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Os senhores do sertão: coronelismo e parentela em uma área periférica de Minas Gerais (1889-1930)Figueiredo, Vítor Fonseca 27 May 2010 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-12-22T16:07:18Z
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Previous issue date: 2010-05-27 / A presente dissertação possui como objeto de análises as relações coronelistas
desenvolvidas na região Norte do estado de Minas Gerais, mais precisamente, na cidade de
Montes Claros, no período da Primeira República brasileira (1889-1930). Com base em fontes
documentais como jornais, correspondências e registros de cronistas, memorialistas e
depoimentos orais, procuramos estudar o modo pelo qual o poder local, sobretudo o
proveniente dos coroneis e dos seus extensos grupos de parentela, se articulava às demais
esferas político-administrativas do estado e da nação. Respaldados pelos referenciais teóricos
postulados por Victor Nunes Leal e Maria Isaura Pereira de Queiroz, estudamos as relações
coronelistas norte-mineiras como o resultado do gradual processo de desagregação do
tradicional poder privado dos potentados, em detrimento do fortalecimento das instâncias
públicas. Todavia, sem deixar de considerar o peso das relações de parentesco e amizade na
coalizão de forças faccionais locais e regionais. Estas, em acirrada pugna pelo poder,
notoriamente em Montes Claros, cindiram a sociedade conforme critérios de sangue e filiação
política em torno de dois grupos de parentela rival. Em meio a embates vorazes e violentos,
“Chaves, Prates e Sá” e “Alves, Versiani e Veloso” constituíram boa parte da história política
norte-mineira por meio das lideranças absenteístas dos deputados federais Camillo Philinto
Prates e Honorato José Alves, respectivamente. O cotidiano local, marcado pela disputa e pela
rivalidade foi fator propício ao florescimento de uma cultura política assinalada pela cisão,
pela violência e pela disputa entre os grupos. Cultura, por sinal, propagada por agentes de
socialização cotidianos, como as escolas, as brincadeiras e os momentos de lazer, mas que
produziam resultados efetivos e perceptíveis nos discursos dos entrevistados que vivenciaram
o período. Não bastasse esta análise da dimensão do envolvimento da população nas arengas
coronelistas, outro aspecto salientado foi o da mediação dos líderes faccionais entre o mundo
da elite mineira e o dos coroneis do sertão. Mediação difícil, especialmente nos momentos de
aguda crise política nacional do período de atuação do novo Partido Republicano Mineiro.
Isto é, entre 1906 e 1930. / This dissertation has as its main purpose analyze what we call the “coronelistas”
relationships occurred up on north of Minas Gerais state, precisely in the city of Montes
Claros, in the period of the Brazilian First Republic (1889-1930). Based on sources like
newspapers, correspondences between local political leaders, chroniclers and oral testimonies,
we analyzed the way the local power, mainly coming from de “coronels” and their large kin
groups, was articulated to higher political spheres of the state and the nation. Based on the
theoretical paradigms of Victor Nunes Leal and Maria Isaura Pereira de Queiroz, we studied
the “coronelistas” relationships as results of the gradual degradation process of the traditional
private power of the local leaders and the strengthening of the public power, at the same time.
Is this research we considered, as well, the importance of kinship and friendship over the
political coalition between local and regional factions of power. The existence of political
fractures divided society in two different and rival kin groups like the “Chaves, Prates e Sá”
against “Alves, Versiani e Veloso”. Daily, Montes Claros city was marked by strife and
rivalry as a responsible factor for the emergence of a political culture marked by division,
violence and disputes between groups. Another aspect highlighted by this dissertation was the
mediation between the local factional leaders and the upper state elites, which was difficult,
especially in times of acute national political crisis, like the period of the new Partido
Republicano Mineiro, between 1906 and 1930.
