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Evolução magmática, alteração hidrotermal e gênese da mineralização de ouro e cobre do Palito, Província Aurífera do Tapajós (PA) / Magmatic evolution, hydrothermal alteration and geneseis of gold-copper mineralization at Palito, Tapajós Gold Province (PA)

Misas, Carlos Mario Echeverri 31 March 2010 (has links)
O depósito de Au(Cu) do tipo pórfiro do Palito localiza-se na porção central do Cráton Amazônico, na Província Aurífera do Tapajós, em uma área dominada por rochas graníticas e vulcânicas intermediárias a félsicas do final do Paleoproterozóico. Três litotipos compõem este depósito, onde o Granito Palito, de características porfiríticas, é a rocha hospedeira da mineralização de ouro e cobre, e a unidade mais jovem na seqüencia, intrusivo entre as unidades do Granito Rio Novo e o Granodiorito Fofoquinha. Três principais zonas de alteração hidrotermal foram reconhecidas; potássica, propilítica e sericítica. A alteração potássica é volumetricamente a mais importante, e afeita principalmente os corpos graníticos de Palito e Rio Novo, a alteração propilítica constitui um halo externo dentro dos granitos Rio Novo e Palito, e a alteração sericítica relacionada com a mineralização está predominantemente dentro do Granito Palito. Os corpos do minério dentro do granito Palito associam-se principalmente com veios de quartzo e de sulfetos cisalhados de direção predominante NWSE, dentro de zonas de cisalhamento e stockworks hidrotermalizados. Ouro encontra-se também disseminado no Granito Palito. Processos de cisalhamento possivelmente remobilizaram elementos posteriormente concentrados nas zonas de cisalha e stockworks. Análises de isótopos de oxigênio de zonas de alteração hidrotermal e veios mineralizados foram realizadas em quartzo (18OVSMOW = 8,8 a 11,2); feldspato potássico (7,9 a 8,8); sericita (1,7 a 6,9), clorita (2,4) e calcita (9,0 a 23,9). Os cálculos das análises de isótopos estáveis dos minérios, mostram valores de 34S dos sulfetos entre 1,2 a 3,6 , indicando uma fonte magmática. Os cálculos de 18OH2O foram feitos considerando uma temperatura de 350 ºC, e indicam valores para o quartzo entre 3,2 a 5,6 , para o feldspato potássico entre 4,8 a 5,7, sericita varia entre 1,1 a 6,3, clorita -2,6, e calcita entre 6,2 a 21,1. Os dados isotópicos para quartzo e feldspato potássico estão sugirindo fluidos principalmente magmáticos para os primeiros estágios da mineralização. Embora, os valores de sericita e clorita sugerem o influxo de águas meteóricas durante os processos de sericitização e cloritização. Estudos de inclusões fluidas dos grãos de quartzo sugerem uma etapa inicial de exsolução de fluidos, representada por salinidades baixas, desde 0,6 a 1,5 em peso do NaCl eq., á elevadas temperaturas (429 a 462 oC), seguida de processos de boiling, com etapas posteriores de mistura de fluidos indicadas por amplas variações nas salinidades desde 0,3 a > 28,8 em peso do NaCl eq., e temperaturas de homogeneização entre 101 a > 400 oC, que indicam uma origem magmática - hidrotermal para a mineralização. Em conjunto, as características geológicas do depósito, os tipos e estilos de alteração hidrotermal, mais os dados das análises de inclusões fluidas e isótopos estáveis indicam que o depósito do Palito representa uma mineralização do tipo pórfiro, magmático - hidrotermal desenvolvida em um ambiente de arco magmático de margem continental. / The Palito porphyry type copper-gold deposit is located in the central region of the Amazonian craton, in the Tapajós Gold Province (TGP), in an area that is dominated by intermediate to felsic granitic and volcanic rocks of late Paleoproterozoic age. Three lithotypes make up this deposit. The Palito Granite, with porphyritic features, is the host rock for gold and copper mineralization, and it is the youngest unit in the sequence, intrusive in the Rio Novo Granite and Fofoquinha Granodiorite. Three main wall-rock alteration zones have been recognized: potassic, propylitic, and sericitic zones. The potassic alteration is volumetrically the most important, affecting mainly the granitic bodies of Palito and Rio Novo, the propylitic alteration constitutes an outer halo within the Palito and Rio Novo granites, and the sericitic alteration is related to mineralization predominantly within the Palito granite. The ore bodies within the Palito Granite are mainly associated with sheared sulphide-bearing quartz veins trending predominantly NW-SE within shear zones and hydrothermalized stockworks. Gold is also disseminated within the Palito Granite. Shearing possibly remobilized elements, which later were concentrated in the shear zones and stockworks. Oxygen isotope analyses of the hydrothermal alteration zones and mineralized veins have been carried out on quartz (18OVSMOW = 8.8 to 11.2); K- feldspar (7.9 to 8.8); sericite (1.7 to 6.9); chlorite (2.4) and calcite (9.0 to 23.9). Stable isotope analyses of the ore sulphides show 34S values that range from 1.2 to 3.6 , reflecting a magmatic source. For the 18OH2O calculation a temperature of 350 ºC was considered, resulting in values for quartz from 3.2 to 5.6 , and for K-feldspar, from 4.8 to 5.7; values for sericite range from 1.1 to 6.3, for chlorite, -2.6, and for calcite, from 6.2 to 21.1. The isotopic results for quartz and K-feldspar suggest that the ore fluids were mainly derived from magma in the early stage of mineralization. 18O values for sericite and chlorite, however, indicates interaction of meteoric waters during the sericitization and chloritization processes. Fluid inclusion studies of quartz crystals suggest an very early stage of fluid exsolution, indicated by low salinities with a range from 0,6 to 1.5 wt.% NaCl equiv., at higher temperatures (429 to 462 ºC), followed by boiling processes, and posterior fluid-mixing stages, as indicated by high variability of salinities from 0.3 to > 28.8 wt.% NaCl equiv., and homogenization temperatures that range between 101 a > 400 oC, all suggesting a magmatic-hydrothermal source for the mineralization. The geological features of the deposit, styles and types of hydrothermal alteration, stable-isotopes and fluid inclusion analyses indicate that the Palito mineral deposit represents a magmatic-hydrothermal porphyry type developed in a continental margin magmatic arc.
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Evolução magmática, alteração hidrotermal e gênese da mineralização de ouro e cobre do Palito, Província Aurífera do Tapajós (PA) / Magmatic evolution, hydrothermal alteration and geneseis of gold-copper mineralization at Palito, Tapajós Gold Province (PA)

Carlos Mario Echeverri Misas 31 March 2010 (has links)
O depósito de Au(Cu) do tipo pórfiro do Palito localiza-se na porção central do Cráton Amazônico, na Província Aurífera do Tapajós, em uma área dominada por rochas graníticas e vulcânicas intermediárias a félsicas do final do Paleoproterozóico. Três litotipos compõem este depósito, onde o Granito Palito, de características porfiríticas, é a rocha hospedeira da mineralização de ouro e cobre, e a unidade mais jovem na seqüencia, intrusivo entre as unidades do Granito Rio Novo e o Granodiorito Fofoquinha. Três principais zonas de alteração hidrotermal foram reconhecidas; potássica, propilítica e sericítica. A alteração potássica é volumetricamente a mais importante, e afeita principalmente os corpos graníticos de Palito e Rio Novo, a alteração propilítica constitui um halo externo dentro dos granitos Rio Novo e Palito, e a alteração sericítica relacionada com a mineralização está predominantemente dentro do Granito Palito. Os corpos do minério dentro do granito Palito associam-se principalmente com veios de quartzo e de sulfetos cisalhados de direção predominante NWSE, dentro de zonas de cisalhamento e stockworks hidrotermalizados. Ouro encontra-se também disseminado no Granito Palito. Processos de cisalhamento possivelmente remobilizaram elementos posteriormente concentrados nas zonas de cisalha e stockworks. Análises de isótopos de oxigênio de zonas de alteração hidrotermal e veios mineralizados foram realizadas em quartzo (18OVSMOW = 8,8 a 11,2); feldspato potássico (7,9 a 8,8); sericita (1,7 a 6,9), clorita (2,4) e calcita (9,0 a 23,9). Os cálculos das análises de isótopos estáveis dos minérios, mostram valores de 34S dos sulfetos entre 1,2 a 3,6 , indicando uma fonte magmática. Os cálculos de 18OH2O foram feitos considerando uma temperatura de 350 ºC, e indicam valores para o quartzo entre 3,2 a 5,6 , para o feldspato potássico entre 4,8 a 5,7, sericita varia entre 1,1 a 6,3, clorita -2,6, e calcita entre 6,2 a 21,1. Os dados isotópicos para quartzo e feldspato potássico estão sugirindo fluidos principalmente magmáticos para os primeiros estágios da mineralização. Embora, os valores de sericita e clorita sugerem o influxo de águas meteóricas durante os processos de sericitização e cloritização. Estudos de inclusões fluidas dos grãos de quartzo sugerem uma etapa inicial de exsolução de fluidos, representada por salinidades baixas, desde 0,6 a 1,5 em peso do NaCl eq., á elevadas temperaturas (429 a 462 oC), seguida de processos de boiling, com etapas posteriores de mistura de fluidos indicadas por amplas variações nas salinidades desde 0,3 a > 28,8 em peso do NaCl eq., e temperaturas de homogeneização entre 101 a > 400 oC, que indicam uma origem magmática - hidrotermal para a mineralização. Em conjunto, as características geológicas do depósito, os tipos e estilos de alteração hidrotermal, mais os dados das análises de inclusões fluidas e isótopos estáveis indicam que o depósito do Palito representa uma mineralização do tipo pórfiro, magmático - hidrotermal desenvolvida em um ambiente de arco magmático de margem continental. / The Palito porphyry type copper-gold deposit is located in the central region of the Amazonian craton, in the Tapajós Gold Province (TGP), in an area that is dominated by intermediate to felsic granitic and volcanic rocks of late Paleoproterozoic age. Three lithotypes make up this deposit. The Palito Granite, with porphyritic features, is the host rock for gold and copper mineralization, and it is the youngest unit in the sequence, intrusive in the Rio Novo Granite and Fofoquinha Granodiorite. Three main wall-rock alteration zones have been recognized: potassic, propylitic, and sericitic zones. The potassic alteration is volumetrically the most important, affecting mainly the granitic bodies of Palito and Rio Novo, the propylitic alteration constitutes an outer halo within the Palito and Rio Novo granites, and the sericitic alteration is related to mineralization predominantly within the Palito granite. The ore bodies within the Palito Granite are mainly associated with sheared sulphide-bearing quartz veins trending predominantly NW-SE within shear zones and hydrothermalized stockworks. Gold is also disseminated within the Palito Granite. Shearing possibly remobilized elements, which later were concentrated in the shear zones and stockworks. Oxygen isotope analyses of the hydrothermal alteration zones and mineralized veins have been carried out on quartz (18OVSMOW = 8.8 to 11.2); K- feldspar (7.9 to 8.8); sericite (1.7 to 6.9); chlorite (2.4) and calcite (9.0 to 23.9). Stable isotope analyses of the ore sulphides show 34S values that range from 1.2 to 3.6 , reflecting a magmatic source. For the 18OH2O calculation a temperature of 350 ºC was considered, resulting in values for quartz from 3.2 to 5.6 , and for K-feldspar, from 4.8 to 5.7; values for sericite range from 1.1 to 6.3, for chlorite, -2.6, and for calcite, from 6.2 to 21.1. The isotopic results for quartz and K-feldspar suggest that the ore fluids were mainly derived from magma in the early stage of mineralization. 18O values for sericite and chlorite, however, indicates interaction of meteoric waters during the sericitization and chloritization processes. Fluid inclusion studies of quartz crystals suggest an very early stage of fluid exsolution, indicated by low salinities with a range from 0,6 to 1.5 wt.% NaCl equiv., at higher temperatures (429 to 462 ºC), followed by boiling processes, and posterior fluid-mixing stages, as indicated by high variability of salinities from 0.3 to > 28.8 wt.% NaCl equiv., and homogenization temperatures that range between 101 a > 400 oC, all suggesting a magmatic-hydrothermal source for the mineralization. The geological features of the deposit, styles and types of hydrothermal alteration, stable-isotopes and fluid inclusion analyses indicate that the Palito mineral deposit represents a magmatic-hydrothermal porphyry type developed in a continental margin magmatic arc.
