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Suscetibilidade genética e farmacogenética da malária causada por P. vivax na Amazônia brasileiraSortica, Vinicius de Albuquerque January 2013 (has links)
A malária é uma das doenças infecciosas mais graves que afligem a espécie humana, sendo endêmica na maioria das regiões tropicais e subtropicais do mundo. Em humanos, essa doença é causada pelos protozoários Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae, Plasmodium ovale, Plasmodium vivax e Plasmodium knowlesi, que são transmitidos ao hospedeiro pela picada dos mosquitos do gênero Anopheles. No Brasil, 87% dos casos de malária ocorrem pela infecção por P. vivax e as infecções por P. falciparum e infecções mistas representam o restante. As infecções por P. vivax foram tradicionalmente relacionadas com casos mais brandos de malária e pesquisas sobre essas infecções foram por muito tempo negligenciadas pela comunidade científica e indústrias farmacêuticas. Atualmente, casos severos e mortes por essas infecções são cada vez mais frequentes, tornando essa espécie de Plasmodium um importante alvo para os programas de controle e erradicação da malária. Apesar das evidências mostrarem que há variabilidade entre os indivíduos na suscetibilidade e resposta ao tratamento da malária, estudos relacionados com a influência genética da resposta imunológica na suscetibilidade ou resistência nas infecções por P. vivax são escassos, e pesquisas sobre a variabilidade genética da resposta ao tratamento com os fármacos utilizados no tratamento dessas infecções são inexistentes. No presente trabalho, foram investigados a influência de 33 polimorfismos nos genes IL1B, IL2, IL4, IL4R, IL6, IL8, IL10, IL12A, IL12B, IL12RB1, SP110, TNF, TNFRSF1A, IFNG, IFNGR1, VDR, PTPN22 e P2X7 na suscetibilidade à malária e na evolução clínica dessa doença. Também foram investigados 30 polimorfismos nos genes CYP1A2, CYP2C8, CYP2C9, CYP3A4, CYP3A5, SLCO1A2, SLCO1B1, SLCO1B3 e SLCO2B1 na resposta ao tratamento da malária. Entre os anos de 2002 e 2009, 216 pacientes naturais do estado do Pará diagnosticados com malária causada por P. vivax aceitaram participar do estudo. Todos os pacientes fizeram o tratamento padrão com cloroquina associada à primaquina. Desse grupo de pacientes, 167 foram avaliados clinicamente durante o período do tratamento e os níveis de parasitemia e gametocitemia foram estimados diariamente. Além dos genes em estudos, os pacientes também foram genotipados para a enzima G6PD. A ancestralidade genética desses pacientes foi estimada por um conjunto de 48 marcadores de ancestralidade. 10 O presente trabalho descreve a associação de polimorfismos nos genes IL1B, IL4R, IL12RB1 e TNF com a suscetibilidade à malária, e dos polimorfismos nos genes IL6, IL12B e VDR aos níveis de parasitemia e gametocitemia. Já as variantes nos genes IL6 e IL10 foram associadas à severidade dos sintomas nas infecções por P. vivax. Esse trabalho, também demonstra que alelos dos genes CYP2C8, ABCB1, SLCO1B1 e SLCO2B1 influenciam a resposta ao tratamento da malária. Variantes nesses genes estão associadas a uma resposta mais rápida à medicação fazendo com que seus portadores eliminem os parasitos e gametócitos em menor tempo. Esses resultados contribuem para a compreensão da malária e podem ajudar na obtenção de métodos de controle e esquemas terapêuticos mais eficientes para o controle dessa doença. / Malaria is a major infection disease that affects human species, and is spread in tropical and sub-tropical regions in different continents. This disease is caused by Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae, Plasmodium ovale, Plasmodium vivax and Plasmodium knowlesi protozoan which are transmitted to humans by Anopheles mosquito bites. In Brazil, 87% of malaria infections result from P. vivax infections, P. falciparum and mixed infections represent all other cases. P. vivax infections were traditionally related to malaria milder symptoms therefore research in such infections was neglected by the scientific community and pharmaceutical industries. At present severe cases and deaths by these infections are more frequent and P. vivax become an important target for malaria control and elimination program. Despite evidences showing malaria susceptibility and treatment response variability, studies in immune system response related to P. vivax malaria susceptibility are scarce. In the present study 33 polymorphisms in IL1B, IL2, IL4, IL4R, IL6, IL8, IL10, IL12A, IL12B, IL12RB1, SP110, TNF, TNFRSF1A, IFNG, IFNGR1, VDR, PTPN22 and P2X7 genes were investigated for association with malaria susceptibility, and its clinical aspects. Thirty polymorphisms in CYP1A2, CYP2C8, CYP2C9, CYP3A4, CYP3A5, SLCO1A2, SLCO1B1, SLCO1B3 and SLCO2B1 genes were investigated in relation to malaria treatment outcomes. Two hundred and sixteen (216) patients diagnosed with P. vivax malaria recruited during the period 2002-2009, who were born in Pará state, Brazil were enrolled in the study. All patients received chloroquine and primaquine standard treatment regimens. From these group of patients, 167 were clinically evaluated during treatment and have parasitemia and gametocytemia levels estimated daily. Besides the investigated genes, the patients were genotyped for G6PD. Genetic ancestry was estimated by a set of 48 ancestry markers. The present work reports that IL1B, IL4R, IL12RB1 and TNF gene polymorphisms were associated with malaria susceptibility, whereas IL6, IL12B and VDR gene polymorphisms were associated with parasitemia and gametocytemia levels. IL6 and IL10 genetic variants were associated with malaria symptoms intensity in P. vivax infections. The present work also reports the influence of CYP2C8, ABCB1, SLCO1B1 and SLCO2B1 alleles on malaria treatment response. Genetic variants in these genes were associated with a faster drug response and patients with these variants present parasites and gametocytes clearance in a shorter time. These results have a great value for malaria understanding and could help to improve disease control and therapeutic regimen to more efficient methods to control this disease.
