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Pneumonia hospitalar causada por Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenem: fatores de risco e impacto do tratamento e da presença da metalo-beta-lactamase SPM-1 na evolução clínica / Nosocomial Pneumonia due to carbapenem-resistant Pseudomonas aeruginosa: risk factors and impact of treatment and presence of metallo-beta-lactamase SPM-1 on clinical outcome

Furtado, Guilherme Henrique Campos [UNIFESP] 25 June 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:36Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2008-06-25. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:25:44Z : No. of bitstreams: 1 Publico-10785.pdf: 1454333 bytes, checksum: 1773b999177d308849498e6df3d6f921 (MD5) / Objetivo: O estudo procurou determinar os fatores de risco independentes para o surgimento de pneumonia hospitalar por Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenem em uma UTI clinico-cirurgica. Foram tambem estudados os fatores relacionados a evolucao desfavoravel nesses episodios de pneumonia nosocomial tratados com polimixina B e os fatores de risco e evolucao dos episodios causados por cepas portadoras da metalo-ƒÀ-lactamase SPM-1. Metodo: O estudo foi realizado no Hospital Sao Paulo, hospital terciario de ensino da Universidade Federal de Sao Paulo. No estudo de fatores de risco para pneumonia hospitalar por Pseudomonas aeruginosa, foram avaliados pacientes internados na UTI da Anestesiologia, no periodo de 2002 a 2005, atraves de um estudo tipo caso-casocontrole. Pacientes com episodios de pneumonia com cepas resistentes a imipenem e pacientes com pneumonia por cepas sensiveis a imipenem foram designados como casos resistentes (estudos Ia) e sensiveis (estudo Ib), respectivamente. Os controles foram pacientes da mesma unidade, internados no mesmo periodo. O segundo estudo, sobre evolucao clinica em pacientes tratados com polimixina B, analisou pacientes internados em UTIs do hospital, no periodo de 1997 a 2005, atraves de um estudo caso-controle aninhado dentro dessa coorte. Os casos foram pacientes com evolucao desfavoravel, e os controles foram pacientes com evolucao favoravel. O terceiro estudo utilizou tambem a metodologia caso-controle aninhado nessa mesma coorte de pacientes. Os casos eram pacientes com pneumonia por cepas de Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenem e portadora da metaloenzima SPM-1, e os controles eram pacientes com cepas sem a presenca dessa metaloenzima. Resultados: Nos estudos Ia e Ib, 58 casos resistentes, 47 casos sensiveis e 237 controles foram avaliados. Os fatores independentemente relacionados ao surgimento de pneumonia no estudo Ia foram: tempo de hospitalizacao(OR 1,19 IC95%: 1,12-1,26, p< 0,001); escore APACHE II( OR 1,11 IC95%: 1,01-1,22, p=0,03); sexo masculino(OR 8,01 IC95%: 1,66-38,51, p=0,009); uso de hemodialise(OR 6,85 IC95%: 1,33-35,2, p=0,02); uso de corticoide (OR 13,18 IC95%:3,80-45,64,p<0,001); uso de piperacilina-tazobactam(OR 14,31 IC95%:1,02- 200,16, p=0,04) e uso de cefalosporinas de 3a geracao(OR 7,45 IC95%: 1,80-30,86, p=0,006). Os fatores independentemente relacionados ao surgimento de pneumonia nosocomial por Pseudomonas aeruginosa sensivel a carbapenem ( estudo Ib) foram: tempo de internacao na UTI( OR 1,02 IC95%: 1,01-1,04, p=0,004) e uso de corticoide(OR 12,32 IC95%: 5,81-26,10, p< 0,001). O unico fator independentemente relacionado ao surgimento de pneumonia nos dois estudos foi o uso de corticoide. Portanto, a razao de chances real do uso de corticoide no surgimento de episodios de pneumonia por Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenem foi de 1,06 (valor da OR do estudo Ia dividido pela OR do estudo Ib). Setenta e quatro pacientes com pneumonia hospitalar tratados com polimixina B foram avaliados quanto a evolucao. A mortalidade atribuivel a pneumonia causada por Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenem foi de 29,8%. Os fatores relacionados a evolucao desfavoravel nesses episodios de pneumonia foram: presenca de choque septico (OR 4,81 IC95%: 1,42-16,25, p=0,01) e presenca de sindrome do desconforto