ / Nos mapas regionais, a zona de cisalhamento Pernambuco oeste (ZCPW) apresenta trend WNW, infletindo para E-W na folha Airi, centro oeste do estado Pernambuco. Nessa área, é cartografada como limite entre o Domínio Alto Moxotó (DAM) e o Domínio PernambucoAlagoas (DPEAL) da Província Borborema. O mapeamento realizado mostrou que ela consiste de uma estreita faixa de milonitos de baixa temperatura com direção W-E. Em contraste, a zona de cisalhamento Poço da Areia, ao sul da ZCPW, tem direção WNW-ESE, vários quilômetros de largura e é formada por milonitos de alta temperatura, devendo ser considerada o limite entre o DAM e o DPEAL. Análises geoquímicas em ortognaisses graníticos e dioriticos do Complexo Floresta (DAM) e do Complexo Belém de São Francisco (DPEAL) caem no campo cálcio-alcalino, com caráter fracamente peraluminoso para os ortognaisses graníticos e metaluminoso para os ortognaisses dioríticos. Elementos traços normalizados pelo manto primitivo mostram padrões similares para os diferentes ortognaisses, com enriquecimento em elementos incompatíveis e empobrecimento nos elementos menos incompatíveis eanomalias fortemente negativas de Nb e Ti, sugerindo intrusão dos protólitos em ambiente de arco magmático. No entanto, os ortognaisses dioríticos do Complexo Floresta são menos fracionados e têm teores menores de elementos incompatíveis do que os do Complexo Belém de São Francisco, o que sugere fontes distintas ou diferentes graus de fusão parcial. / In regional maps, the West Pernambuco shear zone presents a NNW trend, inflecting to W-E in the Airi sheet, midwest of the Pernambuco state. In this area, it is mapped as the limit between the Alto Moxotó Domain (DAM) and the Pernambuco-Alagoas Domain (DPEAL) of the Borborema Province. The mapping performed showed that it consists of a narrow zone of low temperature mylonites with a W-E strike. In contrast, the Poço da Areia shear zone, south of the ZCPW, has a WNW-ESE strike, is several kilometers wide and is formed by high temperature mylonites, thus, it must be considered the limit between the DAM and DPEAL. Geochemical analyses of granitic and dioritic orthogneisses of the Floresta Complex (DAM) and the Belém de São Francisco Complex (DPEAL) fall into the calc-alkaline field, with a weak peraluminous character for the granitic orthogneisses and a metaluminous character for the dioritic orthogneisses. Primitive mantle-normalized trace elements diagrams show similar patterns for the different orthogneisses, with enrichment of incompatible elements and depletion in less incompatible elements, and strongly negative anomalies of Nb and Ti, suggesting intrusion of protoliths in a magmatic arc environment. However, dioritic orthogneisses of the Floresta Complex are less fractionated and they have lower content of incompatible elements than those from the Belém de São Francisco Complex, suggesting different sources or different degrees of partial melting.
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Temperatura e pressão em ambiente de alteração epitermal: estudo de caso no Lineamento de Ibaré-RS, Brasil

Ruppel, Kelvyn Mikael Vaccari January 2018 (has links)
Rochas ortognaissicas do Complexo Granulítico Santa Maria Chico (setor oeste do Escudo Sul-riograndense) são afetadas na Zona de Cisalhamento Lineamento Ibaré por processos de alteração hidrotermal. Facilitado pela exposição das rochas decorrente de cortes de estrada de ferro, foram coletadas amostras num setor específico para estudos da alteração e para avaliação das condições de pressão, temperatura e composição dos fluidos. As amostras de ortognaisses coletadas possuem uma mineralogia composta de bandas milimétricas contendo biotita, quartzo, plagioclásio e muscovita que evoluem para uma paragênese de alteração de baixa pressão (<2000 bar) composta por clorita (ferro-clinocloro), epidoto, albita, mica branca (sericita), calcita, titanita, rutilo/ilmenita, pirita/calcopirita, barita e quartzo, típica de uma mineralogia da fácies xisto verde de baixa pressão, equivalente a fácies albita-epidoto-hornfels. A associação clorita, epidoto, albita e calcita na alteração reflete soluções mineralizantes com pH neutro a levemente alcalino. O estudo do sistema de alteração baseou-se nas relações paragenéticas, texturais, temperatura de cristalização da clorita, temperatura de homogeneização obtidas a partir de inclusões fluidas no quartzo hidrotermal e do comportamento dos isótopos de C e O nos carbonatos. Utilizando-se novos parâmetros de avaliação da geotermometria da clorita obtêm-se uma temperatura média de formação de 274 °C, compatível com a temperatura de equilíbrio do polítipo IIb da clorita e da textura irregular de maclas de calcitas associadas. As inclusões fluidas em quartzo estabelecem um sistema com baixa salinidade (2,45 wt.% NaCl eq.) e uma temperatura média da ordem de 175 °C. A temperatura mais baixa, obtida pelas inclusões fluidas em relação a clorita, é interpretada dentro de um modelo contínuo de resfriamento com entrada de fluidos meteóricos. A pressão do sistema é avaliada a partir da combinação das informações da geotermometria da clorita e das isócoras obtidas com as inclusões fluidas, obtendose um valor médio da ordem de 1560 bar. Os dados obtidos são as primeiras estimativas da Zona de Cisalhamento Lineamento Ibaré, que funcionou como um condutor para o estabelecimento de um sistema hidrotermal raso (epitermal) em que a rocha encaixante ortognaissica interagiu com fluidos de fonte magmática e meteórica, confirmado pelo comportamento dos isótopos estáveis de C e O que indicam uma origem por fontes mistas. / Orthogneissic rocks from the Santa Maria Chico Granulitic Complex (West sector of the Sul-riograndense Shield) are affected by the Ibaré Lineament Shear Zone by processes of hydrothermal alteration. Facilitated by the exposure of rocks due to cuts in the old railroad, samples of a specific sector were collected for alteration studies and evaluation of pressure conditions, temperature and fluid composition. The orthogneissic samples collected show mineralogy composed by millimetric bands containing biotite, quartz, plagioclase and muscovite that evolved to a low pressure (<2000 bar) alteration paragenesis composed by chlorite (Fe-clinochlore), epidote, albite, white mica (sericite), calcite, titanite, rutile/ilmenite, pyrite/chalcopyrite, barite and quartz, typical of a low pressure greenschist facies, equivalent to albite-epidotehornfels. The association chlorite, epidote, albite and calcite in the alteration paragenesis reflects mineralizing solutions with neutral to slightly alkaline pH. The study of the alteration system was based on the paragenetic and textural relations, temperature of chlorite crystallization, homogenization temperatures obtained from fluid inclusions on hydrothermal quartz and of the behaviour of C and O isotopes in the carbonates. Using new evaluation parameters of the chlorite geothermometry an average formation temperature of 274 ºC, compatible with the equilibrium temperature of the chlorite polytype IIb and with the irregular textures of twinning in associated calcites was obtained. The fluid inclusions in quartz establish a system of low salinity (2,45 wt.% NaCl eq.) and an average temperature of 175 ºC. The lowest temperature, obtained by the fluid inclusions related to chlorite, is interpreted inside of a continuum cooling model with meteoric fluids entrance. The pressure of the system is evaluated from the combination of information from the chlorite geothermometry and from the isochores obtained from the fluid inclusions, reaching an average value of 1560 bar. The obtained data is the first estimate of the Ibaré Lineament Shear Zone, which acted as a conduct for the establishment of a shallow hydrothermal system (epithermal) in which the orthogneissic host rock interacted with fluids from magmatic and meteoric sources, confirmed by the behaviour of the stable isotopes of C and O that indicated an origin from mixed sources.
