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Contribuição ao estudo das hepatectomias parciais com oclusão do fluxo sanguíneo aferente

Guerra, Enilde Eloena January 1997 (has links)
O tratamento cirúrgico dos tumores hepáticos tem sido um grande desafio na história evolutiva da cirurgia. No passado, as altas taxas de morbidade e mortalidade limitavam sua aplicação como opção terapêutica. O refinamento da técnica de ressecção hepática está associado a menores índices de mortalidade e morbidade peri-operatória e, embora, a mortalidade tenha sido reduzida a menos de 10% nos serviços especializados, a morbidade ainda é bastante significativa, sendo que a hemorragia grave e a embolia aérea permanecem como complicações graves das hepatectomias. O controle da perda sanguínea é o objetivo primordial durante este tipo de cirurgia. As técnicas descritas, com a finalidade de conter a hemorragia transoperatória, são aquelas associadas à redução do fluxo sanguíneo ao fígado, seja através da oclusão vascular aferente ou manobra de Pringle por clampeamento do pedículo hepático, seja por exclusão vascular total do órgão. Hepatectomias parciais podem ser realizadas com pequeno sangramento e, mesmo quando associadas a períodos prolongados de isquemia tecidual, não foram identificadas lesões parenquimatosas ou falência hepática persistente. A redução na necessidade de reposição de sangue, no período peri-operatório, está associada a menor morbidade e à diminuição significativa na incidência de sepse abdominal. O objetivo deste estudo foi o de avaliar uma série de hepatectomias parciais com oclusão do fluxo sanguíneo aferente, em pacientes portadores de patologias benignas e neoplasias malignas. Foram analisadas 60 hepatectomias em 59 pacientes com oclusão do fluxo sanguíneo aferente quanto a possíveis fatores de risco para morbidade e mortalidade, bem como a relação entre o tempo de isquemia hepática e a variação das transaminases, tempo de protrombina e bilirrubinas, e destes, com a evolução pós-operatória. A prevalência de complicações pós-operatórias foi de 43,3% e a mortalidade de 6,7%. O fator de risco significativo para mortalidade foi tempo cirúrgico mais prolongado, quando comparado com os pacientes que não foram a óbito. Para a morbidade pós-operatória, foram identificados como fatores de risco a idade acima de 60 anos, cirurgia por neoplasia maligna, parênquima hepático anormal, ou seja, presença de cirrose, esteatose ou colestase, perda sanguínea necessitando reposição de mais de uma unidade de sangue e outros procedimentos cirúrgicos concomitantes. Na análise multivariada por regressão logística, estes fatores de risco foram reduzidos, apenas, para presença de cirrose, esteatose ou colestase. O tempo de isquemia não apresentou relação com a morbi-mortalidade pós-operatória. A variação das transaminases foram mais acentuadas nos casos com maior tempo de isquemia, porém, retornaram aos níveis pré-operatórios em, aproximadamente, uma semana. Não houve variação de tempo de protrombina e bilirrubinas quanto ao tempo de isquemia. A variação de AST e ALT não foram diferentes entre os pacientes com e sem morbidade pós-operatória. / The surgical treatment for hepatic tumors has been a big challenge in the surgery evolucionary history. In the past, the high morbidity and mortality rates limited the practice of surgery as a therapeutic option. The improvement of the technical refinements in liver resection is connected to lower rates of perioperative mortality and morbidity. In spite of the fact that the mortality rate has been reduced to less than 10% in specialized services, the morbidity has been still significant. Profuse hemorrhage and air embolism remain major risk during hepatectomies. Minimize blood loss is the main purpose during this kind of surgery. The techniques described, which main goal is to control the intraoperative hemorrhage, are associated with the interruption of the blood flow towards the liver, either through the afferent vascular occlusion or Pringle maneuver by clamping the hepatic pedicle, or by total vascular isolation of the organ. Partial hepatectomies might be performed with limited blood loss and even when they are associated with long periods of tissue ischemia, no parenchymatous lesions or persistent hepatic failure has been found. Reducing the need of blood transfusion in the perioperative period has led to minor morbidity and to marked decrease of the abdominal sepsis incidence. The aim of this study was to evaluate a series of partial hepatectomies with afferent blood flow occlusion, in patients who have benign pathologies and malignant neoplasms. Sixty hepatic resections with inflow occlusion, in 59 patients, were analyzed in order to search possible risk factors for morbidity and mortality, the connection between the hepatic ischemic time and the transaminases variation, the prothrombin time and bilirrubins and the postoperative evolution. The prevalence of postoperative complications was 43% and the mortality rate was 6.7%. The significant risk factor for mortality was the long lasting operative time when compared to patients who did not die. For the postoperative morbidity, the identified risk factors were age over sixty years old, surgery for malign neoplasm, abnormal liver parenchyma or in other words, the presence of cirrhosis, steatosis or cholestasis, blood loss demanding replacement of more than one unity of blood transfusion and another concomitant abdominal surgery. In a multiple regression analysis, those risk factors were reduced only to abnormal hepatic parenchyma. The ischemia time did not have any connection with the postoperative morbidity or mortality. The transaminases levels were higher in cases of longer ischemic time, however they returned to the preoperative levels in about a week. There was no variation of prothrombin time and bilirrubin related to ischemia. The AST and ALT variations were not different amongst patients who had postoperative morbidity or not.