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Caracterização e correlação de inclusões sólidas em pirita com alteração hidrotermais no pórfiro de cobre de Cuajone - Perú / Characterization and correlation of inclusions in pyrite with strong hydrothermal alterations in the porphyry copper Cuajone-Peru

Sucapuca Goyzueta, Carmen Juli 19 August 2008 (has links)
A mina Cuajone é uma jazida de tipo pórfiro de cobre (porphyry copper), localizada na Província Cuprífera do Pacífico, nos flancos ocidentais da Cadeia Andina, no estado de Moquegua, sul do Perú, em coordenadas 17° 02\'(S) e 70° 42\'(W) e altitudes entre 3100 e 3830 m. A região é caracterizada pela ocorrência, na base, de derrames vulcânicos (andesitos e riolitos) cretácicos do Grupo Toquepala, que s~ao invadidos por um complexo intrusivo (quartzo monzonitos - quartzo latitos) associado à mineralização. Fluxos vulcânicos mais recentes, compostos principalmente por traquitos, tufos e aglomerados traquíticos e conglomerados riolíticos das Formações Huaylillas e Chuncatala recobrem todo o conjunto. A análise petrográfica de 77 amostras representativas de 22 testemunhos de furos de sondagem distribuídos em três perfis da jazida de Cuajone permitiu a caracterização das seguintes rochas: andesitos, riolitos, quartzo latitos, latitos, micro-granodioritos porfiríticos, microtonalitos porfiríticos, pórfiros-I (micro quartzo monzonitos - micro monzogranitos (?)), pórfiros- II (micro tonalitos - micro leucoquartzo dioritos (?)) e micro-brechas. Estas rochas encontram-se afetadas por alterações hidrotermais em graus variáveis, identificando-se oito tipos ou combinações de tipos principais: potássica, potássica-propílica, propílica-potássica, potássica-propí?lica/fílica, propílica, propílica-fílica, fílica-propílica e fílica. O exame microscópico em detalhe sob luz refletida das fases sulfetadas demonstrou que a pirita (py), o sulfeto mais abundante, apresenta freqüentemente inclusões diminutas de calcopirita, cp, (X0,0 e 0,X ?m), quase sempre acompanhada de pirrotita (po), cubanita (cb) e mackinawita (mck), que aparecem formando intercrescimentos tí?picos. Estas inclusões apresentam formas arredondadas, ovais ou mesmo idiomórficas que, devido às suas dimensões, quase sempre não são reconhecidas em exames convencionais ao microscópio. Os intercrescimentos identificados foram classificados de acordo com a sua morfologia, utilizando-se para tanto de nomenclatura específica, e suas abundâncias relativas. Os resultados mostram que os mais abundantes são: tipo cp/po:1b (calcopirita + pirrotita, morfologia de tipo 1b) e py/po:1e na zona de alteração potássica, py/po:1e e cp/mck:4f nas zonas potássicapropílica e propílica-potássica, cp/mck:4f e py/po:1e na zona propílica e cp/po:1b e cp/mck:4f nas zonas de alteração potássica-propílica/fílica, propílica-fílica, fílica-propílica e zona de alteração fílica. A análise de distribuição das inclusões/intercrescimentos indica que a sua mineralogia pode ser correlacionada com a tipologia da alteração hidrotermal, particularmente quando se consideram as freqüências e/ou abundâncias relativas. Assim, observa-se que a pirrotita ocorre em todos os tipos de alteração, porém sua freqüência é notadamente superior nas amostras com alteraçãao potássica. A cubanita, ainda que seja pouco abundante, é freqüente nas zonas onde há contribuição da alteração fílica. Apesar de ser encontrada também nas zonas potássica-propílica e propílica-potássica, a sua freqüência é praticamente insignificante quando comparada com a das demais fases encontradas, enquanto a mackinawita apresenta freqüência significativamente superior nas rochas afetadas pela alteração propílica. A tipologia e a distribuição das inclusões/intercrescimentos, aliadas às informações experimentais disponíveis para o diagrama de fases Cu-Fe-S, são compatíveis com temperaturas entre ca. 180 e 500 °C para a origem da mineralização de Cu (calcopirita, cubanita). / The Cuajone mine is a porphyritic copper deposit (porphyry copper), located in the Pacific Copper Province, eastern flanks of the Andean Cordillera, state of Moquegua, south of Peru, with geographic coordinates 17 ° 02 \'(S) and 70 ° 42 \'(W) and altitudes between 3100 and 3830 m. The region is characterized from base to top by cretaceous volcanics (andesites and rhyolites) from Toquepala Group, which are invaded by a intrusive complex (quartz monzonites-quartz latites) associated to the ore deposits. Covering these units there are more recent volcanic flows composed mainly by trachyte, trachytic tuff, rhyolitic conglomerates and trachytic agglomerate from Huaylillas and Chuncatala Formations. Petrographic analysis of 77 samples representing 22 drilling cores distributed in three profiles of Cuajone Mine allowed the identification of the following lithotypes: andesite, rhyolite, quartz latite, latite, porphyritic micro-granodiorite, porphyritic micro-tonalite, porphyry-I (micro quartz monzonites-monzogranites (?)), porphyry-II (micro tonalites-micro leucoquartz diorites (?)) and micro-breccias.These rocks are affected by variable degrees of hydrothermal alteration with predominance of eight types or combinations of the following main types: potassic, potassic-propylitic, propylitic-potassic, potassic-propylitic/phylic, propylic, propylitic-phylic, phylic and propylitic-phylic. Detailed microscopic investigation under reflected light revealed that among the sulphide phases, pyrite (py) is the most abundant, with frequent chalcopyrite (cp) tiny inclusions (X0, 0 and 0, X ?m), almost always accompanied by pirrotite (po), cubanite (cb) and mackinawite (mck), occurring as typical intergrowths. These inclusions show round to oval or idiomorphic shapes and are commonly overlooked during conventional microscopic analyses due to their small dimensions. The intergrowths identified during petrographic analysis were classified according to their morphology, using specific nomenclature and relative abundances. The results show that the most abundant types are: cp/po:1b (chalcopyrite + pirrotite, morphology type 1b) and py/po:1e in the potassic alteration zone, py/po:1e and cp/mck:4f in areas of potassic-propylitic and propylitic-potassic alteration, cp/mck:4f and py/po:1e in the propylitic zone and cp/po:1b and cp/mck:4f in potassic-propylic/phylic alteration zones; propylitic-phylic, phylic-propylitic and phylic zones. The distribution pattern of inclusions/intergrowths indicates that their mineralogy can be correlated with the type of hydrothermal alteration. This is particularly evident when considering frequency and/or relative abundance. Thus, pirrotite occurs in all types of alteration, although its frequency is especially higher in samples with potassic alteration. Cubanite is more characteristic in the potassic-propylic and propylic-potassic zones, while mackinawite is significantly more frequent in rocks affected by propylic alteration. The type and distribution of inclusions/intergrowths, allied to current experimental results for the Cu-Fe-S system, are compatible with temperatures between ca. 180 and 500 ° C for the genesis of the studied copper deposits (chalcopyrite, cubanite).
