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Petrogênese e geocronologia das intrusões alcalinas de Morro Redondo, Mendanha e Morro de São João : caracterização do magmatismo alcalino do Estado do Rio de Janeiro e implicações geodinâmicasMOTA, Carlos Eduardo Miranda January 2013 (has links)
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Doutorado Carlos - Versão CPRM.pdf: 9411298 bytes, checksum: a988a88ea2577868aab5d822e722f9f8 (MD5) / Os modelos para a formação de plútons alcalinos da Província Alcalina do Sudeste Brasileiro ou Alinhamento Poços de Caldas-Cabo Frio associam a gênese destas rochas a grandes reativações ou a passagem de uma pluma mantélica, registrada pelo traço de um hot spot. O objetivo desta tese é, apresentar novos dados e interpretações para contribuir com a melhor elucidação e discussão destes modelos. Os estudos incluem mapeamento, petrografia, litogeoquímica, geoquímica isotópica de Sr, Nd e Pb e datação 40Ar/39Ar. As intrusões selecionadas correspondem ao Morro Redondo, Mendanha e Morro de São João, no Rio de Janeiro, localizados em posições distintas no alinhamento Poços de Caldas-Cabo Frio. A intrusão alcalina do Morro Redondo é composta majoritariamente de nefelina sienitos e sienitos com nefelina, com rara ocorrência de rochas máficas e é caracterizada por uma suíte alcalina sódica insaturada em sílica, de caráter metaluminosa a peralcalina. Esta intrusão foi datada em aproximadamente 74 Ma (idade-platô 40Ar/39Ar). A intrusão alcalina do Mendanha é composta por diversos tipos de rochas sieníticas, além de brechas e estruturas subvulcânicas, como rochas piroclásticas e diques e caracteriza-se por ser uma suíte alcalina sódica saturada em sílica, de caráter metaluminosa, diferente do que ocorre no Marapicu, este subsaturado em sílica. Esta intrusão apresentou duas idades-platô 40Ar/39Ar distintas de magmatismo: 64 Ma para as rochas do Mendanha e 54 Ma em dique de lamprófiro, registrando magmatismo policíclico. O Morro do Marapicu foi datado em aproximadamente 80 Ma. Já a intrusão alcalina do Morro de São João possui uma ampla variedade de litotipos saturados a subsaturados em sílica, tais como sienitos, álcali-sienitos e monzossienitos (alguns portadores de pseudoleucita), com variedades melanocráticas, tais como malignitos e fergustios. Estas rochas definem suas distintas suítes alcalinas subsaturadas em sílica: Uma de composição sódica e outra potássica. Há também uma suíte alcalina saturada em sílica, definida por gabros alcalinos e shonkinitos. A petrogênese destas intrusões corresponde ao modelo de cristalização fracionada, com assimilação de rochas encaixantes (AFC) como indicado pela alta variabilidade de razões isotópicas de estrôncio. No Morro de São João é sugerido o modelo de mistura magmática. Estas intrusões foram geradas a partir de magmas mantélicos enriquecidos, possivelmente associados à antiga zona de subducção relacionada ao orógeno Ribeira. Em razão das novas idades obtidas, o modelo de hot spot proposto fica prejudicado, visto que o Marapicu é de idade mais antiga das intrusões analisadas, o que era esperado para o Morro Redondo. Alguns modelos projetam plumas mantélicas com aproximadamente 1000 km de diâmetro, o que poderia explicar o Mendanha ser contemporâneo ao Morro de São João. As assinaturas isotópicas obtidas para as intrusões não se associam à assinatura isotópica de Trindade e, caso o modelo de plumas mantélicas seja o correto, a pluma que teria maior semelhança de assinatura isotópica é a pluma de Tristão da Cunha.
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Assinatura geoquímica da hematita compacta do Quadrilátero Ferrífero – MG : uma contribuição para a compreensão de sua gênese.Rodrigues, Daniel Aparecido da Silva January 2015 (has links)
Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto. / Submitted by Oliveira Flávia (flavia@sisbin.ufop.br) on 2016-02-12T15:52:24Z
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Previous issue date: 2015 / O estudo da gênese da hematita compacta do Quadrilátero Ferrífero (QFe) é motivo de interesse tanto científico quanto econômico. No entanto, têm-se poucos trabalhos sobre estudos geoquímicos relevantes que possam contribuir para a gênese do minério hematítico. A hematita compacta é um tipo especial de minério de ferro, pois apresenta elevado teor em ferro, baixo teor em sílica e textura maciça. Há certa controvérsia sobre o tipo de mineralização envolvido na formação da hematita compacta, alguns autores defendem a origem supergênica e outros a participação de fluidos hipogênicos-metamórficos-hidrotermais na formação desse tipo de minério. Esse trabalho tem como objetivo contribuir para o entendimento da gênese da hematita compacta. As amostras para estudo foram coletadas em três regiões distintas do QFe: Complexo Itabirito (Minas do Pico, Galinheiro e Sapecado), Complexo Fazendão (Minas São Luiz, Tamanduá e Almas) e Complexo Itabira (Minas Conceição e Periquito). Foram coletadas amostras de hematita compacta e amostras de itabirito, com a intenção de comparar e verificar se há semelhança geoquímica entre ambas, sobretudo no que se refere à composição de elementos-traços, inclusive os elementos terras raras (ETR’s). Fez-se a caracterização mineralógica das amostras por técnicas microscópicas (Microscopia Óptica e MEV-EDS) e por DRX. A composição da hematita compacta é bastante simples, sendo constituída, essencialmente, por hematita (valor médio de Fe2O3 = 98,0%). Em todas as amostras foram observados a presença de magnetita (FeO.Fe2O3 = 3,0 a 20,0%) e, ainda em algumas amostras foram evidenciados a martitização, que é um processo de alteração oxidativa, em que a magnetita se transforma em hematita. Já as amostras de itabirito são constituídas, principalmente, por camadas alternadas de hematita e quartzo. A determinação de ferro total foi realizada pelo método titulométrico com dicromato de potássio, os valores obtidos variaram de 98,51 a 99,86%; 87,45 a 98,51% e 98,59 a 99,74% para as amostras de hematita compacta dos Complexos Itabirito, Fazendão e Itabira, respectivamente. Todas as amostras apresentam valores de óxido ferroso (FeO) inferiores a 1,0%. As análises geoquímicas foram realizadas para se determinar os elementos maiores e menores por ICP-OES e a determinação dos elementos-traços, inclusive os ETR’s + Y (La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu, Gd, Tb, Dy, Ho, Y, Er, Tm, Yb e Lu) por ICP-MS. As amostras de hematita compacta do Complexo Itabirito são as que apresentam maiores teores de Fe total médio e maiores teores médio de elementos-traços analisados quando comparado com os outros complexos estudados. Todas as amostras analisadas apresentam anomalias positiva de Eu, indicando uma possível contribuição de fontes hidrotermais na formação da hematita compacta. A maioria das amostras apresentam anomalias positivas de