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Litogeoquímica e Geocronologia dos Ortognaisses Migmatíticos do Domo de Itabaiana, Sergipe

Santiago, Renato Carlos Vieira 11 1900 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-05-13T17:11:37Z No. of bitstreams: 1 Renato Santiago.pdf: 5604798 bytes, checksum: f8c30a773f03ccd972481fa79943e81d (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-13T17:11:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Renato Santiago.pdf: 5604798 bytes, checksum: f8c30a773f03ccd972481fa79943e81d (MD5) / O Domo de Itabaiana encontra-se inserido no Domínio Vaza Barris da Faixa de Dobramentos Sergipana, no Estado de Sergipe. Está representado por um complexo gnáissico-migmatítico, constituído por ortognaisses migmatizados, com intercalações de níveis anfibolíticos. O conjunto foi retrabalhado e soerguido durante o processo de deformação Neoproterozoica dessa Faixa. A petrografia evidenciou que esses ortognaisses estiveram submetidos a um processo de cisalhamento que foi responsável pelas suas feições desde protomiloníticas a miloníticas. São rochas compostas por K-feldspato (microclíneo), plagioclásio, quartzo, biotita e/ou hornblenda, além de granada, titanita, apatita, zircão como termos acessórios e clorita, epídoto, como minerais secundários. As composições modais das amostras, quando plotadas no diagrama QAP, aparecem predominantemente nos campos tonalíticos e granodioríticos. A litogeoquímica evidenciou um caráter sódico nessas rochas, as quais foram analisadas em dois grupos distintos, principalmente em relação aos teores de K2O. Os litotipos com teores de K2O < 2,5% compreendem termos da série cálcio-alcalina de baixo K a cálcio-alcalina normal, enquanto aqueles com teores de K2O ≥ 2,5% compreendem termos posicionados na interface da série cálcio-alcalina normal com a série cálcio-alcalina de alto K. Os dois grupos possuem anomalias negativas significativas de Th-U, Ta-Nb e Ti, além de baixos teores de Y, apresentando um padrão fortemente fracionado, com o enriquecimento em terras raras leves e empobrecimento em terras raras pesadas. Apenas um grupo apresenta anomalia positiva de Sr e concavidade nos espectros das terras raras pesados, feições também típicas dos TTGs arqueanos. Sugere-se, então, que ambos possuem afinidade com TTGs e que o grupo mais enriquecido em K2O sofreu algum tipo de participação crustal em sua gênese. As rochas anfibolíticas se posicionam no campo cálcio-alcalino normal, podendo ser termos menos diferenciados do Tipo I. As análises geocronológicas apontam para uma idade de 2729±12 Ma (L.A.), interpretada como idade de cristalização da rocha, possivelmente no evento metamórfico que formou os ortognaisses, corroborando assim com a ideia de protólito do tipo TTG para os ortognaisses do Domo de Itabaiana. / ABSTRACT - The dome of Itabaiana is inserted in the Dominio Vaza Barris of Sergipana folded belt. It is represented by a gneissic-migmatitic complex, which is made by migmatitic orthogneiss. It is rarely interlaced with anfibolitico layers. The group was redone and straight up during the Neoproterozoic process of deformation of this belt. The petrography made evident the orthogneiss are characterized by the aspect from protomilonitics to mylonitic. It is compound by K-feldspar (microcline), plagioclase, quartz, biotite and/or hornblende, garnet, sphene, apatite, zircon (as accessory term), chlorite and epidote (as a secondary mineral). They are classified as tonalites and granodiorites, when plotted in the QAP diagram. The study lithogeochemistry shows the strong sodic characteristic of these rocks. Which were analyzed in two different group especially because of the content of K2O. The lithotypes with the contents of K2O < 2,5% has term of the calcium alkaline series of low K to normal calcium alkaline. However, the ones with content K2O>/ 2.5% consist in term placed in the interface of a calcium alkaline series of low K to normal calcium alkaline of high K. The two groups poses a significant negative anomaly of TH-V, Ta-Nb and Ti with low content of Y. They exhibit a strong fractional pattern, with light rare earth enrichment and depletion of heavy rare earths. Only one group shows a positive anomaly of Sr and the spectrum concavity of heavy rare soil, which are typical features of the Archean TTGs. It is suggested that both has an affinity with TTGs and the group that is more enriched in K2O received a type of crustal participation in its gneiss. The amphibolites rocks take position in the normal calcium alkaline camp, which might has differentiated term of type I. The geochronologic analyses points at an unity of 2729 ±12 Ma (L.A.) that is translated as age of the rock crystallization, which possibly formed with orthogneiss in the metamorphic event. This cooperating with the protolith idea type TTG for the Itabaiana’s dome orthogneiss.