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Caracterização e correlação de inclusões sólidas em pirita com alteração hidrotermais no pórfiro de cobre de Cuajone - Perú / Characterization and correlation of inclusions in pyrite with strong hydrothermal alterations in the porphyry copper Cuajone-Peru

Carmen Juli Sucapuca Goyzueta 19 August 2008 (has links)
A mina Cuajone é uma jazida de tipo pórfiro de cobre (porphyry copper), localizada na Província Cuprífera do Pacífico, nos flancos ocidentais da Cadeia Andina, no estado de Moquegua, sul do Perú, em coordenadas 17° 02\'(S) e 70° 42\'(W) e altitudes entre 3100 e 3830 m. A região é caracterizada pela ocorrência, na base, de derrames vulcânicos (andesitos e riolitos) cretácicos do Grupo Toquepala, que s~ao invadidos por um complexo intrusivo (quartzo monzonitos - quartzo latitos) associado à mineralização. Fluxos vulcânicos mais recentes, compostos principalmente por traquitos, tufos e aglomerados traquíticos e conglomerados riolíticos das Formações Huaylillas e Chuncatala recobrem todo o conjunto. A análise petrográfica de 77 amostras representativas de 22 testemunhos de furos de sondagem distribuídos em três perfis da jazida de Cuajone permitiu a caracterização das seguintes rochas: andesitos, riolitos, quartzo latitos, latitos, micro-granodioritos porfiríticos, microtonalitos porfiríticos, pórfiros-I (micro quartzo monzonitos - micro monzogranitos (?)), pórfiros- II (micro tonalitos - micro leucoquartzo dioritos (?)) e micro-brechas. Estas rochas encontram-se afetadas por alterações hidrotermais em graus variáveis, identificando-se oito tipos ou combinações de tipos principais: potássica, potássica-propílica, propílica-potássica, potássica-propí?lica/fílica, propílica, propílica-fílica, fílica-propílica e fílica. O exame microscópico em detalhe sob luz refletida das fases sulfetadas demonstrou que a pirita (py), o sulfeto mais abundante, apresenta freqüentemente inclusões diminutas de calcopirita, cp, (X0,0 e 0,X ?m), quase sempre acompanhada de pirrotita (po), cubanita (cb) e mackinawita (mck), que aparecem formando intercrescimentos tí?picos. Estas inclusões apresentam formas arredondadas, ovais ou mesmo idiomórficas que, devido às suas dimensões, quase sempre não são reconhecidas em exames convencionais ao microscópio. Os intercrescimentos identificados foram classificados de acordo com a sua morfologia, utilizando-se para tanto de nomenclatura específica, e suas abundâncias relativas. Os resultados mostram que os mais abundantes são: tipo cp/po:1b (calcopirita + pirrotita, morfologia de tipo 1b) e py/po:1e na zona de alteração potássica, py/po:1e e cp/mck:4f nas zonas potássicapropílica e propílica-potássica, cp/mck:4f e py/po:1e na zona propílica e cp/po:1b e cp/mck:4f nas zonas de alteração potássica-propílica/fílica, propílica-fílica, fílica-propílica e zona de alteração fílica. A análise de distribuição das inclusões/intercrescimentos indica que a sua mineralogia pode ser correlacionada com a tipologia da alteração hidrotermal, particularmente quando se consideram as freqüências e/ou abundâncias relativas. Assim, observa-se que a pirrotita ocorre em todos os tipos de alteração, porém sua freqüência é notadamente superior nas amostras com alteraçãao potássica. A cubanita, ainda que seja pouco abundante, é freqüente nas zonas onde há contribuição da alteração fílica. Apesar de ser encontrada também nas zonas potássica-propílica e propílica-potássica, a sua freqüência é praticamente insignificante quando comparada com a das demais fases encontradas, enquanto a mackinawita apresenta freqüência significativamente superior nas rochas afetadas pela alteração propílica. A tipologia e a distribuição das inclusões/intercrescimentos, aliadas às informações experimentais disponíveis para o diagrama de fases Cu-Fe-S, são compatíveis com temperaturas entre ca. 180 e 500 °C para a origem da mineralização de Cu (calcopirita, cubanita). / The Cuajone mine is a porphyritic copper deposit (porphyry copper), located in the Pacific Copper Province, eastern flanks of the Andean Cordillera, state of Moquegua, south of Peru, with geographic coordinates 17 ° 02 \'(S) and 70 ° 42 \'(W) and altitudes between 3100 and 3830 m. The region is characterized from base to top by cretaceous volcanics (andesites and rhyolites) from Toquepala Group, which are invaded by a intrusive complex (quartz monzonites-quartz latites) associated to the ore deposits. Covering these units there are more recent volcanic flows composed mainly by trachyte, trachytic tuff, rhyolitic conglomerates and trachytic agglomerate from Huaylillas and Chuncatala Formations. Petrographic analysis of 77 samples representing 22 drilling cores distributed in three profiles of Cuajone Mine allowed the identification of the following lithotypes: andesite, rhyolite, quartz latite, latite, porphyritic micro-granodiorite, porphyritic micro-tonalite, porphyry-I (micro quartz monzonites-monzogranites (?)), porphyry-II (micro tonalites-micro leucoquartz diorites (?)) and micro-breccias.These rocks are affected by variable degrees of hydrothermal alteration with predominance of eight types or combinations of the following main types: potassic, potassic-propylitic, propylitic-potassic, potassic-propylitic/phylic, propylic, propylitic-phylic, phylic and propylitic-phylic. Detailed microscopic investigation under reflected light revealed that among the sulphide phases, pyrite (py) is the most abundant, with frequent chalcopyrite (cp) tiny inclusions (X0, 0 and 0, X ?m), almost always accompanied by pirrotite (po), cubanite (cb) and mackinawite (mck), occurring as typical intergrowths. These inclusions show round to oval or idiomorphic shapes and are commonly overlooked during conventional microscopic analyses due to their small dimensions. The intergrowths identified during petrographic analysis were classified according to their morphology, using specific nomenclature and relative abundances. The results show that the most abundant types are: cp/po:1b (chalcopyrite + pirrotite, morphology type 1b) and py/po:1e in the potassic alteration zone, py/po:1e and cp/mck:4f in areas of potassic-propylitic and propylitic-potassic alteration, cp/mck:4f and py/po:1e in the propylitic zone and cp/po:1b and cp/mck:4f in potassic-propylic/phylic alteration zones; propylitic-phylic, phylic-propylitic and phylic zones. The distribution pattern of inclusions/intergrowths indicates that their mineralogy can be correlated with the type of hydrothermal alteration. This is particularly evident when considering frequency and/or relative abundance. Thus, pirrotite occurs in all types of alteration, although its frequency is especially higher in samples with potassic alteration. Cubanite is more characteristic in the potassic-propylic and propylic-potassic zones, while mackinawite is significantly more frequent in rocks affected by propylic alteration. The type and distribution of inclusions/intergrowths, allied to current experimental results for the Cu-Fe-S system, are compatible with temperatures between ca. 180 and 500 ° C for the genesis of the studied copper deposits (chalcopyrite, cubanite).
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Caracterização isotópica da fonte de minério e geocronologia dos depósitos de Água Rica e Bajo de la Alumbrera, NW da Argentina / not available

Borba, Maurício Liska 19 October 2015 (has links)
Os depósitos de tipo Cu-Au (Mo) pórfiro de Água Rica e Bajo de la Alumbrera, NW argentino, estão geneticamente associados às atividades do Complexo Vulcânico Farallón Negro, no Mioceno. Estes depósitos de classe mundial estão inseridos no contexto geotectônico dos Andes Centrais, Província Geológica das Serras Pampeanas Ocidentais e são do tipo Cu-Au (Mo) pórfiro, embora o depósito de Água Rica possua uma série de características epitermais e uma fase de enriquecimento supergênico. Estudos isotópicos e geocronologia de alta resolução foram propostos para os dois depósitos, objetivando investigar a fonte da mineralização e a influência crustal em sua gênese, além de idades para os pórfiros de Água Rica. Os isótopos de Pb mostram que as amostras de rocha total de Bajo de la Alumbrera são menos radiogênicas, com valores de razões muito próximos e apresentam-se menos radiogênicas do que as amostras de rocha total de Água Rica. As amostras de rocha total de Água Rica mostram maior dispersão, mas de certo modo alguma relação com o material analisado (pirita, ou rocha total). As amostras de pirita, de ambos os depósitos apresentam valores de razões similares, o que permite agrupá-las. As composições isotópicas de Pb em sulfetos e em rochas hospedeiras para os depósitos de Água Rica e Bajo de la Alumbrera indicaram que, apesar da diferença nas litologias presentes nos dois depósitos, os valores obtidos são próximos e muito homogêneos. As amostras de sulfetos de Bajo de la Alumbrera apresentam razões \'ANTPOT.206 Pb\'/ \'ANTPOT.204 Pb\', \'ANTPOT.207 Pb\'/ \'ANTPOT.204 Pb\' e \'ANTPOT.208 Pb\'/ \'ANTPOT.204 Pb\' muito próximas das razões de rocha total, porém com discreto enriquecimento em Pb radiogênico. As amostras de sulfetos de Água Rica apresentam distribuição pouco mais variável, no entanto, observa-se