respiratorio agudo ( OR 11,29 IC95%: 2,64-48,22, p=0,001). Vinte e nove desses 74 pacientes foram analisados quanto a presenca de metalo-ƒÀ- lactamases. Apenas cinco pacientes apresentavam cepas produtoras de SPM-1. A presenca de SPM-1 nao teve impacto na evolucao desses episodios (p=0,67). O tratamento combinado com polimixina B e imipenem, em pacientes com Pseudomonas aeruginosa sem a presenca da SPM-1, nao teve impacto positivo na evolucao clinica (p=0,67), nem na sobrevida desses pacientes. Nenhuma variavel se mostrou independentemente associada ao surgimento de episodios de pneumonia por cepas portadoras de SPM-1. Apenas o sexo feminino apresentou uma tendencia na analise univariada (OR 9,71; IC95%: 0,92-103,04; p=0,05). Tambem nao houve diferenca nas variaveis relacionadas a evolucao clinica entre os pacientes com cepas de Pseudomonas aeruginosa produtora de SPM-1. Conclusoes: Em nosso estudo, o uso de corticoide foi a unica variavel independentemente relacionada ao surgimento de pneumonia nosocomial por Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenem. A presenca de choque septico e da sindrome do desconforto respiratorio agudo foram fatores relacionados a evolucao desfavoravel nesses episodios. Nao encontramos variaveis relacionadas a presenca da metalo-enzima SPM-1. A presenca dessa enzima nao teve impacto na evolucao clinica nesse tipo de infeccao. / Objective: The study sought to determine the risk factors independently associated to nosocomial pneumonia due to carbapenem-resistant Pseudomonas aeruginosa in a medical-surgical ICU. The factors associated to unfavorable outcome on those patients who were treated with polymyxin B were evaluated as well as the outcome in episodes caused by strains harboring the metallo-ƒÀ- lactamase SPM-1. Methods: The study was undertaken at Hospital Sao Paulo, a university-affiliated hospital. We evaluated patients admitted to Anestesiology ICU through a case-case-control study, between 2002 and 2005. Patients with nosocomial pneumonia caused by resistant and susceptible strains were designed as resistant cases (study 1) and susceptible cases ( study 2), respectively. The controls were patients admitted to the same unit in the same period. The second study addressed the outcome of patients admitted to ICUs with nosocomial pneumonia due to carbapenem-resistant Pseudomonas aeruginosa who were treated with polymyxin B. Patients admitted to the ICUs between 1997-2005 were enrolled for the study. A nested case-control was undertaken. Cases were patients with unfavorable outcome and controls were patients with favorable outcome. The third study was undertaken through a nested case-control methodology as well. Cases were patients with nosocomial pneumonia caused by carbapenem-resistant Pseudomonas aeruginosa harboring the metalloenzyme SPM-1, and controls were patients without SPM-1. Results: 58 resistant cases, 47 susceptible cases and 237 controls were evaluated.The risk factors independently associated to nosocomial pneumonia in study 1 were: duration of hospitalization( OR 1,19 CI95%: 1,12-1,26, p< 0,001); APACHE II score(OR 1,11 CI95%: 1,01-1,22, p=0,03); male sex(OR 8,01 CI95%: 1,66-38,51, p=0,009); receipt of hemodyalisis(OR 6,85 CI95%:1,33-35,2, p=0,02); receipt of corticosteroid (OR 13,18 CI95%:3,80-45,64, p< 0,001); receipt of piperacillin-tazobactam ( OR 14,31 CI95%:1,02-200,16, p=0,04) and receipt of 3rd-generation cephalosporins( OR 7,45 CI95%: 1,80-30,86, p=0,006). The risk factors independently associated to nosocomial pneumonia caused by carbapenem-susceptible Pseudomonas aeruginosa( study 2) were: duration of ICU stay(OR 1,02 CI95%: 1,01-1,04, p= 0,004) and receipt of corticosteroid( OR 12,32 CI95%: 5,81-26,10, p< 0,001). The sole independently risk factor that was present in the two studies was the corticosteroid use. Thus, the real OR for the variable found in the study was 1,06 ( OR of study 1 divided by OR of study 2). 74 patients with nosocomial pneumonia treated with polymyxin B were evaluated. The factors associated to a unfavorable outcome were: presence of septic shock(OR 4,81 CI95%:1,42-16,25, p= 0,01) and presence of acute respiratory distress syndrome( OR 11,29 CI95%:2,64-48,22, p=0,001). 