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Estudo do efeito do polimorfismo K121Q no gene ENPP-1 na expressão desta proteína em células renaisSortica, Denise Alves January 2013 (has links)
A Nefropatia Diabética (ND) é uma complicação crônica do Diabetes Mellitus (DM) que atinge em torno de 30% destes indivíduos, sendo responsável por mais de um terço dos novos casos de insuficiência renal em indivíduos no início do programa de diálise. Esta complicação é também associada a um aumento significativo da mortalidade nesses pacientes. Estudos epidemiológicos e de agregação familial têm demonstrado que além dos conhecidos fatores ambientais, ND é uma doença multifatorial com um componente genético. Grandes esforços têm sido feitos para identificar estes genes, mas os resultados ainda são inconsistentes com diferentes genes associados a um efeito pequeno em populações específicas. A identificação de tais genes que permitem a detecção de indivíduos de alto risco para desenvolver ND pode permitir-nos ter uma melhor compreensão da sua fisiopatologia. A ENPP1 (ecto-nucleotide pyrophosphatase / phosphodiesterase 1) é uma proteína expressa na membrana celular de vários tecidos, incluindo os rins. Constatouse que níveis aumentados de expressão da ENPP1 inibem a atividade tirosina-quinase do receptor da insulina em vários tipos celulares, causando resistência à insulina. A expressão aumentada de ENPP1 inibe a sinalização da insulina em vários tipos celulares in vitro, parecendo estar fortemente associada ao receptor da insulina na superfície celular. O polimorfismo K121Q (A/C) do gene ENNP1 está associado com resistência à insulina e com o desenvolvimento da ND em diferentes populações. Apesar do papel da proteína ENPP1 na patogênese de DN ser de importância vital, ainda são desconhecidos os efeitos do polimorfismo K121Q na expressão deste gene em tecido de rim humano. No presente estudo, analisamos a expressão gênica e protéica da ENPP1 em biópsias de tecido renal humano de acordo com os diferentes genótipos do polimorfismo K121Q. Foram incluídos 107 pacientes submetidos à nefrectomia terapêutica para se obter a amostra esperada em cada grupo. Após os critérios de exclusão, 57 amostras (9 Q/Q, 27 Q/K, 20 K/K) foram elegíveis para o estudo e técnica de imunohistoquímica a fim de analisar a expressão protéica da ENPP1. Posteriormente foram selecionadas 34 amostras (9 Q/Q, 12 Q/K, 13 K/K) para investigar a expressão do gene ENPP1, através da técnica de PCR em tempo real. A expressão gênica da ENPP1 no rim não diferiu significativamente entre os portadores do alelo Q vs. K/K (QQ/KQ vs. K/K; 1.0 (0.1 – 1.6) vs. 0.72 (0.1 – 2.1) AU (unidades arbitrárias), respectivamente; P = 0.483). Da mesma forma, a expressão protéica da ENPP1 não diferiu em portadores (K/Q + Q/Q) quando comparados a não portadores (K/K) do genótipo de risco (2.86 ± 0.32 vs. 2.78 ± 0.35 AU; P = 0.417). Em conclusão, nosso resultado sugere que o polimorfismo K121Q não está associado a mudanças de expressão gênica ou protéica no rim humano.
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Estudo da associação do polimorfismo TGFA-TAQ I e Fatores ambientais nas fissuras orais não sindrômicasSouza, Liliane Todeschini de January 2010 (has links)
A Fissura oral (FO) é uma malformação craniofacial comum na espécie humana. Tem uma prevalência mundial de 1 a cada 600 nascidos vivos, sendo que esses dados variam segundo a região geográfica. Ocorrem devido à formação incompleta do lábio e/ou palato no processo da embriogênese facial. Crianças afetadas precisam de cuidados multidisciplinares. Clinicamente, os pacientes têm dificuldades na alimentação, fala, audição, deglutição, respiração e problemas odontológicos, além de sequelas sociais e psicológicas durante a vida adulta. A etiologia dessa malformação facial não está ainda totalmente esclarecida, em parte pela complexidade e diversidade dos mecanismos moleculares envolvidos durante o processo de embriogênese, além da influência dos fatores ambientais. Desde a década de 80 estudos moleculares têm sido realizados para testar o envolvimento de genes no crescimento dos processos faciais. Acredita-se que há interação, pelo menos parcial, dos seguintes genes: TGFA, TGFB 2 e 3 MSX1 e 2, BCL3, RARA, MTHFR, IFR6, BARX1, DLX SHH e TP63. TGFA foi um dos primeiros genes estudados, sendo que os resultados demonstraram associação entre dois RFLP do gene TGFA (alelo C2 no sítio de restrição da Taq I e o alelo A2 no sítio da BamHI). Sua relevância biológica como candidato para FO é amparada por seu padrão de expressão em tecidos palatinos, especialmente na junção mediana e mesênquima subjacente palatino, principalmente no momento da fusão dos tecidos, pois promove a síntese de matriz extracelular e migração de células mesenquimais. O gene TGFA parece ter um papel importante em alguns grupos, principalmente quando associado a fatores ambientais, principalmente uso de álcool e fumo durante idade gestacional. Este estudo teve como objetivo avaliar o papel do polimorfismo TGFA/ Taq I e fatores ambientais em fissuras orais não sindrômicas. Foram incluídos neste estudo 175 núcleos familiares sendo que 96 trios completos. Dos propósitos 52% eram homens. As Fissuras de lábio e/ou palato (FL/P) foram mais frequentes em homens (56,5%) enquanto que fissura de palato isolado (FPI) foi mais frequente em mulheres. Conforme dados observados na literatura. Foi também observada maior proporção de FL/P (147 casos) comparado com FPI (28 casos). Neste estudo nós não encontramos associação do polimorfismo TGFA/TaqI com fissuras orais, pois o TDT não foi estatisticamente significativo (p=0,335). Quando comparado os fatores ambientais (exposição ao álcool e ao fumo durante o período gestacional) com o genótipo e o fenótipo do propósito, nós também não encontramos diferença significativa entre os grupos de propósitos expostos e não expostos. A identificação de outros fatores genéticos envolvidos no desenvolvimento craniofacial poderá ajudar a entender os fatores genéticos envolvidos em fissuras orais. Nós também não encontramos evidência da exposição ao álcool e ao fumo em fissuras, entretanto a baixa prevalência desses fatores na nossa população poderia ter contribuído para este achado.