que as amostras de pirita de diorito e pirita do metarenito encaixante ficam próximas entre si e próximas das razões de pirita de Bajo de la Alumbrera Isto pode ser interpretado como fonte e condições de formação similar para estes sulfetos. Os isótopos de Sr e Nd obtidos e combinados com dados da literatura podem sugerir mais evidências na fonte dos magmas e fluidos para estes depósitos, onde as rochas foram divididas em grupos por afinidades isotópicas. Percebe-se que há rochas de padrão juvenil, incorporadas durante a orogenia Andina, mas também há rochas que indicam a presença de contaminação crustal, não homogênea, com variações nos valores de épsilon Nd(t) positivos e negativos. Idades de U-Pb em zircão SHRIMP-IIe nos pórfiros Trampeadero e Quebrada Seca, do depósito de Água Rica, apresentaram idades de 6,20±0,16 Ma e 5,66±0,22 Ma, respectivamente. Estas idades indicam um intervalo tempo muito curto, de cerca de 0,54 Ma, entre as intrusões que contém as mineralizações de maior teor e sendo as primeiras idades obtidas para as intrusões de Água Rica, por meio de datação por U-Pb SHRIMP em zircão. Estas idades sugerem que as intrusões associadas a mineralizações do depósito Água Rica são as mais jovens das que ocorrem na área do Complexo Farallón Negro. Uma isócrona Re-Os obtida em pirita para o depósito de Água Rica de 6,4±2,8 Ma é condizente com a história evolutiva deste depósito. Esta idade, combinada com a idade U-Pb em zircão condiz com a principal fase magmática ocorrida neste depósito e que é tida como a fase principal da mineralização. Com base nos dados, sugere-se que a gênese do depósito de Água Rica ocorreu concomitantemente aos estágios magmáticos finais de Bajo de la Alumbrera, e que esta marca as idades mais jovens para as rochas do Complexo Vulcânico Farallón Negro. Além disso, a participação crustal foi significativa durante a gênese desses depósitos, com uma componente maior no depósito de Água Rica, devido a maior interação dos fluidos magmáticos e mineralizantes com o embasamento Paleozoico. Com base neste estudo, indicamos que em zonas de subducção com baixo ângulo de mergulho, os depósitos minerais gerados podem apresentar maior interação com fluidos crustais do que aqueles em áreas de com placa de alto ângulo. / The Agua Rica and Bajo de la Alumbrera Cu-Au (Mo) porphyry-type deposits, NW Argentina, are genetically associated with the Farallón Negro Volcanic Complex, Miocene age. These world-class deposits of Bajo de la Alumbrera and Agua Rica, located into the tectonic context of the Central Andes, Geological Province of the Sierras Pampeanas, are Cu-Au (Mo) porphyry-type, although the Agua Rica deposit has a number of epithermal features and a supergene enrichment phase. Isotopic studies and high-resolution geochronology were carried out for the two deposits, aiming to investigate the source of the mineralization and crustal influence in its genesis, and ages for the Agua Rica porphyries. Pb isotopes show that the whole-rock samples from Bajo de la Alumbrera are less radiogenic than those from Agua Rica, with close ratio values. The whole-rock samples from Agua Rica show higher dispersion compared to Bajo de la Alumbrera. The pyrite samples from both deposits present similar ratios, which allows grouping them. The Pb isotopic compositions of sulfides and host rocks for the Agua Rica deposit and Bajo de la Alumbrera indicated that, despite the difference in the lithology present in the two deposits, the values obtained are close and very homogeneous. Sulfide samples from Bajo de la Alumbrera show ratios of \'ANTPOT.206 Pb\'/ \'ANTPOT.204 Pb\', \'ANTPOT.207 Pb\'/ \'ANTPOT.204 Pb\' and \'ANTPOT.208 Pb\'/ \'ANTPOT.204 Pb\' very close to the whole-rock ratios, but with a slight enrichment in radiogenic Pb. Sulfide samples from Agua Rica present variable distribution, however, the pyrite samples from diorite and from metasandstone present ratios close to the pyrite from Bajo de la Alumbrera. This ratios similarity could be interpreted as similar conditions and sources to these sulfides. The Sr and Nd isotopes obtained and combined with literature data may suggest more evidence on the source of magmas and fluids for these deposits. Rocks with juvenile pattern, incorporated during the Andean orogeny, are one group observed, but there are also rocks that indicate the presence of crustal contamination, not homogeneous, with variations in Epsilon Nd(t) positive to negative. U-Pb SHRIMP-IIe zircon ages in the porphyries Trampeadero and Quebrada Seca, from the Agua Rica deposit, presented ages of 6.20 ± 0.16 Ma and 5.66 ± 0.22 Ma, respectively. These ages indicate a short time interval between these intrusions, of about 0.54 Ma, and represent the youngest ages obtained for Agua Rica by U-Pb SHRIMP zircon. A Re-Os isochron obtained in pyrite to the Agua Rica deposit of 6.4 ± 2.8 Ma is consistent with the evolution of this deposit. This age, combined with the U-Pb SHRIMP zircon ages matches the main magmatic phase and shows that the main mineralization phase is coeval to the intrusions. Based on these data, it is suggested that the genesis of the Agua Rica deposit was coeval to the last magmatic stages of Bajo de la Alumbrera, and this marks the youngest ages to the Farallón Negro Volcanic Complex rocks. In addition, the crustal participation was significant in the genesis of these deposits, with a major component in the Agua Rica deposit, because the fluids interaction with the Paleozoic basement. Based on this study, we indicated that in flat-subduction zones, the mineral deposits generated present more significant interaction with the crustal fluids than those normal subduction zones.
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Petrogênese e metalogenia do magmatismo Paleoproterozoico na porção sul da Proví­ncia Mineral do Tapajós, Crá¡ton Amazônico / not available

Gómez Gutiérrez, Diego Felipe Gomez 08 November 2018 (has links)
O evento sensu lato Uatumã é caraterizado pelo intenso magmatismo de afinidade cálcio-alcalina, relacionado com a presença de arcos vulcânicos continentais Paleoproterozóicos no período 2,1 a 1,88 Ga, associados com as suítes magmáticas Cuiú- Cuiú, Creporizão, Parauari, com significativa relevância no potencial metalogenético na porção sul do Cráton Amazônico, especificamente na Província Mineral do Tapajós. Inclui também as rochas vulcânicas alcalinas do tipo-A, predominantemente fissurais, de ca 1,87 Ga. Estes arcos magmáticos continentais nomeados Arcos Tapajônicos, tem rochas excepcionalmente bem preservadas de processos tectônicos e metamórficos, o que tem permitido caracterizar os sistemas geológicos, os ambientes tectônicos de formação, os sistemas magmáticos-hidrotermais do tipo epitermal e pórfiro associados, por vezes mineralizados em metais preciosos e de base. Estes arcos são compostos por rochas graníticas diversas, faneríticas e porfiríticas, granófiros, pórfiros riolíticos a andesíticos, andesitos, dacitos, riodacitos e riolitos, estes em maior volume. As rochas vulcânicas compõem derrames, domos e diques, comumente com fácies variadas de rochas vulcanoclásticas associadas, incluindo grandes depósitos de ignimbritos, assim como rochas sedimentares clasticas típicas de ambiente continental deposicional incluindo depósitos de leques aluviais e fluviais compostos por arenitos, conglomerados, siltitos e argilitos junto com unidades lacustres, representadas por lamitos vermelhos com leitos de chert contemporâneas aos eventos vulcânicos paleproterozóicos. As rochas destes arcos são em geral peraluminosas a metaluminosas e pertencem à serie cálcio-alcalina enriquecida em potássio, com tendências shoshoníticas, e mostram semelhança às geradas pelo magmatismo sin- a pós-orogênico em ambiente de arco vulcânico continental maturo, desenvolvido em margens continentais ativas. Dados isotópicos de Sm-Nd de um conjunto representativo de amostras da região indicam valores de \'\'épsilon\'IND.Nd\' negativos e valores baixos de 87Sr/86Sr, indicando a existência de importante contaminação de crosta continental. As idades modelos TDM indicam participação de crosta paleoproterozóica e arqueana na formação dos magmas. Tanto os dados isotópicos como os de magnetometria e de gravimetria indicam que estruturas profundas da região têm orientação geral aproximadamente E-W que parecem constituir extensões das zonas de cisalhamento arqueanas presentes na Província Mineral de Carajás até a altura do rio Tapajós. Em diversos litótipos sub-vulcânicos e vulcânicos mais ou menos evoluídos foram identificadas inúmeras ocorrências de alterações hidrotermais do tipo quartzo-sericita, por vezes com adulária, e argílica, está dominantemente em estilo fissural, que podem ser associadas a mineralizações epitermais do tipo low-sulfidation. Também estão presentes rochas hidrotermalizadas com pirofilita e alunita, caracterizando zonas de alterações argílicas avançadas em estilos pervasivo e fissural, típicas de mineralizações epitermais high-sulfidation. Em todos os litótipos, mas predominantemente em granitoides e pórfiros, foram identificadas alterações potássicas, sericítica, sericita-clorítica, propílitica e clorítica nos estilos pervasivo e fissural, as quais são