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Temperatura e pressão em ambiente de alteração epitermal: estudo de caso no Lineamento de Ibaré-RS, Brasil

Ruppel, Kelvyn Mikael Vaccari January 2018 (has links)
Rochas ortognaissicas do Complexo Granulítico Santa Maria Chico (setor oeste do Escudo Sul-riograndense) são afetadas na Zona de Cisalhamento Lineamento Ibaré por processos de alteração hidrotermal. Facilitado pela exposição das rochas decorrente de cortes de estrada de ferro, foram coletadas amostras num setor específico para estudos da alteração e para avaliação das condições de pressão, temperatura e composição dos fluidos. As amostras de ortognaisses coletadas possuem uma mineralogia composta de bandas milimétricas contendo biotita, quartzo, plagioclásio e muscovita que evoluem para uma paragênese de alteração de baixa pressão (<2000 bar) composta por clorita (ferro-clinocloro), epidoto, albita, mica branca (sericita), calcita, titanita, rutilo/ilmenita, pirita/calcopirita, barita e quartzo, típica de uma mineralogia da fácies xisto verde de baixa pressão, equivalente a fácies albita-epidoto-hornfels. A associação clorita, epidoto, albita e calcita na alteração reflete soluções mineralizantes com pH neutro a levemente alcalino. O estudo do sistema de alteração baseou-se nas relações paragenéticas, texturais, temperatura de cristalização da clorita, temperatura de homogeneização obtidas a partir de inclusões fluidas no quartzo hidrotermal e do comportamento dos isótopos de C e O nos carbonatos. Utilizando-se novos parâmetros de avaliação da geotermometria da clorita obtêm-se uma temperatura média de formação de 274 °C, compatível com a temperatura de equilíbrio do polítipo IIb da clorita e da textura irregular de maclas de calcitas associadas. As inclusões fluidas em quartzo estabelecem um sistema com baixa salinidade (2,45 wt.% NaCl eq.) e uma temperatura média da ordem de 175 °C. A temperatura mais baixa, obtida pelas inclusões fluidas em relação a clorita, é interpretada dentro de um modelo contínuo de resfriamento com entrada de fluidos meteóricos. A pressão do sistema é avaliada a partir da combinação das informações da geotermometria da clorita e das isócoras obtidas com as inclusões fluidas, obtendose um valor médio da ordem de 1560 bar. Os dados obtidos são as primeiras estimativas da Zona de Cisalhamento Lineamento Ibaré, que funcionou como um condutor para o estabelecimento de um sistema hidrotermal raso (epitermal) em que a rocha encaixante ortognaissica interagiu com fluidos de fonte magmática e meteórica, confirmado pelo comportamento dos isótopos estáveis de C e O que indicam uma origem por fontes mistas. / Orthogneissic rocks from the Santa Maria Chico Granulitic Complex (West sector of the Sul-riograndense Shield) are affected by the Ibaré Lineament Shear Zone by processes of hydrothermal alteration. Facilitated by the exposure of rocks due to cuts in the old railroad, samples of a specific sector were collected for alteration studies and evaluation of pressure conditions, temperature and fluid composition. The orthogneissic samples collected show mineralogy composed by millimetric bands containing biotite, quartz, plagioclase and muscovite that evolved to a low pressure (<2000 bar) alteration paragenesis composed by chlorite (Fe-clinochlore), epidote, albite, white mica (sericite), calcite, titanite, rutile/ilmenite, pyrite/chalcopyrite, barite and quartz, typical of a low pressure greenschist facies, equivalent to albite-epidotehornfels. The association chlorite, epidote, albite and calcite in the alteration paragenesis reflects mineralizing solutions with neutral to slightly alkaline pH. The study of the alteration system was based on the paragenetic and textural relations, temperature of chlorite crystallization, homogenization temperatures obtained from fluid inclusions on hydrothermal quartz and of the behaviour of C and O isotopes in the carbonates. Using new evaluation parameters of the chlorite geothermometry an average formation temperature of 274 ºC, compatible with the equilibrium temperature of the chlorite polytype IIb and with the irregular textures of twinning in associated calcites was obtained. The fluid inclusions in quartz establish a system of low salinity (2,45 wt.% NaCl eq.) and an average temperature of 175 ºC. The lowest temperature, obtained by the fluid inclusions related to chlorite, is interpreted inside of a continuum cooling model with meteoric fluids entrance. The pressure of the system is evaluated from the combination of information from the chlorite geothermometry and from the isochores obtained from the fluid inclusions, reaching an average value of 1560 bar. The obtained data is the first estimate of the Ibaré Lineament Shear Zone, which acted as a conduct for the establishment of a shallow hydrothermal system (epithermal) in which the orthogneissic host rock interacted with fluids from magmatic and meteoric sources, confirmed by the behaviour of the stable isotopes of C and O that indicated an origin from mixed sources.
