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Organização social e representação gráfica : crianças da escola itinerante do MST

Pieri, Neucélia Meneghetti de January 2002 (has links)
O objetivo deste trabalho é o de compreender a interferência do meio na representação gráfica da criança da Escola Itinerante do MST (Movimento do Trabalhador Rural Sem Terra), ou seja, como e com que intensidade os elementos simbólicos (sigla, bandeira, ...) presentes em seu meio aparecem em seus desenhos. A representação gráfica das crianças é uma forma de comunicação e expressão do seu mundo, pela conexão entre os elementos simbólicos que compõem o meio externo com os mecanismos que fazem parte da sua estrutura interna, subjetiva. É na interação do sujeito com o meio que o conhecimento se constrói e é nesse momento que o processo de conscientização pode possibilitar uma internalização mais intensa dos elementos simbólicos que vão estar presentes no meio sócio-cultural em que a criança vive. A criança desenha o que é real para ela e um meio social carregado de valores e de um universo simbólico vivido diariamente por ela pode interferir significativamente no seu desenho. Esse universo simbólico está presente nas atividades realizadas, não só na escola como também nas ações do acampamento em geral e isso possibilita à criança uma compreensão mais consciente e crítica da realidade que a cerca e da sua própria história de vida. Teóricos como Piaget e Freire contribuem significativamente para a fundamentação teórica dessa pesquisa, através dos seus posicionamentos com relação à educação no seu movimento teoria e prática; à tomada de consciência e à conscientização, como também ao processo de construção simbólica na criança, pela qual ela se constitui como um ser simbólico e social. Luquet, Marjorie e Brendt Wilson, com seus estudos sobre o desenho da criança trazem contribuições na área do grafismo infantil e uma visão iconoclasta, fundamentais para compreendermos melhor as representações das crianças e podermos estabelecer um diálogo com seus desenhos. A coleta de dados para análise se deu no próprio Acampamento junto as crianças, com atividades variadas e tendo como forma de registro o desenho. As falas das crianças referentes ao desenho também são importantes pois ajudam na interpretação do mesmo. Através da análise dos desenhos das crianças pudemos constatar a intensidade com que o contexto vivido por elas interfere na sua representação gráfica, referida aqui como desenho, justamente pela constante presença dos elementos simbólicos que fazem parte do MST, em seus desenhos. Conclui-se, desafiando os educadores a repensarem suas práticas educativas no sentido de buscar o significado dos conceitos a serem trabalhados com as crianças no seu próprio contexto a fim de tornar o conhecimento vivo e em movimento, explorando o universo simbólico que compõe esse meio social no qual a criança interage.
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Processos de construção da narração gráfica infantil / Process of construction of graphic narration child

Barizon, Débora Fabiane, 1974- 23 August 2018 (has links)
Orientador: Valério José Arantes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-23T20:31:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Barizon_DeboraFabiane_M.pdf: 25831546 bytes, checksum: 5e3051df3e0bceef14b6f405333c9486 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: O desenho infantil é parte fundamental da atividade mental da criança e constitui-se tanto de aspecto figurativo como narrativo. Embora, todo desenho conte uma história ou parte dela, ainda há falta de clareza sobre a sua dimensão narrativa, pois, as investigações assim como a literatura sobre a temática são escassas. Dessa foram, evidenciou-se a necessidade de estudar a narração gráfica infantil. A partir do referencial teórico do estudioso do desenho infantil George H. Luquet o objetivo deste estudo foi compreender como a criança constrói o seu modelo gráfico-narrativo. Os aspectos cognitivos do sujeito desenhante e de sua narrativa gráfica foram considerados sob uma perspectiva construtivista baseada na epistemologia genética de Jean Piaget. Este estudo se caracteriza como qualitativo e, sobretudo, de natureza exploratória e descritiva. A amostra foi composta por 20 alunos, sendo 10 sujeitos de 7 anos e 10 sujeitos de 9 anos de uma escola da rede municipal de ensino fundamental de uma cidade do interior do Estado de São Paulo. Nas três sessões foram realizadas a entrevista clínica piagetiana com roteiro semiestruturado para a coleta de dados. Na primeira sessão os sujeitos produziram um desenho-história; na segunda fizeram um reconto gráfico após ouvirem uma áudio história e na terceira sessão construíram uma história com um jogo de construção e a reproduziram graficamente. As entrevistas foram analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo de Bardin (2004) e o desenho infantil passou por uma análise qualitativa. Em ambos os casos, o processo de análise foi desenvolvido com o auxílio do software NVivo 8. Os resultados revelaram que a construção de um modelo gráfico-narrativo envolve processos altamente complexos. Observou-se ainda que a opção da criança por um determinado um tipo de narrativa gráfica está relacionada tanto a aspectos intrínsecos (percepção de continuidade temporal; duração da história; ponto de vista etc.) como a aspectos extrínsecos (modelos culturais; experiências com relatos gráficos no contexto escolar etc.). Espera-se que os resultados deste estudo, possibilitem a elaboração de intervenções pedagógicas para valorização da dimensão narrativa do desenho e produção de narrativas gráficas no contexto da Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental. / Abstract: The children's drawing is a fundamental part of the mental activity of the child and is constituted of figurative and narrative aspects. Although, all drawings tell a story or part of it, there is still lack of clarity about its narrative dimension, because the investigations as well as the literature on the subject are scarce. Thus, there was a need to study graphic narration child. From the theoretical framework of children's drawing scholar George H. Luquet the objective of this study was to understand how the child constructs your graphic-narrative model. The cognitive aspects of the subject drawer and his graphic narrative were considered under a constructivist perspective based on Jean Piaget's genetic epistemology. This study characterized as qualitative and, above all, of exploratory and descriptive nature. The sample was composed of 20 students, 10 subjects of 7 years and 10 subject of 9 years of a school of elementary schools in a city in the State of São Paulo in Brazil. In three sessions were conducted clinical interview with script semi-structured to collect data.At the first session the subject produced a drawing-history; on second session made a graphic recounting after hearing an audio- history and in the third session after built one history with a construction play reproduced it graphically. The interviews were analyzed using content analysis technique of Bardin (2004) and the children's drawing underwent a qualitative analysis. The results revealed that the construction of a graphic-narrative model involves highly complex processes. It was observed that the choice of the child for a certain kind of graphic narrative is related both to intrinsic aspects (perception of temporal continuity; duration of history; point of view etc.) as the extrinsic aspects (cultural models; experiences with narrative graphic in the school context etc.). It is expected that the results of this study, allow the development of pedagogical interventions for recovery of the narrative dimension drawing and production of graphic narratives in the context of kindergarten and early grades of elementary school. / Mestrado / Psicologia Educacional / Mestra em Educação
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O senso numérico da criança: formação e características