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Análise de modificadores genéticos do fenótipo da ataxia espinocerebelar tipo 3Emmel, Vanessa Erichsen January 2010 (has links)
A doença de Machado-Joseph (DMJ/SCA3) é uma doença neurodegenerativa causada pela expansão de poliglutaminas na proteína ataxina-3. O número de repetições CAG presentes no gene ATXN3 é inversamente correlacionado com a idade de início da doença, mas é responsável por somente 45-60% desta variação. O objetivo deste trabalho foi testar o efeito da metilação no promotor do gene ATXN3, de polimorfismos em genes candidatos e do alelo normal ATXN3 como modificadores do fenótipo da doença. A análise do padrão de metilação em seis sítios CpG através de um ensaio de amplificação multiplex dependente de sondas – específico para metilação foi realizada em amostras de 123 pacientes de 62 famílias. Os polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) nos genes BAX, CRYAB, GRIK2, IL1B, ITPR1, NEDD8, NEDD9 e CHIP foram analisados em 273 pacientes de 119 famílias. Os volumes cerebrais foram medidos através de ressonância magnética em 30 pacientes não relacionados. A gravidade foi medida pela Escala de Exame Neurológico para Ataxia Espinocerebelar (NESSCA) dividida pelo tempo de duração da doença. Uma correlação inversa significativa foi encontrada entre a idade de início e tamanho da repetição (r=-0,76, r2=0,58, p<0,001). Houve uma tendência de correlação direta entre o grau de metilação e a idade de início para um sítio CpG (p=0,055). Uma correlação significativa foi encontrada entre a gravidade e o tamanho da repetição CAG (r=0,48, r2=0,23, p=0,001). O SNP no gene IL1B (rs16944) apresentou um efeito significativo na idade de início de pacientes com SCA3 (p=0,042). Associação significativa foi observada entre o SNP no gene NEDD9 (rs760678) e a gravidade (p=0,003). SNPs nos genes GRIK2 (rs2227281) e NEDD8 (rs2144487) se relacionaram à medida do volume do cerebelo (p=0,006) e à medida do volume da ponte (p=0,023), respectivamente. Estes resultados sugerem que o controle epigenético no sítio CpG no promotor ATXN3 e que os SNPs nos genes GRIK2, IL1B, NEDD8 e NEDD9 podem contribuir para a variação fenotípica na SCA3. Ademais, os genótipos protetores dos genes GRIK2, IL1B e NEDD8 mostraram ter um efeito aditivo no adiamento do início da doença. O mecanismo exato pelo qual a mutação no gene ATXN3 causa a SCA3 ainda não foi determinado. A expansão da repetição CAG pode conferir uma função tóxica para a proteína, como acontece em outras doenças neurodegenerativas causadas por expansões de poliglutaminas. Considerando esta hipótese, uma maior metilação do promotor do gene ATXN3 pode se relacionar a sua menor expressão e a um menor acúmulo de poliglutaminas no neurônio. Ainda considerando esta hipótese, GRIK2, IL1B, NEDD8 e NEDD9 podem desempenhar um papel protetor, possivelmente por promover a sobrevivência de células neuronais em pacientes com SCA3. SNPs nestes genes poderiam modificar a expressão das proteínas, afetando a agregação de poliglutaminas no cérebro de tal forma que os indivíduos portadores de um genótipo de risco teriam significativamente maior perda gradual de neurônios e um início mais precoce dos sintomas. / Machado-Joseph disease (MJD/SCA3) is a neurodegenerative disease caused by expansion of a polyglutamine tract in ataxin-3. The CAG repeat number of ATXN3 gene is inversely correlated with disease age at onset (AO) but is responsible for only 45-60% of this variation in SCA3. In this study, we investigate if DNA methylation status of the ATXN3 promoter, if polymorphisms in candidate genes, and if normal ATXN3 allele are related to disease phenotype. We designed a methylation-specific multiplex ligation-dependent probe amplification (MS-MLPA) assay for quantitative analysis of methylation status at 6 CpG sites, located within the promoter region of the ATXN3 gene. We have applied this MSMLPA to 123 SCA3 Brazilian patients from 62 families. We investigated single-nucleotide polymorphisms (SNPs) in genes BAX, CRYAB, GRIK2, IL1B, ITPR1, NEDD8, NEDD9, and CHIP in 273 Brazilian SCA3 patients from 119 families. The brain volumetries were obtained from magnetic resonance imaging’s from 30 unrelated patients. The SCA3 severity degree was measured by Neurological Examination Score for Spinocerebellar Ataxia (NESSCA) divided by duration of disease. A significant inverse correlation was found between AO and repeat length (r=-0.76, r2=0.58, p<0.001). There was a trend toward direct correlation between methylation degree and AO for one CpG site in the SCA3 sample (p=0.055). A significant correlation was found between severity and CAG repeat length (r=0.483, r2=0.233, p=0.001). We have found significant associations between a GRIK2 SNP (rs2227281) and cerebellum volume (p=0.006), an IL1B SNP (rs16944) and AO (p=0.042), a NEDD8 SNP (rs2144487) and pons volume (p=0.023), and a NEDD9 SNP (rs760678) and disease severity (p=0.003). These results suggest that epigenetic control at ATXN3 CpG-site and that the SNPs in GRIK2, IL1B, NEDD8, and NEDD9 genes may contribute to the phenotypic expression of SCA3. Moreover, protective genotypes of GRIK2, IL1B, and NEDD8 genes shown to have an additive effect in delaying the onset of disease.The exact mechanism by which the mutation in the ATXN3 gene causes SCA3 has not been determined. The CAG repeat expansion may confer a novel toxic function onto the protein, as it does in other polyglutamine neurodegenerative disorders. Considering this hypothesis, increased methylation of ATXN3 gene promoter can relate to its lower expression and a smaller accumulation of polyglutamine in the neuron. Still considering this hypothesis, GRIK2, IL1B, NEDD8, and NEDD9 might play a protective role, possibly a survival promoting effect, for neuronal cells in SCA3 patients. These four SNPs could affect the protein expression and polyglutamine aggregation in the brain such that risk genotype carriers have a significantly higher gradual loss of neurons and an earlier onset of symptoms.