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Contribuição ao estudo das hepatectomias parciais com oclusão do fluxo sanguíneo aferente

Guerra, Enilde Eloena January 1997 (has links)
O tratamento cirúrgico dos tumores hepáticos tem sido um grande desafio na história evolutiva da cirurgia. No passado, as altas taxas de morbidade e mortalidade limitavam sua aplicação como opção terapêutica. O refinamento da técnica de ressecção hepática está associado a menores índices de mortalidade e morbidade peri-operatória e, embora, a mortalidade tenha sido reduzida a menos de 10% nos serviços especializados, a morbidade ainda é bastante significativa, sendo que a hemorragia grave e a embolia aérea permanecem como complicações graves das hepatectomias. O controle da perda sanguínea é o objetivo primordial durante este tipo de cirurgia. As técnicas descritas, com a finalidade de conter a hemorragia transoperatória, são aquelas associadas à redução do fluxo sanguíneo ao fígado, seja através da oclusão vascular aferente ou manobra de Pringle por clampeamento do pedículo hepático, seja por exclusão vascular total do órgão. Hepatectomias parciais podem ser realizadas com pequeno sangramento e, mesmo quando associadas a períodos prolongados de isquemia tecidual, não foram identificadas lesões parenquimatosas ou falência hepática persistente. A redução na necessidade de reposição de sangue, no período peri-operatório, está associada a menor morbidade e à diminuição significativa na incidência de sepse abdominal. O objetivo deste estudo foi o de avaliar uma série de hepatectomias parciais com oclusão do fluxo sanguíneo aferente, em pacientes portadores de patologias benignas e neoplasias malignas. Foram analisadas 60 hepatectomias em 59 pacientes com oclusão do fluxo sanguíneo aferente quanto a possíveis fatores de risco para morbidade e mortalidade, bem como a relação entre o tempo de isquemia hepática e a variação das transaminases, tempo de protrombina e bilirrubinas, e destes, com a evolução pós-operatória. A prevalência de complicações pós-operatórias foi de 43,3% e a mortalidade de 6,7%. O fator de risco significativo para mortalidade foi tempo cirúrgico mais prolongado, quando comparado com os pacientes que não foram a óbito. Para a morbidade pós-operatória, foram identificados como fatores de risco a idade acima de 60 anos, cirurgia por neoplasia maligna, parênquima hepático anormal, ou seja, presença de cirrose, esteatose ou colestase, perda sanguínea necessitando reposição de mais de uma unidade de sangue e outros procedimentos cirúrgicos concomitantes. Na análise multivariada por regressão logística, estes fatores de risco foram reduzidos, apenas, para presença de cirrose, esteatose ou colestase. O tempo de isquemia não apresentou relação com a morbi-mortalidade pós-operatória. A variação das transaminases foram mais acentuadas nos casos com maior tempo de isquemia, porém, retornaram aos níveis pré-operatórios em, aproximadamente, uma semana. Não houve variação de tempo de protrombina e bilirrubinas quanto ao tempo de isquemia. A variação de AST e ALT não foram diferentes entre os pacientes com e sem morbidade pós-operatória. / The surgical treatment for hepatic tumors has been a big challenge in the surgery evolucionary history. In the past, the high morbidity and mortality rates limited the practice of surgery as a therapeutic option. The improvement of the technical refinements in liver resection is connected to lower rates of perioperative mortality and morbidity. In spite of the fact that the mortality rate has been reduced to less than 10% in specialized services, the morbidity has been still significant. Profuse hemorrhage and air embolism remain major risk during hepatectomies. Minimize blood loss is the main purpose during this kind of surgery. The techniques described, which main goal is to control the intraoperative hemorrhage, are associated with the interruption of the blood flow towards the liver, either through the afferent vascular occlusion or Pringle maneuver by clamping the hepatic pedicle, or by total vascular isolation of the organ. Partial hepatectomies might be performed with limited blood loss and even when they are associated with long periods of tissue ischemia, no parenchymatous lesions or persistent hepatic failure has been found. Reducing the need of blood transfusion in the perioperative period has led to minor morbidity and to marked decrease of the abdominal sepsis incidence. The aim of this study was to evaluate a series of partial hepatectomies with afferent blood flow occlusion, in patients who have benign pathologies and malignant neoplasms. Sixty hepatic resections with inflow occlusion, in 59 patients, were analyzed in order to