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Obtenção das células indiferenciadas do saco vitelino de Crotalus durissus (Linnaeus, 1758) (Ophidia: Viperidae) / Anchievement of stem cells from the yolk sac of Crotalus durissus (Linnaeus, 1758) (Ophidia: Viperidae)Caio Henrique de Oliveira Carniatto 04 February 2015 (has links)
A serpente Crotalus durissus , popularmente conhecida como cascavel, pertence à família Viperidae, e como a maioria dos viperídeos, é uma espécie vivípara. Este estudo teve como objetivo descrever a histologia do oviduto de fêmeas adultas e do saco vitelino e cordão umbilical de fetos em estágios gestacionais avançados de Crotalus durissus . A placenta de Crotalus durissus é constituída pela aposição do epitélio de revestimento do oviduto com a membrana corio-alantoidina que recobre o hemisfério embrionário do ovo. Estas se interdigitam sutilmente e separando a membrana corio-alantoidinana e o revestimento do oviduto está um remanescente da casca do ovo, chamada de membrana da casca. Quando avaliada a distribuição das fibras do sistema colágeno na placenta corio-alantoidina observamos que as fibras se distribuem irregularmente formando arcabouços de sustentação para os vasos e conferindo maior resistência nas regiões próximas a superfície logo abaixo do epitélio coriônico. Em estágios avançados de gestação, a parede do oviduto de Crotalus durissus apresenta-se como uma estrutura delgada, composta por um epitélio com células cuboidais, repousando em uma lâmina própria constituída por tecido conjuntivo. A mucosa do oviduto de Crotalus durissus apresenta regiões com projeções semelhantes à vilos, sustentados por eixos de fibras colágenas. Em estágios avançados de gestação, a face voltada para o feto do saco vitelino está revestida por um epitélio de células colunares grandes com núcleo posicionado basalmente, apresentando grânulos eosinófilicos. O conteúdo vitelino é, basicamente, constituído por depósitos celulares ricos em proteína e muito eosinofílicos. A distribuição do vitelo parece apresentar uma organização em forma de cachos de uvas sendo os ramos constituídos por trabéculas de células que trazem consigo vasos sanguíneos. Em Crotalus durissus , o cordão umbilical promove a conexão entre os tecidos maternos e os fetos, sendo uma estrutura ricamente vascularizada, constituído por duas artérias e uma veia e o ducto alantoide, envoltos por um tecido mucoide (mesenquimal) / The snake Crotalus durissus, popularly known as rattlesnake, belongs to the family Viperidae, and like most viperids, is a viviparous species. This study aimed to describe the oviduct histology of adult females and yolk sac and umbilical cord of fetuses in advanced stages of pregnancy in Crotalus durissus. The Crotalus durissus placenta is formed by affixing the oviduct epithelium lining with chorio-alantoidina membrane covering the embryonic hemisphere of the \"egg\". These interdigitate subtly and separating the chorioalantoidinana membrane and the oviduct of the coating is one of the eggshell remnant, called the shell membrane. When evaluated the distribution of collagen fibers in the system chorio-alantoidina placenta observed that the fibers forming irregularly distributed support frameworks for vessels and providing greater resistance in the regions near the surface just below the chorionic epithelium. In advanced stages of pregnancy, the wall of the oviduct in Crotalus durissus appears as a thin structure made up of a cuboidal epithelium with cells, resting on a lamina consists of connective tissue. The mucosa of the oviduct of Crotalus durissus presents regions with projections similar to the villi, supported by shafts of collagen fibers. In advanced stages of pregnancy, the fetus side facing the yolk sac is coated by a large columnar epithelial cells with basally placed core, with eosinophilic granules. The yolk contents basically comprised of cellular rich protein deposits, and eosinophilic. The distribution of the calf seems to present an organization in a \"bunch of grapes\" being the groups consisting of trabecular cells bring with blood vessels. In Crotalus durissus, the umbilical cord promotes the connection between fetal and maternal tissues and is a highly vascularized structure, consisting of two arteries and one vein, and the allantoic duct, surrounded by a mucoid tissue (mesenchymal)
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Desenvolvimento placentário em quatis: evolução filogenética em carnívoros? / Placental development in quati: phylogenetic evolution in carnivores?João Carlos Morini Junior 13 December 2011 (has links)
