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Sobre a organização das espécies nas comunidades

Rosado, Diego Barneche January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-25T23:53:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 293722.pdf: 928461 bytes, checksum: 245108a91238229954e585152c0f00f6 (MD5) / A distribuição de espécies nas comunidades é mais influenciada por filtros locais derivados de interações de espécies ou fatores históricos e processos biogeográficos em escala regional? Que contribuição da riqueza regional seria esperada na compactação de espécies por unidade de área? Essas relações permanecem constantes em escalas espaciais hierárquicas de transectos a regiões? Num gradiente crescente de riqueza regional, a importância de fatores determinísticos vs. estocásticos nas regras de montagem (assembly rules) das comunidades locais se alterna? Categorizar espécies num conjunto reduzido de grupos funcionais muda os padrões supracitados? Por quê? Quão ampla deve ser a aplicabilidade de todos esses padrões entre diferentes grupos de organismos? Nesta dissertação, direciono respostas e discussões a esses desafios utilizando, provavelmente, o banco de dados quantitativo mais extenso geograficamente já compilado para peixes recifais - o grupo de vertebrados mais rico do planeta. Independentemente, eu e os colaboradores desse trabalho realizamos transectos padronizados em 20x2m=40m2 paralelos ao recife até 30m de profundidade - um esforço total de 5.916 transectos. O escopo geográfico abrange 103 sítios distribuídos em 17 localidades englobadas em seis grandes regiões biogeográficas marinhas tropicais: 1) Caribe (Belize, Cuba e Bahamas); 2) Atlântico Sul Ocidental (sul, sudeste e nordeste do Brasil); 3) ilhas oceânicas do Atlântico Sul Ocidental (Arquipélagos de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha e Trindade e Martim Vaz); 4) Atlântico Oriental (São Tomé e Cabo Verde); 5) Pacífico Oriental (México e ilha de Malpelo); 6) Pacífico Sul (Nova Caledônia, Tonga, Fiji e Polinésia Francesa). 989 espécies pertencentes a 301 gêneros e 83 famílias foram registradas. Através de regressões entre riqueza local e regional em três escalas espaciais hierárquicas observei que a riqueza local aumenta linearmente com o aumento da riqueza regional tanto em termos taxonômicos (riqueza de espécies) como funcionais (riqueza de grupos funcionais). Isso indica que processos atuando na escala regional (e.g., especiação, extinção, dispersão) devem ser mais influentes do que processos locais (e.g., competição, predação) na composição local de comunidades. O aumento da riqueza regional de peixes em função do aumento da riqueza regional de corais pode ser um indicativo de que diversidade gera diversidade em termos de riqueza de nicho. Nas 17 localidades, a dissimilaridade média entre amostras, medida através da distância de Jaccard, não diferiu do esperado ao acaso, i.e., gerado por um modelo nulo que simulou colonizações no espaço. Esse padrão, observado em termos taxonômicos e funcionais, sugere que as espécies e grupos funcionais se distribuem de maneira estocástica na escala local da comunidade, entretanto outras abordagens nulas devem ser adotadas para confirmação do padrão encontrado. Meus resultados estão de acordo com a recente mudança de paradigma na Ecologia de Comunidades na qual as atenções voltaram-se para padrões regionais e macroecológicos ao invés de processos locais no entendimento da composição local da biodiversidade, ainda que tais regras sejam contingentes ao grupo de organismos analisado. Acredito que os resultados aqui apresentados possam refletir um padrão geral para metacomunidades ricas e relativamente abertas, nas quais comunidades locais são altamente influenciadas por processos regionais e talvez montadas ao acaso.
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Peixes recifais das ilhas de Currais e Itacolomis, Litoral do Paraná

Daros, Felippe Alexandre Lisboa de Miranda 26 August 2011 (has links)
No description available.
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Caracterização da ictiofauna de poças de maré em duas praias do nordeste brasileiro utilizando óleo de cravo: quais fatores afetam a distribuição, abundância e diversidade de peixes? / Characterization of the ichthyofauna of tide pools on two beaches in the Brazilian northeast using clove oil: what factors affect the distribution, abundance and diversity of fish?