search possible risk factors for morbidity and mortality, the connection between the hepatic ischemic time and the transaminases variation, the prothrombin time and bilirrubins and the postoperative evolution. The prevalence of postoperative complications was 43% and the mortality rate was 6.7%. The significant risk factor for mortality was the long lasting operative time when compared to patients who did not die. For the postoperative morbidity, the identified risk factors were age over sixty years old, surgery for malign neoplasm, abnormal liver parenchyma or in other words, the presence of cirrhosis, steatosis or cholestasis, blood loss demanding replacement of more than one unity of blood transfusion and another concomitant abdominal surgery. In a multiple regression analysis, those risk factors were reduced only to abnormal hepatic parenchyma. The ischemia time did not have any connection with the postoperative morbidity or mortality. The transaminases levels were higher in cases of longer ischemic time, however they returned to the preoperative levels in about a week. There was no variation of prothrombin time and bilirrubin related to ischemia. The AST and ALT variations were not different amongst patients who had postoperative morbidity or not.
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Contribuição ao estudo das hepatectomias parciais com oclusão do fluxo sanguíneo aferente

Guerra, Enilde Eloena January 1997 (has links)
O tratamento cirúrgico dos tumores hepáticos tem sido um grande desafio na história evolutiva da cirurgia. No passado, as altas taxas de morbidade e mortalidade limitavam sua aplicação como opção terapêutica. O refinamento da técnica de ressecção hepática está associado a menores índices de mortalidade e morbidade peri-operatória e, embora, a mortalidade tenha sido reduzida a menos de 10% nos serviços especializados, a morbidade ainda é bastante significativa, sendo que a hemorragia grave e a embolia aérea permanecem como complicações graves das hepatectomias. O controle da perda sanguínea é o objetivo primordial durante este tipo de cirurgia. As técnicas descritas, com a finalidade de conter a hemorragia transoperatória, são aquelas associadas à redução do fluxo sanguíneo ao fígado, seja através da oclusão vascular aferente ou manobra de Pringle por clampeamento do pedículo hepático, seja por exclusão vascular total do órgão. Hepatectomias parciais podem ser realizadas com pequeno sangramento e, mesmo quando associadas a períodos prolongados de isquemia tecidual, não foram identificadas lesões parenquimatosas ou falência hepática persistente. A redução na necessidade de reposição de sangue, no período peri-operatório, está associada a menor morbidade e à diminuição significativa na incidência de sepse abdominal. O objetivo deste estudo foi o de avaliar uma série de hepatectomias parciais com oclusão do fluxo sanguíneo aferente, em pacientes portadores de patologias benignas e neoplasias malignas. Foram analisadas 60 hepatectomias em 59 pacientes com oclusão do fluxo sanguíneo aferente quanto a possíveis fatores de risco para morbidade e mortalidade, bem como a relação entre o tempo de isquemia hepática e a variação das transaminases, tempo de protrombina e bilirrubinas, e destes, com a evolução pós-operatória. A prevalência de complicações pós-operatórias foi de 43,3% e a mortalidade de 6,7%. O fator de risco significativo para mortalidade foi tempo cirúrgico mais prolongado, quando comparado com os pacientes que não foram a óbito. Para a morbidade pós-operatória, foram identificados como fatores de risco a idade acima de 60 anos, cirurgia por neoplasia maligna, parênquima hepático anormal, ou seja, presença de cirrose, esteatose ou colestase, perda sanguínea necessitando reposição de mais de uma unidade de sangue e outros procedimentos cirúrgicos concomitantes. Na análise multivariada por regressão logística, estes fatores de risco foram reduzidos, apenas, para presença de cirrose, esteatose ou colestase. O tempo de isquemia não apresentou relação com a morbi-mortalidade pós-operatória. A variação das transaminases foram mais acentuadas nos casos com maior tempo de isquemia, porém, retornaram aos níveis pré-operatórios em, aproximadamente, uma semana. Não houve variação de tempo de protrombina e bilirrubinas quanto ao tempo de isquemia. A variação de AST e ALT não foram diferentes entre os pacientes com e sem morbidade pós-operatória. / The surgical treatment for hepatic tumors has been a big challenge in the surgery evolucionary history. In the past, the high morbidity and mortality rates limited the practice of surgery as a therapeutic option. The improvement of the technical refinements in liver resection is connected to lower