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Práticas educativas parentais e saúde mental de crianças / Parental Educational Practices and Children\'s Mental HealthAndrade, Cláudia Umbelina Baptista 03 November 2015 (has links)
O estudo teve como objetivo verificar a associação entre os problemas gerais de saúde mental em crianças escolares e o estilo parental exercido pelas cuidadoras principais. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, de corte transversal e abordagem quantitativa, desenvolvido com 526 cuidadoras de crianças escolares, cadastradas nas Unidades de Estratégia de Saúde da Família, localizadas no município de Alfenas, MG. A coleta de dados ocorreu no período de maio a novembro de 2014, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Para essa etapa utilizaram-se três instrumentos: Critério de Classificação Econômica Brasil que visou identificar a classe econômica familiar, Questionário de Capacidades e Dificuldades (Strenghs and Difficulties Questionnaire - SDQ),que buscou avaliar a saúde mental das crianças e Inventário de Estilos Parentais (IEP) para avaliar as práticas educativas e estilo parental adotado pelas cuidadoras principais. .Após a coleta os dados foram analisados a partir de planilhas de cálculo de cada instrumento e de estudos estatísticos descritivos e correlacionais. Como resultado constatou-se que a maioria (88,8%) dos respondentes eram mães das crianças, na faixa etária entre 31 a 40 anos(44,3%), que viviam com companheiro (67,1%), possuiam trabalho remunerado e ensino fundamental I incompleto, 70,9% das famílias pertenciam à classe econômica C (70,9%). 52,7% do total das crianças participantes do estudo eram do sexo masculino, a maioria (84,6%) estava inserida no ensino fundamental I. A prevalência dos problemas gerais da saúde mental foi de 27,9%. O estilo parental apresentou um valor positivo 3,49, mas com predomínio do estilo parental classificado de regular abaixo da média (24,5%) e de risco (30,2%) para desenvolvimento de comportamentos antissociais. Cuidadoras que adotaram estilo parental de risco tiveram 4,64 vezes mais chance de apresentarem crianças classificadas como limítrofe/anormal e anormal do que cuidadoras que adotaram estilo parental ótimo. Os resultados contribuíram para maior compreensão da realidade da saúde mental de crianças escolares, identificando fatores associados, sinalizando importantes questões a serem consideradas pelas políticas públicas de saúde e educação infantil / This study had the goal of verifying the association between the general mental disorders in school-aged children and the parental style developed by the caretakers. It consists on an epidemiological, descriptive, crosscut and it has a quantitative approach. It was developed with 526 school-aged children\'s caretakers; all of them registered in the Unities of Health Family Strategies, located in Alfenas, MG. The data collection occurred between May and September of 2014, after the approval of the Research Ethics Comity. Three instruments were used during this stage: Brazil Economics Classification Criteria that angled for identifying the economical family situation, Strengths and Difficulties Questioner (SDQ), which tried to evaluate children\'s mental health and Parental Style Inventory to evaluate the educational approach and parental style adopted by the caretakers. After been collected, the data were analyzed as from spreadsheet figures for each instrument and statistics, descriptive and correlational studies. As result, it was verified that most of respondents (88, 8%) were the children\'s mothers, aged between 31 and 40 years (44, 3%), who lived with their partners, worked and had not finished school, 70, 9% of families belonged to economic class C. 52,7% of the children were male, most of them went to Elementary School. The prevalence of mental health general problems was 27, 9%. Parental style had a positive value of 3, 49, but moderate parental style prevailed, also as the risky parental style for the development of anti-social behaviors (30, 2%). The caretakers that adopted the last style of parenting had 4, 64 more chances to present children rated as limitroph/abnormal than the caretakers that developed an optimal parental style. The study contributed to a larger comprehension of the school-aged children mental health\'s reality, identifying the associated elements and showing relevant questions that should be considered by the Health and Education Publics Politics
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Práticas educativas parentais e saúde mental de crianças / Parental Educational Practices and Children\'s Mental HealthCláudia Umbelina Baptista Andrade 03 November 2015 (has links)