A importância de preservação de espécies silvestres brasileiras se baseia no conhecimento de sua distribuição, comportamento no ambiente natural e em cativeiro, além da descrição detalhada de sua biologia da reprodução com vistas à perpetuação das espécies. Um dos principais impactos científicos desta proposta é o detalhamento do ambiente uterino versus o processo de placentação e sua demarcada posição filogenética evolutiva nos mamíferos, via estudos placentários, com intuíto de descrever a morfologia da placenta, evidenciando a barreira placentária em delimitação da evolução filogenética das características deste órgão, em relação aos carnívoros Nasua nasua. Foram utilizadas seis placentas provenientes de criadouros devidamente regularizados pelo IBAMA, vindas do CECRIMPAS/ São João da Boa Vista, SP e animais capturados no Parque das Mangabeiras Belo Horizonte MG, licença SISBIO 21030-1. A técnica de hemi-ovariossalpingohisterectomia foi utilizada como técnica para aquisição das placentas. Após a fixação de quatro sacos gestacionais em paraformaldeido 4%, ovários e placentas foram seccionados e fixados em glutaraldeido 2,5%. O material foi fotografado para descrição macroscópica. Todo o saco gestacional foi descrito, camada por camada, assim as membranas fetais [âmnio, saco vitelino, alantóide, (cório e órgão hemofago + placenta)]. As técnicas de coloração de PEARLS, Tricrômio de Masson, Ácido Periódico de Shiff (PAS) e Hematoxilina e Eosina (HE) foram utilizadas para descrição microscópica do material. Com auxilio das técnicas de imunohistoquimica de citoqueratina e vimentina evidenciamos estruturas avasculares e trofoblasto. Para maior detalhamento da barreira placentária e membranas utilizamos a microscopia eletrônica de varredura e transmissão. Ao analisar as placentas foi viável descrever os componentes macro e microscópicos da formação e caracterização placentária nos quatis, a macroscopia nos mostrou que a placenta é formada pelas membranas fetais córion zonário, alantóide, âmnio e saco vitelino em \"T\" invertido além de apresentar o órgão hemófago. Com a análise estrutural do material foi possível classificar a placenta dos quatis como Corioalantóide, Zonária, Lamelar e Endoteliocorial. A aquisição do material nos restringiu o número de técnicas que poderiam ser utilizadas para melhor esclarecimento e caracterização da placenta dos Quatis. Contudo, conseguiiu-se com sucesso a descrição da placenta destes animais, fornecendo melhores dados sobre os aspectos reprodutivos da espécie para futuras pesquisas e dados comparativos na ordem dos carnívoros. / The importance of preservation of brazilian wild species is based on knowledge of their distribution, behavior in the wild and in captivity, and the detailed description of their reproductive biology in order to perpetuate the specie. One of the main impacts of this study is the scientific details of the uterine environment versus the process of placentation and their evolutionary phylogenetic position in mammals. By this propose we described the carnivore Nasua nasua (coati) placental morphology, showing the placental barrier that delimits the characteristic phylogenetic evolution of this organ. We used four placentas from pregnant females, captured from Mangabeiras Park, Belo Horizonte, MG, (SISBIO license 21030-1) and CECRIMPAS, São João da Boa Vista, SP, bought appropriately regulated by IBAMA. The technique of hemi-ovariossalpingohisterectomia was used to catch the placentas. Four gestational sacs where fixed in 4% paraformaldehyde, uterous and ovaries were sectioned and fixed in 2.5% glutaraldehyde. The material was photographed for macroscopic description. All the gestational sac was described, layer by layer, [the fetal membranes (amnion, yolk sac, allantois) + (chorion and haemophagus organ) + endometrius] = placenta. The stain techniques of PEARLS, Masson\'s trichrome, periodic acid-Schiff (PAS) and hematoxylin-eosin (HE) were used for microscopic description of the material. Immunohistochemistry with cytokeratin and vimentin evidenced avascular structures and trophoblast. For further details of the placenta and membranes we used the scanning and transmission electron microscopy. By analyzing the placenta was viable to describe the macroscopic and microscopic components of placental formation and characterization in the coati. The macroscopy showed us that the placenta is formed by the fetal membranes zonary chorion, allantois, amnion and yolk sac with inverted \"T\" shape, in addition to present the haemophagus organ. With the structural analysis of the material was possible to classify the coatis placenta as as chorioallantoic, zonary, lamellar and endotheliochorial. The acquisition of the material restricted the number of techniques that could be used for a better understanding and characterization of the coati placenta. However, we successfully described the placenta of those animals, providing better data on the reproductive aspects of the species for future comparative of carnivore order researches.