rates of perioperative mortality and morbidity. In spite of the fact that the mortality rate has been reduced to less than 10% in specialized services, the morbidity has been still significant. Profuse hemorrhage and air embolism remain major risk during hepatectomies. Minimize blood loss is the main purpose during this kind of surgery. The techniques described, which main goal is to control the intraoperative hemorrhage, are associated with the interruption of the blood flow towards the liver, either through the afferent vascular occlusion or Pringle maneuver by clamping the hepatic pedicle, or by total vascular isolation of the organ. Partial hepatectomies might be performed with limited blood loss and even when they are associated with long periods of tissue ischemia, no parenchymatous lesions or persistent hepatic failure has been found. Reducing the need of blood transfusion in the perioperative period has led to minor morbidity and to marked decrease of the abdominal sepsis incidence. The aim of this study was to evaluate a series of partial hepatectomies with afferent blood flow occlusion, in patients who have benign pathologies and malignant neoplasms. Sixty hepatic resections with inflow occlusion, in 59 patients, were analyzed in order to search possible risk factors for morbidity and mortality, the connection between the hepatic ischemic time and the transaminases variation, the prothrombin time and bilirrubins and the postoperative evolution. The prevalence of postoperative complications was 43% and the mortality rate was 6.7%. The significant risk factor for mortality was the long lasting operative time when compared to patients who did not die. For the postoperative morbidity, the identified risk factors were age over sixty years old, surgery for malign neoplasm, abnormal liver parenchyma or in other words, the presence of cirrhosis, steatosis or cholestasis, blood loss demanding replacement of more than one unity of blood transfusion and another concomitant abdominal surgery. In a multiple regression analysis, those risk factors were reduced only to abnormal hepatic parenchyma. The ischemia time did not have any connection with the postoperative morbidity or mortality. The transaminases levels were higher in cases of longer ischemic time, however they returned to the preoperative levels in about a week. There was no variation of prothrombin time and bilirrubin related to ischemia. The AST and ALT variations were not different amongst patients who had postoperative morbidity or not.
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Análise da coagulação sanguínea com a administração profilática da desmopressina em cirurgias cardíacas valvares / Analysis of blood coagulation after prophylactic use of desmopressin in heart valve surgeries

Oliveira, Giovanne Santana de 02 February 2018 (has links)
Introdução: A desmopressina, análogo sintético do hormônio hipotalâmico vasopressina, é utilizada em determinadas condições hematológicas hereditárias melhorando a função plaquetária e aumentando os níveis dos fatores de von Willebrand (FvW) e Fator VIII. Entretanto, sua administração na população geral é controversa, necessitando de mais estudos para elucidar sua eficácia como agente hemostático. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a coagulação sanguínea, clínica e laboratorialmente, após administração profilática da desmopressina em cirurgias cardíacas valvares. Métodos: Estudo clínico prospectivo e randomizado realizado no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Foram incluídos 108 pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca valvar, no período de fevereiro de 2015 a novembro de 2016. Os pacientes foram randomizados e alocados para a administração profilática da desmopressina ou para o grupo controle, na admissão hospitalar. Imediatamente após a reversão da heparina, administrouse a demopressina no grupo da intervenção ou solução placebo no grupo controle. O desfecho foi a análise da coagulação sanguínea e do sangramento perioperatório através dos exames laboratoriais, débito sanguíneo dos drenos cirúrgicos e do consumo de hemocomponentes em 48 horas. Resultados: Os níveis sanguíneos do Fator VIII no tempo 2h (236,5 ± 62,9 vs. 232,3 ± 66,7, P=0,015) foram estatisticamente significantes entre os dois grupos (DDAVP e controle), respectivamente. Os demais testes clássicos da coagulação, assim como a análise viscoelástica e de agregação plaquetária mantiveram-se homogêneos em todos os tempos de coleta entre os dois grupos. O débito dos drenos cirúrgicos, balanço sanguíneo e consumo de hemocomponentes não apresentaram diferenças significantes entre os grupos DDAVP e controle. O tempo de ventilação mecânica apresentou