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Caracterização do polimorfismo de Echinococcus granulosus em dois genes nucleares e um mitocondrial : evidências de introgressãoBadaraco, Jeferson Loureiro January 2007 (has links)
Nos parasitos do gênero Echinococcus observam-se grandes diferenças genéticas entre as espécies. Mais ainda, a espécie E. granulosus apresenta uma grande variação intraespecífica. Diversas variantes com características biológicas e epidemiológicas particulares, e adaptadas a hospedeiros intermediários diferentes, foram classificadas como linhagens. De fato, estas linhagens são muitas vezes tão divergentes geneticamente quanto as demais espécies do gênero. Isto tem gerado diversas discussões quanto seu status taxonômico. Os genes do antígeno B (AgB) de Echinococcus compõem uma família multigênica. A proteína secretada, um oligômero formado a partir de subunidades de 8 kDa, tem um papel importante no estabelecimento da infecção, modulando a resposta imune do hospedeiro. Estudos demonstraram que alguns genes desta família devem estar sob seleção positiva ou diversificadora. Inclusive, a quantidade de variantes encontradas é alta em um único parasito. Este trabalho analisa amostras de E. granulosus coletadas no Rio Grande do Sul e as compara a amostras de outra populações geográficas (Argentina, Argélia e Romênia) usando um marcador mitocondrial (cox1-391 pb) e duas seqüências nucleares. Uma delas corresponde a um fragmento que inclui majoritariamente o segundo íntron do gene de cópia única codificador da malato desidrogenase citosólica (mdh - 214 pb) e a outra trata-se da seqüência parcial do gene que codifica a subunidade 4 do AgB (AgB4 - 329-355 pb), incluindo aproximadamente 80 pb da região promotora do gene até em torno de 60 pb à montante do códon de parada da tradução. A análise do fragmento de mdh utilizou a técnica de PCR-SSCP, seguida de seqüenciamento, para discriminar os alelos das amostras de cada população, totalizando 259 indivíduos (isolados). Os achados confirmam a homogeneidade das populações geográficas de E. granulosus e a divergência dos parasitos das linhagens ovina e bovina (freqüentemente denominada E. ortleppi). Apesar da divergência entre as linhagens, são encontrados em baixa freqüência alelos característicos da linhagem bovina (haplótipo G5) em parasitos com haplótipo mitocondrial ovino (G1) e vice-versa. Tal situação poderia ser conseqüência do cruzamento entre parasitos destas linhagens quando em simpatria. A abordagem adotada na análise do gene AgB4 foi a amplificação por PCR seguida do seqüenciamento direto de 151 isolados. Os dados indicam a presença de mais de duas cópias do AgB4 no genoma, e que, dada a conservação na região codificante, seria provável que estes genes estejam evoluindo em concerto. Também encontramos alta divergência entre as seqüências dos isolados com haplótipos mitocondriais G1 (AgB4 tipo 1) e G5 (AgB4 tipo 2). A divergência é tão grande que acreditamos que na linhagem bovina o gene AgB4 tenha recombinado com AgB2. Uma seqüência idêntica a nossa depositada no GeneBank foi previamente sugerida como sendo uma variante não-funcional do AgB2. Assim como no caso do mdh alguns parasitos com haplótipos mitocondriais G5 (linhagem bovina) apresentaram em baixa freqüência seqüências de AgB4 do tipo 1 características da linhagem ovina. Este achado reforça a hipótese de fluxo gênico entre as linhagens de E. granulosus. / In the parasites belonging to the genus Echinococcus large differences between species are observed. Furthermore, the E. granulosus species shows a high intraspecific variability. Different variants with particular biologic and epidemiologic features, adapted to distinct intermediate hosts, were classified as strains. Indeed, the strains are frequently as genetically divergent as the other species within the genus. This has generated several discussions about their taxonomic status. The Echinococcus antigen B (AgB) genes belong to a multigene family. The secreted protein, an oligomer built by subunits of 8kDa, has an important role in the infection establishment, modulating the host immune response. Studies have demonstrated that some genes in this family might be under positive or diversifying selection. Moreover, the quantity of variants found is high, even in a single parasite. This study analyzes samples of E. granulosus collected in Rio Grande do Sul, and compares them to samples from other geographic regions (Argentina, Algeria and Romania) using a mitochondrial marker (cox1 – 391bp) and two nuclear sequences. One corresponds to a fragment including mostly the second intron of the cytosolic malate dehydrogenase single copy gene (mdh – 214bp) and the other is a partial gene sequence encoding the fourth subunit of AgB (AgB4 – 329-355bp), which includes approximately 80bp of the promoter region until around 60bp upstream to the stop codon. The analysis of the mdh fragment was based on the PCR-SSCP technique, followed by sequencing, to discriminate among alleles within samples of each population, totalizing 259 individuals (isolates). Our findings confirm the homogeneity within E. granulosus geographic populations and a high divergence between parasites from the ovine and bovine (frequently named E. ortleppi) strains. Despite the divergence between strains, bovine strain (haplotype G5) characteristic alleles are found in low frequency in parasites with the ovine mitochondrial haplotype (G1) and vice-versa. This situation could be a consequence of interbreeding between parasites from the different strains, when in simpatry. The approach used for the AgB4 gene analysis was the PCR amplification followed by direct sequencing of 151 isolates. The data indicate the presence of more than two AgB4 gene copies inside the genome; and that, considering the conservation of the coding region, it would be probable that these genes are evolving in concert. We also found a high divergence in AgB4 sequences between isolates with haplotypes G1 (AgB4 type 1) and G5 (AgB4 type 2). The divergence is so large, that we believe that in the bovine strain the AgB4 gene might have recombined with AgB2. As well as for the mdh gene, some parasites with the G5 mitochondrial haplotype (bovine strain) showed in low frequencies AgB4 type 1 sequences, characteristic of the ovine strain. This finding reinforces the hypothesis of gene flow between strains of E. granulosus.