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O papel da HSP 60 nas células leucocitárias da placenta bovina / The role of HSP 60 in leucocytes cells of bovine placentaJanaína Munuera Monteiro 27 November 2009 (has links)
A tolerância materno-fetal envolve, além do sistema imune, muitas peculiaridades quanto ao tipo de placenta e placentação. A placenta em bovinos é considerada não invasiva, e como conseqüência de uma implantação superficial, sem invasão endometrial, se estabelece uma barreira placentária complexa que se interpõe entre a circulação materna e fetal. Aliado a isso, a placenta um órgão que se encontra em constante diferenciação e proliferação celular além da alta atividade metabólica, fontes constantes de estresse e desafio para o sistema imune. Atuando nesse contexto, destacamos as proteínas de choque térmico (heat shock proteins HSP), proteínas que são expressadas em condições fisiológicas mas, em situações de estresse, sua expressão aumenta. Na placenta bovina já se constatou a expressão das HSP 60 e 70; contudo notou-se uma maior peculiaridade na expressão da HSP 60, que é maior no primeiro trimestre da gestação. Observando-se o perfil da presença e expressão dessa proteína na placenta bovina e, tendo em vista a característica desse órgão em apresentar populações leucocitárias funcionalmente distintas das do sangue periférico, levantou-se a hipótese da influência desta proteína sobre as células placentárias, particularmente sobre os leucócitos no processo de tolerância materno fetal. Desta forma, esse trabalho analisou a participação da HSP 60 em mecanismos imunes junto à alguns leucócitos placentários por meio de ensaio de proliferação pela técnica de CFSE, ensaio de fagocitose e ensaios bioquímicos como peroxidação lipídica; ciclo celular e potencial de membrana mitocondrial de células placentárias em cultivo. Nossos resultados mostraram que a HSP 60 não influencia a proliferação de linfócitos e outras células placentárias nas diversas condições testadas. Em contrapartida a HSP 60 aumenta a fagocitose e apoptose no terceiro terço gestacional, bem como a produção de radicais oxidados poliinsaturados e o potencial de membrana mitocondrial. Tendo em vista esses resultados, podemos observar que a HSP 60 nas células da placenta bovina possivelmente esteja modulando a cinética da ativação de mecanismos de sinalização de morte celular programada entre as células da placenta e o sistema imunológico. Esta hipótese assegura que, no concepto a termo, as variações hormonais e o sistema imune possam estar regulando o processo para o nascimento do feto. / The maternal-fetal tolerance involves, besides the immune system, many peculiarities regarding the type of placenta and placentation. The bovine placenta is considered not invasive and, as consequence of a superficial implantation without endometrial invasion, it establishes itself as complex barrier that interposes between the maternal and fetal circulation. In addition to that, placenta is an organ that undergoes continuous differentiation and cellular proliferation besides the high metabolic activity that represents a constant source of stress and challenge for the immune system. As an important component in this context, we highlight the heat shock proteins - HSP, that are usually expressed in physiological conditions but, in situations of stress, their expression increases. In the bovine placenta the expression of HSP 60 and 70 has already been verified; however HSP 60 showed a peculiar expression behavior, with higher staining in the first trimester of pregnancy. Considering the presence and expression profiles of HSP 60 in the bovine placenta allied to the particularity of presenting functional distinct leucocytes populations, a hypothesis was raised regarding the influence of this protein on the placental cells, particularly on the leucocytes in the process of fetal-maternal tolerance. Therefore, this work analyzed the role of HSP 60 in immune mechanisms related to some placental leucocytes by several approaches like proliferation assay by CFSE technique, phagocytosis assay and biochemical assays as lipoperoxidation; cell cycle phases and mitochondrial membrane potential of placental cells in culture. Our results showed that HSP 60 does not influence the proliferation of lymphocytes or any other placental cells in various conditions tested. On the other hand, HSP 60 increases phagocytosis and apoptosis in the third trimester, as well as the production of polyunsaturated oxide radicals and the mitochondrial membrane potential. In view of these results, we may infer that HSP 60 may be modulating the kinetics of activation mechanisms for signaling programmed cellular death between placental and immune cells. This hypothesis assures that, on the termed conceptus, the hormonal variation and the immune tolerance may be responsible for regulating the parturition process.