Marques, Jasna Maria Luna January 2017 (has links)
MARQUES, Jasna Maria Luna. Caracterização da ictiofauna de poças de maré em duas praias do nordeste brasileiro utilizando óleo de cravo: quais fatores afetam a distribuição, abundância e diversidade de peixes? 2017. 53 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Pesca)-Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by ROGÉRIA MARIA OLIVEIRA (rsetubaloliveira@yahoo.com.br) on 2017-06-22T16:39:20Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_JASNA MARIA LUNA MARQUES.pdf: 1667098 bytes, checksum: 24cb85fee9739bd5387bffe3214bc91d (MD5) / Rejected by Weslayne Nunes de Sales (weslaynesales@ufc.br), reason: 1 - O sobrenome do orientador NÃO é preenchido em caixa alta. Somente as iniciais são maiúsculas, conforme regras da língua portuguesa; 2 - No campo "data do documento" somente o ano deve ser preenchido; 3 - O campo "editor" NÃO é preenchido; 4 - No campo "citação" deve-se colocar o ano de defesa do trabalho entre parêntese depois do sobrenome e iniciais do autor(a). Exemplo: MARQUES, J. M. L. (2017) 5 - O campo "série/relatório" não é preenchido; 6 - O arquivo deve ser nomeado de forma correta antes de inserir no RI. Exemplo: 2017_dis_jmlmarques 7 - As referências do trabalho não estão elaborados conforme as normas da ABNT. on 2017-06-26T15:33:24Z (GMT) / Submitted by ROGÉRIA MARIA OLIVEIRA (rsetubaloliveira@yahoo.com.br) on 2017-07-17T19:32:48Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_JASNA MARIA LUNA MARQUES.pdf: 1667098 bytes, checksum: 24cb85fee9739bd5387bffe3214bc91d (MD5) / Approved for entry into archive by Anderson Silva Pereira (anderson.pereiraaa@gmail.com) on 2017-08-03T19:42:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_JASNA MARIA LUNA MARQUES.pdf: 1667098 bytes, checksum: 24cb85fee9739bd5387bffe3214bc91d (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-03T19:42:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_JASNA MARIA LUNA MARQUES.pdf: 1667098 bytes, checksum: 24cb85fee9739bd5387bffe3214bc91d (MD5) Previous issue date: 2017 / One of the richest and least studied environments in the coastal zone are the sandstone reefs, where the tide pools are located. In studies that focus on characterization of reef fishes the visual census technique is predominant. However, there are more adequate methodological alternatives for the characterization of resident species, such as the anesthetic eugenol. Thus, the present research aimed to describe the structure of the reef fish assemblage of the Pedra Rachada and Flecheiras beaches, associating with the environmental factors, morphometric aspects of tide pool and anthropogenic impacts in the two localities. An inventory of the resident and cryptic species was made, classifying resident species based on numerical abundance and their occurrence. The samplings were performed in monthly basin, during periods of syzygy low tide, between September 2015 and August 2016, with the use of the anesthetic eugenol in four fixed pools on each beach. Concomitant to the study of the pools was carried out a characterization of the substrate of the pools and an inventory of the environmental impacts along the beach. The sandy substrate was predominant in the Pedra Rachada pools, while the rhodoliths predominated in Flecheiras. The individual’s abundance of Pedra Rachada (158) was higher than Flecheiras (54). Haemulon parra was the most representative species in number of individuals for the two beaches, followed by Haemulon plumieri in Pedra Rachada and Malacoctenus delalandii and Sparisoma radians in Flecheiras. In both beaches the family Labrisomidae predominated in number of species, causing a predominance of resident permanent and cryptic species. The carnivorous trophic category showed the largest number of species in both localities. The two beaches obtained low values of Shannon diversity with averages of 1.14 in Pedra Rachada and 0.88 in Flecheiras. There was a predominance of small individuals in the two beaches. The physical-chemical parameters showed averages of 33ºC of temperature and 38 of salinity. In Pedra Rachada depth was positively associated with diversity and temperature with richness. In Flecheiras the environmental variables did not change the structure of the assembly. The most recurrent environmental impacts were solid waste. However, registered environmental impacts were not able to influence the ecological descriptors of fish assemblage in any of the beaches. The use of clove oil was effective for the accomplishment of this study, contemplating species that are not sampled with the visual census. The large amount of solid waste sampled in this study reveals the need for more studies aimed at this type of impact on the reef species. / Um dos ambientes mais ricos e menos estudados na zona costeira são os recifes de arenito, onde estão localizadas as poças de maré. Nos estudos de caracterização da ictiofauna de ambientes recifais a técnica do censo visual é predominante. Entretanto existem alternativas metodológicas mais adequadas para a caracterização de espécies residentes, como é o caso do anestésico eugenol. Desse modo, a presente pesquisa visou descrever a estrutura da assembleia de peixes recifais das praias de Pedra Rachada e Flecheiras, associando com os fatores ambientais, morfométricos e impactos antropogênicos das duas localidades. As amostragens foram mensais, nos períodos de maré baixa de sizígia, entre setembro de 2015 e agosto de 2016 em quatro poças fixas em cada praia. Concomitante ao estudo das poças foi realizada uma caracterização do substrato das poças e um inventário dos impactos ambientais na faixa de praia. O substrato arenoso foi