Ce, sugerindo uma ambiente redutor na época de formação dessas amostras. A variação na concentração de elementos-traços, inclusive os ETR’s + Y, pode indicar heterogeneidade na concentração original dos fluidos mineralizantes ou nos processos envolvidos na gênese desse minério. Apesar das variações de concentração, observa-se um enriquecimento dos ETRP em relação aos ETRL na maioria das amostras. ______________________________________________________________________________________ / ABSTRACT: The study of the genesis of compact hematite of the Iron Quadrangle (QFe) is the subject of much scientific interest as economic. However, there have been few studies on relevant geochemical studies which contribute to the genesis of hematite ore. The compact hematite is a special type of iron ore, it has a high iron content, low silica content and massive texture. There is some controversy about the type of mineralization involved in the formation of compact hematite, some authors advocate the supergene origin and the participation of other hypogene-metamorphic-hydrothermal fluids in the formation of this type of ore. This paper goal is to contribute to the understanding of the genesis of compact hematite. Samples for the study were collected in three different regions of the QFe: Itabirito complex (Pico Mine, Galinheiro Mine and Sapecado Mine), Fazendão Complex (São Luiz Mine, Tamanduá Mine and Almas Mine) and Itabira Complex (Conceição Mine and Periquito Mine). Samples of compact hematite and itabirite samples were collected with the intention to compare and check for geochemical similarity between them, particularly with regard to the composition of trace elements including rare earth elements (REE's). There was the mineralogical characterization of samples for microscopic techniques (optical microscopy and SEM-EDS) and XRD. The composition of compact hematite is quite simple, being comprised essentially of hematite (Fe2O3 average = 98.0%). In all samples were observed the presence of magnetite (FeO.Fe2O3 = 3.0 – 20.0%) and even in some samples were shown martite formation, which is an oxidative modification process in which magnetite is converted to hematite. The Itabirite samples consist mainly of alternating layers of iron and quartz. The total iron determination was carried out by titration method with potassium dichromate, values obtained ranged from the 98,51-99.86%; 87.45-98.51% e 98.59 – 99.74% for the samples of compact hematite Itabirite Complex, Fazendão Complex and Itabira Complex, respectively. All the samples show values ferrous oxide (FeO) below 1.0%. The geochemical analisis were performed to determine the major and minor elements by ICP-OES and the determination of trace elements, including REE's + Y (La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu, Gd, Tb, Dy, Ho, Y, Er, Tm, Yb and Lu) by ICP-MS. Samples of compact hematite from Itabirito Complex are those with higher average total Fe content and higher average levels of trace elements analyzed when compared to the other studied complex. All samples had positive anomalies of Eu, indicating a possible contribution of hydrothermal vents in the formation of compact hematite. Most positive samples show anomalies of Ce, suggesting a reducing environment at the time of formation of these samples. The variation in the concentration of trace elements, including REE’s + Y, may indicate heterogeneity in the original concentration of mineralizing fluids or processes involved in the genesis of the ore. Despite the variations in concentration, there was an enrichment of HREE relative to LREE at most samples.
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Petrogênese, geoquímica, balanço de massa e idade de escarnitos associados a diques metamáficos e félsicos do complexo Paraíba do Sul, sul do Espírito SantoMESQUITA, Raissa Beloti de January 2016 (has links)
Submitted by Teresa Cristina Rosenhayme (teresa.rosenhayme@cprm.gov.br) on 2016-09-23T18:35:33Z
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Previous issue date: 2016
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Geologia e petrogênese de corpos máfico-ultramáficos da faixa Brasília sul, borda sul do cráton São Francisco, MGPINHEIRO, Marco Aurélio Piacentini January 2013 (has links)
Submitted by Flasleandro Oliveira (flasleandro.oliveira@cprm.gov.br) on 2013-11-04T17:15:04Z
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Previous issue date: 2013-06-06
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Petrogênese de granitos sintectônicos em ambiente pós-colisional do escudo catarinense: estudo integrado de geologia estrutural, geoquímica elemental e isotópica Sr-Nd-Pb e geocronologia U-Pb em zircãoFLORISBAL, Luana Moreira January 2014 (has links)
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Tese LMF.pdf: 35494977 bytes, checksum: 95f8fbd920bde3911620aee571e2899c (MD5) / O Escudo Catarinense abrange diversos plutons graníticos correlacionáveis no espço e no
tempo com zonas de cisalhamento translitosféricas. A Zona de Cisalhamento Major Gercino
(ZCMG) é uma megaestrutura que consiste em diversos segmentos anastomosados que
controlam a ascenção e o posicionamento de sucessivos pulsos graníticos. A conexão entre o
cisalhamento e as fontes dos magmas é ainda pouco clara e resulta em distintas intepretações.
A região de Porto Belo corresponde à zona de mais alta deformação na ZCMG, onde a fase
precoce do magmatismo pós colisional é representada por granitos subalcalinos alto-K
(Granitóides de Quatro Ilhas, GQI) que são intrudidos por um muscovita-biotita granito
peraluminoso Granito Mariscal, GM); estas duas associações foram datadas por LA-MCICPMS
em 630-615 Ma e 610 Ma, respectivamente. A região de Camboriú, situada em uma
zona de baixa deformação, localizada imediatamente a norte da ZCMG, também é
caracterizada por biotita-horblenda granito subalcalino e metaluminoso (~620 Ma Granito Rio
Pequeno, GRP) que é intrudido por muscovita-biotita granito peraluminoso (Granito Serra dos
Macacos, GSM, datado em ~610 Ma). Apesar das idades de cristalização similares, os
padrões de herança dos zircões são notavelmente diferentes nas duas regiões. Nos granitos da
região de Porto Belo as idades de herança são predominantemente neoproterozóicas (900,
700-650 Ma), com raras idades paleoproterozóicas (2.0-2.2 Ga) apenas identificadas no GM
peraluminoso. Por outro lado, nos granitos da região de Camboríu, idades de herança
neoproterozóica (730-650 Ma) foram também identificados em ambos GRP e SMG, além de
idades mesoproterozóicas (1.6 Ga), restritas ao GRP e paleoproterozóicas (2.1-1.8 Ga) e
arquenas (3.4-2.9 Ga) no GSM. As assinaturas isotópicas Sm-Nd também distinguem os
granitos aflorantes a norte da ZCMG, com εNd(t) fortemente negativo (GRP: -12 to -16; GSM:
-22 to -24), dos granitos dentro da ZCMG (εNdt= -6 to -10 nos GQI e GM). Estas diferenças
