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A memória presente: estudo da dramaturgia de Antonio Callado (A Cidade Assassinada) e Jorge Andrade (Pedreira das almas)

Pimentel, Geaneliza de Fátima Rodrigues Rangel 25 July 2012 (has links)
This study aimed at analyzing the dramaturgy of the authors Antonio Callado (1917 - 1994) and Jorge Andrade (1922-1284). From the first, we considered the part entitled A Cidade Assassinada (1954), and from the second, Pedreira das Almas (1957). In this work we pay special attention with regard to the context in which the plays were written, in the 1950s. We emphasize that the A Cidade Assassinada went public in honor of the four hundred years São Paulo city, and Pedreira das Almas, commemorating the tenth anniversary of the TBC Teatro Brasileiro de Comédia (Brazilian Comedy Theater). Antonio Callado records in his work, the close relationship it maintains with the highlights of the historical process in Brazil. In A Cidade Assassinada the playwright contextualizes the year 1560, Brazil colonization period. The play has as the protagonist character João Ramalho, who has the support of her daughter Rosa Bernarda to protect his main symbols of memory, the city of Santo André da Borda do Campo and the pillory, which he created. The playwright Jorge Andrade, coming from a family originally from west of São Paulo, suffered by the coffee crisis, as well as the consequences of the measures taken by the government at the time. Through the process of rural memories that belonged to his family, the playwright highlights the melancholy face of multiple losses caused by historical changes. Jorge Andrade contextualizes in Pedreira das Almas the revolt of the Liberals held in 1842 and the decline of the auriferous veins in the interior of Minas Gerais. It presents as main character Urbana, who with her children Mariana and Martiniano, shown against the ideas of Gabriel, who intends to lead the people from the city of Pedreira das Almas to the plateau, where there is the promise of progress. The matriarch Urbana faces Gabriel and state forces in defense of the permanent memory of their ancestors in that city. We observed that both playwrights express a significant involvement in relation with culture and memory of their ancestors and country. Theirs dramaturgy, although contextualize different periods, converge in a celebration of memory, which initially manifests as individual, in other words, in the family, but that during the action, taking proportions of collective memory, the one that according to Halbwachs (2006), is laced to memory of the group, integrating the memory of the wider society. / Este estudo teve como finalidade a análise das dramaturgias dos autores Antonio Callado (1917 1994) e Jorge Andrade (1922 1284). Do primeiro, tomamos para apreciação a peça intitulada A Cidade Assassinada (1954), e do segundo, Pedreira das Almas (1957). Neste trabalho damos especial atenção no que diz respeito ao contexto no qual as peças foram escritas, isto é, a década de 1950. Destacamos que A Cidade Assassinada veio a público em homenagem aos quatrocentos anos da cidade de São Paulo, e Pedreira das Almas, em comemoração ao décimo aniversário do TBC Teatro Brasileiro de Comédia. Antonio Callado registra em sua obra, a intrínseca relação que mantém com momentos marcantes do processo histórico do Brasil. Em A Cidade Assassinada o dramaturgo contextualiza o ano de 1560, período de colonização do Brasil. A peça tem como protagonista o personagem João Ramalho, que conta com o apoio da filha Rosa Bernarda para proteger seus principais símbolos de memória, a cidade de Santo André da Borda do Campo e o pelourinho, por ele criados. O dramaturgo Jorge Andrade, vindo de uma família originária do oeste paulista, sofreu de perto a crise cafeeira assim como as consequências das medidas tomadas pelo governo, na época. Via processo de lembranças do mundo rural a que pertencera sua família, o dramaturgo destaca a melancolia frente às várias perdas provocadas pelas mudanças históricas. Jorge Andrade contextualiza em Pedreira das Almas a revolta dos liberais ocorrida em 1842 e a decadência dos veios auríferos no interior de Minas Gerais. Apresenta como personagem principal Urbana, que ao lado dos filhos Mariana e Martiniano, se mostra contrária às ideias de Gabriel, que pretende levar o povo da cidade de Pedreira das Almas para o planalto, onde há a promessa de progresso. A matriarca Urbana enfrenta Gabriel e as forças do Estado em defesa da memória de seus antepassados permanentes nessa cidade. Observamos que ambos os dramaturgos exprimem um envolvimento significativo em relação à cultura e à memória de seus antepassados e do país. Suas dramaturgias, embora contextualizem períodos distintos, convergem para uma celebração à memória que, inicialmente, se manifesta como individual, ou seja, no âmbito familiar, mas que no decorrer das ações, toma proporções de memória coletiva, aquela que, segundo Halbwachs (2006), está enlaçada à memória do grupo, integrando-se à uma memória mais ampla da sociedade. / Mestre em Teoria Literária

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