predominante nas poças de Pedra Rachada, enquanto que os rodolitos predominaram em Flecheiras. A abundância de indivíduos de Pedra Rachada (158) foi maior que em Flecheiras (54). Haemulon parra foi a espécie mais representativa em número de indivíduos para as duas praias, seguida por Haemulon plumieri em Pedra Rachada e Malacoctenus delalandii e Sparisoma radians em Flecheiras. Em ambas as praias a família Labrisomidae predominou em número de espécies, ocasionando um predomínio de espécies residentes permanentes e crípticas. A categoria trófica carnívoros apresentou o maior número de espécies para as duas localidades. As duas praias obtiveram valores baixos de diversidade de Shannon com médias de 1,14 em Pedra Rachada e 0,88 em Flecheiras. Houve uma predominância de indivíduos de pequeno porte nas duas praias. Os parâmetros físico-químicos apresentaram médias de 33ºC de temperatura e 38 de salinidade. Em Pedra Rachada a profundidade foi associada positivamente com a diversidade e a temperatura com a riqueza. Em Flecheiras as variáveis ambientais não modificaram a estrutura da assembleia. Os impactos ambientais mais recorrentes foram os resíduos sólidos. Entretanto, os impactos ambientais registrados não foram capazes de influenciar nos descritores ecológicos da assembleia de peixes em nenhuma das praias. A utilização do óleo de cravo foi eficaz para a realização deste estudo, contemplando espécies que não são amostradas com o censo visual. A grande quantidade de resíduos sólidos amostrados neste estudo revela a necessidade de mais estudos voltados para este tipo de impacto nas espécies recifais.
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Estudo da dieta do Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758) e Ocyrus chrysurus (Bloch, 1791), teleostei :perciformes: lutjanidae, no banco dos abrolhos, Bahia, Brasil e pesca das principais espécies de lutjanídeos e serranídeos na região

Fonseca, Juliana Fernandes da [UNESP] 20 March 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:30:16Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-03-20Bitstream added on 2014-06-13T19:39:37Z : No. of bitstreams: 1 fonseca_jf_me_rcla.pdf: 1131137 bytes, checksum: 3bc1a3e1cbfb35517de949c975022c14 (MD5) / Um dos fatores mais importantes para o sucesso no estabelecimento das póslarvas e para a sobrevivência e sucesso reprodutivo de peixes juvenis e adultos é a abundância e disponibilidade de alimento. Apesar de existirem informações sobre a dieta de Lutjanus synagris e Ocyurus chrysurus no Caribe e no Ceará, não existem dados sobre a dieta dessas espécies no Banco dos Abrolhos que representa um dos mais ricos complexos recifais de todo Atlântico sul. O material foi obtido a partir de desembarques pesqueiros nos portos de Caravelas, Prado e Alcobaça (Bahia), entre maio de 2005 e junho de 2006, no âmbito de um programa de amostragem biológica de peixes recifais ameaçados e/ou comercialmente importantes em Abrolhos. Foram analisados 1129 estômagos; o ariocó consumiu principalmente crustáceos (com predominância de carídeos e braquiúros) e em menor quantidade peixes, e a guaiúba se alimentou principalmente de crustáceos planctônicos e de peixes. Diferenças na dieta foram observadas de acordo com as fases de crescimento das espécies. Durante o ciclo anual a dieta do ariocó não variou e a da guaiúba apresentou maior diferença na estação do inverno. O consumo de determinadas presas variou entre dois pontos de coleta, devido a disponibilidade e a abundância dos organismos em cada local. A dieta dos machos e das fêmeas de ambas as espécies foram semelhantes, e a mudança da dieta durante o período reprodutivo relacionou-se ao tamanho dos indivíduos e não ao sexo. Os lutjanídeos e serranídeos representam o principal pescado da região, sendo que, o ariocó e a guaiúba são as espécies mais capturadas e medidas de gerenciamento pesqueiro são necessárias para o uso e conservação dos mesmos. / Food availability and abundance of adult conspecifics are among the most important factors influencing reef fish larval establishment and survival. Though there are some data about Lutjanus synagris (arioco) and Ocyurus chrysurus (guaiuba) feeding habitats in the Caribbean sea and off Ceará coast, there are no other informations for the Brazilian coast, particularly the Abrolhos. This later area represents a very rich reef ecosystem, and is considered the richest and complex system of this kind in the southern Atlantic Ocean. Biological samples were obtained from fishermen from Caravelas, Prado and Alcobaça municipalities (Bahia). A total of 1129 stomach contents of arioco and guaiuba were examined and analyzed. The first species feeds mainly on crustaceans represented by carideans e braquiurans, while juveniles of the second feed mainly on planctonic crustaceans; adults being primarily piscivorous. Ontogenetic differences were observed in relation to diet preferences. These consisted in modifications based on distinct crustaceans ingested by young and adult individuals of arioco, and, on the second case, the diet changes were related to substitution of planktonic crustaceans by fish. Some differences were observed between sampling sites, which reflect the opportunistic feeding behavior of both species. During an annual cycle the diet remained almost the same. Diet of males and females of both species did not differ from each other, and the change during the reproductive cycle was more related to ontogenetic changes than to sex. Lutjanid and Serranid species are the most important fishes caught at the region, and this study indicates that much more research is required in order to establish better policies for fish protection at the system.