O estudo teve como objetivo verificar a associação entre os problemas gerais de saúde mental em crianças escolares e o estilo parental exercido pelas cuidadoras principais. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, de corte transversal e abordagem quantitativa, desenvolvido com 526 cuidadoras de crianças escolares, cadastradas nas Unidades de Estratégia de Saúde da Família, localizadas no município de Alfenas, MG. A coleta de dados ocorreu no período de maio a novembro de 2014, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Para essa etapa utilizaram-se três instrumentos: Critério de Classificação Econômica Brasil que visou identificar a classe econômica familiar, Questionário de Capacidades e Dificuldades (Strenghs and Difficulties Questionnaire - SDQ),que buscou avaliar a saúde mental das crianças e Inventário de Estilos Parentais (IEP) para avaliar as práticas educativas e estilo parental adotado pelas cuidadoras principais. .Após a coleta os dados foram analisados a partir de planilhas de cálculo de cada instrumento e de estudos estatísticos descritivos e correlacionais. Como resultado constatou-se que a maioria (88,8%) dos respondentes eram mães das crianças, na faixa etária entre 31 a 40 anos(44,3%), que viviam com companheiro (67,1%), possuiam trabalho remunerado e ensino fundamental I incompleto, 70,9% das famílias pertenciam à classe econômica C (70,9%). 52,7% do total das crianças participantes do estudo eram do sexo masculino, a maioria (84,6%) estava inserida no ensino fundamental I. A prevalência dos problemas gerais da saúde mental foi de 27,9%. O estilo parental apresentou um valor positivo 3,49, mas com predomínio do estilo parental classificado de regular abaixo da média (24,5%) e de risco (30,2%) para desenvolvimento de comportamentos antissociais. Cuidadoras que adotaram estilo parental de risco tiveram 4,64 vezes mais chance de apresentarem crianças classificadas como limítrofe/anormal e anormal do que cuidadoras que adotaram estilo parental ótimo. Os resultados contribuíram para maior compreensão da realidade da saúde mental de crianças escolares, identificando fatores associados, sinalizando importantes questões a serem consideradas pelas políticas públicas de saúde e educação infantil / This study had the goal of verifying the association between the general mental disorders in school-aged children and the parental style developed by the caretakers. It consists on an epidemiological, descriptive, crosscut and it has a quantitative approach. It was developed with 526 school-aged children\'s caretakers; all of them registered in the Unities of Health Family Strategies, located in Alfenas, MG. The data collection occurred between May and September of 2014, after the approval of the Research Ethics Comity. Three instruments were used during this stage: Brazil Economics Classification Criteria that angled for identifying the economical family situation, Strengths and Difficulties Questioner (SDQ), which tried to evaluate children\'s mental health and Parental Style Inventory to evaluate the educational approach and parental style adopted by the caretakers. After been collected, the data were analyzed as from spreadsheet figures for each instrument and statistics, descriptive and correlational studies. As result, it was verified that most of respondents (88, 8%) were the children\'s mothers, aged between 31 and 40 years (44, 3%), who lived with their partners, worked and had not finished school, 70, 9% of families belonged to economic class C. 52,7% of the children were male, most of them went to Elementary School. The prevalence of mental health general problems was 27, 9%. Parental style had a positive value of 3, 49, but moderate parental style prevailed, also as the risky parental style for the development of anti-social behaviors (30, 2%). The caretakers that adopted the last style of parenting had 4, 64 more chances to present children rated as limitroph/abnormal than the caretakers that developed an optimal parental style. The study contributed to a larger comprehension of the school-aged children mental health\'s reality, identifying the associated elements and showing relevant questions that should be considered by the Health and Education Publics Politics
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Effects of Parental Style and Power on Adolescent's Influence in Family Consumption DecisionsBao, Yeqing 01 May 2001 (has links)
This dissertation developed a comprehensive model conceptualizing the factors affecting children's choice of influence strategy and relative influence in family consumption decisions. In particular, the model asserted that antecedent variables (i.e., family variables, individual characteristics of children, individual characteristics of parents, and parent-child interdependence) affect both directly and indirectly children's choice of influence strategy and relative influence. Process variables (i.e., family socialization and power structure) mediate the effects of the antecedent variables. In addition, effects of family socialization and power structure on children's choice of influence strategy and subsequent relative influence vary with the product type, decision stage, and subdecision. Finally, children's relative influence is also dependent on their choice of influence strategy.
An empirical study was advanced to partially test the model. Specifically, relationships among family socialization, power structure, children's choice of influence strategy, and their relative influence were empirically examined. A field experimental interaction procedure was designed for data collection from parent/child dyads. Multiple regressions were conducted to analyze the data. Results showed moderate support to the hypothesized relationships. However, most links in the testing model presented significant results. It appears that the integration of consumer socialization theory and power relational theory provides better explanation to children's influence behavior than either theory does individually. / Ph. D.