Ferrari, Alessandra Hissa 05 December 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T16:58:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alessandra Hissa Ferrari.pdf: 1136595 bytes, checksum: 90ed15c14b40874799469ff6806854b7 (MD5) Previous issue date: 2008-12-05 / This research aims to investigate the formation of the concept of number in children. It occurs in two perspectives: the first is the theoretical context that is dedicated to the study of two scientific approaches with different assumptions; the second is empirical in nature and focus the identification of individual differences in numerical abilities in children who start the school stage. In the first part are addressed ideas of Piaget's theory, within the psychology genetics, and ideas of the French neuroscientist Stanislas Dehaene, exposed in the piece "La Bosse des Maths." (1997), in which arguments presented show inconsistencies in the methods of Piaget on the formation of the concept of number in children. The theoretical support gives the development of the empirical which is composed of activities inspired by the experiments of Dehaene. The activities are supposed to meet individual differences in several aspects of the numerical sense of the child, in the first years of school life. We stress that in view of Piaget, logic and arithmetic are built in the mind of the infant by observation, the internalization and the abstraction of regularities of the world, denying any numerical ability in children under four years, while for Dehaene, all people have even in its first year of life, a well-developed sense of numbers, because for every thought or that calculations made, triggered activity of specific neural circuits of our cerebral cortex. Empirical activities indicate individual differences of children in most of the proposed activities, revealing different conditions of confrontation to operate their activities. You can also see differences in conceptions about the change in quantity. A study like this back to the understanding of how it is the numerical ability in children and characterizations that they have is important for the Mathematics Education, as the concept of number is fundamental to build up the concepts of mathematics / Esta pesquisa tem por objetivo investigar a formação do conceito de número na criança. Desenvolve-se em duas perspectivas: a primeira, de contexto teórico, é voltada ao estudo de duas abordagens científicas, com pressupostos distintos; a segunda, de caráter empírico, tem por foco a identificação de diferenças individuais, de habilidades numéricas, em crianças que iniciam a fase escolar. Na primeira parte são abordadas idéias da teoria de Piaget, no seio da psicologia genética, e idéias do neurocientista francês Stanislas Dehaene, expostas na obra La Bosse des Maths. (1997), na qual são apresentados argumentos que indicam inconsistências dos métodos de Piaget, sobre a formação do conceito de número na criança. Os estudos teóricos embasam o desenvolvimento da parte empírica que é composta por atividades inspiradas nos experimentos de Dehaene. As atividades têm por objetivo conhecer diferenças individuais, sob diversos aspectos, do senso numérico da criança, em início da vida escolar. Destacamos que na perspectiva de Piaget, a lógica e a aritmética são construídas na mente do bebê pela observação, pela internalização e pela abstração das regularidades do mundo, negando qualquer habilidade numérica em crianças com menos de quatro anos, enquanto para Dehaene, todas as pessoas possuem, mesmo em seu primeiro ano de vida, uma intuição bem desenvolvida de números, pois para cada pensamento ou cálculos que efetuamos, acionamos atividade de circuitos neuronais específicos do nosso córtex cerebral. As atividades empíricas indicam diferenças individuais das crianças na maioria das atividades propostas, revelando condições diferentes de enfrentamento para operar as atividades. Pode-se também perceber diferenças de concepções quanto à variação de quantidade. Um estudo como esse voltado à compreensão de como se revela a capacidade numérica na criança e que caracterizações ela tem é importante para a Educação Matemática, pois o conceito de número é basilar na constituição dos conceitos da Matemática

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