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Ecologia de peixes estuarinos-recifais e caracterização ambiental dos estuários de Pernambuco

PAIVA, Andréa Carla Guimarães de 31 January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:57:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1434_1.pdf: 5888658 bytes, checksum: b32c91ffd8a924864565969e6d6066e6 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A comunidade de peixes nos estuários é constituída por espécies migrantes marinhas e de água doce, que usam esses ecossistemas como áreas de alimentação ou para a reprodução, além das residentes, que passam todo o seu ciclo de vida nesse ambiente. O presente estudo teve como objetivos: (1) avaliar se a diversidade da ictiofauna do rio Formoso varia entre as zonas estuarinas superior, média e inferior, e entre os períodos seco e chuvoso; identificar as espécies de peixes recifais que utilizam o estuário do rio Formoso como área de refúgio e de berçário natural; (2) descrever a distribuição espacial dessa ictiofauna nas estações chuvosa e de estiagem; verificar se houve diferenças espaciais e temporais nas categorias tróficas; (3) compilar as informações existentes na literatura sobre os estuários e a ictiofauna de Pernambuco; caracterizar os principais fatores fisiográficos das áreas estuarinas e as ações antrópicas por elas sofridas; validar os nomes científicos das espécies de peixes que vivem nesses estuários, identificando a sua distribuição. Para o estudo da ictiofauna no estuário do rio Formoso foram feitas coletas bimestrais com rede-de-arrasto tipo mangote. Para a análise dos estuários e da ictiofauna de Pernambuco foram compilados dados de livros, artigos científicos, monografias, dissertações e teses, além da utilização das imagens obtidas através do aplicativo Google Earth para a caracterização dos estuários. No estuário do rio Formoso foram analisados 5.475 indivíduos, pertencentes a 78 espécies e 39 famílias. Carangidae e Gerreidae tiveram a maior riqueza específica, enquanto Clupeidae, Engraulidae e Gerreidae a maior abundância. A maior diversidade ocorreu na zona estuarina superior, e a maior abundância, na zona estuarina média. O tipo de sedimento foi determinante na distribuição espacial da ictiofauna. Entre as espécies dominantes (89%), destaca-se Rhinosardinia amazonica (36%). As espécies mais abundantes ocorreram entre um regime de salinidade de mesohalino (5-18) a euhalino (30-40), sugerindo uma relativa capacidade de regulação osmótica. A maioria da ictiofauna do estuário do rio Formoso é predadora (75%) e com hábito alimentar carnívoro de 2ª. ordem (37,5%). A percentagem de espécies associadas a ambientes recifais foi de 51,3%, sendo 39,2%, 54,2% e 66,7% nas zonas superior, média e inferior, respectivamente. Entre essas espécies, Eucinostomus melanopterus, E. gula e Sphoeroides testudineus destacaram-se, nessa ordem, como as mais abundantes no estuário superior; S. greeleyi, E. melanopterus e Lutjanus synagris, no médio; e E. gula e Albula vulpes, no inferior. A zona superior do estuário é provavelmente a mais produtiva devido a sua maior complexidade morfológica, a maior abundância de Rhizophora mangle (abrigo e refúgio para vários peixes) e ao sedimento lamoso. A ictiofauna do estuário do rio Formoso recebe influência direta dos recifes e da região costeira, entre Sirinhaém e Tamandaré, proporcionando uma maior representatividade de peixes recifais. A maioria das espécies encontra-se em ecofase jovem, evidenciando a importância das águas rasas deste estuário tropical como criadouro natural e abrigo para vários peixes de importância ecológica e econômica. Em Pernambuco foi possível identificar 17 estuários e constatar que a ictiofauna é pouco estudada. As maiores concentrações de trabalhos ocorreram no complexo estuarino de Itamaracá e no estuário do rio Formoso. Para algumas áreas não existem informações sobre comunidade de peixes. Para os estuários de Pernambuco foram listadas 200 espécies de peixes válidas, sendo 32% delas associadas a recifes. Citharichthys