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Da punição corporal ao abuso físico de crianças/adolescentes: caracterização, níveis de gravidade e variáveis psicossociais associadas / From corporal punishment to physical abuse of children/adolescents: characterization, levels of severity and associated psychosocial variablesAzevedo, Roberta Noronha 24 March 2017 (has links)
O uso de punição corporal é altamente frequente e repousa sobre grande aceitabilidade social. As investigações e a discussão sobre no que consiste essa prática e se essa se diferencia do abuso físico ainda são incipientes. A presente investigação pretende contribuir nesta direção ampliando o conhecimento sobre as variações existentes, relativas ao comportamento de castigar fisicamente uma criança/adolescente. Essa foi dividida em dois estudos e os referenciais teóricos adotados foram o Ecológico-transacional proposto por Jay Belsky e o Modelo do Processamento da Informação proposto por Joel Milner. Adotou-se a abordagem quantitativa, com delineamento transversal. Os dados foram coletados utilizando-se os seguintes instrumentos: Questionário de Caracterização Sociodemográfica, Roteiro de Entrevista Semi-estruturada sobre a Prática de Punição Corporal, Child Abuse Potential Inventory (CAP), Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales IV (FACES-IV) e o Questionário de Apoio Social (QAS). O objetivo geral do estudo 1 foi o de verificar se grupos de pais, com e sem histórico de notificação ao Sistema de Proteção Infantil, por abuso físico, se diferenciariam quanto à forma de se aplicar a punição corporal e no plano de variáveis apontadas pela literatura científica como fatores de risco para o abuso físico. A amostra do estudo 1 foi formada por dois grupos de pais/responsáveis: o A (n=47), composto por pais sem histórico de notificação por maus-tratos e o B (n=40), composto por cuidadores assinalados ao Sistema de Proteção. Empreenderam-se análises estatísticas descritivas e comparações. Os resultados indicaram que os pais do grupo B teriam prática de castigo corporal mais grave, em termos de modalidade, partes do corpo da criança sob as quais essa incidiria, frequência e presença de sentimento de irritação ou raiva durante a ação. Ainda, estariam mais expostos aos diversos fatores de risco pesquisados: maior desconforto psicológico maior instabilidade emocional, sentimentos de inadequação, baixa autoestima, tristeza, ansiedade, confusão e maior rigidez quanto ao padrão de funcionamento cognitivo; menor satisfação conjugal, laços familiares mais frágeis e família como menor capacidade de fazer mudanças em papéis e em regras; maior vulnerabilidade econômica e menor apoio social. O objetivo geral do estudo 2 foi verificar se na amostra como um todo existiriam subgrupos que se diferenciariam quanto ao comportamento de castigar fisicamente e, em caso positivo, analisar as características de cada subgrupo quanto aos fatores de risco mencionados. Empreenderam-se procedimentos estatísticos de clusterização. Identificou-se, assim, a existência de três subgrupos de pais que se discriminariam tanto em relação ao nível de gravidade da punição corporal empregada, quanto em relação a variáveis psicossociais. Notou-se agravamento do comportamento de punição corporal do agrupamento 1 para o 2, e deste para o 3. Quanto aos fatores de risco, os agrupamentos 1 e 2 apresentaram mais semelhanças do que dissemelhanças, sendo que o 3 mostrou-se o mais vulnerável de todos. A análise pormenorizada dos padrões de punição e dos fatores associados denota a natureza heterogênea do fenômeno, o que oferece subsídios importantes para o planejamento de intervenções que sejam específicas às necessidades de cada subgrupo. Apesar dos limites metodológicos da investigação, essa, além da contribuição, colocou novas questões para pesquisas futuras / The use of corporal punishment is highly frequent and it lies on great social approval. The investigations and discussions about what this practice consists of and if it differs from physical abuse are still incipient. The present investigation aims to contribute to these discussions, broadening the knowledge on the existent variations, related to the behavior of physically punishing a child/adolescent. This investigation was divided into two studies and the adopted theoretical references were the Ecological-transactional model proposed by Jay Belsky and the Information Processing Model proposed by Joel Milner. A quantitative approach was adopted, with a transverse delineation. The data were collected with the use of the following instruments: Questionnaire of Social-Demographic Characterization, Semi-Structured Interview Protocol on the Practice of Corporal Punishment, Child Abuse Potential Inventory (CAP), Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales IV (FACES-IV) and the Questionnaire of Social Support (QAS). The general objective of study 1 was to verify if groups of parents with a record of physical abuse in the Child Protection Service would differ from groups of parents without the same background, regarding the corporal punishment application and the variables signaled by the scientific literature as risk factors for physical abuse. The sample of the study consisted of two groups: A (n=47), of parents without a record for maltreatments and B (n=40), of caregivers reported to Child Protection. Descriptive statistical analyses and comparisons were made. The results indicated that parents from group B would practice more severe corporal punishment, in terms of modalities, inflicted parts of the body of the child, frequency and presence of irritation or anger feelings during the action. Moreover, they would be more exposed to several researched risk factors: greater psychological discomfort higher emotional instability, inadequacy feelings, low self-esteem, sadness, anxiety, confusion and more stiffness in the cognitive functioning pattern; lower marital satisfaction, more fragile family bonds and a family less capable of making changes in roles and rules; more economic vulnerability and lower social support. The general objective of study 2 was to verify in the whole sample if there were subgroups that would differ according to the behavior of physically punishing, and if so, to analyze the characteristics of each subgroup regarding the mentioned risk factors. Statistical cluster analyses were accomplished. It was identified the existence of three subgroups of parents who would differ according to the severity of the applied corporal punishment and to the psychosocial variables. It was noted an aggravation on the behavior of corporal punishing in group 1, in relation to group 2, and from group 2 in relation to group 3. Regarding the risk factors, groups 1 and 2 presented more similarities than differences, and group 3 was shown as the most vulnerable one. The detailed analysis of the punishment patterns and the associated risks indicates the heterogeneous nature of the phenomenon, which offers important data to intervention plans that are specific to each groups need. Although there were methodological limitations in this investigation, it contributed to the issue and posed new questions to future researches