são refletidas nas idades modelo Sm-Nd T(DM), mais altas para o GSM (2.5-2.6 Ga) e GRP
(1.7-2.1 Ga) quando comparadas aos GQI (~1.5 Ga) e GM (2.2 Ga). A razão 87Sr/86Sr(t) é
relativamente baixa nos GRP e GSM (0.708-0.711); particularmente para o GSM, com mais
elevada idade modelo Sm-Nd T(DM), estes valores implicam em fontes com baixas razões
Rb/Sr integradas no tempo. Razões 87Sr/86Sr(t) mais elevadas caracterizam os granitos da
região de Porto Belo, especialmente os GQI (0.712-0.725); as rochas máficas associadas
mostram valores menores (0.708-0.710). A assinatura isotópica Pb-Pb em feldspatos alcalinos
dos GRP e GSM são geralmente similares, com baixas razões 206Pb/204Pb=16.0–16.7,
207Pb/204Pb=15.3-15.6 e 208Pb/204Pb=36.6-37.5, enquanto os GQI e GM são muito mais
radiogênicos (206Pb/204Pb= 18.0–18.6; 207Pb/204Pb= 15.6-16.0; 208Pb/204Pb= 37.7-38.8). As
características geoquímicas e isotópicas do magmatismo precoce pós-colisional em ambos
domínios apontam para predomínio de fontes crustais, mas a ocorrência de rochas máficas
contemporâneas atesta a participação de magmas toleíticos como um componente importante
ao menos am algumas das rochas menos diferenciadas. Considerando a existência de uma
importante estrutura tectônica, bem como os contrastantes dados U-Pb, Sm-Nd, Rb-Sr e Pb-
Pb obtidos nos diferentes granitos ocorrentes em ambos lados desta estrutura, a intepretação
da mesma como uma sutura parece uma hipótese viável. Por outro lado, o claro caráter
transcorrente da ZCMG, bem como a assinatura pós-colisional e as idades similares do
magmatismo granítico ocorrente em ambos os lados da mesma, argumenta contra a
intepretação desta como uma sutura mais jovem que 630 Ma. Desta forma, as diferenças
isotópicas podem ser atribuídas à intercalação tectônica pré-trascorrência relacionada a
colisão principal por volta de ca. 650 Ma, assim como à justaposição de diferentes segmentos
crustais como resultado da transcorrência destral
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Contribuição à geoquímica, geocronologia, estrutura e evolução dos segmentos central e setentrional do arco magmático Rio Doce, Orógeno Araçuaí, MG.Gonçalves, Leonardo Eustáquio da Silva January 2015 (has links)
Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto. / Submitted by Oliveira Flávia (flavia@sisbin.ufop.br) on 2016-01-25T18:42:26Z
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Previous issue date: 2015 / O Orógeno Araçuaí, localizado no sudeste do Brasil, juntamente com o cinturão do Congo Ocidental, situado na parte central oeste da África, formam o Orógeno Araçuaí-Oeste Congo, o qual foi gerado durante o fechamento do segmento terminal do Oceano Neoproterozóico Adamastor. Confinado entre os crátons do São Francisco e Congo, esta porção do Adamastor era somente parcialmente oceanizada. Embora este sistema orogênico seja diferente da vasta maioria dos orógenos conhecidos, ele contém uma grande quantidade de rochas ígneas orogênicas formadas em todos os estágios de sua evolução, desde o Ediacarano até o Ordoviciano. No presente estudo serão fornecidas novas informações sobre os segmentos central e setentrional da assembléia granítica Ediacarana mais antiga, a Supersuite G1, a qual em conjunto com o Grupo Rio Doce materializa o Arco Magmático Rio Doce. No segmento central, situado entre as cidades de Governador Valadares e Ipanema, MG, relações de campo e composições mineralógicas permitiram a individualização de três associações de litofacies, denominadas de zona com rochas portadoras de Opx, Tonalito-Granodiorito rico em enclaves e Granito a Tonalito pobre em enclaves, as quais foram interpretadas como exposições de diferentes níveis crustais na parte central do Orógeno Araçuaí. Portanto, essa região parece representar uma seção crustal inclinada, sendo que as raízes mais profundas do arco estão agora expostas ao longo de sua borda oeste. Quimicamente, essas associações plutônicas consistem majoritariamente de rochas magnesianas, metaluminosas a levemente peraluminosas (média ASI = 1,02), com assinatura cálcio-alcalina a alcali-cálcica de médio a alto-K. Nessa mesma região, rochas dacíticas e riolíticas do Grupo Rio Doce são essencialmente magnesianas, peraluminosas, cálcicas a cálcio-alcalinas e de médio a alto-K. Por outro lado, os plutons que formam a terminação norte do arco, entre os municípios de Teófilo Otoni e Rio do Prado, MG, consistem de granodioritos, tonalitos e monzogranitos, os quais quimicamente são similares à uma série magnesiana, levemente peraluminosa (média ASI = 1,07), cálcica (68%) a cálcio-alcalina (24%), e em menor proporção alcali-cálcica (8%), de médio a alto-K. As rochas graníticas G1 de ambas as áreas são marcadas por anomalias negativas de Nb-Ta, Sr e Ti, que seriam típicas de magmas relacionados à subducção. Entretanto, a combinação de dados isotópicos de Sr, Nd e Hf (HF(t) = -5,2 e -11,7 para os granitos G1 do norte), caracterizam o predomínio de uma assinatura crustal relacionada à anatexia de rochas meta-ígneas e meta-sedimentares, sobre cristalização fracionada de magmas de derivação mantélica. Novos dados U-Pb obtidos em zircão do segmento central do arco restringem a cristalização das rochas graníticas entre ca. 625 e 579 Ma, enquanto as idades das rochas meta-vulcânicas variam entre ca. 585 e 578 Ma. Esse evento, o qual antecede, com alguma superposição, a colocação dos granitos do tipo-S sin-colisionais do orógeno, deve assim representar o evento pré-colisional, relacionado à subducção, que teve lugar na formação do Orógeno Araçuaí. Adicionalmente, composições isotópicas Sm-Nd de rocha total mostram valores variáveis de Nd(t) entre -13,02 e -6,52, e idades modelo TDM variando entre 1,51 e 1,87 Ga. Portanto, predominantemente construído sobre um arco magmático Riaciano entre 630 e 580 Ma, a porção central do Arco Rio Doce mostra que fundidos crustais largamente prevalecem sobre magmas mantélicos, fornecendo dessa forma um bom estudo de caso, que em estudos futuros, poderá ser comparado a contextos orogênicos similares em outras partes do mundo. Para o segmento norte, novas idades U-Pb em zircão individualizaram dois grupos de granitóides. O mais antigo deles cristalizou entre 630 e 590 Ma e experimentou migmatização em torno de 585 Ma, ao passo que o grupo mais jovem cristalizou entre 570 e 590 Ma, e não mostra qualquer evidência de migmatização. Várias das amostras estudadas mostram boa correlação, em termos químicos, com campos de composições experimentais de fusão de anfibolitos, com algumas amostras plotando no campo de fusão de grauvacas. As rochas G1 do segmento norte apresentram diferenças se comparadas aos típicos granitos do tipo-I ou granitos do tipo-S, sendo particularmente similares aos granitos transicionais I/S descritos no arco Ordoviciano Famatiniano (NW Argentina). Sugere-se, portanto, um modelo híbrido, o qual envolveria fusão