spilopterus e Poecilia vivipara foram classificadas como muito freqüentes. As famílias Carangidae, Gerreidae, Ariidae e Haemulidae foram as mais especiosas. Atualmente, as áreas estuarinas de Pernambuco estão em acelerado processo de degradação devido principalmente aos aterros, despejos de esgotos domésticos e industriais, desenvolvimento urbano, viveiros de carcinicultura e construção/ampliaçao de portos em prol do crescimento econômico. Diante desse contexto, torna-se necessário que os órgãos de fomento à pesquisa em Pernambuco estimulem o estudo nessas áreas, imprescindíveis para o desenvolvimento e reprodução de várias espécies de peixes, e conseqüente aumento na captura por pesca
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Alimentação e ecomorfologia trófica de stegastes fuscus e s. variabilis (actinopterygii: pomacentridae) nos recifes de Tamandaré, Pernambuco

Lucas Leão Feitosa, João 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:00:05Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo392_1.pdf: 1494904 bytes, checksum: 192606a8d65fc79e7b2c4b7a24b36c5e (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente trabalho avaliou a ecologia alimentar das espécies Stegastes fuscus e S. variabilis, peixes recifais da família Pomacentridae, através da análise do conteúdo estomacal e da ecomorfologia trófica. As coletas foram realizadas no período de estiagem de 2008/2009, dezembro a março, e chuvoso de 2009, de junho a agosto, em três recifes do complexo de Tamandaré (Pernambuco) o Igrejinha, o Pirambu e o Mamucaba, onde 120 indivíduos foram capturados, dentre as duas espécies na sua fase jovem e adulta, para a análise do conteúdo estomacal; 12 variáveis ecomorfológicas relacionadas com a alimentação foram aferidas. Foram coletadas, ainda, através de raspagem 72 amostras de 20 cm² da comunidade de algas nos territórios das espécies de Stegastes, caracterizada através de biomassa por peso seco. Foram observadas 21 espécies de algas dentro dos territórios defendidos pelas espécies de Stegastes, sendo destas cinco pertencentes à classe Chlorophyceae, dez à classe Floridophyceae e seis à classe Phaeophyceae. Os territórios são mantidos em regime de cultura extensiva e dominados pelas alga calcária Halimeda opuntia, sendo também encontradas como importantes membros da comunidade de algas as espécies Jania adhaerens, Dictyopteris delicatula e Palisada perforata. Houve estabilidade quanto à composição das algas dentro dos territórios, tanto sazonalmente, quanto entre os recifes estudados. A dieta das espécies consistiu de 83 diferentes itens alimentares, dos quais 16 foram de origem animal, a exemplo de crustáceos, moluscos, cnidários e briozoários. A maior diversidade de itens foi de origem vegetal, incluindo várias espécies de diatomáceas e de macroalgas, e ainda cianobactérias, detritos e sedimento. Ambas as espécies apresentaram as diatomáceas como item alimentar em maior abundância nos estômagos, a exemplo de Licmophora, Isthmia e Climacosphenia, seguido das macroalgas, em especial as filamentosas, folhosas e cilíndricas. A dieta das espécies de Stegastes se sobrepuseram, indicando o potencial competitivo entre as espécies em relação ao recurso alimentar. Não houve variação significativa nem entre as espécies, nem ontogeneticamente, nem entre os recifes estudados quanto à alimentação. Foi observada variação sazonal na dieta, associada à aceleração do metabolismo com o aumento da temperatura durante o período de estiagem. Houve seleção negativa para as algas calcárias e dentre as espécies mais consumidas, a maior preferência foi pelas algas filamentosas, folhosas e cilíndricas. A não observação de muitas das espécies de algas filamentosas nos territórios, que estavam presentes nos estômagos sugere que muitas existam no ambiente em hábitos epifíticos. A espécie S. fuscus apresentou maior densidade que S. variabilis nos recifes estudados, devido ao tamanho corpóreo superior desta. As diferenças interespecíficas e ontogenéticas nos atributos ecomorfológicos indicaram que os indivíduos jovens apresentam maior capacidade de natação, uma capacidade aumentada de abocanhar e maior acuidade visual para encontrar os alimentos, do que os indivíduos adultos. Foi observado que não há separação das espécies levando em conta os índices ecomorfológicos utilizados, diferindo do padrão obtido em estudos anteriores, sendo este relacionado a variadas metodologias e origem do material analisado