diferença relevante entre os grupos DDAVP e o controle [897 (820 - 1011) vs. 1010 (846 - 1268), em mim, P=0,031], respectivamente. Não houve diferença em relação à incidência de complicações, tempo de internação hospitalar e de UTI ou mesmo de mortalidade em 30 dias. Conclusões: A utilização profilática da desmopressina em cirurgias cardíacas valvares não se mostrou eficaz em exercer efeito hemostático em relação ao grupo controle no presente estudo / Introduction: Desmopressin, a synthetic vasopressin analogue, is used in certain hereditary hematologic conditions, improving platelet function and increasing the levels of von Willebrand factor and factor VIII. However, its use in general population is still controversial, requiring further studies to elucidate its efficacy as a haemostatic agent. Objective: To evaluate blood coagulation, through clinical and laboratorial analysis, after prophylactic use of desmopressin in heart valve surgeries. Methods: A prospective and randomized clinical study was performed in the Heart Institute (InCor) of Hospital das Clínicas, from the Faculty of Medicine, University of São Paulo (HC-FMUSP). A total of 108 adult patients undergoing heart valve surgeries were enrolled from February 2015 to November 2016. Patients were randomly assigned to the prophylactic use of desmopressin or to the control group at the time of hospital admission. Immediately after heparin reversal, demopressin was given in the intervention group or placebo solution in the control group. Blood samples were collected at three different times in all study participants. Blood coagulation and perioperative bleeding were analysed using laboratorial tests, blood flow through surgical drains and the consumption of blood components within 48 hours. Results: Blood levels of Factor VIII at Time 2h (236.5 ± 62.9 vs. 232.3 ± 66.7, P=0.015) were significantly different between the two groups (desmopressin and control), respectively. Classical coagulation tests, as well as viscoelastic and platelet aggregation tests, remained homogeneous at all collection times between the two groups. Flow rate of surgical drains, blood balance and consumption of blood components did not present significant differences between the DDAVP and control groups. Mechanical ventilation time presented a significant difference between the desmopressin and control groups [897 (820 - 1011) vs.1010 (846 - 1268), min, P=0.031], respectively. There was no difference in incidence of complications, length of hospital and ICU stay or even mortality in 30 days. Conclusions: The prophylactic use of desmopressin in heart valve surgeries was not effective in exerting haemostatic effect compared to the control group in this study
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Análise da coagulação sanguínea com a administração profilática da desmopressina em cirurgias cardíacas valvares / Analysis of blood coagulation after prophylactic use of desmopressin in heart valve surgeries

Giovanne Santana de Oliveira 02 February 2018 (has links)
Introdução: A desmopressina, análogo sintético do hormônio hipotalâmico vasopressina, é utilizada em determinadas condições hematológicas hereditárias melhorando a função plaquetária e aumentando os níveis dos fatores de von Willebrand (FvW) e Fator VIII. Entretanto, sua administração na população geral é controversa, necessitando de mais estudos para elucidar sua eficácia como agente hemostático. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a coagulação sanguínea, clínica e laboratorialmente, após administração profilática da desmopressina em cirurgias cardíacas valvares. Métodos: Estudo clínico prospectivo e randomizado realizado no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Foram incluídos 108 pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca valvar, no período de fevereiro de 2015 a novembro de 2016. Os pacientes foram randomizados e alocados para a administração profilática da desmopressina ou para o grupo controle, na admissão hospitalar. Imediatamente após a reversão da heparina, administrouse a demopressina no grupo da intervenção ou solução placebo no grupo controle. O desfecho foi a análise da coagulação sanguínea e do sangramento perioperatório através dos exames laboratoriais, débito sanguíneo dos drenos cirúrgicos e do consumo de hemocomponentes em 48 horas. Resultados: Os níveis sanguíneos do Fator VIII no tempo 2h (236,5 ± 62,9 vs. 232,3 ± 66,7, P=0,015) foram estatisticamente significantes entre os dois grupos (DDAVP e controle), respectivamente. Os demais testes clássicos da coagulação, assim como a análise viscoelástica e de agregação plaquetária mantiveram-se homogêneos em todos os tempos de coleta entre os dois grupos. O débito dos