representativas de típicos sistemas do tipo pórfiro. As fontes dos fluidos responsáveis pela alteração hidrotermal associada aos sistemas epitermais high- e low-sulfidation foram determinadas utilizando análises de isótopos de oxigênio e deutério em pares de minerais (quartzo-sericita e quartzo-caulinita) constituintes das zonas de alteração hidrotermal. Estes resultados indicam fluidos de origem magmática com misturas subordinadas de fluidos meteóricos de baixa latitude, sem a influência de água de degelo. Os valores de ?34Ssulfetos de pirita da rocha hidrotermalizada variam de +0,8 e +9,4 ?, confirmando a hipótese de fonte magmática também para o enxofre. Essas características são semelhantes às observadas em pórfiros cenozoicos de arcos magmáticos continentais e insulares. Estes resultados indicam um importante potencial para ocorrência de mineralizações de metais preciosos (Au e Ag) e de base (Cu, Pb, Zn e Mo) dos tipos epitermal e pórfiro na região, o que abre possibilidades para existência de mineralizações de grande porte nos arcos Tapajônicos, semelhantes àquelas presentes em arcos modernos, como os Andes, México e oeste dos Estados Unidos. E, caso isto venha a se confirmar, haverá um significativo impacto positivo para região, tanto econômico como social. A evolução geotectônica que deu origem aos eventos magmáticos continentais desenvolvidos no período 2,1 a 1,86 Ga definem a evolução metalogenética da Província Mineral do Tapajós. Os dados geocronológicos obtidos neste estudo mostram a existência no embasamento de rochas com idades de ca. 2,12 a 2,02, de 1,97 a 1,95 e de 1,89 Ga, que podem ser correlacionadas às rochas das suítes intrusivas Cuiú-Cuiú, Creporizão e Parauari, assim como rochas hipoabissais (pórfiros) de idades ca. 1,98 a 1,95 e 1,87 correlacionadas com a suíte intrusiva Creporizão e Parauari. As rochas vulcânicas cálcio-alcalinas tradicionalmente reconhecidas como pertencentes ao Grupo Iriri apresentam neste estudo idades de ca. 2,0 Ga, de 1,97 a 1,95 Ga e de 1,90 a 1,88 Ga, enquanto que vulcânicas alcalinas do tipo-A evidenciam idades de 1,87 a 1,85 Ga, indicando que há mais de um evento vulcânico além do magmatismo que deu origem ao Grupo Iriri. Estes resultados indicam uma evolução complexa do magmatismo paleoproterozóico das unidades reconhecidas como suítes magmáticas Cuiú-Cuiú, Creporizão e Parauari, dentro do evento magmático sensu lato Uatumã. Foram reconhecidas ao menos quatro épocas metalogenéticas potencialmente férteis para mineralizações magmáticas-hidrotermais relacionadas com os arcos Tapajônicos gerados no evento sensu lato Uatumã, associadas a períodos de aumento da espessura cortical durante o Peloproterozóico no sul da Província Mineral de Tapajós, quais sejam: a) o período de 2,1 a 1,97 Ga onde se dá a evolução dos arcos magmáticos continentais Cuiú- Cuiú e Creporizão, correlacionáveis com duas épocas de mineralizações magmáticas- hidrotermais de ca. 2 Ga e de 1,97 Ga; b) O período ao redor de 1,95; e c) o período de 1,90 a 1,88 Ga, relacionado ao arco continental Parauari. / The lato sensu Uatumã event is characterized by intense magmatism of calc-alkaline affinity, related to the presence of Paleoproterozoic continental volcanic arcs in a period between 2.1 to 1.88 Ga, associated with the magmatic suites Cuiú-Cuiú, Creporizão, Parauari, with significant relevance in the metallogenic potential in the southern portion of the Amazonian Craton, specifically in the Tapajós Mineral Province. It also includes alkaline volcanic rocks (A-type) of fissural predominance, about 1.87 Ga. These continental magmatic arcs named Tapajônicos arcs, have exceptionally wellpreserved rocks from tectonic and metamorphic processes, which has allowed to characterize the geologic systems, tectonic settings of formation of the associated epithermal- and porphyry-types magmatic-hydrothermal systems, sometimes mineralized in precious and base metals. These arcs are composed of several granitic rocks, phaneritic and porphyritic, granophyres, rhyolitic to andesitic porphyries, andesites, dacites, rhyodacites and rhyolites, these in larger volume. Volcanic rocks make up lava flows, domes and dikes, commonly with varying facies of associated volcanoclastic rocks, including large deposits of ignimbrites, as well as clastic sedimentary rocks of a continental depositional environment including deposits of alluvial and fluvial fans composed of sandstones, conglomerates, siltstones and argillites along with lacustrine units, represented by red mudstones with beds of chert, contemporaneous with the Paleoproterozoic volcanic events. The rocks of these arcs are generally peraluminous to metaluminous, belonging to the high K calc-alkaline series, trending to the shoshonitic series, and they show similarity to those generated by syn- to post-orogenic magmatism in a mature continental volcanic arc, developed in active continental margins. Sm-Nd isotopic data of a representative set of samples from the region indicate negative \'\'épsilon\'IND.Nd\' values and low values of 87Sr / 86Sr, indicating the existence of important continental crust contamination. The TDM model ages indicate participation of Paleoproterozoic and Archaean crust in the formation of magmas. Both isotopic, magnetometric and gravimetric data indicate that deep structures in the region have roughly E-W orientation that appear to constitute extensions of the Archaean shear zones present in the Carajás Mineral Province up to the Tapajós River. Numerous occurrences of quartz-sericite hydrothermal alterations, sometimes with adularia and argillic type, predominantly in fissural style, have been identified in several evolved volcanic and volcanic lithotypes that could be associated with low-sulfidation epithermal mineralizations. Hydrothermalized rocks with pyrophyllite and alunite are also present, characterizing zones of advanced argillic alteration in pervasive and fissural styles, typical of high-sulfidation epithermal mineralizations. In all lithotypes, but predominantly in granitoids and porphyries, were identified potassic, sericitic, sericitic-chloritic, propylitic and chloritic alterations in pervasive and fissural styles, which are representative of typical porphyry-type systems. The sources of the fluids responsible for the hydrothermal alteration associated with high- and low-sulfidation epithermal systems were determined using oxygen and deuterium isotope analyses in minerals pairs (quartz-sericite and quartz-kaolinite) constituents from hydrothermal alteration zones. These results indicate fluids of magmatic origin with subordinate mixtures of low latitude meteoric fluids, without the influence of de-icing water. The values of ?34Ssulfide values of pyrite from hydrothermalized rock range from +0.8 and +9.4 ?, confirming also the hypothesis of a magmatic sulfur source. These characteristics are similar to those observed in Cenozoic porphyries from continental and island magmatic arcs. These results indicate an important potential for the occurrence of precious metals (Au and Ag) and base metals (Cu, Pb, Zn and Mo) of the epithermal and porphyry types in the region, which opens possibilities for large mineralizations in the Tapajônicos arcs, similar to those present in modern arcs, like the Andes, Mexico and western of the United States. And, if this is to be confirmed, there will be a significant positive impact for the region, both economic and social. The geotectonic evolution that gave origin to the continental magmatic events developed in the period between 2.1 to 1.86 Ga define the metallogenic evolution of the Tapajós Mineral Province. The geochronological data obtained in this study show the existence in the basement of rocks with ages of ca. 2.12 to 2.02, from 1.97 to 1.95 and 1.89 Ga, which can be correlated to rocks of the Cuiú-Cuiú, Creporizão and Parauari intrusive suites, as well as hypoabissal (porphyries) rocks of ca. 1.98 to 1.95 Ga and 1.87 Ga correlated with the Creporizão and Parauari intrusive suites. Calc-alkaline volcanic rocks traditionally recognized as belonging to the Iriri Group present in this study have shown ages range of ca. 2.0 Ga, from 1.97 to 1.95 Ga and from 1.90 to 1.88 Ga, while A-type alkaline volcanics yield ages from 1.87 to 1.85 Ga, indicating that there is more than one volcanic event besides the magmatism that gave rise to the Iriri Group. These results indicate a complex evolution of the paleoproterozoic magmatism of the units recognized as Cuiú-Cuiú, Creporizão and Parauari magmatic suites, within lato sensu Uatumã magmatic event. At least four potentially fertile metallogenic epochs were recognized for hydrothermal-magmatic mineralizations related with the Tapajônicos arcs generated in the lato sensu Uatumã event, associated with periods of increase of crustal thickness during the Peloproterozoic in the southern area of the Tapajós Mineral Province, which are: a) the period from 2.1 to 1.97 Ga with the evolution of Cuiú-Cuiú and Creporizão continental magmatic arcs, correlated with two periods of magmatic-hydrothermal mineralizations of ca. 2.0 Ga and 1.97 Ga; b) The period around 1.95 Ga; and c) the period from 1.90 to 1.88 Ga, related with the Parauari continental arc.