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Caracterização e variação diurno-noturna da estrutura da comunidade de peixes associados a diferentes microhabitats dos recifes costeiros de Porto de Galinhas, Pernambuco

LIPPI, Daniel Lino 31 January 2013 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-03-05T12:53:10Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERTAÇÃO Danie Lino Lippi.pdf: 1891552 bytes, checksum: 3f67a0d350b821b42c4492adcbb6f1d7 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-05T12:53:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERTAÇÃO Danie Lino Lippi.pdf: 1891552 bytes, checksum: 3f67a0d350b821b42c4492adcbb6f1d7 (MD5) Previous issue date: 2013 / CNPq; Projeto PELD / O presente trabalho teve o objetivo de caracterizar as variações diurno-noturnas da estrutura das comunidades de peixes associados a diferentes microhabitats dos recifes costeiros da praia de Porto de Galinhas (PE), com base na composição, densidade, frequencia relativa, comportamento, ocupação espacial e categorias tróficas das espécies, além dos índices de diversidade e equitabilidade. Entre os meses de janeiro e março de 2012, foram realizados 156 censos visuais por transecto de faixa, igualmente distribuídos entre os períodos diurno e noturno. Nos transectos, os peixes eram identificados e contados. Os comportamentos (alimentando, nadando, estacionário ou abrigado) e a ocupação espacial (crista, parede, areia ou cabeços) dos peixes também foram registrados no momento em que cada indivíduo era registrado. Durante o dia, 57 espécies foram registradas, sendo 21 exclusivas para este período. O período noturno foi menos especioso, com apenas 45 táxons contabilizados, dos quais 09 foram exclusivos. Pouco mais da metade (36 spp.) foram comuns a ambos os períodos do dia. Durante o dia, a espécie que apresentou maior densidade foi Stegastes fuscus seguida por Sparisoma axillare e Coryphopterus glaucofraenum. Enquanto que à noite, as mais abundantes foram Phaeoptxy pigmentaria, Abudefduf saxatilis e Apogon americanus. Apenas quatro espécies, S. fuscus, P. pigmentaria, S. axillare e C. glaucofraenum, foram responsáveis por mais de 50% da dissimilaridade entre os períodos. A análise de agrupamentos evidenciou a formação de oito grupos distintos e homogêneos, compostos pelas amostragens realizadas em cada microhabitat nos diferentes períodos do dia. A ANOSIM de dois critérios indicou que houve diferenças significativas entre os períodos do dia (R=0.84, p<0.001) e entre os microhabitats (R=0.77, p<0.001). As maiores médias de densidade de indivíduos e riqueza de espécies ocorreram durante o período diurno. No entanto, a diversidade e equitabilidade foram mais elevadas à noite. A ANOVA de dois critérios apresentou diferenças significativas para o fator “período” para a densidade de indivíduos, riqueza de espécies e equitabilidade. Enquanto que a interação dos fatores “período X microhabitats” foi significativa para todos os parâmetros analisados. Em relação à estrutura trófica, durante o dia, a maior densidade média foi registrada para o grupo dos herbívoros territorialistas, seguidos pelos comedores de invertebrados móveis e herbívoros errantes. À noite, os planctívoros noturnos e comedores de invertebrados móveis foram o mais representativos. A maioria dos grupos tróficos apresentou reduções significativas nas densidades durante o período noturno, entre esses estão incluídos os onívoros, herbívoros errantes e territorialistas, comedores de invertebrados móveis e piscívoros. Enquanto que os carnívoros e planctívoros noturnos foram significativamente mais abundantes à noite.