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Temperatura e pressão em ambiente de alteração epitermal: estudo de caso no Lineamento de Ibaré-RS, Brasil

Ruppel, Kelvyn Mikael Vaccari January 2018 (has links)
Rochas ortognaissicas do Complexo Granulítico Santa Maria Chico (setor oeste do Escudo Sul-riograndense) são afetadas na Zona de Cisalhamento Lineamento Ibaré por processos de alteração hidrotermal. Facilitado pela exposição das rochas decorrente de cortes de estrada de ferro, foram coletadas amostras num setor específico para estudos da alteração e para avaliação das condições de pressão, temperatura e composição dos fluidos. As amostras de ortognaisses coletadas possuem uma mineralogia composta de bandas milimétricas contendo biotita, quartzo, plagioclásio e muscovita que evoluem para uma paragênese de alteração de baixa pressão (<2000 bar) composta por clorita (ferro-clinocloro), epidoto, albita, mica branca (sericita), calcita, titanita, rutilo/ilmenita, pirita/calcopirita, barita e quartzo, típica de uma mineralogia da fácies xisto verde de baixa pressão, equivalente a fácies albita-epidoto-hornfels. A associação clorita, epidoto, albita e calcita na alteração reflete soluções mineralizantes com pH neutro a levemente alcalino. O estudo do sistema de alteração baseou-se nas relações paragenéticas, texturais, temperatura de cristalização da clorita, temperatura de homogeneização obtidas a partir de inclusões fluidas no quartzo hidrotermal e do comportamento dos isótopos de C e O nos carbonatos. Utilizando-se novos parâmetros de avaliação da geotermometria da clorita obtêm-se uma temperatura média de formação de 274 °C, compatível com a temperatura de equilíbrio do polítipo IIb da clorita e da textura irregular de maclas de calcitas associadas. As inclusões fluidas em quartzo estabelecem um sistema com baixa salinidade (2,45 wt.% NaCl eq.) e uma temperatura média da ordem de 175 °C. A temperatura mais baixa, obtida pelas inclusões fluidas em relação a clorita, é interpretada dentro de um modelo contínuo de resfriamento com entrada de fluidos meteóricos. A pressão do sistema é avaliada a partir da combinação das informações da geotermometria da clorita e das isócoras obtidas com as inclusões fluidas, obtendose um valor médio da ordem de 1560 bar. Os dados obtidos são as primeiras estimativas da Zona de Cisalhamento Lineamento Ibaré, que funcionou como um condutor para o estabelecimento de um sistema hidrotermal raso (epitermal) em que a rocha encaixante ortognaissica interagiu com fluidos de fonte magmática e meteórica, confirmado pelo comportamento dos isótopos estáveis de C e O que indicam uma origem por fontes mistas. / Orthogneissic rocks from the Santa Maria Chico Granulitic Complex (West sector of the Sul-riograndense Shield) are affected by the Ibaré Lineament Shear Zone by processes of hydrothermal alteration. Facilitated by the exposure of rocks due to cuts in the old railroad, samples of a specific sector were collected for alteration studies and evaluation of pressure conditions, temperature and fluid composition. The orthogneissic samples collected show mineralogy composed by millimetric bands containing biotite, quartz, plagioclase and muscovite that evolved to a low pressure (<2000 bar) alteration paragenesis composed by chlorite (Fe-clinochlore), epidote, albite, white mica (sericite), calcite, titanite, rutile/ilmenite, pyrite/chalcopyrite, barite and quartz, typical of a low pressure greenschist facies, equivalent to albite-epidotehornfels. The association chlorite, epidote, albite and calcite in the alteration paragenesis reflects mineralizing solutions with neutral to slightly alkaline pH. The study of the alteration system was based on the paragenetic and textural relations, temperature of chlorite crystallization, homogenization temperatures obtained from fluid inclusions on hydrothermal quartz and of the behaviour of C and O isotopes in the carbonates. Using new evaluation parameters of the chlorite geothermometry an average formation temperature of 274 ºC, compatible with the equilibrium temperature of the chlorite polytype IIb and with the irregular textures of twinning in associated calcites was obtained. The fluid inclusions in quartz establish a system of low salinity (2,45 wt.% NaCl eq.) and an average temperature of 175 ºC. The lowest temperature, obtained by the fluid inclusions related to chlorite, is interpreted inside of a continuum cooling model with meteoric fluids entrance. The pressure of the system is evaluated from the combination of information from the chlorite geothermometry and from the isochores obtained from the fluid inclusions, reaching an average value of 1560 bar. The obtained data is the first estimate of the Ibaré Lineament Shear Zone, which acted as a conduct for the establishment of a shallow hydrothermal system (epithermal) in which the orthogneissic host rock interacted with fluids from magmatic and meteoric sources, confirmed by the behaviour of the stable isotopes of C and O that indicated an origin from mixed sources.
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Tectônica e litogeoquímica de rochas supracruciais e ortognaisses a norte e a sul da zona de cisalhamento congo-cruzeiro do nordeste (Paraíba): um teste da hipótese de terrenos no domínio central da província Borborema

Coelho Alcantara, Vanja 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:04:34Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3934_1.pdf: 6859055 bytes, checksum: ddf9b0126a14aed968cd1997687f102f (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A geologia nas proximidades de Aroeiras, Paraíba, abrange ortognaisses de composições álcali-feldspato granítica a tonalítica e quartzo monzodiorítica paleoproterozóicos, seqüências metassedimentares e rochas intrusivas. As rochas estudadas foram separadas segundo o critério de aflorar a norte ou a sul da Zona de Cisalhamento Congo- Cruzeiro do Nordeste (ZCCCN), definida como limite entre os terrenos Alto Moxotó (TAM) e Rio Capibaribe (TRC). Esta e outras zonas de cisalhamento (dextrais e sinistrais) causaram milonitização ao longo de sua extensão. Paragnaisses quartzo-feldspáticos a biotita paragnaisses são as rochas mais abundantes, abrangendo regiões definidas como complexos Surubim, Sertânia e Vertentes. Os protólitos prováveis são arenitos arcoseanos que sofreram pouco transporte com contribuição de sedimentos mais pelíticos. Xistos típicos apresentam localmente intercalações com