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A barreira placentária em cães (Canis familiaris, Linnaeus, 1758): fluxo sanguíneo materno-fetal / The placental barrier in dogs (Canis familiaris, Linnaeus, 1758): maternal-fetal blood flowCarlos Eduardo Ambrósio 09 June 2004 (has links)
Este estudo define a inter-relação microvascular materno-fetal e o desenvolvimento dos hematomas placentários durante diferentes períodos gestacionais em cães SRD. Placentas de 20, 35, 45 e 55 dias da prenhez foram perfundidas e fixadas para a investigação histológica e confecção de moldes vasculares, injetados com Mercox, e submetidos a corrosão para análise ao microscópio eletrônico de varredura. Os componentes fetais da placenta endoteliocorial e zonária anular do cão são irrigadas por dois ramos arteriais do cordão umbilical, um endereçado à cinta placentária, e outro ao hematoma marginal. Da artéria principal central, originam-se colaterais destinados às lamelas e vilos do labirinto no sentido feto-uterino. O desenvolvimento lamelar mostrou-se progressivo com o avançar da prenhez. Os complexos capilares na periferia dos vilos têm a forma de tufos de pêlos, cujos capilares são contínuos com o sistema venoso. Da artéria hematomal organizam-se os lóbulos microvasculares circulares, que aparecem no septo ou barreiras entre o hematoma marginal e o labirinto. Os capilares placentários maternos dispõem-se de maneira a cruzar os capilares fetais. Conseqüentemente, o fluxo sangüíneo placentário de cães Sem Raça Definida é caracterizado por um tipo de sentido único de corrente cruzada simples. O desenvolvimento dos hematomas marginais foi quantificado por morfometria. Os primeiros traços dos hematomas apareceram entre o 18º a 20º dia da prenhez como áreas hemorrágicas, delimitadas por sincíciotrofoblasto e pelo tecido septal materno. Sua justaposição à artéria materna principal, confirma a origem de sangue extravasado como oriundo dos capilares endometriais. Entre 30 a 45 dias de prenhez, os hematomas são orientados no sentido alanto-uterino, alcançando a região das glândulas endometriais, caracterizando canais de sangue extravasado, organizados em hematomas marginais ou bolsas laterais à cinta placentária central. Mediante análise estatística (KS-400 Zeiss®) correlacionamos a área dos hematomas e da cintura placentária, utilizado o teste de Pearson, o que nos revelou que os hematomas crescem até 46º dia da gestação. Do 46º dia até o parto, o tamanho da cintura ultrapassou o desenvolvimento dos hematomas, sinalizando que a fonte de nutrição do feto de cães no terço final de gestação, depende da troca transplacentária, mesmo considerada a atividade fagocitária exercida pelos hematomas. / That study defines the maternal-fetal microvascular interrelationship and the placental hematomes development during different pregnant periods in the mongrel dog placenta. Placentae from 20, 35, 45 and 55 days of pregnancy were perfusion-fixed for histological investigation and vascular corrosion casts were prepared for scanning electron microscopy. Two main umbilical cord arterial branches irrigate the fetal components of annular zonary endotheliochorial dog placentae, one tributary to the centre of the girdle and the other one to the marginal hematome. From the central main artery many stem arteries arise and move through the lamellae or villi of the labyrinth in feto-maternal directions. The lamellar development showed increased substantially with progressing pregnancy. The capillary complexes at the periphery of the villi have the shape of hair tufts and lead into the venous drainage system. The hematomal artery supplies the circular lobules, which appear as a septum-like barrier between the marginal hematome and the labyrinth. The maternal placental capillaries, generally cross the fetal capillaries. Therefore, the placental blood flow in mongrel dogs is characterized by a one-way crosscurrent type interrelationship. Were analyzed the development of the marginal hematomes in dog placentae by morphometry. The first traces of hematomes appeared at 18-20 days of pregnancy as hemorrhagic area lines, and were delimited by syncytiotrophoblast and maternal septal tissue. Its location near the maternal stem artery confirms the endometrial capillary origin of the extravasated blood. Between 30-45 days of pregnancy, the hematomes were oriented in allantoic-uterine direction reaching the endometrial gland region, thus forming channels of extravasated blood, which were organized as marginal hematomes or lateral pockets to the placental girdle. Statistical analysis (KS-400 Zeiss®) was used to quantify the area of hematomes and placental labyrinth, and Pearson test correlation revealed that hematomes grow until 46 days of pregnancy. From day 46 until parturition, the size of the placental labyrinth increased and passed the development of the hematomes. We conclude that the supply of the dog fetus in the last third of pregnancy, depends more on transplacental exchange than on phagocytosis done by hematomes.