de rochas meta-ígneas (anfibolitos) e meta-sedimentares (meta-grauvacas) para a produção de magma na terminação norte do Arco Rio Doce. Entretanto, a real contribuição entre os membros finais nesse processo é um trabalho desafiador, ainda a ser realizado. ________________________________________________________________________________________________ / ABSTRACT: The Araçuaí orogen of southeastern Brazil together with the West Congo belt of central West Africa form the Araçuaí-West Congo orogen (AWCO) generated during closure of a terminal segment of the Neoproterozoic Adamastor Ocean. Corresponding to an embayment in the São Francisco-Congo craton, this portion of the Adamastor was only partially floored by oceanic crust. Although AWCO differs from the vast majority of the known orogens owing to its singular confined setting, it contains a large amount of orogenic igneous rocks emplaced in all stages of its tectonic evolution, from the Early Ediacaran to the Early Ordovician. In this study, we provide new information about the central and northernmost segments of the oldest Ediacaran granitic assemblage, the G1 Supersuite, which together with the Rio Doce Group materializes the Rio Doce magmatic arc. In the central segment, between the towns of Governador Valadares and Ipanema, MG, field relationships and mineralogical compositions of the G1 Supersuite allowed us to characterize three lithofacies associations, which are a zone with Opx-bearing rocks, enclave-rich Tonalite-Granodiorite and enclave-poor Granite to Tonalite, suggesting different crustal levels exposed in the central part of the Araçuaí orogen. This region seems thus to be a tilted crustal section, with deep arc roots now exposed along its western border. Chemically, these plutonic associations consist mostly of magnesian, metaluminous to slightly peraluminous (average ASI = 1.02), calc-alkaline to alkali-calcic and medium- to high-K acidic rocks. In the same region, dacitic and rhyolitic rocks of the Rio Doce Group are mainly magnesian, peraluminous, calcic to calc-alkaline and medium- to high-K acidic rocks. On the other hand, the plutons forming the northern terminus of the arc, between the towns of Teófilo Otoni and Rio do Prado, MG, consist of granodiorites, tonalites and monzogranites similar to a magnesian, slightly peraluminous (average ASI = 1.07), calcic- (68%) to calc-alkaline (24%), with minor alkali-calcic (8%) facies, medium- to high-K magmatic series. The G1 granitic rocks from both areas are marked by negative Nb-Ta, Sr and Ti anomalies, typically associated with subduction-related magmas, however the combined Sr, Nd and Hf (Hf(t) = -5.2 and -11.7 for the northern G1 granites) isotopic data characterize a crustal signature related to anatexis of metamorphosed igneous and sedimentary rocks, rather than fractional crystallization of mantle-derived magmas. New zircon U-Pb data from the central segment constrain the crystallization of the granitic plutonic rocks between ca. 625 and 579 Ma, while the ages for the metavolcanic rocks range between ca. 585 and 578 Ma. Thus, within errors, the studied plutonic and volcanic rocks might belong to the same magmatic event. This event, predating (with some overlap) the ages of emplacement of syn-collisional, S-type granites, might represent the subduction-related, pre-collisional, event that took place in the Araçuaí orogen. In addition, whole-rock Sm-Nd isotopic compositions show variable negative Nd(t) values between -13.07 and -6.52, and TDM model ages varying from 1.51 Ga to 1.87 Ga. Thus, predominantly constructed upon a Rhyacian magmatic arc from 630 Ma to 580 Ma, the central Rio Doce arc shows crustal melts largely prevailing over mantle magmas, providing a well-studied example to be compared with similar orogenic settings around the world. For the northern portion, zircon U-Pb ages characterizes two groups of granitoids. The older group, crystallized between 630 and 590 Ma, experienced a migmatization event at ca. 585 Ma. The younger granitoids, emplaced between 570 and 590 Ma, do not show any evidence for migmatization. Most of the investigated samples show good correlation with the experimental compositional field of amphibolite dehydration-melting, with some samples plotting into the field of greywacke dehydration-melting. The studied northern G1 rocks are not typical I-type or S-type granites, being particularly similar to transitional I/S-type granitoids described in the Ordovician Famatinian arc (NW Argentina). We suggest a hybrid model involving dehydration-melting of meta-igneous (amphibolites) and metasedimentary (greywackes) rocks for magma production in the northern termination of the Rio Doce arc. The real contribution of each end-member is, however, a challenging work still to be done.
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A origem da diversidade geoquímica do Sienito Pedra Branca (MG) a partir da evolução textural e da química mineral / Origin of geochemical diversity in Pedra Branca Syenite (MG) from textural evolution and mineral chemistryCarvalho, Bruna Borges 16 June 2011 (has links)
O Sienito Pedra Branca, com cerca de 90 km2, é um plúton tardi-orogênico com idade de 610 Ma intrusivo na Nappe Socorro-Guaxupé, e é truncado a oeste por rochas alcalinas (fonolitos e nefelina sienitos) do Maciço de Poços de Caldas, de idade cretácea. O plúton é formado por quatro unidades sieníticas, que intrudiram em três pulsos principais. O primeiro pulso é representado pela unidade Sienito Laminado Saturado a Insaturado (SLSI) de tendência alcalina que aflora na parte N e S-SE do plúton. O segundo pulso consiste na intrusão do Sienito Laminado Supersaturado (SLS), que trunca o interior do SLSI. O último pulso trunca internamente SLS, e constitui o centro do plúton, denominado Sienito Supersaturado Interno (SSI). Externamente ao plúton, separado por um septo de granitos, está o Sienito Supersaturado Externo (SSE), que pode estar associado ao segundo ou terceiro pulso. O Sienito Pedra Branca é denominado por sienitos hipersolvus com índice de cor entre 20-25, nos quais as variações mineralógicas mostram diferentes condições de cristalização. O SLSI atingiu condições mais oxidantes que os sienitos supersaturados, como demonstrado por suas paragêneses máficas (egirina-augita + flogopita + hematita + magnetita versus diopsídio + flogopita ± hornblenda + ilmeno-hematita ± magnetita). Embora em todos os sienitos a cristalização tenha ocorrido sob condições oxidantes, o Mg# maior dos minerais máficos e as maiores proporções do componente hematita nos óxidos romboédricos indicam que a fugacidade de oxigênio foi mais elevada nos SLSI. Dois tipos principais de enclaves são encontrados. Enclaves máfico-ultramáficos são encontrados em todas as unidades, enquanto os microgranulares são exclusivos dos sienitos supersaturados, e têm composições vairáveis