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Fatores de risco para câncer de mama e polimorfismos nos genes GSTM1, GSTT1 e GSTP1 em mulheres participantes de um programa de rastreamento mamográfico em Porto AlegreAguiar, Ernestina Silva de January 2009 (has links)
O câncer de mama (CM) é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres. É uma doença multifatorial causada pela combinação de fatores de risco genéticos e não genéticos (ambientais). Polimorfismos genéticos de baixa penetrância têm sido associados ao CM em diversas populações. No presente estudo, determinamos a freqüência alélica e genotípica dos polimorfismos nulos de GSTM1, GSTT1 e do polimorfismo Ile105Val em GSTP1, e correlacionamos estas freqüências com fatores de risco para CM. A amostra estudada foi constituída de 750 mulheres (40-69 anos) sem câncer de mama recrutadas na Coorte Núcleo Mama Porto Alegre (NMPOA). As freqüências genotípicas e alélicas encontradas não diferem de outros estudos nacionais, mas diferem significativamente de algumas descritas em outras populações, reforçando a necessidade de estudos de populações específicas. A amostra como um todo não apresentou fatores de risco reprodutivos significativos para CM. O risco vital médio de desenvolver CM de acordo com o modelo de Gail na amostra foi de 7.8% e a grande maioria das pacientes (n= 731, 97.5%), como esperado para uma amostra de mulheres submetida a rastreamento mamográfico, apresentou achados mamográficos benignos (BIRADS 1 ou 2). A distribuição das mulheres de acordo com a densidade mamográfica demonstrou que apesar de 56% já estarem na pósmenopausa, a maioria (n= 682, 91.0%) ainda apresentava mamas moderadamente densas. Observou-se que 77.6% das mulheres incluídas no estudo tinham um IMC correspondente a sobrepeso ou obesidade. A análise da relação entre os polimorfismos GSTM1, GSTT1 e GSTP1 A/G e fatores de risco previamente estabelecidos para CM, demonstrou, em mulheres pré-menopáusicas, uma associação entre os genótipos GSTM1 e GSTT1 nulos e imagens mamográficas com classificação BIRADS 3 e 4 e, em mulheres pós-menopáusicas, uma associação com mamas moderadamente densas e densas. Isoladamente, o genótipo GSTT1 nulo também se mostrou associado a maior densidade mamográfica em mulheres pós-menopáusicas. Não houve associação entre os alelos e genótipos de GSTP1 e fatores de risco estabelecidos. Nossos dados sugerem que os genótipo nulos de GSTM1 e especialmente de GSTT1 podem estar fortemente associados a densidade mamográfica em mulheres pós-menopáusicas. A inclusão de análises genotípicas e fatores de risco especialmente prevalentes em uma determinada população poderia ser considerada para aprimorar a estimativa de risco de câncer de mama em populações específicas. No entanto, estudos adicionais do tipo caso-controle devem ser realizados para melhor determinar a relação de risco entre polimorfismos em genes de baixa penetrância, fatores de risco para câncer de mama e ocorrência de CM em si. / Breast cancer (BC) is the second most frequent malignant tumor in the world and the most frequent in women. It is a multifactorial disease caused by a combination of genetic and non-genetic risk factors. Polymorphisms in low penetrance genes have been associated to breast cancer risk in several populations. In the present study, we determine the allelic and genotypic frequencies of the GSTM1 and GSTT1 null polymorphisms and the GSTP1 Ile105Val polymorphism, and correlate these frequencies to breast cancer risk factors. The sample studied included 750 women (40-69 years) without cancer who participed in the mammographic screening program from the Núcleo Mama Porto Alegre Cohort (NMPOA). The allelic and genotypic frequencies observed did not differ from those reported in other studies with Brazilian samples, but differed significantly from those described in other countries, reinforcing the need for population-specific investigations of polymorphisms in low penetrance genes and their associations with cancer risk. Overall, the women included did not have significant reproductive risk factors for BC. The average lifetime risk of BC estimated according to the Gail model was 7.8% and most patients (n= 731, 97.5%), as expected for women submitted to routine mammographic screening, had benign mammographic findings (BIRADS 1 ou 2). Regarding breast density, although 56% of the women studied were postmenopausal, most (n= 682, 91.0%) still presented moderately dense breasts. We observed that 77.6% of the women included in the study had a body mass index (BMI) corresponding to overweight or obesity. Furthermore, an association between the combined GSTM1 and GSTT1 null genotypes and mammographic images classified as BIRADS 3 e 4 was observed in pre-menopausal women and an association between these genotypes and moderately dense or dense breasts was observed in post- menopausal women. When each genotype was analysed individually, GSTT1 null was also associated to increased mammographic density in post-menopausal women. There was no association between the alleles and/or genotypes GSTP1 and BC risk factors in this study. Our data suggest that the GSTM1 and especially GSTT1 null genotypes may be strongly related to mammographic density in post-menopausal women. The inclusion of genotypic analyses and frequent breast cancer risk factors for specific populations in risk models could be considered to improve breast cancer risk estimates in such populations. However, aditional case-control studies should be performed to better establish the relationship of the polymorphisms studied here with breast cancer risk factors and breast cancer itself.