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Placentação e descrição morfológica do sistema reprodutor feminino em Coendou prehensilis (Porco-espinho Caixeiro) / Placentation and morphological description of female reproductive system in Coendou prehensilis (Prehensile-tailed porcupine)Fabio Sergio Cury 19 December 2016 (has links)
A preservação de espécies silvestres brasileiras é baseada no conhecimento, distribuição e comportamento tanto no meio ambiente natural, quanto em cativeiro, sendo assim, existe uma grande importância tratando-se da descrição reprodutiva das espécies estudadas visando sempre à perpetuação. Este estudo possui foco no sistema reprodutivo feminino, relacionando ao processo de placentação, além da evolução quanto à posição filogenética dos mamíferos, descrevendo a morfologia da placenta, barreira placentária em delimitação da evolução filogenética desse órgão em animais da espécie Coendou prehensilis. O Coendou prehensilis, chamado popularmente de porco-espinho caixeiro ou ouriço-caixeiro, é um roedor herbívoro que vive geralmente em árvores de florestas tropicais desde o México até a América do sul, é um mamífero que pode pesar de 2 a 5 kg e medir de 30 a 60 cm de comprimento. Para o estudo foram utilizados 07 animais (2 gestantes e 5 não gestantes) que vieram a óbito por ataques de cães e atropelamentos em estradas, animais estes, devidamente regularizados pelo ICMBio. Foram realizadas as técnicas macroscópicas, descrevendo o formato, vascularização e biometria dos órgãos reprodutores e placenta da espécie em questão, além de microscopia de luz, imunohistoquimica (vimentina 1:200, PCNA 1:700 e citoqueratina 1:400), microscopia eletrônica de varredura e microscopia eletrônica de transmissão, a fim de caracterizar o tipo e a barreira placentária e descrever relações materno-fetais na placenta. Os ovários possuem formato elipsóide, cor amarelada, mostrando-se achatados dorso-ventralmente e são relativamente grandes, com variações de parede lisa a mais áspera, apresentando diferentes fases foliculares. As tubas uterinas são tubulares, cilíndricas e tortuosas. Estendem-se lateralmente, curvando-se craniocaudalmente sobre os ovários. Não são contínuas em espessura e forma, sendo possível distinguir infundíbulo, ampola e istmo. O útero é do tipo bicórneo em forma de Y possuindo dois longos cornos cilíndricos, ao longo de seu lúmen não apresenta um septo mediano. A vagina possui epitélio estratificado escamoso não queratinizado, com pregas longitudinais, sendo o número de pregas variável assim como sua espessura. A vulva possui diferença de cor tegumentar dos grandes lábios em relação à rima, sendo o pequeno espaço entre a vulva e o ânus o indicativo para o dimorfismo sexual do animal. O clitóris está situado na porção ventral da rima, atrás da comissura labial superior, sendo não visível. A placenta é do tipo corioalantóica, discoidal, labiríntica de padrão lobular, correspondendo a principal região para trocas materno-fetal sendo identificados vasos fetais por endotélio vimentina - positivo, em contraste com os espaços de sangue materno. Células gigantes sinusoidais foram identificadas no labirinto e próximo a decídua. O saco vitelino visceral é composto por células cúbicas da endoderme, uma camada de mesênquima rica em vasos e mesotélio. Possui uma subplacenta e apresenta relação materno-fetal do subtipo hemomonocorial, além de um saco vitelino presente até o final da gestação. Com os resultados da análise estrutural do material esperamos poder contribuir melhorando assim os dados sobre os aspectos reprodutivos da espécie, colaborando em outras futuras pesquisas, e gerando uma base comparativa para mamíferos sul-americanos semelhantes e pouco estudados em nosso território. / The preservation of wild Brazilian species is based on knowledge, distribution, behavior both in the natural environment and in captivity, therefore, there is a great importance in the case of reproductive description of the species studied always aiming the perpetuation. This study has focused on the uterine detailing and their reproductive whole, related to placentation process, in addition to evolution as the phylogenetic position of mammals, describing the morphology of the placenta, placental barrier in delimitation of phylogenetic evolution of this organ in animals of the species Coendou prehensilis. The C. prehensilis, popularly called porcupine clerk or porcupine, is an herbivorous rodent that usually lives in tropical forest trees from Mexico to South America, is a mammal that can weigh 2-5 pounds and measure 30 to 60 centímeters. For the study, 07 animals (2 pregnant and 5 non-pregnant) were used, all animals died by dog attacks and trampling on roads, the research was regularized by IBAMA. Macroscopic techniques were used describing the format, vascularization and biometry of the reproductive organs and placenta of the species in question, besides light microscopy, immunohistochemistry (vimentin 1: 200, PCNA 1: 700 and cytokeratin 1: 400), electron microscopy scanning and transmission electron microscopy to characterize the placental barrier and to describe maternal-fetal relations in the placenta. The ovaries are ellipsoid in shape, yellow in color and are flattened dorsi-ventrally and are relatively large, with smooth wall variations presenting different follicular phases. The uterine tubes are tubular, cylindrical and tortuous. They extend laterally, curving craniocaudally on the ovaries. They are not continuous in thickness and shape, being possible to distinguish infundibulum, ampule and isthmus. The uterus is bicornuous in a \"Y\" format with two long cylindrical horns, along its lumen does not present a median septum. The vagina has non-keratinized squamous stratified epithelium, with longitudinal folds, the number of folds is variable as well as its thickness. The vulva has a difference in tegumentary color of the big lips in relation to the rhyme. The clitoris is located in the ventral portion of the rhyme behind the upper labial commissure and is not visible. The placenta is chorioallantoic, zoonary, discoid, labyrinthine type of lobular pattern, corresponding to the main region for maternal-fetal exchanges. And fetal vessels were identified by vimentin - positive endothelium, in contrast to the maternal blood spaces. Giant sinusoidal cells were identified in the labyrinth and close to decidua. The visceral yolk sac is composed of cubic cells of the endoderm, a layer of mesenchyme rich in pots and mesothelium. It has a subplacenta and presents a maternal-fetal relationship of the hemomonochorial subtype, besides a yolk sac present until the end of gestation. With the results of the structural analysis of the material, we hope to contribute to improve the data on the reproductive aspects of the species, collaborating in other future research, and generating a comparative base for similar South American mammals in our territory.
