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Características da comunicação não-verbal entre o enfermeiro e o cego / Characteristics of the non-verbal communication between the nurse and the blind patientRebouças, Cristiana Brasil de Almeida January 2005 (has links)
REBOUÇAS, Cristiana Brasil de Almeida. Características da comunicação não-verbal entre o enfermeiro e o cego. 2005. 87 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2005. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-01-10T14:12:21Z
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Previous issue date: 2005 / Study on the characteristics of non-verbal communication between the nurse and the blind patient, whose objectives are the following: analyzing the nurse’s non-verbal communication with the blind patient during the nursing attendance; testing the reliability index among the referees of non-verbal communication analysis; classifying the non-verbal signs, according to Hall’s referential (1986); verifying the association between the video recordings and the non-verbal communication factors; and identifying the barriers to non-verbal communication between the nurse and the blind patient. The approach adopted is exploratory, descriptive, and quantitative, aiming at gathering information for intervention and, therefore, for improvement in the quality of assistance to this clientele. The study has been developed during the period of February to April of 2005, in a reference healthcare unit, of secondary level, in the city of Fortaleza-Ce, with nurses that attended to diabetic patients, as diabetes may cause several ocular disorders, such as cataract and diabetic retinopathy. Previously, the fourteen nurses who attended to diabetic patients at the institution had been contacted. Of those, seven agreed in participating of the study, but only four made part of the study group. In what regards the selection of blind diabetic patients, it was performed at random, considering the ethical principles that govern studies with human beings. The group has been constituted, therefore, by people who went blind as a consequence of diabetes, and who were going to be attended by the nurses who were part of the study group. Five blind people integrated the study group. To the data collection, a video camera was employed, which recorded the entire nursing attendance between the nurse, the blind person and his/her companion. The instrument for data analysis to evaluate the non-verbal communication between the nurse and the blind person was elaborated according to Hall’s theoretical referential (1986), with emphasis on the proxemic theory, and received the designation Nurse - Blind Patient Non-Verbal Communication (CONVENCE). Simultaneously to the data analysis, CONVENCE was sent to three referees in order to be analyzed. To the analysis of the video recordings, three other referees were chosen, who agreed in participating in the study and that were trained according to the proposed referential. From CONVENCE, five categories were elaborated, with their respective sub-categories. Category 1: Spatial distance, with the sub-categories 1.1- distance, 1.2- posture, 1.3- axis, 1.4-contact. Category 2 – Social behavior, with the subcategories: 2.1-emblematic gestures, 2.2 illustrating gestures, 2.3 –regulating gestures. Category 3 – Facial behavior. Category 4 – Visual Code, with the subcategories: 4.1 – ocular opening, 4.2 looking direction. Category 5 – Voice volume. The training sessions and the data analysis were carried out with all the referees present in the same room and at the same time that had been preset in the beginning of the training. The video recordings were analyzed each fifteen seconds, summing up 1.131 non-verbal communication analyses. When analyzing the categories and subcategories, the main results that were observed are the following: In category 1, the subcategory minimal distance prevailed with 1.030 (91%), due to the fact that the environment were the attendance took place favored the adoption of almost exclusively that distance, either by the professional or by the patient. In this category, the subcategory 2 has shown that the sitting posture (98.3 %) almost obtained unanimity in the images that were analyzed. When addresser and addressee maintain the same posture, it means that they are attuned, sharing the same rhythm, degree of interest, and movement. Also, in