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Influência reversa no consumo entre gerações : um estudo exploratório sobre a influência dos filhos no processo de decisão de compra das famíliasMarques, Patricia Fett de Assuncao January 2012 (has links)
Diversos fatores contribuem para o crescimento do papel da criança como um agente influente no processo de tomada de decisão da família, tais como aqueles relacionados ao fácil uso e interação com a tecnologia e suas diferentes formas e gadgets, além das recentes mudanças demográficas e na estrutura familiar, com a diminuição do número de crianças por família, pessoas optando por ter filhos com mais idade, pais e mães trabalhando fora, e o aumento dos rendimentos da população no Brasil, entre outros. Embora este fenômeno seja conhecido, ainda há muito para ser descoberto e entendido em relação à dinâmica que acompanha esse processo de influência reversa. Esse estudo pretende aprofundar-se nas especificidades de cada família, no estilo parental e estrutura familiar, analisando como tais questões podem impactar no processo de influência reversa entre gerações, especialmente a que flui dos filhos em direção aos seus pais. Devido ao trabalho de investigação proposto, optou-se por realizar uma pesquisa exploratória qualitativa de orientação interpretativista, partindo de uma revisão de literatura abrangente acerca do tema proposto e a partir daí com a condução de entrevistas em profundidade com 21 famílias, envolvendo pais e filhos pré-adolescentes, na idade de 10 a 14 anos, totalizando 57 entrevistas individuais. Entre os resultados encontrados destacam-se uma tendência das famílias serem mais abertas às opiniões e sugestões dos filhos, e a crescente participação desses não só na busca por informações e escolhas, mas em um peso efetivo no momento da tomada de decisão pelos pais. Outro achado trata do poder dos filhos no que se refere a consumo privado, ou seja, produtos ou serviços de interesse direto deles. Por outro lado, já se percebe também, a maior participação dos filhos no processo de compra e tomada de decisão a cerca de produtos de valores agregados, mais caros, e de uso público/familiar, fato esse enfatizado por emoções como a culpa, especialmente entre famílias com pais ausentes de fato (por motivo de viuvez ou separação dos pais) ou em função da absorção do trabalho, criando um distanciamento e uma necessidade de criação de um mecanismo compensatório. Filhos únicos também têm um papel importante nesse processo, assim com a influência de terceiros. / Many different factors contribute for the growth of children’s role as influential agents in the family decision-making process such as technology in its most different shapes, and how easy is for the children to manage them, besides the recent changes in demographic and household structures with a decrease of number of children per family, people having children later in life, parents working out of home, the increasing medium income population in Brazil, where this work took place and so forth. Although this phenomenon is known, there is a lot to discover and understand in terms of dynamics that comes along with it. This study seeks a deeper understanding into the specificities within each family like parental style and family structure, looking for responses about how these matters can also shape this process of intergenerational influence, specially the “Reversal Intergenerational Influence” which flows from children to their parents. Due the investigation work proposed, it was decided to conduct a qualitative research under interpretative guidance, starting from a comprehensive literature review regarding the proposed theme followed by 21 in-depth interviews conducted among families including parents and their children, tweens within 10 to 14 years old, giving a total of 57individual in-depth interviews. Among the findings the families openness to their children ´opinions tendency stands out, besides their growing participation in the whole family decision making process, from information search, and choices, until the real moment of purchase decision making. Another finding is related to children´s power, about private consumption, that means, products and services which they have direct interest on them. On the other hand, it is also already perceived the growing participation of children on purchase decision making process of expensive products and public/family products. This fact is emphasized by emotions like guilty, especially among families with absent parents (by widowhood or divorce) or due parents work absorption, creating a gap and a need for creating a compensatory mechanism. Unique child also plays an important role in this process as third-party influence as well.
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O desenvolvimento da autonomia em adolescentes cariocas e sua percepção do estilo parental paterno / The development of autonomy in carioca adolescents and their perception of the paternal parental styleLouise Florencio Marques 25 March 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A adolescência feminina é marcada por muitos desafios, frutos das transformações que ocorrem na vida desta jovem. Com a puberdade, as diferenças biológicas entre os sexos se acentuam, sendo significativas as demandas e as expectativas socioculturais. Para as adolescentes, o desenvolvimento das mamas e o aumento dos quadris formam um novo corpo, suscitando novas sensações e sentimentos. Na adolescência intermediária, a jovem se depara com a tarefa de lidar com a sua sexualidade, com decisões morais, vivenciar o aumento de novos relacionamentos com seus pares e equilibrar a autonomia com a responsabilidade. A forma como a adolescente vivencia estas mudanças é moldada pelas características pessoais, crenças e práticas, que refletem o seu contexto. Na cultura ocidental, uma das questões típicas da adolescência é o desenvolvimento da autonomia, relacionada ao contexto familiar. Apesar das transformações sociais, a família continua a desempenhar um papel essencial na formação do indivíduo, tendo as atribuições de cuidado, de apoio e de afeto. No contexto familiar, por meio do estilo parental, são comunicadas as atitudes dos pais em relação aos seus filhos, criando um clima emocional, no qual as práticas parentais são expressas. Estudos dedicados aos relacionamentos pais-filhos especificam a importância da presença do pai para a dinâmica e o clima emocional familiar e sugerem que o gênero do progenitor pode influenciar a forma que ele se relaciona com sua filha. Assim, o objetivo deste trabalho se desdobra em dois. O primeiro é promover uma reflexão a partir de uma revisão de literatura contemplando essa temática. O segundo é investigar a relação entre a percepção do estilo parental paterno e o desenvolvimento