quartzitos. Às vezes ocorre migmatização em diferentes intensidades. As litologias apresentam distribuição diferente daquela apresentada no corrente mapa geológico da Paraíba. Em relação às unidades litológicas, as diferenças entre as porções a norte e a sul da ZCCCN são insuficientes para definir se as rochas pertencem a unidades distintas ou se fazem parte de uma mesma unidade litoestratigráfica. Quatro gerações de dobramentos afetaram a região: a primeira não é mais encontrada facilmente. A segunda marcou a região através de dobras invertidas, com planos axiais de direção SW-NE e vergência NW. Esta geração foi afetada por dobras normais com eixo de direção EW, com caimento para E. A quarta geração afeta a área com menor intensidade. São dobras suaves a abertas, cujo plano axial tem direção NW-SE. A ZCCCN, sinistral, é composta por dois segmentos que se unem paralelamente à Zona de cisalhamento dextral Coxixola. Estes cisalhamentos cortam a porção norte da área, servindo de conduto para subida de dois corpos graníticos. Uma terceira zona de cisalhamento (São Bento) corta a porção E/SE da área e tem sentido de movimento dextral. Um cisalhamento menor ocorre na porção W-SW da área, com sentido de movimento sinistral. Metassedimentos e ortognaisses foram submetidos a análises químicas, a partir das quais os ortognaisses foram caracterizados como rochas cálcio-alcalinas de arco vulcânico. Os diagramas de ETR dos ortognaisses e dos metassedimentos são aproximadamente paralelos, embora os metassedimentos sejam um pouco mais pobres em ETR, sugerindo que grande parte dos ortognaisses possa ter servido como uma das fontes dos metassedimentos. Considerando em conjunto as similaridades entre os metassedimentos em toda a área e sua semelhança geoquímica com os ortognaisses, não haveria diferença entre os terrenos a norte e a sul da ZCCCN
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Petrologia e geoquímica do magmatismo da suíte Fazenda Salvador, área Mogeiro – Gurinhem – Cajá, Paraíba

Silva, Elizangela Gomes da 30 August 2013 (has links)
Submitted by Israel Vieira Neto (israel.vieiraneto@ufpe.br) on 2015-03-04T16:30:44Z No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO Elizângela Gomes da Silva.pdf: 7776804 bytes, checksum: 98eb97fafbd24443736e2aa8ea9a219d (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-04T16:30:44Z (GMT). No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO Elizângela Gomes da Silva.pdf: 7776804 bytes, checksum: 98eb97fafbd24443736e2aa8ea9a219d (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013-08-30 / A geologia da área localizada nos municípios Mogeiro - Gurinhem, Paraíba no Domínio Central ou Zona Transversal da província Borborema. Compreende rochas, constituídos de ortognaisse de composição granodiorítica do embasamento, cortado por granitóides, hoje ortognaisses (Fazenda Salvador), que constituem as serras da Viola, Covento e da Mandioca, as quais são cortadas por exames de diques de graníticos, rochas metassedimentares e cobertura sedimentar. Os granitóides estudados, hoje ortognaisses Fazenda Salvador, estão localizados ao norte da Zona de Cisalhamento do Congo. São ortognaisses migmatizados, grossos a muito grossos, porfiroclástos a equigranulares, localmente exibindo bandamento composicional. Enclaves de dioritos são frequentes. Leucogranitos mais jovens de possível idade brasiliana ocorrem como diques isolados ou exames de diques cortando os ortognaisses. São granitóides metaluminosos a fracamente peraluminosos, com assinatura geoquímica de granitóides ferrosos pós-orogênicos. Os padrões de elementos terras raras são fracionados com razões (Ce\Yb)N variando de 8,7 - 111,5 caracterizados por anomalia negativa de Eu (Eu\Eu* = 0,38 - 0,81). As amostras mais preservadas da migmatização brasiliana são menos fracionadas e mostram anomalias de Eu mais profundas. Os padrões spidergrams são caracterizados por depressões em Sr, Nb, P e Ti. Picos em Th e K. Dados U-Pb em zircão por SHRIMP nos ortogaisses da Serra da Mandioca e granada anfibolito interpretados como rochas ultramáficas intrudidas nos ortognaisses do embasamento, definiu idades de 2095 ± 4Ma e 2094 ± 8Ma respectivamente, interpretadas como as idades de cristalização do protolito. Os dados para a rocha ultramáfica, definiu uma idade no intercepto inferior no diagrama concórdia de 600 ± 12Ma, a qual foi interpretada como a idade do metamorfismo no fácies anfibolito. Os dados apresentados sugerem um magmatismo bimodal Paleoproterozóico na area estudada.
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O magmatismo de Arco Continental Pré-Colisional (790 Ma) e a reconstituição espaço-temporal do regime transpressivo (650 Ma) no Complexo Várzea do Capivarita, Sul da Província Mantiqueira

Martil, Mariana Maturano Dias January 2016 (has links)
Este estudo foca no Complexo Várzea do Capivarita (CVC), localizado no sul da Província da Mantiqueira (PM), Brasil. A fim de investigar a evolução geológica do CVC, uma abordagem multi-disciplinar foi utilizada, incluindo geologia de campo, geologia estrutural, petrografia, geoquímica de elementos maiores e traços, isótopos de Sr-Nd e geocronologia U-Pb em zircão (LA-MC-ICP-MS e SHRIMP). O complexo compreende uma variedade de orto- e paragnaisses de composição e idade diversa. Volumes subordinados de sienitos sintectônicos também perfazem o CVC. A deformação é particionada em zonas de cisalhamento do tipo thrust (D1) e transcorrentes (D2), o que sugere tectônica transpressiva. O arcabouço estrutural descrito é possivelmente relacionado a um evento colisional oblíquo. Os estudos petrológicos e geocronológicos enfatizaram os ortognaisses do CVC a fim de avaliar as fontes magmáticas e paleo-ambientes envolvidos. Idades de cristalização obtidas nos domínios de zircão com zonação tipicamente ígnea variaram entre 780 e 790 Ma. Por sua vez, idades entre 640 - 650 Ma foram obtidas em sobrecrescimentos de zircão, sendo interpretadas como o registro da idade do metamorfismo de alto grau e fusão parcial associada. Os dados geocronológicos apresentados também indicaram que ambos os regimes cinemáticos foram contemporâneos, oferecendo, dessa forma, evidencia adicional para a hipótese de colisão oblíqua. Os ortognaisses do Complexo têm composição tonalítica a granítica e são rochas calcioalcalinas meta- a peraluminosas, com razões elevadas de 87Sr/86Sr (i) variando de 0.71628 a 0.72509 e valores εNd (790) entre -7.19 a -10.06. Sua composição e padrões de