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Idade, crescimento e uso do habitat das espécies Stegastes rocasensis, no Atol das Rocas e Stegastes sanctipauli, no Arquipélago de São Pedro e São Paulo

CESAR, Fabiana Bicudo January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:03:18Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8367_1.pdf: 7600590 bytes, checksum: 0a180dbe6b6c60b9f0f5601ab51d1c62 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2004 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Apesar da reconhecida importância do ambiente recifal é consenso entre os cientistas de todo o mundo que estes ecossistemas estão atualmente sob forte pressão e em declínio. Uma parte vital do ecossistema recifal é constituída pela ictiofauna. Estima-se que de 30 a 40% dos peixes marinhos podem ser encontrados nos ambientes recifais. A família Pomacentridae ocupa lugar importante devido a grande abundância apresentada em número e espécies e por possuírem hábitos altamente especializados. Neste trabalho foram analisadas duas espécies do gênero Stegastes endêmicas do Brasil: S. rocasensis, com maior área de distribuição, ocorrendo no Atol das Rocas e no Arquipélago de Fernando de Noronha e Stegastes sanctipauli, que só ocorre no Arquipélago de São Pedro e São Paulo. A densidade, distribuição e tamanhos da população foram determinados através de censos visuais subaquáticos, além da relação entre as espécies estudadas com o substrato local. A cobertura do substrato foi estimada através do método Reef Check. Quando comparamos os dados de densidade com a caracterização do substrato deste estudo concluímos que a abundância destas espécies é fortemente influenciada tanto pela composição estrutural do ambiente como pela diversidade de cobertura. Estas duas variáveis combinadas poderiam ter capacidade de limitar o tamanho da população para estas espécies que possuem hábitos diretamente associados ao substrato. Para as duas espécies a idade foi determinada a partir da leitura de marcas de aposição em otólitos inteiros e seccionados. Os parâmetros de crescimento da curva de Von Bertalanffy foram calculados. Para S. rocasensis a idade variou entre zero e 13 anos. Para S. sanctipauli a idade variou entre zero e 15 anos. Apesar das espécies estudadas não ocorrerem em ambiente impactado com depleção de predadores, estas demonstraram alta longevidade, o que pode influenciar positivamente sua estabilidade e perpetuação mesmo sendo populações de áreas restritas. Assim poderíamos explicar a capacidade de peixes recifais endêmicos que mantêm suas populações com espécies muito abundantes e dominantes mesmo quando ocorrem em áreas restritas, como em ilhas oceânicas, ambientes fragmentados e áreas de proteção de pequeno tamanho
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Taxas de diversificação em peixes recifais

Lobato, Fábio Luiz 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T08:19:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 284836.pdf: 2206594 bytes, checksum: cc63b917cedf4e34382eb795671f69f9 (MD5) / O impacto da atividade humana sobre as comunidades biológicas não só promove a extinção de espécies, mas também, interfere fortemente em processos ecológicos e evolutivos sobre os quais nós ainda não conhecemos o suficiente. Para ser capaz de criar estratégias de conservação eficazes em termos de grande escala espacial e temporal é preciso entender mais sobre os processos que determinam a diversificação das espécies e suas distribuições. A diversidade varia muito entre grupos taxonômicos e sobre a superfície da Terra, mais evidente como uma diminuição na diversidade de seu pico nos trópicos para latitudes mais altas. O número de espécies em uma região e as espécies viventes de uma linhagem evolutiva reflete o equilíbrio entre especiação e extinção agindo por longos períodos. Os fatores ambientais das regiões e os atributos das espécies em uma linhagem são apontados como responsáveis por influenciar taxas de diversificação de linhagens e produzir tanto as diferenças entre regiões como entre as linhagens. Os recentes avanços em reconstruir filogenias a partir de dados moleculares têm permitido a biólogos desenvolver vários métodos para investigar taxas de diversificação das linhagens ao longo da história e testar hipóteses que explicam as diferenças de diversidade entre as regiões e taxons. Neste trabalho foram reconstruídas filogenias moleculares de quatro importantes clados de peixes recifais (Acanthuroidei, Chaetodontidae, Labridae e Pomacentridae) para estimar o tempo de radiação de seus subclados e testar se riqueza de espécies maior que a esperada e/ou mudanças nas taxas de diversificação estão relacionados com a utilização diferenciada de recursos alimentares. Nossa hipótese de que clades que utilizam recursos alimentares relativamente de baixa qualidade são mais jovens e derivados em relação a outros clados foi confirmada. Quatro dos seis clados que apresentaram riqueza de espécies maior que a esperada e taxas de diversificação acima das taxas globais de seus taxons superiores (família, subordem, etc), foram clados que utilizam recursos alimentares de baixa qualidade. A explanação dos resultados juntamente com informações da história biogeográfica do Pacifico Indo-Oeste sugere que taxas de diversificação de linhagens de peixes recifais podem ser reguladas, dentre outros fatores, por modelos de oportunidade ecológica onde o uso de dietas de baixa qualidade pode ter implicado em queda mais lenta das taxas de diversificação em relação às taxas de linhagens de alta qualidade na dieta, provavelmente devido à ocupação primária dos recursos de alta qualidade. Tomados em conjunto as evidências, o estudo sugere que a utilização dos recursos de baixa qualidade é provavelmente mais relacionada com a menor velocidade de queda das taxas de diversificação em ambientes ricos em espécies do que acelerar as taxas de diversificação. Nossos resultados também concordam com a hipótese de Harmelin-Vivien (2002) que justifica o estabelecimento do gradiente latitudinal de diversidade de peixes recifais pela melhor utilização dos recursos alimentares nos trópicos. A presente dissertação mostra a grande importância em se melhorar análises filogenéticas e métodos de investigação das radiações; é indispensável olhar também para a história evolutiva para se compreender as estruturas de comunidades biológicas, e consequentemente melhorar a precisão nas previsões.