drenos cirúrgicos, balanço sanguíneo e consumo de hemocomponentes não apresentaram diferenças significantes entre os grupos DDAVP e controle. O tempo de ventilação mecânica apresentou diferença relevante entre os grupos DDAVP e o controle [897 (820 - 1011) vs. 1010 (846 - 1268), em mim, P=0,031], respectivamente. Não houve diferença em relação à incidência de complicações, tempo de internação hospitalar e de UTI ou mesmo de mortalidade em 30 dias. Conclusões: A utilização profilática da desmopressina em cirurgias cardíacas valvares não se mostrou eficaz em exercer efeito hemostático em relação ao grupo controle no presente estudo / Introduction: Desmopressin, a synthetic vasopressin analogue, is used in certain hereditary hematologic conditions, improving platelet function and increasing the levels of von Willebrand factor and factor VIII. However, its use in general population is still controversial, requiring further studies to elucidate its efficacy as a haemostatic agent. Objective: To evaluate blood coagulation, through clinical and laboratorial analysis, after prophylactic use of desmopressin in heart valve surgeries. Methods: A prospective and randomized clinical study was performed in the Heart Institute (InCor) of Hospital das Clínicas, from the Faculty of Medicine, University of São Paulo (HC-FMUSP). A total of 108 adult patients undergoing heart valve surgeries were enrolled from February 2015 to November 2016. Patients were randomly assigned to the prophylactic use of desmopressin or to the control group at the time of hospital admission. Immediately after heparin reversal, demopressin was given in the intervention group or placebo solution in the control group. Blood samples were collected at three different times in all study participants. Blood coagulation and perioperative bleeding were analysed using laboratorial tests, blood flow through surgical drains and the consumption of blood components within 48 hours. Results: Blood levels of Factor VIII at Time 2h (236.5 ± 62.9 vs. 232.3 ± 66.7, P=0.015) were significantly different between the two groups (desmopressin and control), respectively. Classical coagulation tests, as well as viscoelastic and platelet aggregation tests, remained homogeneous at all collection times between the two groups. Flow rate of surgical drains, blood balance and consumption of blood components did not present significant differences between the DDAVP and control groups. Mechanical ventilation time presented a significant difference between the desmopressin and control groups [897 (820 - 1011) vs.1010 (846 - 1268), min, P=0.031], respectively. There was no difference in incidence of complications, length of hospital and ICU stay or even mortality in 30 days. Conclusions: The prophylactic use of desmopressin in heart valve surgeries was not effective in exerting haemostatic effect compared to the control group in this study
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O ROTEM  tem a habilidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar? / Does ROTEM have the ability to predict bleeding in valve cardiac surgery?

Garcia Neto, José 10 April 2017 (has links)
Introdução: Considerando que uma melhor vigilância do estado hemostático dos doentes antes, durante e após o ato cirúrgico pode ter impacto significativo na sua evolução, e sabendo que os testes clássicos da coagulação têm limitações para avaliar a hemóstase na globalidade, e presumindo-se que o ROTEM seja um teste que permite efetuar esta avaliação da coagulação, fizemos hipótese de que este método seria uma ferramenta que teria a habilidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar. Objetivos: 1) Verificar se o ROTEM (Tromboelastometria Rotacional) ao analisar o estado da coagulação sanguínea de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca valvar tem a capacidade de prever maior risco de sangramento com suas consequentes complicações; 2) Correlacionar comorbidades e história clinica pré-existentes à cirurgia cardíaca valvar com o nível de sangramento apresentado. Métodos: Foram incluídos 100 pacientes consecutivos submetidos à cirurgia cardíaca valvar com circulação extracorpórea (CEC) nos seguintes procedimentos: cirurgia cardíaca valvar em uma ou mais valvas, incluindo reoperações e cirurgias combinadas, realizadas no Instituto do Coração (INCOR) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Estudo prospectivo que buscou avaliar a eficácia do uso da tromboelastometria rotacional na previsão de sangramento em cirurgia cardíaca valvar. Após a indução anestésica foram coletados: Tromboelastometria, coagulograma, fibrinogênio, dímero D e contagem de plaquetas; com a finalidade de verificar potencial risco de sangramento neste