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Petrogênese e metalogenia do magmatismo Paleoproterozoico na porção sul da Proví­ncia Mineral do Tapajós, Crá¡ton Amazônico / not available

Diego Felipe Gomez Gómez Gutiérrez 08 November 2018 (has links)
O evento sensu lato Uatumã é caraterizado pelo intenso magmatismo de afinidade cálcio-alcalina, relacionado com a presença de arcos vulcânicos continentais Paleoproterozóicos no período 2,1 a 1,88 Ga, associados com as suítes magmáticas Cuiú- Cuiú, Creporizão, Parauari, com significativa relevância no potencial metalogenético na porção sul do Cráton Amazônico, especificamente na Província Mineral do Tapajós. Inclui também as rochas vulcânicas alcalinas do tipo-A, predominantemente fissurais, de ca 1,87 Ga. Estes arcos magmáticos continentais nomeados Arcos Tapajônicos, tem rochas excepcionalmente bem preservadas de processos tectônicos e metamórficos, o que tem permitido caracterizar os sistemas geológicos, os ambientes tectônicos de formação, os sistemas magmáticos-hidrotermais do tipo epitermal e pórfiro associados, por vezes mineralizados em metais preciosos e de base. Estes arcos são compostos por rochas graníticas diversas, faneríticas e porfiríticas, granófiros, pórfiros riolíticos a andesíticos, andesitos, dacitos, riodacitos e riolitos, estes em maior volume. As rochas vulcânicas compõem derrames, domos e diques, comumente com fácies variadas de rochas vulcanoclásticas associadas, incluindo grandes depósitos de ignimbritos, assim como rochas sedimentares clasticas típicas de ambiente continental deposicional incluindo depósitos de leques aluviais e fluviais compostos por arenitos, conglomerados, siltitos e argilitos junto com unidades lacustres, representadas por lamitos vermelhos com leitos de chert contemporâneas aos eventos vulcânicos paleproterozóicos. As rochas destes arcos são em geral peraluminosas a metaluminosas e pertencem à serie cálcio-alcalina enriquecida em potássio, com tendências shoshoníticas, e mostram semelhança às geradas pelo magmatismo sin- a pós-orogênico em ambiente de arco vulcânico continental maturo, desenvolvido em margens continentais ativas. Dados isotópicos de Sm-Nd de um conjunto representativo de amostras da região indicam valores de \'\'épsilon\'IND.Nd\' negativos e valores baixos de 87Sr/86Sr, indicando a existência de importante contaminação de crosta continental. As idades modelos TDM indicam participação de crosta paleoproterozóica e arqueana na formação dos magmas. Tanto os dados isotópicos como os de magnetometria e de gravimetria indicam que estruturas profundas da região têm orientação geral aproximadamente E-W que parecem constituir extensões das zonas de cisalhamento arqueanas presentes na Província Mineral de Carajás até a altura do rio Tapajós. Em diversos litótipos sub-vulcânicos e vulcânicos mais ou menos evoluídos foram identificadas inúmeras ocorrências de alterações hidrotermais do tipo quartzo-sericita, por vezes com adulária, e argílica, está dominantemente em estilo fissural, que podem ser associadas a mineralizações epitermais do tipo low-sulfidation. Também estão presentes rochas hidrotermalizadas com pirofilita e alunita, caracterizando zonas de alterações argílicas avançadas em estilos pervasivo e fissural, típicas de mineralizações epitermais high-sulfidation. Em todos os litótipos, mas predominantemente em granitoides e pórfiros, foram identificadas alterações potássicas, sericítica, sericita-clorítica, propílitica e clorítica nos estilos pervasivo e fissural, as quais são representativas de típicos sistemas do tipo pórfiro. As fontes dos fluidos responsáveis pela alteração hidrotermal associada aos sistemas epitermais high- e low-sulfidation foram determinadas utilizando análises de isótopos de oxigênio e deutério em pares de minerais (quartzo-sericita e quartzo-caulinita) constituintes das zonas de alteração hidrotermal. Estes resultados indicam fluidos de origem magmática com misturas subordinadas de fluidos meteóricos de baixa latitude, sem a influência de água de degelo. Os valores de ?34Ssulfetos de pirita da rocha hidrotermalizada variam de +0,8 e +9,4 ?, confirmando a hipótese de fonte magmática também para o enxofre. Essas características são semelhantes às observadas em pórfiros cenozoicos de arcos magmáticos continentais e insulares. Estes resultados indicam um importante potencial para ocorrência de mineralizações de metais preciosos (Au e Ag) e de base (Cu, Pb, Zn e Mo) dos tipos epitermal e pórfiro na região, o que abre possibilidades para existência de mineralizações de grande porte nos arcos Tapajônicos, semelhantes àquelas presentes em arcos modernos, como os Andes, México e oeste dos Estados Unidos. E, caso isto venha a se confirmar, haverá um significativo impacto positivo para região, tanto econômico como social. A evolução geotectônica que deu origem aos eventos magmáticos continentais desenvolvidos no período 2,1 a 1,86 Ga definem a evolução metalogenética da Província Mineral do Tapajós. Os dados geocronológicos obtidos neste estudo mostram a existência no embasamento de rochas com idades de ca. 2,12 a 2,02, de 1,97 a 1,95 e de 1,89 Ga, que podem ser correlacionadas às rochas das suítes intrusivas Cuiú-Cuiú, Creporizão e Parauari, assim como rochas hipoabissais (pórfiros) de idades ca. 1,98 a 1,95 e 1,87 correlacionadas com a suíte intrusiva Creporizão e Parauari. As rochas vulcânicas cálcio-alcalinas tradicionalmente reconhecidas como pertencentes ao Grupo Iriri apresentam neste estudo idades de ca. 2,0 Ga, de 1,97 a 1,95 Ga e de 1,90 a 1,88 Ga, enquanto que vulcânicas alcalinas do tipo-A evidenciam idades de 1,87 a 1,85 Ga, indicando que há mais de um evento vulcânico além do magmatismo que deu origem ao Grupo Iriri. Estes resultados indicam uma evolução complexa do magmatismo paleoproterozóico das unidades reconhecidas como suítes magmáticas Cuiú-Cuiú, Creporizão e Parauari, dentro do evento magmático sensu lato Uatumã. Foram reconhecidas ao menos quatro épocas metalogenéticas potencialmente férteis para mineralizações magmáticas-hidrotermais relacionadas com os arcos Tapajônicos gerados no evento sensu lato Uatumã, associadas a períodos de aumento da espessura cortical durante o Peloproterozóico no sul da Província Mineral de Tapajós, quais sejam: a) o período de 2,1 a 1,97 Ga onde se dá a evolução dos arcos magmáticos continentais Cuiú- Cuiú e Creporizão, correlacionáveis com duas épocas de mineralizações magmáticas- hidrotermais de ca. 2 Ga e de 1,97 Ga; b) O período ao redor de 1,95; e c) o período de 1,90 a 1,88 Ga, relacionado ao arco continental Parauari. / The lato sensu Uatumã event is characterized by intense magmatism of calc-alkaline affinity, related to the presence of Paleoproterozoic continental volcanic arcs in a period between 2.1 to 1.88 Ga, associated with the magmatic suites Cuiú-Cuiú, Creporizão, Parauari, with significant relevance in the metallogenic potential in the southern portion of the Amazonian Craton, specifically in the Tapajós Mineral Province. It also includes alkaline volcanic rocks (A-type) of fissural predominance, about 1.87 Ga. These continental magmatic arcs named Tapajônicos arcs, have exceptionally wellpreserved rocks from tectonic and metamorphic processes, which has allowed to characterize the geologic systems, tectonic settings of formation of the associated epithermal- and porphyry-types magmatic-hydrothermal systems, sometimes mineralized in precious and base metals. These arcs are composed of several granitic rocks, phaneritic and porphyritic, granophyres, rhyolitic to andesitic porphyries, andesites, dacites, rhyodacites and rhyolites, these in larger volume. Volcanic rocks make up lava flows, domes and dikes, commonly with varying facies of associated volcanoclastic rocks, including large deposits of ignimbrites, as well as clastic sedimentary rocks of a continental depositional environment including deposits of alluvial and fluvial fans composed of sandstones, conglomerates, siltstones and argillites along with lacustrine units, represented by red mudstones with beds of chert, contemporaneous with the Paleoproterozoic volcanic events. The rocks of these arcs are generally peraluminous to metaluminous, belonging to the high K calc-alkaline series, trending to the shoshonitic series, and they show similarity to those generated by syn- to post-orogenic magmatism in a mature continental volcanic arc, developed in active continental margins. Sm-Nd isotopic data of a representative set of samples from the region indicate negative \'\'épsilon\'IND.Nd\' values and low values of 87Sr / 86Sr, indicating the existence of important continental crust contamination. The TDM model ages indicate participation of Paleoproterozoic and Archaean crust in the formation of magmas. Both isotopic, magnetometric and gravimetric data indicate that deep structures in the region have roughly E-W orientation that appear to constitute extensions of the Archaean shear zones present in the Carajás Mineral Province up to the Tapajós River. Numerous occurrences of quartz-sericite hydrothermal alterations, sometimes with adularia and argillic type, predominantly in fissural style, have been identified in several evolved volcanic and volcanic lithotypes that could be associated with low-sulfidation epithermal mineralizations. Hydrothermalized rocks with pyrophyllite and alunite are also present, characterizing zones of advanced argillic alteration in pervasive and fissural styles, typical of high-sulfidation epithermal mineralizations. In all lithotypes, but predominantly in granitoids and porphyries, were identified potassic, sericitic, sericitic-chloritic, propylitic and chloritic alterations in pervasive and fissural styles, which are representative of typical porphyry-type systems. The sources of the fluids responsible for the hydrothermal alteration associated with high- and low-sulfidation epithermal systems were determined using oxygen and deuterium isotope analyses in minerals pairs (quartz-sericite and quartz-kaolinite) constituents from hydrothermal alteration zones. These results indicate fluids of magmatic origin with subordinate mixtures of low latitude meteoric fluids, without the influence of de-icing water. The values of ?34Ssulfide values of pyrite from hydrothermalized rock range from +0.8 and +9.4 ?, confirming also the hypothesis of a magmatic sulfur source. These characteristics are similar to those observed in Cenozoic porphyries from continental and island magmatic arcs. These results indicate an important potential for the occurrence of precious metals (Au and Ag) and base metals (Cu, Pb, Zn and Mo) of the epithermal and porphyry types in the region, which opens possibilities for large mineralizations in the Tapajônicos arcs, similar to those present in modern arcs, like the Andes, Mexico and western of the United States. And, if this is to be confirmed, there will be a significant positive impact for the region, both economic and social. The geotectonic evolution that gave origin to the continental magmatic events developed in the period between 2.1 to 1.86 Ga define the metallogenic evolution of the Tapajós Mineral Province. The geochronological data obtained in this study show the existence in the basement of rocks with ages of ca. 2.12 to 2.02, from 1.97 to 1.95 and 1.89 Ga, which can be correlated to rocks of the Cuiú-Cuiú, Creporizão and Parauari intrusive suites, as well as hypoabissal (porphyries) rocks of ca. 1.98 to 1.95 Ga and 1.87 Ga correlated with the Creporizão and Parauari intrusive suites. Calc-alkaline volcanic rocks traditionally recognized as belonging to the Iriri Group present in this study have shown ages range of ca. 2.0 Ga, from 1.97 to 1.95 Ga and from 1.90 to 1.88 Ga, while A-type alkaline volcanics yield ages from 1.87 to 1.85 Ga, indicating that there is more than one volcanic event besides the magmatism that gave rise to the Iriri Group. These results indicate a complex evolution of the paleoproterozoic magmatism of the units recognized as Cuiú-Cuiú, Creporizão and Parauari magmatic suites, within lato sensu Uatumã magmatic event. At least four potentially fertile metallogenic epochs were recognized for hydrothermal-magmatic mineralizations related with the Tapajônicos arcs generated in the lato sensu Uatumã event, associated with periods of increase of crustal thickness during the Peloproterozoic in the southern area of the Tapajós Mineral Province, which are: a) the period from 2.1 to 1.97 Ga with the evolution of Cuiú-Cuiú and Creporizão continental magmatic arcs, correlated with two periods of magmatic-hydrothermal mineralizations of ca. 2.0 Ga and 1.97 Ga; b) The period around 1.95 Ga; and c) the period from 1.90 to 1.88 Ga, related with the Parauari continental arc.