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Peixes recifais de ocorrência no Brasil

Gomes, Mariana Bender 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T11:25:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 276435.pdf: 1936455 bytes, checksum: c46ce81cb31228e5a26081b0cb1958b9 (MD5) / Intensos impactos aos ecossistemas recifais como mudanças climáticas, poluição, doenças e sobreexplotação, ameaçam a biodiversidade destes ambientes, como a ictiofauna recifal. Espécies cujas populações encontram-se sob risco de extinção são indentificadas em listas vermelhas, importantes ferramentas utilizadas globalmente para a conservação de espécies. Entretanto, apesar do ritmo alarmante em que espécies são adicionadas à estes inventários, em muitos locais os dados são insuficientes para avaliar o status de conservação de espécies. Neste contexto, o Conhecimento Ecológico Local (CEL) daqueles que interagem com o recurso como pescadores artesanais e peixes recifais constitui importante fonte de informações. Todavia, o CEL de pescadores e sua percepção ambiental pode estar sujeito à mudanças graduais de referencial (Shifting baseline syndrome), devendo ser investigado. Buscamos por espécies de peixes recifais brasileiros na lista vermelha global da IUCN, nacional do MMA e inventários regionais. Investigamos os atributos bioecológicos e os principais impactos sobre populações de peixes recifais brasileiros, contrastanto espécies ameaçadas e não-ameaçadas em nossas análises. Trinta e seis espécies de peixes recifais encontram-se sob risco de extinção, citadas por seis inventários. As principais ameaçadas à estas espécies incluem sobrepesca, perda de hábitat, by-catch e o comércio ornamental. A interação entre estes impactos e atributos bioecológicos de peixes recifais os torna ainda mais vulneráveis à mudanças ambientais. Nossas análises revelaram que espécies de tamanho corpóreo grande, macrocarnívoros, endêmicas, espécies com reversão sexual e Elasmobrânquios são as espécies de peixes recifais brasileiros.mais vulneráveis. Espécies das famílias Epinephelidae e Lutjanidae correspondem à 27.7% (n=11) da ictiofauna recifal ameaçada. Entrevistamos 53 pescadores de comunidades do entorno do Parque Muncipal Marinho do Recife de Fora (< 31; 31-40; 41-50; >50 anos) em relação a oito espécies de peixes recifais ameaçadas. Pescadores com mais de 50 anos reconheceram maior número de espécies como sobreexplotadas (x=3.36±3.88) quando comparados aos mais jovens (<50 years; x=1.86±0.81). Percepções diferentes também foram evidentes entre pescadores de diferentes idades e o maior indivíduo de cada espécie capturado. Entre peixes recifais brasileiros ameaçados, apenas nove espécies são reconhecidas por autoridades como ameaçadas. O manejo de espécies atualmente citadas pela lista nacional é urgente, bem como a revisão da lista. / Reef ecosystems and the biodiversity they harbour are experiencing worldwide decline caused by pollution, disease, over-harvesting and climate change. Red lists documents listing species which populations are facing extinction risk are important tools applied worldwide to species conservation. Though species are listed as threatened at an alarming pace, in some regions data on species status is not available. In those places, the Local Ecological Knowledge (LEK) of resource users for instance, fishermen and reef fish is an important source of information, providing rich insights on species status in the past. However, LEK of fishers and their hability in recognizing environmental changes might be affected by the shifting baseline phenomena. We searched the global IUCN red list, the national MMA inventory and local red lists for Brazilian reef fish species. We investigated species bioecological attributes and the major impacts pressuring Brazilian reef fish, contrasting threatened and non threatened species in our analysis. Thirty-six Brazilian reef fish species are categorized as threatened by six different red lists. Main threats to these species include overfishing, habitat loss, by-catch and the ornamental trade. Those pressures interact with species bioecological attributes, rendering them even more vulnerable to ecosystem shifts. Our analyses revealed that large bodied, macrocarnivores, endemic, sex changing and Elasmobranch species are the most susceptible among reef fishes in Brazil. Families with high incidence of threatened species include Epinephelidae and Lutjanidae (27.7% of Brazilian threatened reef fishes). Fifty-three fishers from communities surrounding the Recife de Fora marine park were interviwed (< 31; 31-40; 41-50; >50 years) regarding eight threatened reef fish species conservation status. Fishermen older than 50 years were able to recognize a greater number of species as overharvested (x=3.36±3.88) when compared to younger fishers (<50 years; x=1.86±0.81). Shifting perspectives were also evident when contrasting fishers of different age categories and the greater fish of each species ever caught: older fishermen caught larger fish back in the old days, and the biggest fish are scarce. It is alarming that among threatened Brazilian reef fishes only nine are recognized by federal authorities as endangered. A reassessment of the national list and management measures of currently listed species are urgent.

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