paciente. Correspondente ao tempo - 0 (T0). Estes mesmos exames foram recoletados na admissão na Unidade de Terapia Intensiva Cirúrgica (UTIC), onde o paciente foi recebido após o procedimento cirúrgico cardíaco valvar. Correspondente ao tempo - 1 (T1). Optou-se pela coleta de T1 na UTI, pois a CEC já terá sido descontinuada e a heparina revertida com a administração da protamina. Resultados: Os pacientes fora subdivididos em quartis de acordo com o sangramento, configurando um total (n) de 100 pacientes com uma média de sangramento (débitos dos drenos) de 492,95 mL, apresentando um desvio padrão de 388,14 mL e 2260 mL. Não foi encontrada nenhuma variável estatisticamente significante entre os grupos, comparando-se exames laboratoriais pré-operatórios, tempo de CEC, tempo de pinçamento e uso de drogas vaso ativas. Porém, ocorreu diferença significativa (p = 0,015) nos níveis transfusionais de hemocomponentes entre os quartis. Ocorreu uma relação significante (p =0,014) entre o nível adequado de calcemia e tendência a menor sangramento nos grupos estudados. Os resultados do ROTEM - INTEM, ROTEM - EXTEM e ROTEM - FIBTEM não demonstraram diferença estatística significante entre os grupos estudados. Considerando-se os desfechos, baixo débito, choque cardiogênico, arritmia, AVC, insuficiência renal aguda, óbito e reoperação, apenas a reoperação apresentou resultados com diferença significante entre os grupos (p =0,024). Conclusões: 1- O ROTEM não demonstrou a capacidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar. 2 - Não houve correlação do sangramento apresentado com as comorbidades pré-existentes / INTRODUCTION: Considering that better monitoring of the haemostatic status of patients before, during and after the surgical procedure can have a significant impact on their evolution, and knowing that classical coagulation tests have limitations in assessing hemostasis overall, and assuming that ROTEM is a test that allows to perform this evaluation, we hypothesized that this method would be a tool that would have the ability to predict bleeding in valve heart surgery. OBJECTIVES: 1) To verify if the ROTEM (Rotational Thromboelastometry) when analyzing the blood coagulation status of patients submitted to valve heart surgery has the capacity to predict a greater risk of bleeding with its consequent complications; 2) To correlate pre-existing comorbidities and clinical history with valve heart surgery with the level of bleeding presented. METHODS: We included 100 consecutive patients submitted to cardiac valve surgery with cardiopulmonary bypass (CPB) in the following procedures: valvular heart surgery in one or more valves, including reoperations and combined surgeries performed at the Heart Institute of the University of São Paulo. It is a prospective study aimed at evaluating the efficacy of rotational thromboelastometry in the prediction of bleeding in valve heart surgery. After the anesthetic induction were collected: thromboelastometry, coagulogram, fibrinogen, D-dimer and platelet count, with the purpose of verifying potential risk of bleeding in this patient. These samples were defined as time - 0 (T0). These same exams were collected on admission to the Intensive Care Unit. These samples were defined as time - 1(T1 We chose to collect T1 in the ICU, because at this moment it is expected that the total reversal of anticoagulation has already occurred .. RESULTS: Patients were subdivided into quartiles according to bleeding, with a total of 100 patients with a mean bleed (drainage rates) of 492.95 mL. No statistically significant variables were found between the groups, comparing preoperative laboratory tests, CPB time, clamping time and use of vasoactive drugs. However, there was a significant difference (p = 0.015) in transfusion levels of blood components between the quartiles. There Abstract was a significant relationship (p = 0.014) between the adequate level of calcemia and tendency to less bleeding in the groups studied. The results of ROTEM - INTEM, ROTEM - EXTEM and ROTEM - FIBTEM did not show a statistically significant difference between the groups studied. Considering the outcomes, low rate, cardiogenic shock, arrhythmia, stroke, acute renal failure, death and reoperation, only reoperation presented results with significant difference between the groups (p = 0.024). CONCLUSIONS: 1 - ROTEM did not demonstrate the ability to predict bleeding in valvular heart surgery. 2 - There was no correlation of bleeding presented with pre-existing comorbidities
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O ROTEM  tem a habilidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar? / Does ROTEM have the ability to predict bleeding in valve cardiac surgery?