29 strains were evaluated concerning the presence of metallo-â- lactamases. Only five strains were positive for SPM-1. The presence of SPM-1 didn’t have impact on the outcome of these episodes (p=0,67). The combined treatment with polymyxin B and imipenem in patients without SPM-1 did not have positive impact on the outcome (p=0,67). None variable was independently associated to nosocomial pneumonia caused by SPM-1-positive strains. Only female sex showed a trend in univariate analysis (OR 9,71; CI95%: 0,92-103,04; p=0,05). There was no difference in outcome in episodes caused by Pseudomonas aeruginosa strains harboring SPM-1 compared to strains without SPM-1. Conclusions: The receipt of corticosteroid was the sole independently risk factor associated to nosocomial pneumonia caused by carbapenem-resistant Pseudomonas aeruginosa. The presence of septic shock and acute respiratory distress syndrome (ARDS) were the only factors related to unfavorable outcome. None variable was associated to the presence of metallo-â-lactamase SPM-1. In addition, the presence of this enzyme did not have impact on clinical outcome. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Estudo epidemiológico sobre pneumonia hospitalar em pacientes com trauma por acidente de transporte / Epidemiological Study of Hospital Pneumonia in Patients with Trauma Due to Traffic Accidents

Pagnano, Rosana Claudia Lovato 11 February 2005 (has links)
O trauma é uma doença que representa um problema de saúde pública de grande magnitude e transcendência no Brasil, que tem causado forte impacto na morbidade e mortalidade da população, com profundas repercussões nas estruturas sociais, econômicas e políticas de nossa sociedade. Diante da necessidade de métodos de diagnóstico e tratamento invasivos e devido à lesão traumática criar um estado de relativa imunossupressão, a evolução clínica do politraumatizado apresenta muitas variáveis que se destacam como fatores de risco para infecções hospitalares, dentre elas a pneumonia hospitalar. Esta investigação tem por objetivo estimar a incidência de pneumonia hospitalar em pacientes com trauma por acidente de transporte, identificar aqueles que desenvolveram a infecção segundo sexo, idade, doenças de base, segmento(s) afetado(s), gravidade da lesão, tempo de permanência da internação hospitalar, condições de alta, intubação endotraqueal e/ou traqueostomia, uso de ventilação mecânica, realização de toracotomia e drenagem torácica, uso de antimicrobianos profiláticos e realização de procedimentos cirúrgicos, e identificar fatores de risco para seu aparecimento. Foi realizado um estudo analítico, transversal, no qual a população estudada foi de pacientes com trauma por acidente de transporte, atendidos na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. O processamento dos dados foi realizado utilizando-se programas STATA 2.0 e Epi-Info versão 2002 e para o modelo de regressão logística múltiplo o programa usado foi o SAS versão 8. Do total de 309 registros levantados, 44 foram excluídos do levantamento, resultando em 265 prontuários considerados como a amostra do estudo. Os critérios de inclusão usados foram referentes a todas as vítimas de acidente de transporte, com idade maior ou igual a 12 anos, que permaneceram internados por período mínimo de 48 horas, durante os meses de janeiro a dezembro de 2002. A média de idade foi de 33,4 anos com mediana de 30 (amplitude de variação entre 12 a 80 anos), sendo que 224 (84,5%) eram do sexo masculino e 41 (15,5%) do sexo feminino. A média para o Injury Severity Score (ISS) foi de 13,2 com mediana de 9 (amplitude de variação entre 1 a 75). O tempo médio de internação hospitalar foi de 12,3 dias com mediana de 7 dias (amplitude de variação entre 2 a 80 dias). Dos 265 pacientes da amostra, 59 internaram no Centro de Terapia Intensiva (22,2%) mostrando média de permanência de 14 dias com mediana de 10 (amplitude de variação entre 1 a 75 dias). A taxa de incidência encontrada para a pneumonia hospitalar foi de 15,1%, onde o tempo médio de comprovação do diagnóstico