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O papel de polimorfismos nos genes VEGFA, NOS2 e PTGS2 em perdas gestacionais recorrentesFortis, Marcela Felix January 2015 (has links)
Um abortamento é a perda de uma gestação clínica intrauterina antes que o feto tenha atingido viabilidade até a 24a semana de gestação. A incidência de abortamentos clínicos espontâneos é cerca de 15 a 25% das gestações detectadas, e em 50% das concepções humanas. Os abortamentos são recorrentes em 3 a 5% dos casais em idade reprodutiva. As perdas gestacionais recorrentes ou abortamentos recorrentes (AR) são definidos como duas ou mais interrupções de gestações clínicas. A etiologia dos AR é extremamente diversa, incluindo anormalidades genéticas, imunológicas, anatômicas, endócrinas e uterinas. Em aproximadamente 50% dos AR, a etiologia não é encontrada, podendo ser chamada de idiopática. Alterações na implantação e placentação podem causar perdas gestacionais. Genes relacionados à inflamação, implantação, stress oxidativo e angiogênese poderiam estar envolvidos na etiologia dos AR. Variantes genéticas que alterem a expressão, função ou localização desses fatores poderiam afetar o risco de abortamentos recorrentes. Nesse trabalho foi investigado o efeito de variantes polimórficas nos genes VEGFA, PTGS2, NOS2, NOS3, TP53, TP63, TP73 e LIF como fator de risco para AR. Foram avaliadas 149 mulheres com AR e 208 mulheres férteis e sem perdas gestacionais como controles. A distribuição de frequências alélicas não foi diferente entre os grupos em nenhum dos polimorfismos avaliados. No entanto, portadoras do alelo polimórfico -1026A em iNOS apresentaram maior risco para AR (OR = 1,92; 95% IC: 1,18-3,11; p= 0,008). Além disso, pacientes que relataram histórico de consumo de álcool também mostram maior risco para AR (OR 2,075; IC 1,32-3,27; p = 0,002). O polimorfismo funcional -1026C/A na região promotora de iNOS provoca um aumento de 4,7 a 5,9 vezes em sua atividade promotora. O aumento da expressão de iNOS pode levar à produção excessiva de óxido nítrico (NO), estimulando a produção de peroxinitrito, um potente pró-oxidante. O stress oxidativo pode prejudicar a invasão embrionária e a proliferação placentária, e já foi associado a AR. Os achados deste trabalho reforçam a hipótese de que o NO e o stress oxidativo estão envolvidos na fisiopatologia dos AR. / A miscarriage is the unintentional termination of an intrauterine clinical pregnancy before viability is reached, before the gestational age of 24 weeks. Spontaneous clinical miscarriages occur in about 15 to 25% of clinically recognized pregnancies, and in approximately 50% of human conceptions. Miscarriages are recurrent in 3 to 5% of couples in reproductive age. Recurrent miscarriage (RM), or recurrent pregnancy loss (RPL), is defined as the loss of two or more clinical pregnancies. The etiology of RPL is diverse, including genetic, immunologic, anatomic, endocrine and uterine abnormalities. No underlying cause for RPL can be identified in approximately 50% of cases, and thus, these cases are considered unexplained RPL. Derangements in embryo implantation and placentation can cause pregnancy losses. Genes linked to inflammation, embryo implantation, oxidative stress and angiogenesis may be involved in the etiology of RPL. Genetic variants that can modify gene expression, function or location might alter the risk for RPL. In this study, the effect of genetic variants in the genes VEGFA, PTGS2, NOS2, NOS3, TP53, TP63, TP73 and LIF were investigated as a risk factor for RPL. We evaluated 149 RPL cases and 208 fertile women with no history of pregnancy loss as controls. Allele frequencies were not different between groups for the variants assessed, nonetheless, women carrying the iNOS -1026A variant presented a higher risk for RPL (OR = 1.92, 95% CI: 1.18-3.11; p= 0.008). Additionally, patients who reported a history of alcohol consumption also presented a higher risk for RPL (OR 2.075, CI 1.32-3.27; p = 0.002). The functional polymorphism -1026C/A in the iNOS promoter region is responsible for an increase of 4.7 to 5.9-fold in iNOS promoter activity. The rise in iNOS expression may lead to excessive nitric oxide (NO) production and, in turn, increase the production of peroxynitrite, a potent pro-oxidant. Oxidative stress can impair embryo implantation and placental proliferation, and it has been associated with RPL. The findings of this study support the hypothesis that NO and oxidative stress play a role in the pathophysiology of RPL.
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Polimorfismo -174g>C do gene de Interleucina-6 da tuberculose pulmonar / Interleukin-6-174g>c polymorphism gene in pulmonary tuberculosisCorreia, José Walter January 2009 (has links)
CORREIA, José Walter. Polimorfismo -174g>C do gene de Interleucina-6 da tuberculose pulmonar. 2009. 109 f. : Tese (doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Pós-Graduação em Ciência Médicas, Fortaleza-CE, 2009. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2011-10-05T17:08:59Z
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Previous issue date: 2009 / The aim of this study was to investigate the profile of IL-6 production in patients with active pulmonary tuberculosis and to evaluate the functional role of polymorphism -174G>C in the systemic production of this cytokine. A total of 63 patients and 99 controls were studied. Among them 38 patients [25(65.8%) males] and 63 controls [51(81%) males] were studied for the IL-6 dosage. Moreover, 42 patients [25(60%) males] and 79 controls [62(78.5%) males] were studied for the -174G>C polymorphism. Patients were selected from Dona Libânia Center; Messejana Hospital, Maracanau Hospital and Dr. Cesar Cals General Hospital. The control group was selected from HEMOCE. An ELISA test was performed to measure IL-6 in peripheral blood. The genomic DNA was extracted from peripheral blood and IL-6 polymorphism was studied by polymerase chain reaction using sequence-specific primers. The IL-6 dosage showed an increase in patients with tuberculosis in relation to controls (An increase in IL6 dosage was found in patients with tuberculosis in relation to controls) (median= 4.3 pg/mL vs 0.5 pg/mL, p<0.001), but no difference was observed in drug-sensitive patients in comparison to drug-resistant ones. The genotype distribution showed no difference between patients and controls. In relation to the functional study, the IL-6 levels pointed out a significant increase in patients presenting GG genotype (median=4.1 pg/mL, range 0.5-12.0 pg/mL), in relation to GC and CC careers; these two latter genotypes presented similar IL-6 production as in healthy individuals with median=0.6 pg/mL, range 0.0-2.8 pg/mL, corroborating statistical significance with p=0.04. The relevance of this study is to show in vivo the functional role of IL-6 polymorphism in active pulmonary tuberculosis. Conclusion, the GG genotype in patients with pulmonary tuberculosis determines an increase in IL-6 systemic production. / o objetivo do estudo foi investigar o perfil de produção de IL-6 em pacientes com tuberculose pulmonar ativa e avaliar o papel funcional do polimorfismo -174G>C do gene de IL-6 na produção sistêmica desta citocina. Um total de 63 pacientes e 99 controles foi estudado, sendo 38 pacientes [25(65,8%) masculinos] e 63 controles [51 (81%) masculinos] para a dosagem de IL-6, enquanto, 42 pacientes [25 (60%) masculinos] e 79 controles [62(78,5%) masculinos] para o estudo do polimorfismo. Os pacientes foram selecionados dos centros de referência da rede estadual de saúde: Dona Libânia, Hospital de Messejana, Hospital de Maracanaú e Hospital Geral Dr. César Cals. O grupo controle foi selecionado no HEMOCE. Foi realizado teste de ELISA para a dosagem sérica de IL-6. O DNA genômico foi extraído de sangue periférico e o polimorfismo de IL-6 foi estudado por reação de polimerase em cadeia utilizando iniciadores seqüência específicos. A dosagem sérica de IL-6 se mostrou elevada nos pacientes portadores de tuberculose em relação aos controles (mediana = 4,3 pg/mL versus 0,5 pg/mL, p<0,001), porém não exibiu diferença entre os grupos de doentes sensíveis e os resistentes ao tratamento específico. Em relação ao estudo funcional do polimorismo de IL-6, foi observado um robusto aumento dos níveis de IL-6 nos doentes portadores do genótipo GG (mediana=4,1 pg/mL, variação 0,5-12,0 pg/mL), em relação aos portadores dos genótipos GC e CC, sendo que nestes se observou uma expressão de IL-6 semelhante a dos controles (mediana=0,6 pg/mL, variação 0,0-2,8 pg/mL), conferindo significância estatística com p=0,04. A relevância deste estudo é mostrar in vivo o papel funcional do polimorfismo de IL-6 na tuberculose. Em conclusão, o genótipo GG de pacientes com tuberculose pulmonar ativa determina produção aumentada de IL-6.