nos campos dos sienitos, monzonitos e dioritos. Os enclaves monzoníticos e dioríticos são interpretados com produtos de magmas básicos que interagiram com o sienito hospedeiro em câmaras magmáticas mais profundas, e foram trazidos durante a ascensão. Característica particular dos sienitos supersaturados é a presença de cristais de plagioclásio corroídos, englobados por feldspato alcalino, que possuem composições semelhantes à do plagioclásio presente nos enclaves dioríticos (\'An IND.25-35\'). Estimativas de temperatura liquidus utilizando a saturação em apatita mostraram altas temperaturas dos magmas sieníticos, entre 1040 e 1160º C. Já estimativas de pressão e fO2 foram frustradas devido à ausência de plagioclásio magmático nestas rochas (limita o uso do barômetro de Al na hornblenda) e à ausência de equilíbrio para os óxidos de Fe-Ti (pares ilmeno-hematita + magnetita). As unidades do Sienito Pedra Branca mostram uma pequena variação composicional e diferem principalmente conteúdo de \'Al\' IND.2\'\'O IND.3\', compartilhando assinaturas geoquímicas com elevados teores em LILE como Ba (4000-10000 ppm) e Sr (2000-4500 ppm), além de outros elementos como \'P IND.2\'\'O ind.5\' (1-2%) elementos terras raras leves (La= 100-380 ppm). As semelhanças geoquímicas entre as unidades indicam que, apesar de suas diferenças, elas têm origem comum. Os modelos de gênese de magmas potássicos da literatura sugerem como área fonte mais provável dessas rochas o manto enriquecido. As altas razões LILE/HFSE, demonstradas pelas pronunciadas anomalias negativas em Nb-Ta, Ti e Hf-Zr, indicam vinculo com áreas ativas onde a injeção de fluidos ricos em REE e LILE durante a subducção gera meassomatismo no manto superior. As assinaturas isotópicas com Nd(t) pouco negativo (-7.6 a -8.1) e razões \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr IND.(t)\'+ 0.7077- 0.7078 associadas ao elevado conteúdo de Ba, Sr e ETH, reforçam que estes magmas estão associados à fusão parcial de horizontes enriquecidos do manto litosférico. A associção de sienitos insaturados e supersaturados em sílica, em paralelo com a presença de enclaves dioríticos exclusivamente nos sienitos supersaturados sugerem que a violação da barreira térmica ocorreu devido à interação de magmas saturados de tendência alcalina com magmas básicos. A falta de evidências de interação in situ (e.g. diques sin-plutônicos) e a ocorrência de rochas microgranulares mais máficas apenas como enclaves retrabalhados indicam que a interação entre os magmas e consequentes mudanças composicionais deve ter ocorrido em níveis mais profundos da crosta. / The Pedra Branca Syenite, with about 90 Km2 in area, is a 610 Ma late-orogenic pluton intrusive in the Socorro-Guaxupé Nappe and truncated to the west by alkaline rocks (phonolite and nepheline syenite) from the cretacic Poços de Caldas Massif. The pluton is made up of four syenite units that intruded as three main magmatic pulses. The first pulse is represented by the laminated silica-saturated to undersaturated syenite (SLSI) with alkaline tendency that occurs at N and S-SE of the plúton. The second pulse corresponds to the laminated oversaturated syenite (SLS), which truncates SLSI. The last pulse, named internal oversaturated syenite (SSI), cuts SLS internally and makes up the plutons core. Externally, separated from the main pluton by a granite septum, occurs the external oversaturated syenite (SSE) that may be associated to the second or third pulse. The Pedra Branca Syenite is dominated by hypersolvus syenites with color indices 20-25, whose mineralogical variations show contrasts in crystallization conditions. The SLSI reached more oxidizing conditions than the oversaturated syenites, as recorded by their mafic assemblages (egirine-augite + phlogopite + hematite + magnetite versus diopside + phlogopite ± hornblende + ilmeno-hematite ± magnetite). Although in all syenites the crystallization occurred under oxidizing conditions, the SLSI have higher Mg# in the mafic minerals and grater proportions of the hematite component in the rhombohedral oxides, indicating higher oxygen fugacity, close to the HM buffer. Two main types of enclaves are present in the Pedra Branca Syenite. The mafic-ultramafic enclaves occur in all units, while microgranular enclaves are exclusive of silica-oversaturated syenites, and have compositions varying in the compositional fields of syenites, monzonites and diorites. Monzonitic and dioritic enclaves are interpreted as products of basic magmas that interacted with the syenitic host in deeper magma chambers and were carried during ascension. Another particular feature of the silica-oversaturated syenites is the presence of corroded plagioclase included in alkali-feldspars, which have compositions similar to the plagioclase crystals from the diorite enclaves (\'An IND.25-35\'). Estimatives of liquidus temperatures using apatite saturation showed high temperatures for the syenitic liquids, between 1040 and 1160° C. Pressure and fO2 estimates were frustrated by the lack of magmatic plagioclase (restricting the use of the Al in hornblende barometers) and the lack of equilibrium between the Fe-Ti oxides (ilmeno-hematite + magnetite). The Pedra Branca Syenite units show small compositional variations, and differ mostly in \'Al IND.2\'\'O IND.3\' content (higher in silica-oversaturated syenites), sharing geochemical signatures with high contents of LILE such as Ba (4000-10000 ppm) and Sr (2000-4500 ppm), plus other elements as \'P IND.2\'\'O IND.5\' (1,0-2%) and light rare earth elements (La= 100-300 ppm). Geochemical similarities between the units indicate that despite their differences, they have common origin. Models of potassic magmas genesis in the literature suggest as most likely source areas the enriched mantle. The high LILE/HFSE ratios, highlighted by strong negative anomalies of Nb-Ta, Ti and Zr-Hf in spiderdiagrams are suggestive of links with active areas where rich-REE and LILE fluid injection during subduction caused metassomatism in upper mantle. Isotopic signatures with moderately negative Nd(t) (-7.6 to -8.1) and \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr IND.(t)\'=0.70767 to 0.70779 associated with the high trace elements contents (Ba, Sr and REE), reinforces that these rocks are associated with partial melting of enriched horizons of the lithospheric mantle. The association of silica undersaturated and oversaturated syenites, and the presence of dioritic enclaves only in the oversaturated units suggests that the violation of the thermal barrier may be connected to the coexistence with basic magmas. The lack of evidence of in situ interaction (e.g., synplutonic dykes) and occurrence of more mafic microgranular rocks only as reworked enclaves indicates that the magma interaction and consequent compositional changes must have occurred at deeper crustal.