foi de 6 dias. O modelo de regressão logística múltiplo encontrou que a variável sexo apresenta um risco adicional de 1,75 para a pneumonia nas mulheres (Odds Ratio ajustado de 16,0; p = 0,02). Constatou-se também que o ISS, a intubação traqueal e a drenagem torácica apresentaram percentuais maiores no sexo feminino em relação ao masculino. Na amostra total foi encontrado que o trauma de cabeça apresenta um risco adicional de 16,36 (Odds Ratio ajustado de 6,79; p = 0,04). Para a gravidade do nível da lesão o teste mostrou significância para os valores do ISS entre 19 a 22, dando um risco adicional de 82,22 (Odds Ratio ajustado de 59,61; p = 0,04). Para os dias de internação hospitalar ocorreu uma forte significância no reagrupamento, cujo intervalo de permanência hospitalar variou de 16 a 80 dias, apresentando um risco adicional de 48,66 (Odds Ratio ajustado de 135,61; p < 0,01). O procedimento de intubação traqueal mostrou risco adicional de 63,00 (Odds Ratio ajustado de 45,68; p < 0,01) e para a drenagem torácica encontramos um risco adicional de 9,33 (Odds Ratio ajustado de 13,64; p = 0,04). Como conclusão, este estudo indica que a incidência de pneumonia hospitalar se deve principalmente ao fato desta população ter sido submetida a procedimentos invasivos de tratamento, fato demonstrado também na literatura. Entretanto, na população estudada vimos que o nível de gravidade da lesão e o tempo de permanência hospitalar mostram-se menores em relação a outros estudos. Estes resultados fornecem uma linha de base para discussões sobre mudanças na abordagem destes doentes. / Trauma is a disease that represents a public health problem of great magnitude and transcendence in Brazil, with a strong impact on the morbidity and mortality of the population and profound repercussions on the social, economic and political structures of our society. In view of the necessity of invasive diagnostic and treatment methods and considering that traumatic injury creates a state of relative immunosuppression, the clinical course of polytraumatized patients presents many variables that are particularly important as risk factors for hospital infections, among them hospital pneumonia. The objective of the present investigation was to estimate the incidence of hospital pneumonia among patients with traumas due to traffic accidents, to identify those that developed this infection according to sex, age, previous history, type of trauma, severity of the injury, duration of hospitalization, discharge conditions, endotracheal intubation and/or tracheostomy, use of mechanical ventilation, thoracotomy and chest drainage, use of prophylactic antibiotic, and execution of surgical procedures, and to identify risk factors for to appearing. An analytical, cross-sectional study was conducted on a population of patients with trauma due to traffic accidents attended at the Emergency Unity of the University Hospital, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo. Data were processed with the STATA 2.0 and Epi-Info version 2002 software and the multiple logistic regression model was applied using the SAS version 8 software. Of the 309 records surveyed, 44 were excluded, resulting in 265 medical records considered to represent the study sample. The inclusion criterion was: all victims of traffic accidents aged 12 years or older who were admitted for at least 48 hours during the months of January to December 2002. Mean age was 33.4 years and the median was 30 years (range: 12 to 80 years); 224 (84.5%) were males and 41 (15.5%) were females. Mean Injury Severity Score (ISS) was 13.2 and the median 9 (range: 0 to 99). Mean time of hospitalization was 12.3 days, with a median of 7 days (range: 2 to 8 days). Of the 265 patients in the sample, 59 were admitted to the Intensive Care Unit (22.2%), with a mean permanence of 14 days, median of 10 days (range: 1 to 75 days). The rate of incidence of hospital pneumonia detected was 15.1%, with a mean time of diagnostic confirmation of 6 days. The multiple logistic regression model revealed that the sex variable presented an additional risk of 1.75 for pneumonia among women (adjusted Odds Ratio of 16.0; p = 0.02). We also observed higher percentages of ISS, tracheal intubation and chest drainage among women compared to men. For the sample as a whole, head trauma was found to present an additional risk of 16.36 (adjusted Odds Ratio of 6.79; p = 0.04). For the severity of injury level the test showed significance for ISS values between 19 and 22, with an additional risk of 82.22 (adjusted Odds Ratio 59.61; p = 0.04). For the days of hospitalization there was strong significance in regrouping, with hospital permanence ranging from 16 to 80 days, with an additional risk of 48.66 (adjusted Odds Ratio of 135.61; p < 0.01). The procedure of tracheal intubation showed an additional risk of 63.00 (adjusted Odds Ratio of 45.68; p < 0.01) and chest drainage showed an additional risk of 9.33 (adjusted Odds Ratio of 13.64; p = 0.04). We conclude that the present study indicate that the incidence of hospital pneumonia was mainly due to the fact that this population was submitted to invasive treatment procedures, a fact also demonstrated in the literature. However, we observed that in the study population the level of severity of the injury and the time of hospitalization were lower than those reported in other studies. These findings provide a baseline for a discussion of changes in the approach to these patients.
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Estudo epidemiológico sobre pneumonia hospitalar em pacientes com trauma por acidente de transporte / Epidemiological Study of Hospital Pneumonia in Patients with Trauma Due to Traffic Accidents

Rosana Claudia Lovato Pagnano 11 February 2005 (has links)
O trauma é uma doença que representa um problema de saúde pública de grande magnitude e transcendência no Brasil, que tem causado forte impacto na morbidade e mortalidade da população, com profundas repercussões nas estruturas sociais, econômicas e políticas de nossa sociedade. Diante da necessidade de métodos de diagnóstico e tratamento invasivos e devido à lesão traumática criar um estado de relativa imunossupressão, a evolução clínica do politraumatizado apresenta muitas variáveis que se destacam como fatores de risco para infecções hospitalares, dentre elas a pneumonia hospitalar. Esta investigação tem por objetivo estimar a incidência de pneumonia hospitalar em pacientes com trauma por acidente de transporte, identificar aqueles que desenvolveram a infecção segundo sexo, idade, doenças de base, segmento(s) afetado(s), gravidade da lesão, tempo de permanência da internação hospitalar, condições de alta, intubação endotraqueal e/ou traqueostomia, uso de ventilação mecânica, realização de toracotomia e drenagem torácica, uso de antimicrobianos profiláticos e realização de procedimentos cirúrgicos, e identificar fatores de risco para seu aparecimento. Foi realizado um estudo analítico, transversal, no qual a população estudada foi de pacientes com trauma por acidente de transporte, atendidos na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. O processamento dos dados foi realizado utilizando-se programas STATA 2.0 e Epi-Info versão 2002 e para o modelo de regressão logística múltiplo o programa usado foi o SAS versão 8. Do total de 309 registros levantados, 44 foram excluídos do levantamento, resultando em 265 prontuários considerados como a amostra do estudo. Os critérios de inclusão usados foram referentes a todas as vítimas de acidente de transporte, com idade maior ou igual a 12 anos, que permaneceram internados por período mínimo de 48 horas, durante os meses de janeiro a dezembro de 2002. A média de idade foi de 33,4 anos com mediana de 30 (amplitude de variação entre 12 a 80 anos), sendo que 224 (84,5%) eram do sexo masculino e 41 (15,5%) do sexo feminino. A média para o Injury Severity Score (ISS) foi de 13,2 com mediana de 9 (amplitude de variação entre 1 a 75). O tempo médio de internação hospitalar foi de 12,3 dias com mediana de 7 dias (amplitude de variação entre 2 a 80 dias). Dos 265 pacientes da amostra, 59 internaram no Centro de Terapia Intensiva (22,2%) mostrando média de permanência de 14 dias com mediana de 10 (amplitude de