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A mídia impressa na promoção de discursos sobre políticas de igualdade racial : o negro e a revista Raça

Braga, Amanda Batista 04 August 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:25:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 1900.pdf: 3775703 bytes, checksum: d3cd812f3e824aefd002315eda15caff (MD5) Previous issue date: 2008-08-04 / Universidade Federal de Minas Gerais / Notre recherche problématise les discours qui soutiennent la construction de l égalité raciale au Brésil (ou bien, l effort pour), représentés par des énoncés sur les Politiques d Actions Positives transmis par les médias imprimées. Ces politiques represéntent une nouvelle façon de combat au préjugé au Brésil grâce à l adoption, a partir 1996, des politiques d identité, au détriment des politiques d intégration. Ainsi, le combat au racisme est mené selon une optique affirmative, en ratifiant de manière positive, les différences par les biais du discours de la fierté noire. Nous avons comme objectif débattre la trajectoire discoursive des ces politiques, en analysant comment ces discours sont produits, soutenus ou modifiés, par de médias imprimée et de quelle façon ils construisent des identités. Le corpus de notre recherche est constitué, plus particulièrement, par les discours qui sont inscrit dans le magazine Raça Brasil. Ce magazine a été publié, pour la première fois, en septembre 1996, à l apogée de toutes les discussions sur la question raciale au Brésil. Il se présente comme Le magazine des noires brésiliens, dont le but est celui de redonner aux noirs l estime de soi et de visibilité dans le marché médiatique et de la mode, donc, ouvrir une voie pour la valorisation des races qui ne soient que basée sur le combat au racisme, mais sur l affirmation de l identité. Avec le but de comprendre et de discuter de la production de ces identités dans les médias, surtout dans le magazine Raça, nous avons essayé de lancer quelques lumières sur le rapport établi par le biais du discours entre les noires et son esthétique. Dans ce context-là, nous trouvons dans le signe du cheveu crépu, frisé, un symbole producteur des signifiés pluriel, variable en accord avec les conditions de production discursifs. Basées sur ce contexte de pouvoir dans lequel s inscrit dans les discours médiatiques les rapports de gens noirs avec son cheveu, nous voulons démontrer comment les discours sur les usages des cheveux, et ainsi les sens qui lui sont attribués, font partie du processus de construction d une certaine identité. Notre recherche est, donc, une analyse des discours des politiques affirmatives, des rapports de pouvoir qui les traversent et des modes de production d identité qui sont inscrit dans les médias imprimées. / Nossa pesquisa problematiza os discursos que sustentam a construção da igualdade racial no Brasil (ou a tentativa desta), focando os enunciados veiculados pela mídia impressa acerca das Políticas de Ações Afirmativas. Essas políticas representam uma nova forma de combate ao preconceito: o Brasil assume, a partir de 1996, políticas de identidade em detrimento das políticas de integração. Desse modo, o combate ao racismo passa a ser operado por uma ótica afirmativa: ratificando positivamente as diferenças, através do discurso do orgulho negro. Nosso objetivo é discutir a trajetória discursiva dessas políticas, analisando como esses discursos são construídos, mantidos ou modificados pela mídia impressa, captando seus enfrentamentos discursivos e o modo como constroem identidades. Para tanto, teremos a revista Raça Brasil como foco. Lançada em setembro de 1996, no auge de todas as discussões acerca da questão racial no Brasil, a Raça apresenta-se como A revista dos negros brasileiros, com fins de proporcionar auto-estima e visibilidade ao negro no mercado da mídia e da moda, abrindo uma via de valorização racial que não esteja pautada apenas no combate ao racismo, mas na afirmação de uma identidade. E, a fim de entendermos e discutirmos a produção dessas identidades, lançamos luz sobre a relação que o negro estabelece com sua estética. Nesse contexto, encontramos no cabelo crespo um símbolo produtor de sentidos a partir do modo como é significado e re-significado. Cenário de relações de poder, a relação do negro com o cabelo não é unilateral, queremos demonstrar como os usos e os sentidos atribuídos a ele são parte do processo de construção de uma identidade. Nossa pesquisa é, portanto, uma análise dos efeitos de sentido inscritos nos discursos das políticas afirmativas, das relações de poder que os atravessam e dos modos de produção identitária que daí emerge.

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