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Geologia e evolução petrogenética do Maciço Alcalino de Itatiaia, MG-RJ / not availableRosa, Pedro Augusto da Silva 15 September 2017 (has links)
O Maciço Alcalino de Itatiaia (MAI) representa uma das maiores ocorrências alcalinas mesocenozóicas do Brasil, com aproximadamente 215 km², situado entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ocorre como um corpo alongado com 30 km de comprimento por 4,5 a 11,5 km de largura, orientado segundo SE-NW, e alojado ao longo de zonas de acomodação do Rifte Continental do Sudeste Brasileiro, em metapelitos, ortognaisses e granitos dos cinturões dobrados Ribeira e Brasília. Novos dados de mapeamento geológico sugerem que o maciço evoluiu segundo um centro magmático, que migrou de sudeste para noroeste, gerando um complexo anelar com sucessivas intrusões em forma de meia lua, com idades variando de 71,3 a 67,5 Ma (U-PB em zircão). O MAI pode ser estruturalmente dividido em três setores: Sudeste (S-SE), Central (S-C) e Noroeste (S-NW). Esses setores possuem características litológicas e geomorfológicas distintas, sugerindo diferentes origens e/ou estágios de evolução. O S-SE consiste de nefelina sienitos miaskíticos a agpaíticos onde ocorrem diques de fonolito afíricos, porfiríticos (alguns com pseudoleucita) ou brechóides, além de nefelinitos. A fácies mais insaturada encontra-se na borda em contato com as encaixantes regionais, sendo localmente peraluminosa, com a presença de coríndon modal e hercinita. O S-C é representado por nefelina sienitos miaskíticos a agpaíticos, pulaskitos, nordmarkitos, quartzo álcali feldspato sienitos, um pequeno corpo granítico (alaskito) e traquitos porfiríticos a brechóides. Diques sin-plutônicos de traquitos sustentam o anel externo e diques de traquito e riolito ocorrem em diversos lugares pela área. O S-NW apresenta nefelina sienitos e nordmarkitos, e localmente melagabro cumulático e biotita monzonito. Em sua parte central ocorre traquitos porfiríticos a brechóide e traquibasalto porfirítico. As variedades litológicas nos três setores apresentam-se como possíveis intrusões distintas, cada uma com diferentes características petrográficas, assim podendo ser divididas em cinco grupos: 1) nefelina sienitos sem plagioclásio, caracterizados por uma forte insaturação em sílica e uma tendência de evolução tardi-magmática agpaítica (comumente com låvenita, hiortdahlita, rinkite, dentre outros minerais); 2) nefelina sienitos/pulaskitos com plagioclásio, que mostram-se menos insaturados em sílica e mais máficos, com diopsídio largamente substituído por magnésio-hastingsita e presença de plagioclásio (normalmente com textura anti-rapakivi); 3) série nordmarkito-granito, onde álcali feldspato quartzo sienitos e granito mostram uma variação progressiva nos teores de quartzo, índice de cor e granulação, enquanto os nordmarkitos não mostram uma clara ralação evolutiva; 4) associação anti-rapakivi, caracterizado pela textura porfirítica a glomeroporfirítica antirapakivi nas rochas e presença ocasional de enclaves microgranulares máficos arredondados; a 5) rochas básicas representadas pela ocorrência de um melagabro metassomatizado e um traquibasalto não mostrando relações geológicas claras com os sienitos. Essas rochas foram originadas através da evolução de dois magmas parentais mantélicos distintos, por diferenciação fracionada e com alguma participação de processos de contaminação crustal: I) ankaratrito/basanito, que deram origem aos nefelinitos por fracionamento de diopsídio e aos nefelina sienitos do S-SE por fracionamento de diopsídio, apatita e ±anfibólio; II) basanito/álcali basalto que geraram os traquibasaltos por fracionamento de diopsídio e os sienitos dos S-C e S-NW por fracionamento de plagioclásio, diopsídio e apatita, que por sua vez a) evoluíram para nefelina sienitos e b) para sienitos com quartzo, ultrapassando a barreira termal por processos assimilação crustal. / The Itatiaia alkaline massif (IAM) comprises some of the largest Meso-Cenozoic alkaline igneous occurrences in Brazil, covering over 215 km2 between Minas Gerais and Rio de Janeiro states. It appears as an elongated, 30 km long and 4.5 -11.5 km wide SE-NW-trending body emplaced along accommodation zones of the Continental Rift of Southern Brazil, intruding metapelites, orthogneiss and granites of the Brasília and Ribeira fold belts. New data and geological mapping suggest that the massif evolved from a migratory magmatic center that manifested as ring structures and successive moon-shaped intrusions from SE to NW in three sectors: Southeastern (SE-S), Central (C-S) and Northwestern (NW-S). The distinct lithological and geomorphological characteristics of these sectors could be related to different origin and/or evolution stages. SE-S consists of miaskitic to agpaitic nepheline syenites with dykes of aphiric, porphyritic (some with pseudoleucite) and breccioid phonolites and nephelinites. Its most silica-undersaturated units are in contact with the basement, being locality peraluminous with modal hercynite and corundum. C-S is represented by miaskitic to agpaitic nepheline syenites, pulaskites, nordmarkites, quartz alkali feldspar syenites, a small alaskite body and porphyritic to breccioid trachytes. Sin-plutonic trachytes sustain the external ring and dykes of trachyte and rhyolite occur throughout this sector. NW-S presents nepheline syenites and nordmarkites and locality cumulatic melagabro and biotite monzonite. In its central parts, porphyritic to breccioid trachytes and a trachybasalt body occur. The lithological variants in the three sectors present themselves as discrete intrusive bodies, each one characterized by distinct petrographical features that correspond to five distinct petrographic sets: 1) plagioclase-free nepheline syenites, characterized by strong silica-undersaturation and late agpaitic tendency (commonly with låvenite, hiortdahlite and/or rinkite); 2) plagioclase-bearing nepheline syenite and pulaskite showing weak silica-undersaturation and increased mafic content, with widespread diopside replaced with magnesio-hastingsite and presence of plagioclase (usually with anti-rapakivi texture); 3) a nordmarkite-granite series in which alkali feldspar quartz syenite and granite show progressive variation in quartz content, color index and granulation, whereas nordmarkites do not show a clear common evolution; 4) a quartz syenite association characterized by anti-rapakivi porphyritic to glomeroporphyritic texture and occasional presence of rounded mafic enclaves; and 5) basic rocks represented by metasomatized melagabbro and trachybasalt, with an unclear geological relation to the syenites. These rocks originated through the evolution of two distinct mantellic parental magma, which had some involvement of crustal contamination processes: I) ankaratrite/basanite, which generated the nephelinites of SE-S by fractional crystallization of diopside and the nepheline syenites by fractionation of diopside, apatite and ±amphibole; II) basanite/alkali basalt, with generated the trachybasalt by fractionation of diopside and the syenites of C-S and NW-S by fractionation of plagioclase, diopside, and apatite, which evolved to a) nepheline-bearing syenites and b) quartzbearing syenites, crossing the thermal barrier though crustal assimilation processes.