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Caracterização isotópica da fonte de minério e geocronologia dos depósitos de Água Rica e Bajo de la Alumbrera, NW da Argentina / not available

Maurício Liska Borba 19 October 2015 (has links)
Os depósitos de tipo Cu-Au (Mo) pórfiro de Água Rica e Bajo de la Alumbrera, NW argentino, estão geneticamente associados às atividades do Complexo Vulcânico Farallón Negro, no Mioceno. Estes depósitos de classe mundial estão inseridos no contexto geotectônico dos Andes Centrais, Província Geológica das Serras Pampeanas Ocidentais e são do tipo Cu-Au (Mo) pórfiro, embora o depósito de Água Rica possua uma série de características epitermais e uma fase de enriquecimento supergênico. Estudos isotópicos e geocronologia de alta resolução foram propostos para os dois depósitos, objetivando investigar a fonte da mineralização e a influência crustal em sua gênese, além de idades para os pórfiros de Água Rica. Os isótopos de Pb mostram que as amostras de rocha total de Bajo de la Alumbrera são menos radiogênicas, com valores de razões muito próximos e apresentam-se menos radiogênicas do que as amostras de rocha total de Água Rica. As amostras de rocha total de Água Rica mostram maior dispersão, mas de certo modo alguma relação com o material analisado (pirita, ou rocha total). As amostras de pirita, de ambos os depósitos apresentam valores de razões similares, o que permite agrupá-las. As composições isotópicas de Pb em sulfetos e em rochas hospedeiras para os depósitos de Água Rica e Bajo de la Alumbrera indicaram que, apesar da diferença nas litologias presentes nos dois depósitos, os valores obtidos são próximos e muito homogêneos. As amostras de sulfetos de Bajo de la Alumbrera apresentam razões \'ANTPOT.206 Pb\'/ \'ANTPOT.204 Pb\', \'ANTPOT.207 Pb\'/ \'ANTPOT.204 Pb\' e \'ANTPOT.208 Pb\'/ \'ANTPOT.204 Pb\' muito próximas das razões de rocha total, porém com discreto enriquecimento em Pb radiogênico. As amostras de sulfetos de Água Rica apresentam distribuição pouco mais variável, no entanto, observa-se que as amostras de pirita de diorito e pirita do metarenito encaixante ficam próximas entre si e próximas das razões de pirita de Bajo de la Alumbrera Isto pode ser interpretado como fonte e condições de formação similar para estes sulfetos. Os isótopos de Sr e Nd obtidos e combinados com dados da literatura podem sugerir mais evidências na fonte dos magmas e fluidos para estes depósitos, onde as rochas foram divididas em grupos por afinidades isotópicas. Percebe-se que há rochas de padrão juvenil, incorporadas durante a orogenia Andina, mas também há rochas que indicam a presença de contaminação crustal, não homogênea, com variações nos valores de épsilon Nd(t) positivos e negativos. Idades de U-Pb em zircão SHRIMP-IIe nos pórfiros Trampeadero e Quebrada Seca, do depósito de Água Rica, apresentaram idades de 6,20±0,16 Ma e 5,66±0,22 Ma, respectivamente. Estas idades indicam um intervalo tempo muito curto, de cerca de 0,54 Ma, entre as intrusões que contém as mineralizações de maior teor e sendo as primeiras idades obtidas para as intrusões de Água Rica, por meio de datação por U-Pb SHRIMP em zircão. Estas idades sugerem que as intrusões associadas a mineralizações do depósito Água Rica são as mais jovens das que ocorrem na área do Complexo Farallón Negro. Uma isócrona Re-Os obtida em pirita para o depósito de Água Rica de 6,4±2,8 Ma é condizente com a história evolutiva deste depósito. Esta idade, combinada com a idade U-Pb em zircão condiz com a principal fase magmática ocorrida neste depósito e que é tida como a fase principal da mineralização. Com base nos dados, sugere-se que a gênese do depósito de Água Rica ocorreu concomitantemente aos estágios magmáticos finais de Bajo de la Alumbrera, e que esta marca as idades mais jovens para as rochas do Complexo Vulcânico Farallón Negro. Além disso, a participação crustal foi significativa durante a gênese desses depósitos, com uma componente maior no depósito de Água Rica, devido a maior interação dos fluidos magmáticos e mineralizantes com o embasamento Paleozoico. Com base neste estudo, indicamos que em zonas de subducção com baixo ângulo de mergulho, os depósitos minerais gerados podem apresentar maior interação com fluidos crustais do que aqueles em áreas de com placa de alto ângulo. / The Agua Rica and Bajo de la Alumbrera Cu-Au (Mo) porphyry-type deposits, NW Argentina, are genetically associated with the Farallón Negro Volcanic Complex, Miocene age. These world-class deposits of Bajo de la Alumbrera and Agua Rica, located into the tectonic context of the Central Andes, Geological Province of the Sierras Pampeanas, are Cu-Au (Mo) porphyry-type, although the Agua Rica deposit has a number of epithermal features and a supergene enrichment phase. Isotopic studies and high-resolution geochronology were carried out for the two deposits, aiming to investigate the source of the mineralization and crustal influence in its genesis, and ages for the Agua Rica porphyries. Pb isotopes show that the whole-rock samples from Bajo de la Alumbrera are less radiogenic than those from Agua Rica, with close ratio values. The whole-rock samples from Agua Rica show higher dispersion compared to Bajo de la Alumbrera. The pyrite samples from both deposits present similar ratios, which allows grouping them. The Pb isotopic compositions of sulfides and host rocks for the Agua Rica deposit and Bajo de la Alumbrera indicated that, despite the difference in the lithology present in the two deposits, the values obtained are close and very homogeneous. Sulfide samples from Bajo de la Alumbrera show ratios of \'ANTPOT.206 Pb\'/ \'ANTPOT.204 Pb\', \'ANTPOT.207 Pb\'/ \'ANTPOT.204 Pb\' and \'ANTPOT.208 Pb\'/ \'ANTPOT.204 Pb\' very close to the whole-rock ratios, but with a slight enrichment in radiogenic Pb. Sulfide samples from Agua Rica present variable distribution, however, the pyrite samples from diorite and from metasandstone present ratios close to the pyrite from Bajo de la Alumbrera. This ratios similarity could be interpreted as similar conditions and sources to these sulfides. The Sr and Nd isotopes obtained and combined with literature data may suggest more evidence on the source of magmas and fluids for these deposits. Rocks with juvenile pattern, incorporated during the Andean orogeny, are one group observed, but there are also rocks that indicate the presence of crustal contamination, not homogeneous, with variations in Epsilon Nd(t) positive to negative. U-Pb SHRIMP-IIe zircon ages in the porphyries Trampeadero and Quebrada Seca, from the Agua Rica deposit, presented ages of 6.20 ± 0.16 Ma and 5.66 ± 0.22 Ma, respectively. These ages indicate a short time interval between these intrusions, of about 0.54 Ma, and represent the youngest ages obtained for Agua Rica by U-Pb SHRIMP zircon. A Re-Os isochron obtained in pyrite to the Agua Rica deposit of 6.4 ± 2.8 Ma is consistent with the evolution of this deposit. This age, combined with the U-Pb SHRIMP zircon ages matches the main magmatic phase and shows that the main mineralization phase is coeval to the intrusions. Based on these data, it is suggested that the genesis of the Agua Rica deposit was coeval to the last magmatic stages of Bajo de la Alumbrera, and this marks the youngest ages to the Farallón Negro Volcanic Complex rocks. In addition, the crustal participation was significant in the genesis of these deposits, with a major component in the Agua Rica deposit, because the fluids interaction with the Paleozoic basement. Based on this study, we indicated that in flat-subduction zones, the mineral deposits generated present more significant interaction with the crustal fluids than those normal subduction zones.