variação entre 1 a 75 dias). A taxa de incidência encontrada para a pneumonia hospitalar foi de 15,1%, onde o tempo médio de comprovação do diagnóstico foi de 6 dias. O modelo de regressão logística múltiplo encontrou que a variável sexo apresenta um risco adicional de 1,75 para a pneumonia nas mulheres (Odds Ratio ajustado de 16,0; p = 0,02). Constatou-se também que o ISS, a intubação traqueal e a drenagem torácica apresentaram percentuais maiores no sexo feminino em relação ao masculino. Na amostra total foi encontrado que o trauma de cabeça apresenta um risco adicional de 16,36 (Odds Ratio ajustado de 6,79; p = 0,04). Para a gravidade do nível da lesão o teste mostrou significância para os valores do ISS entre 19 a 22, dando um risco adicional de 82,22 (Odds Ratio ajustado de 59,61; p = 0,04). Para os dias de internação hospitalar ocorreu uma forte significância no reagrupamento, cujo intervalo de permanência hospitalar variou de 16 a 80 dias, apresentando um risco adicional de 48,66 (Odds Ratio ajustado de 135,61; p < 0,01). O procedimento de intubação traqueal mostrou risco adicional de 63,00 (Odds Ratio ajustado de 45,68; p < 0,01) e para a drenagem torácica encontramos um risco adicional de 9,33 (Odds Ratio ajustado de 13,64; p = 0,04). Como conclusão, este estudo indica que a incidência de pneumonia hospitalar se deve principalmente ao fato desta população ter sido submetida a procedimentos invasivos de tratamento, fato demonstrado também na literatura. Entretanto, na população estudada vimos que o nível de gravidade da lesão e o tempo de permanência hospitalar mostram-se menores em relação a outros estudos. Estes resultados fornecem uma linha de base para discussões sobre mudanças na abordagem destes doentes. / Trauma is a disease that represents a public health problem of great magnitude and transcendence in Brazil, with a strong impact on the morbidity and mortality of the population and profound repercussions on the social, economic and political structures of our society. In view of the necessity of invasive diagnostic and treatment methods and considering that traumatic injury creates a state of relative immunosuppression, the clinical course of polytraumatized patients presents many variables that are particularly important as risk factors for hospital infections, among them hospital pneumonia. The objective of the present investigation was to estimate the incidence of hospital pneumonia among patients with traumas due to traffic accidents, to identify those that developed this infection according to sex, age, previous history, type of trauma, severity of the injury, duration of hospitalization, discharge conditions, endotracheal intubation and/or tracheostomy, use of mechanical ventilation, thoracotomy and chest drainage, use of prophylactic antibiotic, and execution of surgical procedures, and to identify risk factors for to appearing. An analytical, cross-sectional study was conducted on a population of patients with trauma due to traffic accidents attended at the Emergency Unity of the University Hospital, Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo. Data were processed with the STATA 2.0 and Epi-Info version 2002 software and the multiple logistic regression model was applied using the SAS version 8 software. Of the 309 records surveyed, 44 were excluded, resulting in 265 medical records considered to represent the study sample. The inclusion criterion was: all victims of traffic accidents aged 12 years or older who were admitted for at least 48 hours during the months of January to December 2002. Mean age was 33.4 years and the median was 30 years (range: 12 to 80 years); 224 (84.5%) were males and 41 (15.5%) were females. Mean Injury Severity Score (ISS) was 13.2 and the median 9 (range: 0 to 99). Mean time of hospitalization was 12.3 days, with a median of 7 days (range: 2 to 8 days). Of the 265 patients in the sample, 59 were admitted to the Intensive Care Unit (22.2%), with a mean permanence of 14 days, median of 10 days (range: 1 to 75 days). The rate of incidence of hospital pneumonia detected was 15.1%, with a mean time of diagnostic confirmation