elementos traços sugerem que representem um magmatismo de arco maduro continental. O magmatismo registrado no CVC é compatível com outras sequências de arco de ca. 800 Ma, incluindo parte das metavulcânicas ácidas do Complexo Metamórfico Porongos (CMP) e os ortognaisses do Cerro Bori, Uruguai. Todas essas associações têm assinatura típica de orógenos acrescionários, contendo idade TDM Meso a Paleoproterozóica, além de forte evidência da participação de proscessos de assimilação crustal/ contaminação. Desta forma, o conjunto de dados apresentados permite interpretar essas associações como parte do mesmo magmatismo, ou pelo menos como fragmentos de arcos magmáticos similares. As assinaturas Sr-Nd e geoquímica sugere que ao menos parte das metavulcânicas do CMP represente os protólitos dos ortognaisses de alto grau inclusos no CVC. Adicionalmente, as evidencias isotópicas também apontam similaridade entre as rochas sedimentares de ambas as unidades, sugerindo que o CVC e o PMC são, ao menos em parte, expressões do mesmo contexto, onde a atividade magmática e sedimentar ocorreu em um mesmo ambiente de arco continental. A corroboração desta premissa é o objetivo principal de estudos de proveniência em andamento, cujos resultados prévios apontam para o caráter vulcano-sedimentar dos metapelitos do CVC e sua relação co-genética com os ortognaisses do CVC. Os dados isotópico Sr-Nd sugerem que os protólitos dos ortognaisses foram gerados por processos de assimilação crustal associados à cristalização fracionada. O modelamento binário (binary mixing model) realizado indica que o magmatismo estudado teria se originado de fontes mantélicas do tipo EM II. Uma seqüência paleoproterozóica de rochas TTG pertencente ao Complexo Arroio dos Ratos (CAR) é possivelmente o principal contaminante crustal assimilado. Em conjunto com as idades de herança descritas no CVC em ca. 2.0 Ga é sugerido que a fusão crustal que gerou o magmatismo do CVC em ca. 790-780 Ma foi predominantemente similar ao CAR. / This study focuses in the Várzea do Capivarita Complex (VCC), exposed in the southern part of the Neoproterozoic Mantiqueira Province (PM), Brazil. To investigate the evolutionary processes that lead the VCC construction, a multidisciplinary approach is taken, which includes field and structural geology, petrography, major and trace-element geochemistry, Sr-Nd isotope and U-Pb zircon geochronology by LA-MC-ICP-MS and SHRIMP. The complex comprises a compositional and age variety of ortho- and paragneisses tectonically interleaved during a high grade event. Subordinate volumes of syntectonic syenites are also part of CVC. The VCC deformation is partitioned into thrusting (D1) and transcurrent (D2) shear zones, suggestive of transpressive tectonics. This structural framework is possibly related to an oblique collision event. Petrological and goechronological studies emphasize the VCC orthogneisses in order to evaluate magmatic sources and related paleo-environments. Igneous crystallization ages obtained in the typical magmatic domains presenting oscillatory zoning in zircons vary between 780 and 790 Ma. Zircon overgrowths have ages mostly in the 650 – 640 Ma range and are interpreted to record the timing of high-grade metamorphism and associated partial melting. Geochronological data presented also indicates that boths kinematic regimes are contemporaneous, offering, therefore, further evidence for the oblique collisional event hypothesis. The VCC ortogneisses comprise tonalitic to granitic compositions and are metaluminous to peraluminous, calc-alkaline rocks, with high 87Sr/86Sr (i) ratios from 0.71628 to 0.72509 and εNd (790) values from -7.19 to -10.06. Their geochemical composition and trace-element patterns are compatible with a continental mature arc. VCC magmatism is correlated with other ca. 800 Ma arc sequences from southern PM, including part of the Porongos Metamorphic Complex (PMC) metavolcanic rocks and the orthogneisses from Cerro Bori, Uruguay. All these associations show signatures typical of accretionary orogens, TDM and Meso to Paleoproteroic inheritance ages, and present strong evidences of crustal assimilation/contamination. Thus, these sequences may be interpreted as part of the same magmatism, or at least as fragments of similar magmatic arcs. Geochemical and Sr-Nd signatures suggest that at least part of the PMC metavolcanic rocks may represent the protoliths of the VCC high grade orthogneisses. This, together with the isotope evidence of similarity between the sedimentary fractions of both unities, suggest that the VCC and PMC are, at least in part, expressions of the same context, wherein the magmatic and sedimentary activity occurred in a single continental arc environment. The corroboration of this premise is the main goal of provenience studies in prep, which previous results points to the volcano-sedimentary character of part of the VCC metapelites and its co-genetic relation with the VCC orthogneisses. Sr-Nd isotope data suggest that the orthogneiss protoliths were generated by crustal assimilation processes associated with fractional crystallization. Binary mixing models indicate that the VCC magmatism originates from evolved EM II mantle sources. A Paleoproterozoic TTG association (ca. 2.0 Ga) from the Arroio dos Ratos Complex (ARC) seems to be the main crustal contaminant assimilated. Together with the small inheritance contribution at ca. 2.0, this suggests that the melted crust at ca. 790-800 Ma was predominantly like ARC.
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O magmatismo de Arco Continental Pré-Colisional (790 Ma) e a reconstituição espaço-temporal do regime transpressivo (650 Ma) no Complexo Várzea do Capivarita, Sul da Província Mantiqueira

Martil, Mariana Maturano Dias January 2016 (has links)