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Validity and variation in the parentela policy network : conflict and cooperation between ruling parties and interest groups in BulgariaPetkov, Mihail Plamenov January 2017 (has links)
Policy networks is a body of literature dedicated to modelling state-civil society relationship formats. In this particular relationship, an interest group with privileged (insider) access to the party in power gains advantage in the policy-making process by utilizing party’s ability to make political appointments in the civil service. The parentela (or type 1 parentela) was first discovered by Joseph La Palombara (1964) in 1960s Italy and was documented later again by Greer (1994) in 1920s-1970s Northern Ireland. Still, there has been no parentela research since 1994, save for Yishai (1992), who argued the parentela did not exist in Israel in 1980s. It seems the concept is considered of little utility to the academic community today. At the same time, as a category of policy networks, the parentela is also susceptible to the wider criticism of Thatcher (1997) and Dowding (1995; 2001) that the policy network literature is unable to introduce causal dynamics in its models and distinguish between network features and network independent variables. This study, therefore, addresses both criticisms by studying the party-group-civil service relationship in Bulgaria, for the period 2013-2015, using 26 elite interviews and a number of cases. Results show that this particular policy network is still viable today. They support Yishai (1992) that hegemonic parties have no effect on parentela formation. The study demonstrates that the cooperation between ruling parties, in need of funds, and organised businesses (groups), in need of market advantage, produces the parentela. In a case study on construction tenders, the study demonstrates La Palombara’s parentela, by exposing the process of how ruling parties intervene in the civil service through political appointees to ensure construction projects are granted to their party insider groups. The study also discovers a new parentela dynamic, labelled as type 2 parentela, where the party intervention extends further to the free market by affecting party insider’s market competitors through prejudiced regulatory inspections that disrupt targeted businesses’ operations temporarily or altogether.
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Novos municípios, velhas políticas : práticas de emancipação distrital e estratégicas de reprodução política na Paraíba (1951-1965)BEZERRA, Josineide da Silva 24 February 2016 (has links)
Submitted by Haroudo Xavier Filho (haroudo.xavierfo@ufpe.br) on 2016-07-15T12:42:08Z
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Previous issue date: 2016-02-24 / CAPES / Esta tese procura analisar o processo de fragmentação dos limites internos da
Paraíba, nas décadas de 1950 e de 1960, efetivado por meio da criação de 130
municípios, mais que quadruplicando o número de unidades municipais do estado.
Nesse período, sob influência da redemocratização política do país, amparada na
Constituição de 1946, coube às unidades federativas regularem a sua malha
municipal. Além disso, o texto constitucional e outras normativas ampliaram os
repasses fiscais para estados e municípios. Nesse contexto político-institucional, a
criação de municípios marcou todos os estados, sendo a Paraíba aquele que,
proporcionalmente, mais elevou localidades distritais à condição de município. A
reflexão sobre esse processo está inserto no campo de uma história política, sob o
embasamento conceitual de que o município é um espaço social e historicamente
produzido, inserido em disputas e convergências políticas vividas por diferentes
atores, por ensejar um território de poder. As emancipações distritais foram apoiadas
pela sociedade local, com o argumento de que os distritos eram “esquecidos” pela
sede municipal. Foram conduzidas pela elite política estadual, a partir dos deputados
estaduais, que apresentaram os projetos emancipacionistas, e dos governadores,
que os sancionaram. Nesses projetos, as emancipações foram anunciadas como
uma política pública estratégica para o “desenvolvimento” local, com a formação de
unidades de governo que seriam “independentes” e que teriam acesso a mais
recursos fiscais, em um momento em que esses recursos foram ampliados e
distribuídos de acordo com o número de municípios de cada estado. A pesquisa
objetivou problematizar esse discurso, analisando como a criação desses territórios
municipais reproduziu novos espaços de poder para grupos políticos locais de base
familiar, tradicionais ou emergentes, e serviu a interesses políticos e eleitorais de
segmentos da elite estadual. No desenvolvimento do trabalho, além da pesquisa
bibliográfica, realizou-se uma pesquisa documental no arquivo da Assembleia
Legislativa e em jornais de circulação estadual e um levantamento de dados em
diferentes instituições, como o IBGE e o TRE. / This thesis aims to analyze the process of fragmentation of the internal limits of
Paraíba state in the 1950s and 1960s, implemented from the creation of 130
municipalities - more than the quadruple of the number of municipalities of the state.
During this period, influenced by the political re-democratization of the country, and
according to the 1946 Constitution, the federal units took responsibility for the
regulation of the organization of municipalities. Furthermore, the Constitution and
other normative documents increased fiscal transfers to states and municipalities. In
this political and institutional context, the creation of new municipalities was
evidenced in all states, and Paraíba was the one that proportionally presented the
highest number of districts which were promoted to the conditions of municipalities.