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A origem da diversidade geoquímica do Sienito Pedra Branca (MG) a partir da evolução textural e da química mineral / Origin of geochemical diversity in Pedra Branca Syenite (MG) from textural evolution and mineral chemistryBruna Borges Carvalho 16 June 2011 (has links)
O Sienito Pedra Branca, com cerca de 90 km2, é um plúton tardi-orogênico com idade de 610 Ma intrusivo na Nappe Socorro-Guaxupé, e é truncado a oeste por rochas alcalinas (fonolitos e nefelina sienitos) do Maciço de Poços de Caldas, de idade cretácea. O plúton é formado por quatro unidades sieníticas, que intrudiram em três pulsos principais. O primeiro pulso é representado pela unidade Sienito Laminado Saturado a Insaturado (SLSI) de tendência alcalina que aflora na parte N e S-SE do plúton. O segundo pulso consiste na intrusão do Sienito Laminado Supersaturado (SLS), que trunca o interior do SLSI. O último pulso trunca internamente SLS, e constitui o centro do plúton, denominado Sienito Supersaturado Interno (SSI). Externamente ao plúton, separado por um septo de granitos, está o Sienito Supersaturado Externo (SSE), que pode estar associado ao segundo ou terceiro pulso. O Sienito Pedra Branca é denominado por sienitos hipersolvus com índice de cor entre 20-25, nos quais as variações mineralógicas mostram diferentes condições de cristalização. O SLSI atingiu condições mais oxidantes que os sienitos supersaturados, como demonstrado por suas paragêneses máficas (egirina-augita + flogopita + hematita + magnetita versus diopsídio + flogopita ± hornblenda + ilmeno-hematita ± magnetita). Embora em todos os sienitos a cristalização tenha ocorrido sob condições oxidantes, o Mg# maior dos minerais máficos e as maiores proporções do componente hematita nos óxidos romboédricos indicam que a fugacidade de oxigênio foi mais elevada nos SLSI. Dois tipos principais de enclaves são encontrados. Enclaves máfico-ultramáficos são encontrados em todas as unidades, enquanto os microgranulares são exclusivos dos sienitos supersaturados, e têm composições vairáveis nos campos dos sienitos, monzonitos e dioritos. Os enclaves monzoníticos e dioríticos são interpretados com produtos de magmas básicos que interagiram com o sienito hospedeiro em câmaras magmáticas mais profundas, e foram trazidos durante a ascensão. Característica particular dos sienitos supersaturados é a presença de cristais de plagioclásio corroídos, englobados por feldspato alcalino, que possuem composições semelhantes à do plagioclásio presente nos enclaves dioríticos (\'An IND.25-35\'). Estimativas de temperatura liquidus utilizando a saturação em apatita mostraram altas temperaturas dos magmas sieníticos, entre 1040 e 1160º C. Já estimativas de pressão e fO2 foram frustradas devido à ausência de plagioclásio magmático nestas rochas (limita o uso do barômetro de Al na hornblenda) e à ausência de equilíbrio para os óxidos de Fe-Ti (pares ilmeno-hematita + magnetita). As unidades do Sienito Pedra Branca mostram uma pequena variação composicional e diferem principalmente conteúdo de \'Al\' IND.2\'\'O IND.3\', compartilhando assinaturas geoquímicas com elevados teores em LILE como Ba (4000-10000 ppm) e Sr (2000-4500 ppm), além de outros elementos como \'P IND.2\'\'O ind.5\' (1-2%) elementos terras raras leves (La= 100-380 ppm). As semelhanças geoquímicas entre as unidades indicam que, apesar de suas diferenças, elas têm origem comum. Os modelos de gênese de magmas potássicos da literatura sugerem como área fonte mais provável dessas rochas o manto enriquecido. As altas razões LILE/HFSE, demonstradas pelas pronunciadas anomalias negativas em Nb-Ta, Ti e Hf-Zr, indicam vinculo com áreas ativas onde a injeção de fluidos ricos em REE e LILE durante a subducção gera meassomatismo no manto superior. As assinaturas isotópicas com Nd(t) pouco negativo (-7.6 a -8.1) e razões \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr IND.(t)\'+ 0.7077- 0.7078 associadas ao elevado conteúdo de Ba, Sr e ETH, reforçam que estes magmas estão associados à fusão parcial de horizontes enriquecidos do manto litosférico. A associção de sienitos insaturados e supersaturados em sílica, em paralelo com a presença de enclaves dioríticos exclusivamente nos sienitos supersaturados sugerem que a violação da barreira térmica ocorreu devido à interação de magmas saturados de tendência alcalina com magmas básicos. A falta de evidências de interação in situ (e.g. diques sin-plutônicos) e a ocorrência de rochas microgranulares mais máficas apenas como enclaves retrabalhados indicam que a interação entre os magmas e consequentes mudanças composicionais deve ter ocorrido em níveis mais profundos da crosta. / The Pedra Branca Syenite, with about 90 Km2 in area, is a 610 Ma late-orogenic pluton intrusive in the Socorro-Guaxupé Nappe and truncated to the west by alkaline rocks (phonolite and nepheline syenite) from the cretacic Poços de Caldas Massif. The pluton is made up of four syenite units that intruded as three main magmatic pulses. The first pulse is represented by the laminated silica-saturated to undersaturated syenite (SLSI) with alkaline tendency that occurs at N and S-SE of the plúton. The second pulse corresponds to the laminated oversaturated syenite (SLS), which truncates SLSI. The last pulse, named internal oversaturated syenite (SSI), cuts SLS internally and makes up the plutons core. Externally, separated from the main pluton by a granite septum, occurs the external oversaturated syenite (SSE) that may be associated to the second or third pulse. The Pedra Branca Syenite is dominated by hypersolvus syenites with color indices 20-25, whose mineralogical variations show contrasts in crystallization conditions. The SLSI reached more oxidizing conditions than the oversaturated syenites, as recorded by their mafic assemblages (egirine-augite + phlogopite + hematite + magnetite versus diopside + phlogopite ± hornblende + ilmeno-hematite ± magnetite). Although in all syenites the crystallization occurred under oxidizing conditions, the SLSI have higher Mg# in the mafic minerals and grater proportions of the hematite component in the rhombohedral oxides, indicating higher oxygen fugacity, close to the HM buffer. Two main types of enclaves are present in the Pedra Branca Syenite. The mafic-ultramafic enclaves occur in all units, while microgranular enclaves are exclusive of silica-oversaturated syenites, and have compositions varying in the compositional fields of syenites, monzonites and diorites. Monzonitic and dioritic enclaves are interpreted as products of basic magmas that interacted with the syenitic host in deeper magma chambers and were carried during ascension. Another particular feature of the silica-oversaturated syenites is the presence of corroded plagioclase included in alkali-feldspars, which have compositions similar to the plagioclase crystals from the diorite enclaves (\'An IND.25-35\'). Estimatives of liquidus temperatures using apatite saturation showed high temperatures for the syenitic liquids, between 1040 and 1160° C. Pressure and fO2 estimates were frustrated by the lack of magmatic plagioclase (restricting the use of the Al in hornblende barometers) and the lack of equilibrium between the Fe-Ti oxides (ilmeno-hematite + magnetite). The Pedra Branca Syenite units show small compositional variations, and differ mostly in \'Al IND.2\'\'O IND.3\' content (higher in silica-oversaturated syenites), sharing geochemical signatures with high contents of LILE such as Ba (4000-10000 ppm) and Sr (2000-4500 ppm), plus other elements as \'P IND.2\'\'O IND.5\' (1,0-2%) and light rare earth elements (La= 100-300 ppm). Geochemical similarities between the units indicate that despite their differences, they have common origin. Models of potassic magmas genesis in the literature suggest as most likely source areas the enriched mantle. The high LILE/HFSE ratios, highlighted by strong negative anomalies of Nb-Ta, Ti and Zr-Hf in spiderdiagrams are suggestive of links with active areas where rich-REE and LILE fluid injection during subduction caused metassomatism in upper mantle. Isotopic signatures with moderately negative Nd(t) (-7.6 to -8.1) and \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr IND.(t)\'=0.70767 to 0.70779 associated with the high trace elements contents (Ba, Sr and REE), reinforces that these rocks are associated with partial melting of enriched horizons of the lithospheric mantle. The association of silica undersaturated and oversaturated syenites, and the presence of dioritic enclaves only in the oversaturated units suggests that the violation of the thermal barrier may be connected to the coexistence with basic magmas. The lack of evidence of in situ interaction (e.g., synplutonic dykes) and occurrence of more mafic microgranular rocks only as reworked enclaves indicates that the magma interaction and consequent compositional changes must have occurred at deeper crustal.