da autonomia da filha adolescente. Para isso, utilizamos um método quantitativo, com aplicação de escalas sobre autonomia, interdependência e autonomia-relacionada e estilo parental. Participaram do estudo 50 adolescentes do sexo feminino, entre 14 a 16 anos, de famílias intactas, residentes no Rio de Janeiro. Os resultados apontaram para a existência de uma relação entre o desenvolvimento da autonomia e a percepção do estilo parental paterno. Quanto mais as adolescentes percebiam seus pais como autoritativos, maiores eram seus escores em autonomia-relacional e menores em autonomia. De um modo geral, as adolescentes da pesquisa apresentaram uma tendência à autonomia-relacionada e a perceber seus pais com o estilo parental autoritativo. Com base nestes resultados, concluímos que a maneira que as adolescentes percebem seus pais vai estar relacionada ao modo que vão desenvolver sua autonomia, indicando a importância de futuras pesquisas que explorem a relação pai-filha na adolescência em um contexto brasileiro. / Female adolescence is marked by many challenges as a result of numerous changes that occur in the adolescents life. Puberty accentuates the biological differences between the sexes, as well as, sociocultural demands and expectations. The augmentation of breasts and hips experienced by the adolescent girls evokes new feelings and sensations. The major issues that teenage girls deal with, in middle adolescence, are related to handling sexuality, making moral decisions, developing new relationships with peers, balancing autonomy and accountability. The way the adolescent will live these changes is shaped by her personal characteristics, beliefs and practices that reflect her cultural context. In the western culture, the autonomy development related to the family is a major issue in adolescence. Despite of social transformations, the family continues to play an essential role in the individual formation with its caring, support and affection mission. In the family context, parents communicate their attitude towards their children through the parental style, fostering an emotional climate in which their parental practices are expressed. Studies dedicated to the parent-children relationship highlight the importance of the father for the family dynamic and emotional climate and suggest that the gender of the parent may influence the way he relates to his daughter. Therefore, the aim of this study unfolds on two moments. The first one is to promote a reflection based on a literature review covering this topic. The second is to investigate the relationship between the perceived paternal parenting style and the teenage daughters autonomy development. Hence a quantitative method was applied and scales of autonomy, interdependence, relational-autonomy and parental styles were used. Fifty female adolescents took part in the research. They were between the ages of 14-16, from intact families and resided in Rio de Janeiro. The results show a relationship between the autonomy and the perceived paternal parenting style. The more the adolescents perceived their parents as authoritative, higher were their scores in relational-autonomy and lower in autonomy. As a whole, the adolescents in this research showed a tendency toward relational-autonomy and perceiving their fathers with an authoritative parental style. Based on these results, we conclude that the way adolescents perceived their fathers will be related to how they develop their autonomy, indicating the importance for more research investigating the father-daughter relationship in adolescence in a Brazilian context.
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O desenvolvimento da autonomia em adolescentes cariocas e sua percepção do estilo parental paterno / The development of autonomy in carioca adolescents and their perception of the paternal parental styleLouise Florencio Marques 25 March 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A adolescência feminina é marcada por muitos desafios, frutos das transformações que ocorrem na vida desta jovem. Com a puberdade, as diferenças biológicas entre os sexos se acentuam, sendo significativas as demandas e as expectativas socioculturais. Para as adolescentes, o desenvolvimento das mamas e o aumento dos quadris formam um novo corpo, suscitando novas sensações e sentimentos. Na adolescência intermediária, a jovem se depara com a tarefa de lidar com a sua sexualidade, com decisões morais, vivenciar o aumento de novos relacionamentos com seus pares e equilibrar a autonomia com a responsabilidade. A forma como a adolescente vivencia estas mudanças é moldada pelas características pessoais, crenças e práticas, que refletem o seu contexto. Na cultura ocidental, uma das questões típicas da adolescência é o desenvolvimento da autonomia, relacionada ao contexto familiar. Apesar das transformações sociais, a família continua a desempenhar um papel essencial na formação do indivíduo, tendo as atribuições de cuidado, de apoio e de afeto. No contexto familiar, por meio do estilo parental, são comunicadas as atitudes dos pais em relação aos seus filhos, criando um clima emocional, no qual as práticas parentais são expressas. Estudos dedicados aos relacionamentos pais-filhos especificam a importância da presença do pai para a dinâmica e o clima emocional familiar e sugerem que o gênero do progenitor pode influenciar a forma que ele se relaciona com sua filha. Assim, o objetivo deste trabalho se desdobra em dois. O primeiro é promover uma reflexão a partir de uma revisão de literatura contemplando essa temática. O segundo é investigar a relação entre a percepção do estilo parental paterno e o desenvolvimento da autonomia da filha adolescente. Para isso, utilizamos um método quantitativo, com aplicação de escalas sobre autonomia, interdependência e autonomia-relacionada e estilo parental. Participaram do estudo 50 adolescentes do sexo feminino, entre 14 a 16 anos, de famílias intactas, residentes no Rio de Janeiro. Os resultados apontaram para a existência de uma relação entre o desenvolvimento da autonomia e a percepção do estilo parental paterno. Quanto mais as adolescentes percebiam seus pais como autoritativos, maiores eram seus escores em autonomia-relacional e menores em autonomia. De um modo geral, as adolescentes da pesquisa apresentaram uma tendência à autonomia-relacionada e a perceber seus pais com o estilo parental autoritativo. Com base nestes resultados, concluímos que a maneira que as adolescentes percebem seus pais vai estar relacionada ao modo que vão desenvolver sua autonomia, indicando a importância de futuras pesquisas que explorem a relação pai-filha na adolescência em um contexto brasileiro. / Female adolescence is marked by many challenges as a result of numerous changes that occur in the adolescents life. Puberty accentuates the biological differences between the sexes, as well as, sociocultural demands and expectations. The augmentation of breasts and hips experienced by the adolescent girls evokes new feelings