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Polimorfismo e concentração sérica da interleucina-10 em hanseníase / Serum and polymorphism of the interleukin-10 in leprosySaunders, Ana Cecília de Brito January 2010 (has links)
SAUNDERS, Ana Cecília de Brito. Polimorfismo e concentração sérica da interleucina-10 em hanseníase. 2010. 86 f. Dissertação (Mestrado em Patologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2010. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2011-12-20T13:14:29Z
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Previous issue date: 2010 / Leprosy is a world problem of health and Brazil has the second higher rates of new cases in the world. It is considered an endemic disease at Ceará and a total of 1,952 new cases were detected, reaching a detection rate of 22.8/100,000 inhabitants. The interaction between the M. leprae and different T cells stimulates the production of a Th1 or a Th2 pattern of cytokines, which are responsible for the different clinical forms of leprosy. Th1 cytokines (IL-2, IFN-γ and TNF-α) were found in tuberculoid skin lesions while Th2 cytokines (IL-4, IL-5 and IL-10) were found in lepromatoid lesions. Leprosy is influenced by many distinct factors, among them, genetic factors are the most studied at this moment. Cytokine genes seem to influence the interaction between the pathogen and the host and contribute to the development or not of the disease. The IL-10 is an antiinflammatory and immunomodulatory cytokine which has too much polymorphic promoter regions with microsatellites and SNPs. Different haplotypes are associated to distinct levels of cytokine production in vitro. Many studies reported associations between IL-10 polymorphisms and the risk or the protection against many diseases. However, the data reported have been contradictory and most of the associations between these polymorphisms and the production of IL-10 are showed in in vitro studies. The aim of this study was to evaluate how the promoter region polymorphisms of IL-10 influence the cytokine levels production in vivo, during the M. leprae infection. Serum levels of IL-10 were analyzed by ELISA in 181 individuals, 77 of them were leprosy cases, 74 household contacts and 30 healthy controls. Among them, 31 had IL-10 polymorphism typed in the case group, 33 in household contact group and 29 in healthy controls. Cases with polymorphism typed were stratified in low, medium and high levels of cytokine production. Differences in the IL-10 production were compared among leprosy cases (pauci and multibacillary), household contacts, healthy controls, genotypes and alleles distribution found in the groups. Kruskall-Wallis and Mann-Whitney tests were used to analyze mean values of IL-10 levels. No differences were observed between cases, contacts and controls (p=0.7450), pauci and multibacillary (p=0.7898), phenotypes of IL-10 production (low, medium or high) (p=0.4355). A significant difference in the IL-10 levels between cases and controls was found associated to the alleles -1082A,-819C and -592C (p<0.05) and between cases and contacts associated to the alleles -819C and -592C (p<0.05). No differences were found between contacts and controls (p>0.05). In conclusion, the -1082G>A, -819C>T and -592G>C IL-10 genotypes did not influence the IL-10 production or the M. leprae infection outcome. On the other hand, -1082A,-819C e -592C alleles determined a lower production of IL-10 in cases of leprosy. Keywords: Leprosy; Polymorphisms; IL-10; Serum levels; Contacts. / A hanseníase continua sendo um problema de saúde mundial, sendo o Brasil o segundo país em maior em número de casos novos. No Ceará a doença é considerada endêmica e em 2009 foram diagnosticados 1.952 casos novos, alcançando um coeficiente de detecção geral de 22,8/100.00 habitantes. A doença é causada pelo M. leprae, manifesta-se através de sinais e sintomas dermatoneurológicos e é transmitida de pessoa a pessoa através do convívio de indivíduos suscetíveis com doentes bacilíferos sem tratamento. A interação do M. leprae com os subtipos de células T produz citocinas do tipo Th1 e Th2, responsáveis pelas diferentes formas clínicas da doença. Padrões de citocinas Th1 (IL-2, IFN-γ e TNF-α) foram encontrados em lesões de pele das formas tuberculóides e padrões de citocinas Th2 (IL-4, IL-5 e IL-10) foram encontrados em lesões das formas virchovianas. A hanseníase é influenciada por vários fatores, sendo os genéticos os mais estudados no momento. Os genes das citocinas aparecem como fortes candidatos capazes de influenciar a interação patógeno- hospedeiro e favorecer ou não o desenvolvimento da doença. A IL-10 é uma citocina anti-inflamatória e imunomoduladora que possui regiões promotoras bastantes polimórficas, contendo regiões de microssatélites e SNPs que formam vários haplótipos que estão associados a diferentes níveis de produção de citocina in vitro. Vários estudos tentam reportar associações entre os polimorfismos de IL-10 e o risco ou proteção para diversas doenças. Contudo, os dados relatados tem sido contraditórios e a maioria das associações entre os polimorfismos e a produção dessa citocina são baseados em estudos in vitro. Dessa forma o presente estudo teve o objetivo de definir como os polimorfismos da região promotora da citocina afetam a produção in vivo frente à infecção pelo M. leprae. Foram quantificadas as concentrações séricas de IL-10 de 181 indivíduos, sendo 77 casos índices de hanseníase, 74 indivíduos contactantes e 30 controles saudáveis. Sendo que destes, 31 possuíam análise genotípica de IL-10 no grupo caso, 33 no grupo contactante e 29 no grupo controle. Os pacientes com análise genotípica foram estratificados em baixo, médio e alto produtor da citocina. As diferenças nos níveis da citocina foram comparadas entre os grupos dentro do espectro da hanseníase (paucibacilar e multibacilar), dos controles externos, dos controles internos, dos genótipos e alelos encontrados nos grupos. Foram realizados testes de Kruskall-Wallis e Mann-Whitney para análise das medianas de IL-10 em pg/mL. Não foi encontrada diferença significante entre os grupos caso, contactante e controle (p=0,7450), entre os indivíduos pauci e multibacilar (p=0,7898), entre os fenótipos de nível de produção de citocina (baixo, médio e alto) (p=0,4355). Foi encontrada diferença significante na produção de IL-10 entre os alelos -1082A,-819C e -592C do grupo caso em relação aos controles (p<0,05) e dos alelos -819C e -592C do grupo caso em relação aos contactantes (p<0,05). Não foi encontrada diferença significante entre os grupos contactante e controle (p>0,05). Em conclusão, os genótipos de IL-10, -1082G>A, -819C>T e -592G>C não influenciaram a produção e/ou o desfecho da infecção pelo M. leprae. Por outro lado, os alelos -1082A,-819C e -592C determinaram menor produção de IL-10 em indivíduos com hanseníase.