Reflection on this process is embedded in the field of political history, under the
conceptual background that the municipality is a historically produced and social
space, inserted in disputes and political convergences experienced by different
actors, providing an area of power. The districts emancipations were supported by
the local community, with the argument that the districts had been "neglected" by the
municipal headquarters. These emancipations were conducted by the state political
elite; from state legislators, which presented the emancipation projects; and the
governors, responsible for the sanction of the requests. In these projects, the
emancipations were announced as a strategic public policy for the local
"development", forming units of government that would be "independent" and have
access to more tax resources, when these ones have been expanded and distributed
according to the number of municipalities in each state. The research aimed to
discuss this speech, analyzing how the creation of these municipal territories
reproduced new spaces of power to local family-based political groups, traditional or
emerging ones, and served the political and electoral interests segments of the state
elite. This work includes, besides bibliographical research, a documentary research
conducted in the archives of Legislative Assembly of Paraíba state and state
newspapers, and data collection with institutions, such as Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) and Tribunal Regional Eleitoral, Paraíba (TRE-PB).
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Novos municípios, velhas políticas: práticas de emancipação distrital e estratégicas de reprodução política na Paraíba (1951-1965)BEZERRA, Josineide da Silva 24 February 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-07-27T13:27:33Z
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Previous issue date: 2016-02-24 / CAPEs / Esta tese procura analisar o processo de fragmentação dos limites internos da
Paraíba, nas décadas de 1950 e de 1960, efetivado por meio da criação de 130
municípios, mais que quadruplicando o número de unidades municipais do estado.
Nesse período, sob influência da redemocratização política do país, amparada na
Constituição de 1946, coube às unidades federativas regularem a sua malha
municipal. Além disso, o texto constitucional e outras normativas ampliaram os
repasses fiscais para estados e municípios. Nesse contexto político-institucional, a
criação de municípios marcou todos os estados, sendo a Paraíba aquele que,
proporcionalmente, mais elevou localidades distritais à condição de município. A
reflexão sobre esse processo está inserto no campo de uma história política, sob o
embasamento conceitual de que o município é um espaço social e historicamente
produzido, inserido em disputas e convergências políticas vividas por diferentes
atores, por ensejar um território de poder. As emancipações distritais foram apoiadas
pela sociedade local, com o argumento de que os distritos eram “esquecidos” pela
sede municipal. Foram conduzidas pela elite política estadual, a partir dos deputados
estaduais, que apresentaram os projetos emancipacionistas, e dos governadores,
que os sancionaram. Nesses projetos, as emancipações foram anunciadas como
uma política pública estratégica para o “desenvolvimento” local, com a formação de
unidades de governo que seriam “independentes” e que teriam acesso a mais
recursos fiscais, em um momento em que esses recursos foram ampliados e
distribuídos de acordo com o número de municípios de cada estado. A pesquisa
objetivou problematizar esse discurso, analisando como a criação desses territórios
municipais reproduziu novos espaços de poder para grupos políticos locais de base
familiar, tradicionais ou emergentes, e serviu a interesses políticos e eleitorais de
segmentos da elite estadual. No desenvolvimento do trabalho, além da pesquisa
bibliográfica, realizou-se uma pesquisa documental no arquivo da Assembleia
Legislativa e em jornais de circulação estadual e um levantamento de dados em
diferentes instituições, como o IBGE e o TRE. / This thesis aims to analyze the process of fragmentation of the internal limits of
Paraíba state in the 1950s and 1960s, implemented from the creation of 130
municipalities - more than the quadruple of the number of municipalities of the state.
During this period, influenced by the political re-democratization of the country, and
according to the 1946 Constitution, the federal units took responsibility for the
regulation of the organization of municipalities. Furthermore, the Constitution and
other normative documents increased fiscal transfers to states and municipalities. In
this political and institutional context, the creation of new municipalities was
evidenced in all states, and Paraíba was the one that proportionally presented the
highest number of districts which were promoted to the conditions of municipalities.
Reflection on this process is embedded in the field of political history, under the
conceptual background that the municipality is a historically produced and social
space, inserted in disputes and political convergences experienced by different
actors, providing an area of power. The districts emancipations were supported by
the local community, with the argument that the districts had been "neglected" by the
municipal headquarters. These emancipations were conducted by the state political
elite; from state legislators, which presented the emancipation projects; and the
governors, responsible for the sanction of the requests. In these projects, the
emancipations were announced as a strategic public policy for the local
"development", forming units of government that would be "independent" and have
access to more tax resources, when these ones have been expanded and distributed
according to the number of municipalities in each state. The research aimed to
discuss this speech, analyzing how the creation of these municipal territories
reproduced new spaces of power to local family-based political groups, traditional or
emerging ones, and served the political and electoral interests segments of the state
elite. This work includes, besides bibliographical research, a documentary research
conducted in the archives of Legislative Assembly of Paraíba state and state
newspapers, and data collection with institutions, such as Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) and Tribunal Regional Eleitoral, Paraíba (TRE-PB).
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