and sensations. The major issues that teenage girls deal with, in middle adolescence, are related to handling sexuality, making moral decisions, developing new relationships with peers, balancing autonomy and accountability. The way the adolescent will live these changes is shaped by her personal characteristics, beliefs and practices that reflect her cultural context. In the western culture, the autonomy development related to the family is a major issue in adolescence. Despite of social transformations, the family continues to play an essential role in the individual formation with its caring, support and affection mission. In the family context, parents communicate their attitude towards their children through the parental style, fostering an emotional climate in which their parental practices are expressed. Studies dedicated to the parent-children relationship highlight the importance of the father for the family dynamic and emotional climate and suggest that the gender of the parent may influence the way he relates to his daughter. Therefore, the aim of this study unfolds on two moments. The first one is to promote a reflection based on a literature review covering this topic. The second is to investigate the relationship between the perceived paternal parenting style and the teenage daughters autonomy development. Hence a quantitative method was applied and scales of autonomy, interdependence, relational-autonomy and parental styles were used. Fifty female adolescents took part in the research. They were between the ages of 14-16, from intact families and resided in Rio de Janeiro. The results show a relationship between the autonomy and the perceived paternal parenting style. The more the adolescents perceived their parents as authoritative, higher were their scores in relational-autonomy and lower in autonomy. As a whole, the adolescents in this research showed a tendency toward relational-autonomy and perceiving their fathers with an authoritative parental style. Based on these results, we conclude that the way adolescents perceived their fathers will be related to how they develop their autonomy, indicating the importance for more research investigating the father-daughter relationship in adolescence in a Brazilian context.
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Influência reversa no consumo entre gerações : um estudo exploratório sobre a influência dos filhos no processo de decisão de compra das famíliasMarques, Patricia Fett de Assuncao January 2012 (has links)
Diversos fatores contribuem para o crescimento do papel da criança como um agente influente no processo de tomada de decisão da família, tais como aqueles relacionados ao fácil uso e interação com a tecnologia e suas diferentes formas e gadgets, além das recentes mudanças demográficas e na estrutura familiar, com a diminuição do número de crianças por família, pessoas optando por ter filhos com mais idade, pais e mães trabalhando fora, e o aumento dos rendimentos da população no Brasil, entre outros. Embora este fenômeno seja conhecido, ainda há muito para ser descoberto e entendido em relação à dinâmica que acompanha esse processo de influência reversa. Esse estudo pretende aprofundar-se nas especificidades de cada família, no estilo parental e estrutura familiar, analisando como tais questões podem impactar no processo de influência reversa entre gerações, especialmente a que flui dos filhos em direção aos seus pais. Devido ao trabalho de investigação proposto, optou-se por realizar uma pesquisa exploratória qualitativa de orientação interpretativista, partindo de uma revisão de literatura abrangente acerca do tema proposto e a partir daí com a condução de entrevistas em profundidade com 21 famílias, envolvendo pais e filhos pré-adolescentes, na idade de 10 a 14 anos, totalizando 57 entrevistas individuais. Entre os resultados encontrados destacam-se uma tendência das famílias serem mais abertas às opiniões e sugestões dos filhos, e a crescente participação desses não só na busca por informações e escolhas, mas em um peso efetivo no momento da tomada de decisão pelos pais. Outro achado trata do poder dos filhos no que se refere a consumo privado, ou seja, produtos ou serviços de interesse direto deles. Por outro lado, já se percebe também, a maior participação dos filhos no processo de compra e tomada de decisão a cerca de produtos de valores agregados, mais caros, e de uso público/familiar, fato esse enfatizado por emoções como a culpa, especialmente entre famílias com pais ausentes de fato (por motivo de viuvez ou separação dos pais) ou em função da absorção do trabalho, criando um distanciamento e uma necessidade de criação de um mecanismo compensatório. Filhos únicos também têm um papel importante nesse processo, assim com a influência de terceiros. / Many different factors contribute for the growth of children’s role as influential agents in the family decision-making process such as technology in its most different shapes, and how easy is for the children to manage them, besides the recent changes in demographic and household structures with a decrease of number of children per family, people having children later in life, parents working out of home, the increasing medium income population in Brazil, where this work took place and so forth. Although this phenomenon is known, there is a lot to discover and understand in terms of dynamics that comes along with it. This study seeks a deeper understanding into the specificities within each family like parental style and family structure, looking for responses about how these matters can also shape this process of intergenerational influence, specially the “Reversal Intergenerational Influence” which flows from children to their parents. Due the investigation work proposed, it was decided to conduct a qualitative research under interpretative guidance, starting from a comprehensive literature review regarding the proposed theme followed by 21 in-depth interviews conducted among families including parents and their children, tweens within 10 to 14 years old, giving a total of 57individual in-depth interviews. Among the findings the families openness to their children ´opinions tendency stands out, besides their growing participation in the whole family decision making process, from information search, and choices, until the real moment of purchase decision making. Another finding is related to children´s power, about private consumption, that means, products and services which they have direct interest on them. On the other hand, it is also already perceived the growing participation of children on purchase decision making process of expensive products and public/family products. This fact is emphasized by emotions like guilty, especially among families with absent parents (by widowhood or divorce) or due parents work absorption, creating a gap and a need for creating a compensatory mechanism. Unique child also plays an important role in this process as third-party influence as well.