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Geologia e evolução petrogenética do Maciço Alcalino de Itatiaia, MG-RJ / not availablePedro Augusto da Silva Rosa 15 September 2017 (has links)
O Maciço Alcalino de Itatiaia (MAI) representa uma das maiores ocorrências alcalinas mesocenozóicas do Brasil, com aproximadamente 215 km², situado entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ocorre como um corpo alongado com 30 km de comprimento por 4,5 a 11,5 km de largura, orientado segundo SE-NW, e alojado ao longo de zonas de acomodação do Rifte Continental do Sudeste Brasileiro, em metapelitos, ortognaisses e granitos dos cinturões dobrados Ribeira e Brasília. Novos dados de mapeamento geológico sugerem que o maciço evoluiu segundo um centro magmático, que migrou de sudeste para noroeste, gerando um complexo anelar com sucessivas intrusões em forma de meia lua, com idades variando de 71,3 a 67,5 Ma (U-PB em zircão). O MAI pode ser estruturalmente dividido em três setores: Sudeste (S-SE), Central (S-C) e Noroeste (S-NW). Esses setores possuem características litológicas e geomorfológicas distintas, sugerindo diferentes origens e/ou estágios de evolução. O S-SE consiste de nefelina sienitos miaskíticos a agpaíticos onde ocorrem diques de fonolito afíricos, porfiríticos (alguns com pseudoleucita) ou brechóides, além de nefelinitos. A fácies mais insaturada encontra-se na borda em contato com as encaixantes regionais, sendo localmente peraluminosa, com a presença de coríndon modal e hercinita. O S-C é representado por nefelina sienitos miaskíticos a agpaíticos, pulaskitos, nordmarkitos, quartzo álcali feldspato sienitos, um pequeno corpo granítico (alaskito) e traquitos porfiríticos a brechóides. Diques sin-plutônicos de traquitos sustentam o anel externo e diques de traquito e riolito ocorrem em diversos lugares pela área. O S-NW apresenta nefelina sienitos e nordmarkitos, e localmente melagabro cumulático e biotita monzonito. Em sua parte central ocorre traquitos porfiríticos a brechóide e traquibasalto porfirítico. As variedades litológicas nos três setores apresentam-se como possíveis intrusões distintas, cada uma com diferentes características petrográficas, assim podendo ser divididas em cinco grupos: 1) nefelina sienitos sem plagioclásio, caracterizados por uma forte insaturação em sílica e uma tendência de evolução tardi-magmática agpaítica (comumente com låvenita, hiortdahlita, rinkite, dentre outros minerais); 2) nefelina sienitos/pulaskitos com plagioclásio, que mostram-se menos insaturados em sílica e mais máficos, com diopsídio largamente substituído por magnésio-hastingsita e presença de plagioclásio (normalmente com textura anti-rapakivi); 3) série nordmarkito-granito, onde álcali feldspato quartzo sienitos e granito mostram uma variação progressiva nos teores de quartzo, índice de cor e granulação, enquanto os nordmarkitos não mostram uma clara ralação evolutiva; 4) associação anti-rapakivi, caracterizado pela textura porfirítica a glomeroporfirítica antirapakivi nas rochas e presença ocasional de enclaves microgranulares máficos arredondados; a 5) rochas básicas representadas pela ocorrência de um melagabro metassomatizado e um traquibasalto não mostrando relações geológicas claras com os sienitos. Essas rochas foram originadas através da evolução de dois magmas parentais mantélicos distintos, por diferenciação fracionada e com alguma participação de processos de contaminação crustal: I) ankaratrito/basanito, que deram origem aos nefelinitos por fracionamento de diopsídio e aos nefelina sienitos do S-SE por fracionamento de diopsídio, apatita e ±anfibólio; II) basanito/álcali basalto que geraram os traquibasaltos por fracionamento de diopsídio e os sienitos dos S-C e S-NW por fracionamento de plagioclásio, diopsídio e apatita, que por sua vez a) evoluíram para nefelina sienitos e b) para sienitos com quartzo, ultrapassando a barreira termal por processos assimilação crustal. / The Itatiaia alkaline massif (IAM) comprises some of the largest Meso-Cenozoic alkaline igneous occurrences in Brazil, covering over 215 km2 between Minas Gerais and Rio de Janeiro states. It appears as an elongated, 30 km long and 4.5 -11.5 km wide SE-NW-trending body emplaced along accommodation zones of the Continental Rift of Southern Brazil, intruding metapelites, orthogneiss and granites of the Brasília and Ribeira fold belts. New data and geological mapping suggest that the massif evolved from a migratory magmatic center that manifested as ring structures and successive moon-shaped intrusions from SE to NW in three sectors: Southeastern (SE-S), Central (C-S) and Northwestern (NW-S). The distinct lithological and geomorphological characteristics of these sectors could be related to different origin and/or evolution stages. SE-S consists of miaskitic to agpaitic nepheline syenites with dykes of aphiric, porphyritic (some with pseudoleucite) and breccioid phonolites and nephelinites. Its most silica-undersaturated units are in contact with the basement, being locality peraluminous with modal hercynite and corundum. C-S is represented by miaskitic to agpaitic nepheline syenites, pulaskites, nordmarkites, quartz alkali feldspar syenites, a small alaskite body and porphyritic to breccioid trachytes. Sin-plutonic trachytes sustain the external ring and dykes of trachyte and rhyolite occur throughout this sector. NW-S presents nepheline syenites and nordmarkites and locality cumulatic melagabro and biotite monzonite. In its central parts, porphyritic to breccioid trachytes and a trachybasalt body occur. The lithological variants in the three sectors present themselves as discrete intrusive bodies, each one characterized by distinct petrographical features that correspond to five distinct petrographic sets: 1) plagioclase-free nepheline syenites, characterized by strong silica-undersaturation and late agpaitic tendency (commonly with låvenite, hiortdahlite and/or rinkite); 2) plagioclase-bearing nepheline syenite and pulaskite showing weak silica-undersaturation and increased mafic content, with widespread diopside replaced with magnesio-hastingsite and presence of plagioclase (usually with anti-rapakivi texture); 3) a nordmarkite-granite series in which alkali feldspar quartz syenite and granite show progressive variation in quartz content, color index and granulation, whereas nordmarkites do not show a clear common evolution; 4) a quartz syenite association characterized by anti-rapakivi porphyritic to glomeroporphyritic texture and occasional presence of rounded mafic enclaves; and 5) basic rocks represented by metasomatized melagabbro and trachybasalt, with an unclear geological relation to the syenites. These rocks originated through the evolution of two distinct mantellic parental magma, which had some involvement of crustal contamination processes: I) ankaratrite/basanite, which generated the nephelinites of SE-S by fractional crystallization of diopside and the nepheline syenites by fractionation of diopside, apatite and ±amphibole; II) basanite/alkali basalt, with generated the trachybasalt by fractionation of diopside and the syenites of C-S and NW-S by fractionation of plagioclase, diopside, and apatite, which evolved to a) nepheline-bearing syenites and b) quartzbearing syenites, crossing the thermal barrier though crustal assimilation processes.
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