of 6 days. The multiple logistic regression model revealed that the sex variable presented an additional risk of 1.75 for pneumonia among women (adjusted Odds Ratio of 16.0; p = 0.02). We also observed higher percentages of ISS, tracheal intubation and chest drainage among women compared to men. For the sample as a whole, head trauma was found to present an additional risk of 16.36 (adjusted Odds Ratio of 6.79; p = 0.04). For the severity of injury level the test showed significance for ISS values between 19 and 22, with an additional risk of 82.22 (adjusted Odds Ratio 59.61; p = 0.04). For the days of hospitalization there was strong significance in regrouping, with hospital permanence ranging from 16 to 80 days, with an additional risk of 48.66 (adjusted Odds Ratio of 135.61; p < 0.01). The procedure of tracheal intubation showed an additional risk of 63.00 (adjusted Odds Ratio of 45.68; p < 0.01) and chest drainage showed an additional risk of 9.33 (adjusted Odds Ratio of 13.64; p = 0.04). We conclude that the present study indicate that the incidence of hospital pneumonia was mainly due to the fact that this population was submitted to invasive treatment procedures, a fact also demonstrated in the literature. However, we observed that in the study population the level of severity of the injury and the time of hospitalization were lower than those reported in other studies. These findings provide a baseline for a discussion of changes in the approach to these patients.
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Infecção hospitalar: mortalidade, sobrevida e fatores prognósticos no Hospital Universitário Professor Edgard Santos-UFBA

Gusmão, Maria Enoy Neves January 2008 (has links)
Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-05-31T14:32:19Z No. of bitstreams: 1 Tese Enoy Gusmão. 2013.pdf: 1568689 bytes, checksum: 055340faa9c25fcd0fe1a21fb66e8bd2 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-05-31T14:32:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese Enoy Gusmão. 2013.pdf: 1568689 bytes, checksum: 055340faa9c25fcd0fe1a21fb66e8bd2 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-31T14:32:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese Enoy Gusmão. 2013.pdf: 1568689 bytes, checksum: 055340faa9c25fcd0fe1a21fb66e8bd2 (MD5) Previous issue date: 2008 / Esta investigação tem como objetivo caracterizar a população de pacientes que cursaram com infecção hospitalar (IH), enfatizando os casos de pneumonia hospitalar (PH) do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005. A definição da IH e da PH foi baseada em critérios recomendados pelo CDC e pela Portaria 2.516 do MS. Trata-se de um estudo descritivo realizado com dados do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HUPES/UFBA. Dos 1.142 casos de IH pouco mais da metade (50,61%) era do sexo feminino, a maioria com idade ≥ 50 anos (54,55%), 43,52% adquiriram pneumonia hospitalar, 41,24% foram internados na UTI e 43,26% submeteu-se à cirurgia. Mais de 37 % fez uso de ventilação mecânica e 27,06% foi a óbito. Entre os casos com PH, os homens (p=0,048), aqueles com idades ≥70 anos (p=0,045) e ser expostos a procedimentos cirúrgicos (p=0,008) mostrou-se como um fator importante e estatisticamente significante ao comparar com aqueles sem a PH. Assim como, para os internados na UTI, os que usaram: entubação, ventilação, mecânica, nebulização, cirurgia, traqueostomia, sonda nasogástrica, sonda nasoenteral, antiácidos e corticóides, foi encontrado uma diferença estatisticamente significante (p=0,000). A grande maioria daqueles com PH que usaram VM e os que estiveram na UTI (92,80%), foram submetidos a cirurgia (78,41%) (p=0,000). Destes casos 35,98% foi a óbito. Do total com PH, 27,23% apresentaram PH somente e 16,29% PH mais outras IH. Dos casos com PH 37,62 % foram a óbito (31,72% PH somente e 28,80% PH mais outras IH). Deste modo, percebe-se que a população estudada era aparentemente grave, por ser constituída de uma grande proporção de casos com PH que foi a óbito sendo a maioria destes com pneumonia somente. / Salvador

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