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Estudo micro-estrutural, histoquímico e imunoistoquímico da placenta de lhama (Lama guanicoe glama) / Microestructural, histochemistry, and inmunohistochemistry study of the llama´s placenta (Lama guanicoe glama)David Montes Iturrizaga 09 December 2005 (has links)
A placenta de lhama tem sido descrita como epitélio-corial, mas os estudos existentes não aprofundam nos aspectos microscópicos. Para detalhar as características microestruturais foram feitas observações ao microscópio de luz, eletrônico de varredura e de transmissão. Foram coletados 09 úteros grávidos em associação com as membranas fetais, entre 28 a 36 semanas de gestação. Parte do material foi fixado com solução de paraformaldeído 4% e emblocado em paraplast e historesina. Seções de 5µm foram submetidas a colorações de hematoxilina-eosina, Tricrômico de Masson, reações histoquímicas de PAS, Perl?s e fosfatase ácida, e imunohistoquímica para a detecção de uteroferrina. Fragmentos foram fixados com glutaraldeído 2,5%, para microscopia eletrônica de varredura e transmissão. Os resultados observados permitem classificar a placenta da lhama como corioalantóidea, difusa, pregueada, epitéliocorial e o feto esta recoberto pela membrana epidermal. O trofoblasto apresentou células de morfologia variada, desde cúbicas, arredondas até triangulares, com citoplasma contendo grânulos PAS+. Células binucleadas com citoplasma aumentado e núcleos arredondados, bem como células trofoblásticas gigantes com múltiplos núcleos, também foram observadas. As aréolas estavam preenchidas de material PAS positivo Observaram-se grande quantidade de vasos sangüíneos na interface materno-fetal, entre as células do epitélio uterino e ao arredor das projeções coriônicas, as quais eram ramificadas. O mesênquima com fibras colágenas em grande quantidade auxiliam no suporte das projeções coriônicas. Observou-se positividade as reações histoquímicas de PAS, Perl?s e fosfatase ácida, e imunohistoquímica de uteroferrina na interface materno fetal, mas com maior notoriedade no epitélio e lume das glândulas uterinas. Células trofoblásticas gigantes com 4 ou mais núcleos estavam nas projeções coriônicas, mostrando escassa ou nula reatividade histoquímica ao PAS, indicando funcionalidades diferentes das células trofoblásticas mono ou binucleadas. O alantóide estava conformado por uma camada única de células de diferentes alturas, sendo que na superfície destas observaram-se estruturas circulares e poliédricas. A membrana epidermal possui um epitélio estratificado plano de até sete camadas de células mono, bi ou trinucleadas. A alta vascularização das faces materna e fetal, a qual indica uma ótima troca de sustâncias entre ambas faces, e a alta atividade metabólica demonstrada nas glândulas uterinas revelam uma adaptação da gestação desta espécie habitante das altas altitudes da serra do Peru. / The placenta of the llama has been described like epitheliochorial, but existent researches don\'t study in depth microscopic aspects. In order to detail their ultrastructurals characteristics observations were made by light microscopy and scanning electron microscopy (SEM) and transmission electron microscopy (TEM). Samples of nine uteruses between 28 to 36 weeks of pregnancy were collected in association with fetal membranes. A part was fixed with of 4% paraformaldehyde solution and embedded either in paraffin or in glycol methacrylate resin. Sections of 5µm in thickness were stained with haematoxylin and eosin, Masson\'s trichrome staining and PAS (Perl`s and acid fosfatase, and inmunohistochemestry for uteroferrina detection. Another part was fixed with 2,5 % glutaraldehyde and post-fixed in 1% osmium tetroxide and processed for SEM. The trophoblast presented cells of morphology varied, since cubical, rounds off until