Este estudo foca no Complexo Várzea do Capivarita (CVC), localizado no sul da Província da Mantiqueira (PM), Brasil. A fim de investigar a evolução geológica do CVC, uma abordagem multi-disciplinar foi utilizada, incluindo geologia de campo, geologia estrutural, petrografia, geoquímica de elementos maiores e traços, isótopos de Sr-Nd e geocronologia U-Pb em zircão (LA-MC-ICP-MS e SHRIMP). O complexo compreende uma variedade de orto- e paragnaisses de composição e idade diversa. Volumes subordinados de sienitos sintectônicos também perfazem o CVC. A deformação é particionada em zonas de cisalhamento do tipo thrust (D1) e transcorrentes (D2), o que sugere tectônica transpressiva. O arcabouço estrutural descrito é possivelmente relacionado a um evento colisional oblíquo. Os estudos petrológicos e geocronológicos enfatizaram os ortognaisses do CVC a fim de avaliar as fontes magmáticas e paleo-ambientes envolvidos. Idades de cristalização obtidas nos domínios de zircão com zonação tipicamente ígnea variaram entre 780 e 790 Ma. Por sua vez, idades entre 640 - 650 Ma foram obtidas em sobrecrescimentos de zircão, sendo interpretadas como o registro da idade do metamorfismo de alto grau e fusão parcial associada. Os dados geocronológicos apresentados também indicaram que ambos os regimes cinemáticos foram contemporâneos, oferecendo, dessa forma, evidencia adicional para a hipótese de colisão oblíqua. Os ortognaisses do Complexo têm composição tonalítica a granítica e são rochas calcioalcalinas meta- a peraluminosas, com razões elevadas de 87Sr/86Sr (i) variando de 0.71628 a 0.72509 e valores εNd (790) entre -7.19 a -10.06. Sua composição e padrões de elementos traços sugerem que representem um magmatismo de arco maduro continental. O magmatismo registrado no CVC é compatível com outras sequências de arco de ca. 800 Ma, incluindo parte das metavulcânicas ácidas do Complexo Metamórfico Porongos (CMP) e os ortognaisses do Cerro Bori, Uruguai. Todas essas associações têm assinatura típica de orógenos acrescionários, contendo idade TDM Meso a Paleoproterozóica, além de forte evidência da participação de proscessos de assimilação crustal/ contaminação. Desta forma, o conjunto de dados apresentados permite interpretar essas associações como parte do mesmo magmatismo, ou pelo menos como fragmentos de arcos magmáticos similares. As assinaturas Sr-Nd e geoquímica sugere que ao menos parte das metavulcânicas do CMP represente os protólitos dos ortognaisses de alto grau inclusos no CVC. Adicionalmente, as evidencias isotópicas também apontam similaridade entre as rochas sedimentares de ambas as unidades, sugerindo que o CVC e o PMC são, ao menos em parte, expressões do mesmo contexto, onde a atividade magmática e sedimentar ocorreu em um mesmo ambiente de arco continental. A corroboração desta premissa é o objetivo principal de estudos de proveniência em andamento, cujos resultados prévios apontam para o caráter vulcano-sedimentar dos metapelitos do CVC e sua relação co-genética com os ortognaisses do CVC. Os dados isotópico Sr-Nd sugerem que os protólitos dos ortognaisses foram gerados por processos de assimilação crustal associados à cristalização fracionada. O modelamento binário (binary mixing model) realizado indica que o magmatismo estudado teria se originado de fontes mantélicas do tipo EM II. Uma seqüência paleoproterozóica de rochas TTG pertencente ao Complexo Arroio dos Ratos (CAR) é possivelmente o principal contaminante crustal assimilado. Em conjunto com as idades de herança descritas no CVC em ca. 2.0 Ga é sugerido que a fusão crustal que gerou o magmatismo do CVC em ca. 790-780 Ma foi predominantemente similar ao CAR. / This study focuses in the Várzea do Capivarita Complex (VCC), exposed in the southern part of the Neoproterozoic Mantiqueira Province (PM), Brazil. To investigate the evolutionary processes that lead the VCC construction, a multidisciplinary approach is taken, which includes field and structural geology, petrography, major and trace-element geochemistry, Sr-Nd isotope and U-Pb zircon geochronology by LA-MC-ICP-MS and SHRIMP. The complex comprises a compositional and age variety of ortho- and paragneisses tectonically interleaved during a high grade event. Subordinate volumes of syntectonic syenites are also part of CVC. The VCC deformation is partitioned into thrusting (D1) and transcurrent (D2) shear zones, suggestive of transpressive tectonics. This structural framework is possibly related to an oblique collision event. Petrological and goechronological studies emphasize the VCC orthogneisses in order to evaluate magmatic sources and related paleo-environments. Igneous crystallization ages obtained in the typical magmatic domains presenting oscillatory zoning in zircons vary between 780 and 790 Ma. Zircon overgrowths have ages mostly in the 650 – 640 Ma range and are interpreted to record the timing of high-grade metamorphism and associated partial melting. Geochronological data presented also indicates that boths kinematic regimes are contemporaneous, offering, therefore, further evidence for the oblique collisional event hypothesis. The VCC ortogneisses comprise tonalitic to granitic compositions and are metaluminous to peraluminous, calc-alkaline rocks, with high 87Sr/86Sr (i) ratios from 0.71628 to 0.72509 and εNd (790) values from -7.19 to -10.06. Their geochemical composition and trace-element patterns are compatible with a continental mature arc. VCC magmatism is correlated with other ca. 800 Ma arc sequences from southern PM, including part of the Porongos Metamorphic Complex (PMC) metavolcanic rocks and the orthogneisses from Cerro Bori, Uruguay. All these associations show signatures typical of accretionary orogens, TDM and Meso to Paleoproteroic inheritance ages, and present strong evidences of crustal assimilation/contamination. Thus, these sequences may be interpreted as part of the same magmatism, or at least as fragments of similar magmatic arcs. Geochemical and Sr-Nd signatures suggest that at least part of the PMC metavolcanic rocks may represent the protoliths of the VCC high grade orthogneisses. This, together with the isotope evidence of similarity between the sedimentary fractions of both unities, suggest that the VCC and PMC are, at least in part, expressions of the same context, wherein the magmatic and sedimentary activity occurred in a single continental arc environment. The corroboration of this premise is the main goal of provenience studies in prep, which previous results points to the volcano-sedimentary character of part of the VCC metapelites and its co-genetic relation with the VCC orthogneisses. Sr-Nd isotope data suggest that the orthogneiss protoliths were generated by crustal assimilation processes associated with fractional crystallization. Binary mixing models indicate that the VCC magmatism originates from evolved EM II mantle sources. A Paleoproterozoic TTG association (ca. 2.0 Ga) from the Arroio dos Ratos Complex (ARC) seems to be the main crustal contaminant assimilated. Together with the small inheritance contribution at ca. 2.0, this suggests that the melted crust at ca. 790-800 Ma was predominantly like ARC.