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Gênese das mineralizações associadas ao magmatismo ácido na região do Garimpo do Papagaio, noroeste da Proví­ncia Aurífera de Alta Floresta (MT) / Mineralizations genesis associated with acid magmatism in the Papagaio artisanal mining region, northwest of Alta Floresta Gold Province (MT)

Galé, Marcelo Garcia 09 November 2018 (has links)
A Província Aurífera de Alta Floresta insere-se na porção sul do Cráton Amazônico e constitui uma região alongada na direção WNW-ESSE onde se situam depósitos auríferos associados ao magmatismo plutonovulcânico Paleoproterozoico. A área pesquisada abrange o garimpo de ouro do Papagaio, situado em Paranaíta, Mato Grosso. Durante o mapeamento geológico, foram identificados corpos de rochas plutônicas a subvulcânicas de composições granodiorítica e granítica, além de rochas vulcânicas e piroclásticas dacíticas e riolíticas. Estes litotipos são pertencentes à série calcioalcalina de médio a alto potássio, meta- a peraluminosas correspondentes a granitos do tipo I de arco vulcânico em margem continental ativa. As idades U-Pb mostraram que o magmatismo na região ocorreu aproximadamente entre 1.80 - 1.78 Ga. com zircões herdados de até 2,1 Ga, mostrando evidências da existência de uma crosta mais profunda e antiga durante a subducção. Os dados de \'épsilon\'Nd(t) mostraram a existência de contribuição crustal e mantélica na fonte de idade TDM entre 2.15-2.02 Ga. Estes dados revelaram que o vulcanismo na área é pertencente a Suíte Colíder, correspondente de um magmatismo que ficou ativo por aproximadamente 16 Ma e que evoluiu de composição dacítica a riolítica. A lavra garimpeira ocorre sobre uma mineralização aurífera com cobre, zinco e baixos teores de chumbo, preferencialmente confinada em veios que cortam os halos de alteração potássica, sericítica e propilítica. Os veios existentes na região evoluem de forma sistematica em seis tipos: (I) Veio de quartzo estéril associado ao halo da alteração potássica; (II) Veio de quartzo com minerais de minério, por vezes, associado ao halo sericítico; (III) Veio sulfetado com halo de alteração sericítica bem desenvolvido nas salbandas; (IV) e (V) Veios de quartzo e carbonato tardios; (VI) sistema de veios de quartzo mais novo e sem relação com a evolução do depósito. Os três primeiros tipos são semelhantes ao sistema A-B-D descrito em depósitos do tipo pórfiro, enquanto que os mais novos apresentam características de um ambiente mais raso e epitermal. O ouro ocorre principalmente na zona central dos veios do tipo II, em paragênese com a calcopirita + esfalerita + pirita ± galena ± magnetita. O quartzo dos veios sofreu diferentes intensidades de recristalização decorrente de subsequentes pulsos hidrotermais e as imagens de catodoluminescência mostraram que as inclusões fluidas aquocarbônicas representam fluidos primários com importante participação no transporte de conteúdo metalífero. Os resultados de isótopos estáveis de D, O e S em quartzo, sericita e pirita hidrotemais mostram que os fluidos são magmáticos com contribuições de fluidos meteóricos. Neste contexto, o Garimpo do Papagaio se desenvolveu sobre um arco magmático continental, a partir da intrusão de corpos graníticos hidratados e oxidados que marcam o evento magmático final da Suíte Colíder. Representa um depósito do tipo pórfiro que foi sobreposto por características epitermais intermediate-sulfidation, como resultado da telescopagem hidrotermal consequente do rebaixamento da câmara magmática. / The Alta Floresta Gold Province is situated on the southern portion of Amazonian Craton and forms an elongate region with WNW-ESSE direction where auriferous deposits are associated with Paleoproterozoic plutonovolcanic magmatism. The area of research covers the Papagaio artisanal gold mining, located in Paranaíta, Mato Grosso. During geological mapping, plutonic to subvolcanic rocks bodies of granodioritic and granitic compositions were identified, as well as dacitic and rhyolitic volcanic and pyroclastic rocks. These lithotypes belong to the calc-alkaline series of medium to high potassium, meta- to peraluminous corresponding to type I granites of volcanic arc in an active continental margin. U-Pb ages showed that magmatism in the region has crystallized in the range of 1.80-1.78 Ga with inherited zircons up to 2.1 Ga, showing evidence of a deeper and older crust during subduction. \'épsilon\'Nd (t) data showed the contribution of crustal and mantle material in the source with TDM age between 2.15- 2.02 Ga. These data revealed that volcanism in the area belongs to the Colíder Suite, corresponding to a magmatism that was active for approximately 16 Ma and evolved from dacitic to a rhyolitic composition. The mining prospect occurs on gold mineralization with copper, zinc and low levels of lead, preferably confined in veins that cut potassic, seritic and propylitic alteration halos. The existing veins in the region evolve systematically into six types: (I) Barren quartz vein associated with potassic alteration halo; (II) Quartz vein with ore minerals, sometimes associated with sericitic halo; (III) Sulphide vein with a well developed sericitic alteration halo in the salbands; (IV) and (V) Late quartz and carbonate veins; (VI) system of quartz veins newer and unrelated to deposit evolution. The first three types are similar to A-B-D system described in porphyry deposits, while the newer ones have characteristics of a shallower and epithermal environment. Gold occurs mainly in the central zone of the type II veins, in paragenesis with chalcopyrite + sphalerite + pyrite ± galena ± magnetite. The quartz of the veins underwent different intensities of recrystallization due to subsequent hydrothermal pulses and cathodoluminescence images showed that aquocarbonic fluid inclusions represent primary fluids with important participation in metalliferous content transportation. The results of D, O and S stable isotope in hydrothermal quartz, sericite and pyrite show that fluids are magmatic with meteoric contributions. In this context, the Papagaio artisanal mining developed on a continental magmatic arc, from the intrusion of hydrated and oxidized granite bodies that mark the final magmatic event of the Colíder Suite. It represents a porphyry deposit that was superimposed by epithermal intermediate-sulfidation characteristics as a result of hydrothermal telescoping, resulting from the lowering of the magma chamber.
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Gênese das mineralizações associadas ao magmatismo ácido na região do Garimpo do Papagaio, noroeste da Proví­ncia Aurífera de Alta Floresta (MT) / Mineralizations genesis associated with acid magmatism in the Papagaio artisanal mining region, northwest of Alta Floresta Gold Province (MT)

Marcelo Garcia Galé 09 November 2018 (has links)
A Província Aurífera de Alta Floresta insere-se na porção sul do Cráton Amazônico e constitui uma região alongada na direção WNW-ESSE onde se situam depósitos auríferos associados ao magmatismo plutonovulcânico Paleoproterozoico. A área pesquisada abrange o garimpo de ouro do Papagaio, situado em Paranaíta, Mato Grosso. Durante o mapeamento geológico, foram identificados corpos de rochas plutônicas a subvulcânicas de composições granodiorítica e granítica, além de rochas vulcânicas e piroclásticas dacíticas e riolíticas. Estes litotipos são pertencentes à série calcioalcalina de médio a alto potássio, meta- a peraluminosas correspondentes a granitos do tipo I de arco vulcânico em margem continental ativa. As idades U-Pb mostraram que o magmatismo na região ocorreu aproximadamente entre 1.80 - 1.78 Ga. com zircões herdados de até 2,1 Ga, mostrando evidências da existência de uma crosta mais profunda e antiga durante a subducção. Os dados de \'épsilon\'Nd(t) mostraram a existência de contribuição crustal e mantélica na fonte de idade TDM entre 2.15-2.02 Ga. Estes dados revelaram que o vulcanismo na área é pertencente a Suíte Colíder, correspondente de um magmatismo que ficou ativo por aproximadamente 16 Ma e que evoluiu de composição dacítica a riolítica. A lavra garimpeira ocorre sobre uma mineralização aurífera com cobre, zinco e baixos teores de chumbo, preferencialmente confinada em veios que cortam os halos de alteração potássica, sericítica e propilítica. Os veios existentes na região evoluem de forma sistematica em seis tipos: (I) Veio de quartzo estéril associado ao halo da alteração potássica; (II) Veio de quartzo com minerais de minério, por vezes, associado ao halo sericítico; (III) Veio sulfetado com halo de alteração sericítica bem desenvolvido nas salbandas; (IV) e (V) Veios de quartzo e carbonato tardios; (VI) sistema de veios de quartzo mais novo e sem relação com a evolução do depósito. Os três primeiros tipos são semelhantes ao sistema A-B-D descrito em depósitos do tipo pórfiro, enquanto que os mais novos apresentam características de um ambiente mais raso e epitermal. O ouro ocorre principalmente na zona central dos veios do tipo II, em paragênese com a calcopirita + esfalerita + pirita ± galena ± magnetita. O quartzo dos veios sofreu diferentes intensidades de recristalização decorrente de subsequentes pulsos hidrotermais e as imagens de catodoluminescência mostraram que as inclusões fluidas aquocarbônicas representam fluidos primários com importante participação no transporte de conteúdo metalífero. Os resultados de isótopos estáveis de D, O e S em quartzo, sericita e pirita hidrotemais mostram que os fluidos são magmáticos com contribuições de fluidos meteóricos. Neste contexto, o Garimpo do Papagaio se desenvolveu sobre um arco magmático continental, a partir da intrusão de corpos graníticos hidratados e oxidados que marcam o evento magmático final da Suíte Colíder. Representa um depósito do tipo pórfiro que foi sobreposto por características epitermais intermediate-sulfidation, como resultado da telescopagem hidrotermal consequente do rebaixamento da câmara magmática. / The Alta Floresta Gold Province is situated on the southern portion of Amazonian Craton and forms an elongate region with WNW-ESSE direction where auriferous deposits are associated with Paleoproterozoic plutonovolcanic magmatism. The area of research covers the Papagaio artisanal gold mining, located in Paranaíta, Mato Grosso. During geological mapping, plutonic to subvolcanic rocks bodies of granodioritic and granitic compositions were identified, as well as dacitic and rhyolitic volcanic and pyroclastic rocks. These lithotypes belong to the calc-alkaline series of medium to high potassium, meta- to peraluminous corresponding to type I granites of volcanic arc in an active continental margin. U-Pb ages showed that magmatism in the region has crystallized in the range of 1.80-1.78 Ga with inherited zircons up to 2.1 Ga, showing evidence of a deeper and older crust during subduction. \'épsilon\'Nd (t) data showed the contribution of crustal and mantle material in the source with TDM age between 2.15- 2.02 Ga. These data revealed that volcanism in the area belongs to the Colíder Suite, corresponding to a magmatism that was active for approximately 16 Ma and evolved from dacitic to a rhyolitic composition. The mining prospect occurs on gold mineralization with copper, zinc and low levels of lead, preferably confined in veins that cut potassic, seritic and propylitic alteration halos. The existing veins in the region evolve systematically into six types: (I) Barren quartz vein associated with potassic alteration halo; (II) Quartz vein with ore minerals, sometimes associated with sericitic halo; (III) Sulphide vein with a well developed sericitic alteration halo in the salbands; (IV) and (V) Late quartz and carbonate veins; (VI) system of quartz veins newer and unrelated to deposit evolution. The first three types are similar to A-B-D system described in porphyry deposits, while the newer ones have characteristics of a shallower and epithermal environment. Gold occurs mainly in the central zone of the type II veins, in paragenesis with chalcopyrite + sphalerite + pyrite ± galena ± magnetite. The quartz of the veins underwent different intensities of recrystallization due to subsequent hydrothermal pulses and cathodoluminescence images showed that aquocarbonic fluid inclusions represent primary fluids with important participation in metalliferous content transportation. The results of D, O and S stable isotope in hydrothermal quartz, sericite and pyrite show that fluids are magmatic with meteoric contributions. In this context, the Papagaio artisanal mining developed on a continental magmatic arc, from the intrusion of hydrated and oxidized granite bodies that mark the final magmatic event of the Colíder Suite. It represents a porphyry deposit that was superimposed by epithermal intermediate-sulfidation characteristics as a result of hydrothermal telescoping, resulting from the lowering of the magma chamber.

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