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Estudo do polimorfismo C2029T no gene do receptor toll-like tipo 2 e da resposta imune humoral em pacientes com hanseníase / Study of C2029T polymorphism in gene receptor toll-like type 2 and humoral immune response in patients with leprosyRodrigues, Aracélia Gurgel January 2008 (has links)
RODRIGUES, Aracélia Gurgel Rodrigues. Estudo do polimorfismo C2029T no gene do receptor toll-like tipo 2 e da resposta imune humoral em pacientes com hanseníase. 2008. 107 f. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Médica) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2008. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-01-04T12:46:40Z
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Previous issue date: 2008 / ] Although several efforts from Ministry of Health have been made in order to eliminate leprosy, Brazil is still the second country with the highest number of cases in world after India and is responsible for 80% of the cases in the American continent, the Ceara state situated in the Norheastern region is considered to have high incidence rates of leprosy cases. According to Ridley and Jopling classification, the clinical forms of leprosy can be divided in lepromatous leprosy, borderline lepromatous leprosy, borderline borderline leprosy, borderline tuberculoid leprosy, and tuberculoid leprosy. This work was done with 87 patients with leprosy, being 51.72 % of the female gender and 48.3% of the male gender; from the total of patients, 77.0% had been vaccinated with BCG once in life. All the patients enrolled in the study were not treated (n=23) or in treatment (n=64). Most of the patients had suffered from leprosy for the first time and some (n=11) had suffered from leprosy recidive. The anti-PGL1 serum IgG serology has been performed in 83 patients, and the most significant differences were found comparing the tuberculoid leprosy and borderline tuberculoid leprosy groups with the borderline lepromatous leprosy group. All DNA samples (n=87) were amplified in respect to the 171 bp highly conserved sequence of the aminoacids 671-692 from the C-terminal intra-cellular domain of Toll-like 2 receptor, and they were submitted to a Single Strain Conformation Polymorphism Technique (SSCP). The eletrophoretic profile found of the samples showed two and three bands, it is essential to the sequencing, this showed heterozygosis at position C2029T, and in addition two other sections of heterozygosity at positions C2006T (found in all four sequenced samples) and 2008 (sample 82). The work showed that the heterozygosity found in the gene exon 3 of the tool-like receptor type 2, unlike the one found by Kang and Chae (2001) which may mean that the susceptibility profile from our population is distinct from those found in India and Korea. / ] Apesar do empenho do Ministério da Saúde para a eliminação da hanseníase, o Brasil é o segundo país em número de casos no mundo, precedido pela Índia, e responsável por 80% dos casos no continente americano, sendo o Nordeste do país e, em especial, o Estado do Ceará considerado uma região de alta endemicidade. De acordo com a classificação de Ridley e Jopling, as formas clínicas dividem-se em virchowiana, dimorfa-virchowiana, dimorfa-dimorfa, dimorfa-tuberculóide e tuberculóide. O trabalho foi realizado com 87 pacientes com hanseníase, sendo 51,72% do sexo feminino e 48,3% do sexo masculino; destes 87 pacientes, 77,01% vacinados em algum período da vida entre a infância a adolescência. Os pacientes incluídos no estudo encontravam-se não tratados (n=23) ou em tratamento (n=64), apresentando a maioria dos pacientes a hanseníase pela primeira vez e alguns apresentavam recidiva (n=11). A sorologia de IgG sérica anti-PGL1 foi realizada em 83 pacientes, tendo sido as concentrações de maiores diferenças ocorridas entre os grupos com a forma tuberculóide e dimorfa-tuberculóide e o grupo com a forma dimorfa-virchowiana. As 87 amostras analisadas foram amplificadas quanto à seqüência de 171 pb de uma região altamente conservada dos aminoácidos 671-692 do C-terminal no domínio intracelular do receptor Toll-like 2 e foi aplicada a técnica de Análise do Polimorfismo Conformacional de Fita Única (SSCP). O perfil eletroforético das amostras testadas encontradas foram de duas e três bandas, mostrando-se necessário o sequenciamento,este apresentou heterozigose marcado pela presença das bases C e T na posição C2029T, e além de dois outros perfis de heterozigose nas posições C2006T (encontrado em todas as amostras sequenciadas) e T2008G (amostra 82). O trabalho sugere que houve heterozigose na região do éxon 3 do gene do receptor toll-like tipo 2, diferentemente do encontrado por Kang e Chae (2001) o que pode significar que o perfil de suscetibilidade em nossa população é distinta daqueles encontrados na Índia e na Coréia.
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