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Nos passos do Urubu Malandro - do picadeiro à tela: Oscarito e a Atlântida cinematográfica

Solano, Alexandre Francisco 29 February 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study, by criticalnewspapers of the period and biographies of comedian Oscarito is constructed from the following concerns: Oscarito, throughout his career in the 1940s, 50 and 60, figured in the newspapers as one of major national players, and currently is a notable absence, or rather an excess of forgetting related to their contributions. To put it simply, the organizers of film festivals and film clubs talk a lot about the comic figure, citing it as the symbol of the great movie musicals. In a descriptive way, the biographies indicate the comedian for his entire career, the scene of the film arena, and not cease to be an attempt to rescue the image of Oscarito. Although these memories, whether celebratory or biographical nature, do not refer to the techniques, gestures and way of interpreting Oscarito left by the current actors. In this sense, our memories tend to be off the question what should be remembered moving to how we must remind you (in the case Oscarito). This guy would look back a ransom mainly the construction of his art and its characters. Today, even if his stunts, his genuine small step from rogue vulture , his distinctive beak, its ability to explore space shooting, their ability to enjoy a close his way to transform a plain text criticism and its plausible gags are present in scenic areas and television, we have no clear allusions to it all. In other words, courses in theater, in works of national cinema, or even those that deal directly from the actor's work there is no reflection on its way of acting and teaching that could be raised from the films in which Oscarito was almost always the protagonist. Thus, this work has four parts well defined, both as the object approached the subject being treated. The first is a presentation of the life and work of Oscarito, in a style delighted to describe someone on the path, but always supported data sources and to prove this narrative. The second, based on the relationship between memory and oblivion of history, is based on the finding of a forgetfulness that is not a fluke, or a memory that is built following a phenomenology itself to the discourse of critics and intellectuals who discuss the way of art in the Brazilian Cinema. Throughout the film Assim era a Atlântida, come to the third part of this work, which enables us a fresh look at the possibilities of telling the history of cinema and national actors, bringing not only the figure of Oscarito as unforgettable films of the time. We are dedicated to the further analysis of the works that show, directly or indirectly, the importance of Oscarito in popular movies , through the next works: Este mundo é um pandeio (Sérgio Augusto), O Mundo como Chanchadas (Rosangela Dias), O Riso e o Siso (Flávio Marinho) e Oscarito: nosso Oscar de Ouro (Fajardo Elias). Finally, the last part to demonstrate the contribution of popular movies and actors like Oscarito through techniques, exercises and how comedian built his characters and their actions, intended, then a new look to the history of our cinema. In this sense, Oscarito is the best example to elucidate how the trajectory of national cinema depends directly on the performances of great actors, it is important then to study it, linking it to the mechanisms of laughter, the actor's work, the preparation and construction of his characters. / O impulso dado ao presente trabalho, pela retomada de críticas de jornais da época na qual atuou o comediante Oscarito e pelas biografias do ator, constrói-se a partir da seguinte inquietação: Oscarito, ao longo de sua carreira, nas décadas de 1940, 1950 e 1960, figurou nos jornais como um dos maiores atores nacionais e, atualmente, é notável uma ausência, ou melhor, um excesso de esquecimento relacionado às suas contribuições. De maneira simples, os organizadores de cineclubes e de festivais cinematográficos falam muito sobre a figura do cômico, mencionando-o como o grande símbolo dos filmes musicais. De maneira descritiva, as biografias, destinadas ao comediante, assinalam toda sua trajetória, do picadeiro à cena cinematográfica, e não deixam de ser uma tentativa de resgatar a imagem de Oscarito. Embora, essas lembranças, sejam de cunho comemorativo ou biográfico, não se referem às técnicas, aos gestos e à maneira de interpretar legados por Oscarito aos atuais atores. Nesse sentido, nossas reminiscências tendem a se desligar da pergunta o quê deve ser lembrado deslocando-se para como devemos lembrá-lo. Rememorarmos esse sujeito seria um resgate principalmente da construção de sua arte e de seus personagens. Hoje, mesmo que suas acrobacias, seu genuíno passinho do urubu malandro , seu característico bico, sua capacidade para explorar o espaço de filmagem, sua habilidade em aproveitar um close , seu modo de transformar um texto simples em críticas plausíveis e suas gags estejam presentes nos espaços cênicos e televisivos, não temos alusões claras a tudo isso. Em outras palavras, em manuais de teatro, em obras do cinema nacional ou mesmo naquelas que tratam diretamente do trabalho do ator não há reflexões quanto à sua forma de atuar, tampouco aos ensinamentos que poderiam ser levantados a partir das películas nas quais Oscarito foi, quase sempre, o protagonista. Para abordar tal investigação, esta obra comporta quatro partes bem delimitadas, tanto pelo objeto abordado como pelo tema a ser tratado. A primeira é uma apresentação da vida e obra de Oscarito, num estilo encantado de descrever sobre a trajetória de alguém, mas amparado sempre em fontes e dados que comprovem tal narrativa. A segunda, embasada na relação memória e história, funda-se por meio da constatação de um esquecimento que não é obra do acaso, mas sim de uma memória construída a partir de uma fenomenologia própria ao discurso de críticos e intelectuais ocupados em narrar passagens da arte cinematográfica no Brasil. A partir das críticas e da memória dos participantes das películas cariocas, chegamos à terceira parte desse trabalho, que, com o filme Assim era a Atlântida, nos possibilita novos modos para contar a história do cinema e dos atores nacionais, trazendo ao centro a figura de Oscarito e filmes inesquecíveis dessa época. Aos passos do urubu malandro , somos levados a entender a importância das películas que ficaram conhecidos como chanchadas . Ainda, nesse momento, dedicamo-nos à análise das obras que assinalam, direta ou indiretamente, o lugar e o papel de Oscarito nas chanchadas , como a obra Esse mundo é um pandeiro (Sérgio Augusto), O Mundo como Chanchadas (Rosangela Dias), O Riso e o Siso (Flávio Marinho) e Oscarito: nosso Oscar de Ouro (Elias Fajardo). Por fim, na última parte, para demonstrar a contribuição das chanchadas e de atores como Oscarito, levantamos técnicas, exercícios e o modo como o comediante construiu seus personagens e suas atuações, destinando, então, um novo olhar a esse momento da cinematografia nacional. Nesse sentido, Oscarito é o melhor exemplo para elucidarmos como a trajetória do cinema nacional depende diretamente das atuações de grandes atores, sendo importante, então, analisar artistas como ele, associando-os aos mecanismos do riso, ao trabalho do ator, à preparação e à construção de seus personagens. / Mestre em História

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