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O magmatismo de Arco Continental Pré-Colisional (790 Ma) e a reconstituição espaço-temporal do regime transpressivo (650 Ma) no Complexo Várzea do Capivarita, Sul da Província Mantiqueira

Martil, Mariana Maturano Dias January 2016 (has links)
Este estudo foca no Complexo Várzea do Capivarita (CVC), localizado no sul da Província da Mantiqueira (PM), Brasil. A fim de investigar a evolução geológica do CVC, uma abordagem multi-disciplinar foi utilizada, incluindo geologia de campo, geologia estrutural, petrografia, geoquímica de elementos maiores e traços, isótopos de Sr-Nd e geocronologia U-Pb em zircão (LA-MC-ICP-MS e SHRIMP). O complexo compreende uma variedade de orto- e paragnaisses de composição e idade diversa. Volumes subordinados de sienitos sintectônicos também perfazem o CVC. A deformação é particionada em zonas de cisalhamento do tipo thrust (D1) e transcorrentes (D2), o que sugere tectônica transpressiva. O arcabouço estrutural descrito é possivelmente relacionado a um evento colisional oblíquo. Os estudos petrológicos e geocronológicos enfatizaram os ortognaisses do CVC a fim de avaliar as fontes magmáticas e paleo-ambientes envolvidos. Idades de cristalização obtidas nos domínios de zircão com zonação tipicamente ígnea variaram entre 780 e 790 Ma. Por sua vez, idades entre 640 - 650 Ma foram obtidas em sobrecrescimentos de zircão, sendo interpretadas como o registro da idade do metamorfismo de alto grau e fusão parcial associada. Os dados geocronológicos apresentados também indicaram que ambos os regimes cinemáticos foram contemporâneos, oferecendo, dessa forma, evidencia adicional para a hipótese de colisão oblíqua. Os ortognaisses do Complexo têm composição tonalítica a granítica e são rochas calcioalcalinas meta- a peraluminosas, com razões elevadas de 87Sr/86Sr (i) variando de 0.71628 a 0.72509 e valores εNd (790) entre -7.19 a -10.06. Sua composição e padrões de elementos traços sugerem que representem um magmatismo de arco maduro continental. O magmatismo registrado no CVC é compatível com outras sequências de arco de ca. 800 Ma, incluindo parte das metavulcânicas ácidas do Complexo Metamórfico Porongos (CMP) e os ortognaisses do Cerro Bori, Uruguai. Todas essas associações têm assinatura típica de orógenos acrescionários, contendo idade TDM Meso a Paleoproterozóica, além de forte evidência da participação de proscessos de assimilação crustal/ contaminação. Desta forma, o conjunto de dados apresentados permite interpretar essas associações como parte do mesmo magmatismo, ou pelo menos como fragmentos de arcos magmáticos similares. As assinaturas Sr-Nd e geoquímica sugere que ao menos parte das metavulcânicas do CMP represente os protólitos dos ortognaisses de alto grau inclusos no CVC. Adicionalmente, as evidencias isotópicas também apontam similaridade entre as rochas sedimentares de ambas as unidades, sugerindo que o CVC e o PMC são, ao menos em parte, expressões do mesmo contexto, onde a atividade magmática e sedimentar ocorreu em um mesmo ambiente de arco continental. A corroboração desta premissa é o objetivo principal de estudos de proveniência em andamento, cujos resultados prévios apontam para o caráter vulcano-sedimentar dos metapelitos do CVC e sua relação co-genética com os ortognaisses do CVC. Os dados isotópico Sr-Nd sugerem que os protólitos dos ortognaisses foram gerados por processos de assimilação crustal associados à cristalização fracionada. O modelamento binário (binary mixing model) realizado indica que o magmatismo estudado teria se originado de fontes mantélicas do tipo EM II. Uma seqüência paleoproterozóica de rochas TTG pertencente ao Complexo Arroio dos Ratos (CAR) é possivelmente o principal contaminante crustal assimilado. Em conjunto com as idades de herança descritas no CVC em ca. 2.0 Ga é sugerido que a fusão crustal que gerou o magmatismo do CVC em ca. 790-780 Ma foi predominantemente similar ao CAR. / This study focuses in the Várzea do Capivarita Complex (VCC), exposed in the southern part of the Neoproterozoic Mantiqueira Province (PM), Brazil. To investigate the evolutionary processes that lead the VCC construction, a multidisciplinary approach is taken, which includes field and structural geology, petrography, major and trace-element geochemistry, Sr-Nd isotope and U-Pb zircon geochronology by LA-MC-ICP-MS and SHRIMP. The complex comprises a compositional and age variety of ortho- and paragneisses tectonically interleaved during a high grade event. Subordinate volumes of syntectonic syenites are also part of CVC. The VCC deformation is partitioned into thrusting (D1) and transcurrent (D2) shear zones, suggestive of transpressive tectonics. This structural framework is possibly related to an oblique collision event. Petrological and goechronological studies emphasize the VCC orthogneisses in order to evaluate magmatic sources and related paleo-environments. Igneous crystallization ages obtained in the typical magmatic domains presenting oscillatory zoning in zircons vary between 780 and 790 Ma. Zircon overgrowths have ages mostly in the 650 – 640 Ma range and are interpreted to record the timing of high-grade metamorphism and associated partial melting. Geochronological data presented also indicates that boths kinematic regimes are contemporaneous, offering, therefore, further evidence for the oblique collisional event hypothesis. The VCC ortogneisses comprise tonalitic to granitic compositions and are metaluminous to peraluminous, calc-alkaline rocks, with high 87Sr/86Sr (i) ratios from 0.71628 to 0.72509 and εNd (790) values from -7.19 to -10.06. Their geochemical composition and trace-element patterns are compatible with a continental mature arc. VCC magmatism is correlated with other ca. 800 Ma arc sequences from southern PM, including part of the Porongos Metamorphic Complex (PMC) metavolcanic rocks and the orthogneisses from Cerro Bori, Uruguay. All these associations show signatures typical of accretionary orogens, TDM and Meso to Paleoproteroic inheritance ages, and present strong evidences of crustal assimilation/contamination. Thus, these sequences may be interpreted as part of the same magmatism, or at least as fragments of similar magmatic arcs. Geochemical and Sr-Nd signatures suggest that at least part of the PMC metavolcanic rocks may represent the protoliths of the VCC high grade orthogneisses. This, together with the isotope evidence of similarity between the sedimentary fractions of both unities, suggest that the VCC and PMC are, at least in part, expressions of the same context, wherein the magmatic and sedimentary activity occurred in a single continental arc environment. The corroboration of this premise is the main goal of provenience studies in prep, which previous results points to the volcano-sedimentary character of part of the VCC metapelites and its co-genetic relation with the VCC orthogneisses. Sr-Nd isotope data suggest that the orthogneiss protoliths were generated by crustal assimilation processes associated with fractional crystallization. Binary mixing models indicate that the VCC magmatism originates from evolved EM II mantle sources. A Paleoproterozoic TTG association (ca. 2.0 Ga) from the Arroio dos Ratos Complex (ARC) seems to be the main crustal contaminant assimilated. Together with the small inheritance contribution at ca. 2.0, this suggests that the melted crust at ca. 790-800 Ma was predominantly like ARC.

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