triangular, with cytoplasm with granules PAS+. Binucleates cells with increased cytoplasm and spherical nucleus, as well as giant trophoblastics cells with multiple nucleus, had been also observed. Aréolas was filled of positive material PAS. Great amount of blood vessels are in the maternofetal interface, between the cells of uterine epithelium and around of the chorionic projections. Collagen fibers are observed in the mesenchymae and inside the chorionic projections. PAS positive reaction was observed in the materno-fetal interface, mane manifest in epithelium and lumen of uterine glands. Giant size trofoblastic cels of 4-7 or more nucleus were found in chorionich proyections, showing scarse or nule histochemistry reactivity, indicating different functionalities of different kind of mono or bi nucleated cells. The allantois is structured by an unique layer of different sizes cells, in their surface are circular and polyhedral structures, representing a morphological consideration from this type of function allantois cells. The epidermal membrane is formed by 7 or more layers of cells with one, two or three nucleus. The superficial layer present more smooth cells. The high vascularization of the maternal and fetal faces indicates an optimal interchange of substances between both. The collagen inside the chorionics projections serves as a support skeleton), and the high metabolic demonstrate activity in uterine glands, develope a pregnacy adaptation of these specie who lives in highs of Perú.
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Fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) na placenta de gestantes com hiperglicemia leve. / Vascular endothelial growth factor (VEGF) in placentas of hyperglycemic disturbs-associated pregnancy.Luciana Pietro 03 July 2008 (has links)
O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença da proteínas - fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e seus receptores R1 (Flt-1) e R2 (Flk-1) em placentas a termo de gestantes com hipergliccemia leve, comparando estes resultados com o observado em placentas de gestantes normoglicêmicas e diabéticas gestacional e clínica, através de reações de imunohistoquímica e Western Blotting. Resultados: em geral, placentas de gestantes normoglicêmicas apresentam reatividade bastante expressiva aos anticorpos contra VEGF, VEGF-R1 e -R2 nas células vasculares e trofoblásticas. Reações destacadamente intensas foram observadas no endotélio capilar, células mesenquimais, sinciciotrofoblasto e células citotrofoblásticas extravilosas para VEGF e VEGF-R2. Estes resultados sugerem que o balance VEGF/VEGFR está alterado nas placentas de gestantes com hiperglicemia leve, o que pode ser um aspecto crucial para explicar a hipercapilarização induzida nos vilos terminais neste distúrbio glicêmicos. / O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença da proteínas - fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e seus receptores R1 (Flt-1) e R2 (Flk-1) em placentas a termo de gestantes com hipergliccemia leve, comparando estes resultados com o observado em placentas de gestantes normoglicêmicas e diabéticas gestacional e clínica, através de reações de imunohistoquímica e Western Blotting. Resultados: em geral, placentas de gestantes normoglicêmicas apresentam reatividade bastante expressiva aos anticorpos contra VEGF, VEGF-R1 e -R2 nas células vasculares e trofoblásticas. Reações destacadamente intensas foram observadas no endotélio capilar, células mesenquimais, sinciciotrofoblasto e células citotrofoblásticas extravilosas para VEGF e VEGF-R2. Estes resultados sugerem que o balance VEGF/VEGFR está alterado nas placentas de gestantes com hiperglicemia leve, o que pode ser um aspecto crucial para explicar a hipercapilarização induzida nos vilos terminais neste distúrbio glicêmicos.