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Influência reversa no consumo entre gerações : um estudo exploratório sobre a influência dos filhos no processo de decisão de compra das famíliasMarques, Patricia Fett de Assuncao January 2012 (has links)
Diversos fatores contribuem para o crescimento do papel da criança como um agente influente no processo de tomada de decisão da família, tais como aqueles relacionados ao fácil uso e interação com a tecnologia e suas diferentes formas e gadgets, além das recentes mudanças demográficas e na estrutura familiar, com a diminuição do número de crianças por família, pessoas optando por ter filhos com mais idade, pais e mães trabalhando fora, e o aumento dos rendimentos da população no Brasil, entre outros. Embora este fenômeno seja conhecido, ainda há muito para ser descoberto e entendido em relação à dinâmica que acompanha esse processo de influência reversa. Esse estudo pretende aprofundar-se nas especificidades de cada família, no estilo parental e estrutura familiar, analisando como tais questões podem impactar no processo de influência reversa entre gerações, especialmente a que flui dos filhos em direção aos seus pais. Devido ao trabalho de investigação proposto, optou-se por realizar uma pesquisa exploratória qualitativa de orientação interpretativista, partindo de uma revisão de literatura abrangente acerca do tema proposto e a partir daí com a condução de entrevistas em profundidade com 21 famílias, envolvendo pais e filhos pré-adolescentes, na idade de 10 a 14 anos, totalizando 57 entrevistas individuais. Entre os resultados encontrados destacam-se uma tendência das famílias serem mais abertas às opiniões e sugestões dos filhos, e a crescente participação desses não só na busca por informações e escolhas, mas em um peso efetivo no momento da tomada de decisão pelos pais. Outro achado trata do poder dos filhos no que se refere a consumo privado, ou seja, produtos ou serviços de interesse direto deles. Por outro lado, já se percebe também, a maior participação dos filhos no processo de compra e tomada de decisão a cerca de produtos de valores agregados, mais caros, e de uso público/familiar, fato esse enfatizado por emoções como a culpa, especialmente entre famílias com pais ausentes de fato (por motivo de viuvez ou separação dos pais) ou em função da absorção do trabalho, criando um distanciamento e uma necessidade de criação de um mecanismo compensatório. Filhos únicos também têm um papel importante nesse processo, assim com a influência de terceiros. / Many different factors contribute for the growth of children’s role as influential agents in the family decision-making process such as technology in its most different shapes, and how easy is for the children to manage them, besides the recent changes in demographic and household structures with a decrease of number of children per family, people having children later in life, parents working out of home, the increasing medium income population in Brazil, where this work took place and so forth. Although this phenomenon is known, there is a lot to discover and understand in terms of dynamics that comes along with it. This study seeks a deeper understanding into the specificities within each family like parental style and family structure, looking for responses about how these matters can also shape this process of intergenerational influence, specially the “Reversal Intergenerational Influence” which flows from children to their parents. Due the investigation work proposed, it was decided to conduct a qualitative research under interpretative guidance, starting from a comprehensive literature review regarding the proposed theme followed by 21 in-depth interviews conducted among families including parents and their children, tweens within 10 to 14 years old, giving a total of 57individual in-depth interviews. Among the findings the families openness to their children ´opinions tendency stands out, besides their growing participation in the whole family decision making process, from information search, and choices, until the real moment of purchase decision making. Another finding is related to children´s power, about private consumption, that means, products and services which they have direct interest on them. On the other hand, it is also already perceived the growing participation of children on purchase decision making process of expensive products and public/family products. This fact is emphasized by emotions like guilty, especially among families with absent parents (by widowhood or divorce) or due parents work absorption, creating a gap and a need for creating a compensatory mechanism. Unique child also plays an important role in this process as third-party influence as well.