José Garcia Neto 10 April 2017 (has links)
Introdução: Considerando que uma melhor vigilância do estado hemostático dos doentes antes, durante e após o ato cirúrgico pode ter impacto significativo na sua evolução, e sabendo que os testes clássicos da coagulação têm limitações para avaliar a hemóstase na globalidade, e presumindo-se que o ROTEM seja um teste que permite efetuar esta avaliação da coagulação, fizemos hipótese de que este método seria uma ferramenta que teria a habilidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar. Objetivos: 1) Verificar se o ROTEM (Tromboelastometria Rotacional) ao analisar o estado da coagulação sanguínea de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca valvar tem a capacidade de prever maior risco de sangramento com suas consequentes complicações; 2) Correlacionar comorbidades e história clinica pré-existentes à cirurgia cardíaca valvar com o nível de sangramento apresentado. Métodos: Foram incluídos 100 pacientes consecutivos submetidos à cirurgia cardíaca valvar com circulação extracorpórea (CEC) nos seguintes procedimentos: cirurgia cardíaca valvar em uma ou mais valvas, incluindo reoperações e cirurgias combinadas, realizadas no Instituto do Coração (INCOR) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Estudo prospectivo que buscou avaliar a eficácia do uso da tromboelastometria rotacional na previsão de sangramento em cirurgia cardíaca valvar. Após a indução anestésica foram coletados: Tromboelastometria, coagulograma, fibrinogênio, dímero D e contagem de plaquetas; com a finalidade de verificar potencial risco de sangramento neste paciente. Correspondente ao tempo - 0 (T0). Estes mesmos exames foram recoletados na admissão na Unidade de Terapia Intensiva Cirúrgica (UTIC), onde o paciente foi recebido após o procedimento cirúrgico cardíaco valvar. Correspondente ao tempo - 1 (T1). Optou-se pela coleta de T1 na UTI, pois a CEC já terá sido descontinuada e a heparina revertida com a administração da protamina. Resultados: Os pacientes fora subdivididos em quartis de acordo com o sangramento, configurando um total (n) de 100 pacientes com uma média de sangramento (débitos dos drenos) de 492,95 mL, apresentando um desvio padrão de 388,14 mL e 2260 mL. Não foi encontrada nenhuma variável estatisticamente significante entre os grupos, comparando-se exames laboratoriais pré-operatórios, tempo de CEC, tempo de pinçamento e uso de drogas vaso ativas. Porém, ocorreu diferença significativa (p = 0,015) nos níveis transfusionais de hemocomponentes entre os quartis. Ocorreu uma relação significante (p =0,014) entre o nível adequado de calcemia e tendência a menor sangramento nos grupos estudados. Os resultados do ROTEM - INTEM, ROTEM - EXTEM e ROTEM - FIBTEM não demonstraram diferença estatística significante entre os grupos estudados. Considerando-se os desfechos, baixo débito, choque cardiogênico, arritmia, AVC, insuficiência renal aguda, óbito e reoperação, apenas a reoperação apresentou resultados com diferença significante entre os grupos (p =0,024). Conclusões: 1- O ROTEM não demonstrou a capacidade de prever sangramento em cirurgia cardíaca valvar. 2 - Não houve correlação do sangramento apresentado com as comorbidades pré-existentes / INTRODUCTION: Considering that better monitoring of the haemostatic status of patients before, during and after the surgical procedure can have a significant impact on their evolution, and knowing that classical coagulation tests have limitations in assessing hemostasis overall, and assuming that ROTEM is a test that allows to perform this evaluation, we hypothesized that this method would be a tool that would have the ability to predict bleeding in valve heart surgery. OBJECTIVES: 1) To verify if the ROTEM (Rotational Thromboelastometry) when analyzing the blood coagulation status of patients submitted to valve heart surgery has the capacity to predict a greater risk of bleeding with its consequent complications; 2) To correlate pre-existing comorbidities and clinical history with valve heart surgery with the level of bleeding presented. METHODS: We included 100 consecutive patients submitted to cardiac valve surgery with cardiopulmonary bypass (CPB) in the following procedures: valvular heart surgery in one or more valves, including reoperations and combined surgeries performed at the Heart Institute of the University of São Paulo. It is a prospective study aimed at evaluating the efficacy of rotational thromboelastometry in the prediction of bleeding in valve heart surgery. After the anesthetic induction were collected: thromboelastometry, coagulogram, fibrinogen, D-dimer and platelet count, with the purpose of verifying potential risk of bleeding in this patient. These samples were defined as time - 0 (T0). These same exams were collected on admission to the Intensive Care Unit. These samples were defined as time - 1(T1 We chose to collect T1 in the ICU, because at this moment it is expected that the total reversal of anticoagulation has already occurred .. RESULTS: Patients were subdivided into quartiles according to bleeding, with a total of 100 patients with a mean bleed (drainage rates) of 492.95 mL. No statistically significant variables were found between the groups, comparing preoperative laboratory tests, CPB time, clamping time and use of vasoactive drugs. However, there was a significant difference (p = 0.015) in transfusion levels of blood components between the quartiles. There Abstract was a significant relationship (p = 0.014) between the adequate level of calcemia and tendency to less bleeding in the groups studied. The results of ROTEM - INTEM, ROTEM - EXTEM and ROTEM - FIBTEM did not show a statistically significant difference between the groups studied. Considering the outcomes, low rate, cardiogenic shock, arrhythmia, stroke, acute renal failure, death and reoperation, only reoperation presented results with significant difference between the groups (p = 0.024). CONCLUSIONS: 1 - ROTEM did not demonstrate the ability to predict bleeding in valvular heart surgery. 2 - There was no correlation of bleeding presented with pre-existing comorbidities

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