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Expressão tecido específica do fator de inibição de migração de macrófagos (Mif) na interface materno fetal em camundongos / Tissue specific expression of macrophage migration inhibitory factor (Mif) at the mouse maternal fetal interfaceMiriam Rubio Faria 18 January 2010 (has links)
Neste estudo caracterizamos a expressão de Mif nas células trofoblásticas (CT), placentárias e decidua (D) na gestação em camundongos.A imunolocalização foi realizada nos dias de gestação(dg) 7,5, 10,5, 13,5 e 17,5.Com cones ectoplacentários e placentas fetais (PL) realizou-se ensaios de Western blotting e qRT-PCR nos mesmos dg.D foram submetidas a qPCR.Aos 7,5 dg as CT gigantes e D apresentaram imunomarcação.Dos 10,5 ao 17,5 dg o Mif concentrou-se nas CTG e no espongiotrofoblasto.Na D, a imunomarcação foi menor que aos 7,5 dg.A expressão protéica na PL aumentou do 7,5 dg para o 10,5 dg (p=0,005) e para o 13,5 dg (p=0.03).A maior expressão gênica foi em 10,5 dg e diferente em 13,5 dg (p=0,048) e 17,5 dg (p=0,009).Na D, a maior expressão gênica foi em 7,5 dg e diferente dos 10,5 (0,012) e 13,5 (0,032) dg.O aumento da expressão de Mif na PL coincide com a organização em quatro camadas e com o início da circulação fetal.Esta distribuição temporal e tecido-específica sugere o MIF como modulador no início da placentação ou na sua adaptação ao ambiente uterino / The goal of this study was to characterize Mif expression by trophoblast (TC),fetal placenta (FP) and decidua (D) during mouse pregnancy.Mif was immunolocalized at TC and D on gestation days (gd) 7.5, 10.5, 13.5 and 17.5.Ectoplacental cones (EC) and FP were used for Western blotting and qPCR.D were also used for qRT-PCR.On gd 7.5,DC and TC giant (TGC) showed strong reactivity.On gds 10.517.5,were concentrated in TGC and spongiotrophoblast cells. D reactivity was weaker than 7.5 gd.Protein expression at FP increased from gd 7.5 to 10.5 (p=0.005) and to 13.5 (p=0.03).Higher mRNA expression was found on gd 10.5 and was different from gds 13.5 (p=0.048) and 17.5 (p=0.009).At D on gd 7.5 was greater than those on gds 10.5 (0,012) and 13.5 (0,032).The up-regulation of Mif coincides with the stage that placenta assumes its four-layered organization and the fetal blood circulation begins,This temporal tissue-specific distribution and expression data suggests that Mif may play a modulator role in the onset of placentation or in it adaptation to the uterine environment
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Mechanism of Activation by Autophosphorylation of an S6/H4 Kinase Isolated From Human PlacentaBenner, Gretchen E. (Gretchen Evonne) 12 1900 (has links)
A novel molecular mechanism of autophosphorylation-dependent activation of the ser/thr S6/H4 kinase isolated from human placenta is described. Phosphopeptide mapping of the enzyme was used to determine the rate and extent of site-specific autophosphorylation. These data were correlated to phosphotransferase activity of the protein kinase. The results indicated that a sequential phosphorylation of two sites in the catalytic domain is required for maximum activation. Kinetic analysis determined that site 1 is modified by an intramolecular phosphorylation, and site 2 is modified by an intermolecular phosphorylation. On the basis of these data a model is proposed in which autophosphorylation of the pseudosubstrate domain and on a serine residue in subdomain VIII are both required for maximum activation of the S6/H4 kinase.
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Étude échographique de la vascularisation placentaire au 1er trimestre de la grossesse pour la prédiction de la pré-éclampsieDemers, Suzanne 23 April 2018 (has links)
Tableau d'honneur de la Faculté des études supérieures et postdorales, 2015-2016 / La pré-éclampsie (PE) est une complication de la grossesse entrainant de graves conséquences chez la femme et l’enfant. Il n’existe à ce jour aucun traitement afin de soigner la maladie lorsque celle-ci se déclare. Certaines thérapies existent toutefois afin de prévenir la maladie mais celles-ci doivent être débutées tôt en grossesse. Il devient alors impératif d’identifier les femmes à risque de développer une PE dès le 1er trimestre de la grossesse. Notre objectif est d’évaluer la vascularisation placentaire au 1er trimestre comme marqueur échographique dans la prédiction de la PE. Les résultats de notre étude cas témoins rapportent des indices de vascularisation placentaire diminués chez les femmes qui développeront une PE en grossesse. Ce marqueur pourrait donc être utilisé, seul ou en combinaison avec d’autres marqueurs (ex. biochimiques, biophysiques) dans la prédiction de la maladie tôt en grossesse. / Pre-eclampsia (PE) is a complication of pregnancy leading to severe consequences for both women and children. At present there is no treatment to cure the condition when it occurs. However, there are therapies that can prevent the disease when they are administered early in pregnancy. It is therefore critical to identify women at risk of developing PE early, within the first trimester of pregnancy. Our objective was to evaluate the use of placental vasculature in the first trimester as an ultrasound marker to predict PE. Our case-control study suggested that placental vascularization indices decreased in women who develop PE in pregnancy. This indicator could therefore be used alone or in combination with other markers (e.g. biochemical, biophysical) in the prediction of the disease early in pregnancy.
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