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Da punição corporal ao abuso físico de crianças/adolescentes: caracterização, níveis de gravidade e variáveis psicossociais associadas / From corporal punishment to physical abuse of children/adolescents: characterization, levels of severity and associated psychosocial variablesRoberta Noronha Azevedo 24 March 2017 (has links)
O uso de punição corporal é altamente frequente e repousa sobre grande aceitabilidade social. As investigações e a discussão sobre no que consiste essa prática e se essa se diferencia do abuso físico ainda são incipientes. A presente investigação pretende contribuir nesta direção ampliando o conhecimento sobre as variações existentes, relativas ao comportamento de castigar fisicamente uma criança/adolescente. Essa foi dividida em dois estudos e os referenciais teóricos adotados foram o Ecológico-transacional proposto por Jay Belsky e o Modelo do Processamento da Informação proposto por Joel Milner. Adotou-se a abordagem quantitativa, com delineamento transversal. Os dados foram coletados utilizando-se os seguintes instrumentos: Questionário de Caracterização Sociodemográfica, Roteiro de Entrevista Semi-estruturada sobre a Prática de Punição Corporal, Child Abuse Potential Inventory (CAP), Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales IV (FACES-IV) e o Questionário de Apoio Social (QAS). O objetivo geral do estudo 1 foi o de verificar se grupos de pais, com e sem histórico de notificação ao Sistema de Proteção Infantil, por abuso físico, se diferenciariam quanto à forma de se aplicar a punição corporal e no plano de variáveis apontadas pela literatura científica como fatores de risco para o abuso físico. A amostra do estudo 1 foi formada por dois grupos de pais/responsáveis: o A (n=47), composto por pais sem histórico de notificação por maus-tratos e o B (n=40), composto por cuidadores assinalados ao Sistema de Proteção. Empreenderam-se análises estatísticas descritivas e comparações. Os resultados indicaram que os pais do grupo B teriam prática de castigo corporal mais grave, em termos de modalidade, partes do corpo da criança sob as quais essa incidiria, frequência e presença de sentimento de irritação ou raiva durante a ação. Ainda, estariam mais expostos aos diversos fatores de risco pesquisados: maior desconforto psicológico maior instabilidade emocional, sentimentos de inadequação, baixa autoestima, tristeza, ansiedade, confusão e maior rigidez quanto ao padrão de funcionamento cognitivo; menor satisfação conjugal, laços familiares mais frágeis e família como menor capacidade de fazer mudanças em papéis e em regras; maior vulnerabilidade econômica e menor apoio social. O objetivo geral do estudo 2 foi verificar se na amostra como um todo existiriam subgrupos que se diferenciariam quanto ao comportamento de castigar fisicamente e, em caso positivo, analisar as características de cada subgrupo quanto aos fatores de risco mencionados. Empreenderam-se procedimentos estatísticos de clusterização. Identificou-se, assim, a existência de três subgrupos de pais que se discriminariam tanto em relação ao nível de gravidade da punição corporal empregada, quanto em relação a variáveis psicossociais. Notou-se agravamento do comportamento de punição corporal do agrupamento 1 para o 2, e deste para o 3. Quanto aos fatores de risco, os agrupamentos 1 e 2 apresentaram mais semelhanças do que dissemelhanças, sendo que o 3 mostrou-se o mais vulnerável de todos. A análise pormenorizada dos padrões de punição e dos fatores associados denota a natureza heterogênea do fenômeno, o que oferece subsídios importantes para o planejamento de intervenções que sejam específicas às necessidades de cada subgrupo. Apesar dos limites metodológicos da investigação, essa, além da contribuição, colocou novas questões para pesquisas futuras / The use of corporal punishment is highly frequent and it lies on great social approval. The investigations and discussions about what this practice consists of and if it differs from physical abuse are still incipient. The present investigation aims to contribute to these discussions, broadening the knowledge on the existent variations, related to the behavior of physically punishing a child/adolescent. This investigation was divided into two studies and the adopted theoretical references were the Ecological-transactional model proposed by Jay Belsky and the Information Processing Model proposed by Joel Milner. A quantitative approach was adopted, with a transverse delineation. The data were collected with the use of the following instruments: Questionnaire of Social-Demographic Characterization, Semi-Structured Interview Protocol on the Practice of Corporal Punishment, Child Abuse Potential Inventory (CAP), Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales IV (FACES-IV) and the Questionnaire of Social Support (QAS). The general objective of study 1 was to verify if groups of parents with a record of physical abuse in the Child Protection Service would differ from groups of parents without the same background, regarding the corporal punishment application and the variables signaled by the scientific literature as risk factors for physical abuse. The sample of the study consisted of two groups: A (n=47), of parents without a record for maltreatments and B (n=40), of caregivers reported to Child Protection. Descriptive statistical analyses and comparisons were made. The results indicated that parents from group B would practice more severe corporal punishment, in terms of modalities, inflicted parts of the body of the child, frequency and presence of irritation or anger feelings during the action. Moreover, they would be more exposed to several researched risk factors: greater psychological discomfort higher emotional instability, inadequacy feelings, low self-esteem, sadness, anxiety, confusion and more stiffness in the cognitive functioning pattern; lower marital satisfaction, more fragile family bonds and a family less capable of making changes in roles and rules; more economic vulnerability and lower social support. The general objective of study 2 was to verify in the whole sample if there were subgroups that would differ according to the behavior of physically punishing, and if so, to analyze the characteristics of each subgroup regarding the mentioned risk factors. Statistical cluster analyses were accomplished. It was identified the existence of three subgroups of parents who would differ according to the severity of the applied corporal punishment and to the psychosocial variables. It was noted an aggravation on the behavior of corporal punishing in group 1, in relation to group 2, and from group 2 in relation to group 3. Regarding the risk factors, groups 1 and 2 presented more similarities than differences, and group 3 was shown as the most vulnerable one. The detailed analysis of the punishment patterns and the associated risks indicates the heterogeneous nature of the phenomenon, which offers important data to intervention plans that are specific to each groups need. Although there were methodological limitations in this investigation, it contributed to the issue and posed new questions to future researches
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