this category, the subcategory 4, denominated contact, demonstrated that in 943 (83.3 %) interactions there was no contact. The most observed gesture in the subcategory ‘emblematic gestures’ was the moving of hands (762 or 67.4%). The looking direction, subcategory 4.2, deviated from the interlocutor added up 597 (52.8%) and centered in the interlocutor, 502 (44.4%). In all the video recordings, there were considerable interferences in the moment of the interaction nurse-patient. Such fact was considered a hindrance to communication. The nurse has to demonstrate interest during the interaction, and it is the look towards the patient that will favor this attention during the nursing attendance. It can be concluded, according to the data, that the nurse needs to know and to intensify the studies in non-verbal communication, and to adequate its use to the kind of patient being attended. / Pesquisa sobre as características da comunicação não-verbal entre o enfermeiro e o cego, cujos objetivos são os seguintes: analisar a comunicação não-verbal do enfermeiro com o cego durante a consulta de enfermagem; testar o índice de confiabilidade entre os juízes da análise da comunicação não-verbal; classificar os sinais não-verbais, segundo o referencial de Hall (1986); verificar a associação entre as filmagens e os fatores de comunicação não-verbal; e identificar as barreiras da comunicação não-verbal entre a enfermeira e o cego. Adotou-se uma abordagem exploratória, descritiva, quantitativa, com vistas a fornecer subsídios para a intervenção e, portanto, melhoria na qualidade do atendimento a esta clientela. O estudo foi desenvolvido no período de fevereiro a abril de 2005, em uma unidade de saúde de referência, de nível secundário, na cidade de Fortaleza-CE, com enfermeiras que atendiam a diabéticos, haja vista que a diabetes pode causar várias doenças oculares, como catarata, glaucoma e retinopatia diabética. Previamente, foram contatadas as quatorze enfermeiras da instituição que realizavam consultas de enfermagem a diabéticos. Destas, sete concordaram em participar da pesquisa, mas apenas quatro fizeram parte da amostra. Quanto à seleção dos pacientes diabéticos cegos, foi feita de forma aleatória, respeitando-se os princípios éticos de pesquisa com seres humanos. Constituiu-se, portanto, de pessoas que adquiriram a cegueira em decorrência da diabetes e que iriam ser atendidas pelas enfermeiras que concordaram em participar da pesquisa. Cinco cegos compuseram a amostra. Para a coleta de dados utilizou-se uma câmera filmadora que registrou toda a consulta de enfermagem entre a enfermeira, o cego e o acompanhante. O instrumento de análise dos dados para avaliar a comunicação não-verbal da enfermeira com o cego foi elaborado conforme o referencial teórico de Hall (1986), com ênfase na Teoria Proxêmica, e recebeu a denominação de Comunicação Não-Verbal Enfermeira – Cego (CONVENCE). Concomitantemente à coleta de dados, o CONVENCE foi enviado a três juízes para ser analisado. Para a análise das filmagens escolheram-se outros três juízes que concordaram em participar da pesquisa a que foram treinados segundo o referencial proposto. A partir do CONVENCE foram elaboradas cinco categorias, com suas respectivas subcategorias. Categoria 1 - Distância Espacial, com as subcategorias 1.1 - distância, 1.2 - postura, 1.3- eixo, 1.4 - contato. Categoria 2 - Comportamento Social, com as subcategorias: 2.1 - gestos emblemáticos, 2.2 - gestos ilustradores, 2.3 - gestos reguladores. Categoria 3 - Comportamento Facial. Categoria 4 - Código Visual, com as subcategorias: 4.1 - abertura ocular, 4.2 - direção do olhar. Categoria 5 - Volume da Voz. As sessões de treinamento e análise dos dados foram realizadas com todos os juízes presentes na mesma sala e no mesmo horário predeterminado no início da capacitação. As filmagens foram analisadas a cada quinze segundos, totalizando 1.131 análises de comunicação não-verbal. Ao analisar as categorias e subcategorias, os principais resultados observados foram os seguintes. Na categoria 1, a subcategoria distância íntima prevaleceu com 1.030 (91,0%), pelo fato do ambiente onde aconteciam as consultas favorecer, tanto ao profissional quanto ao paciente, adotar quase unicamente esta distância. Nesta categoria, a subcategoria 2 mostrou que a postura sentada, 1.112, (98,3%) obteve quase unanimidade nas imagens analisadas. Quando emissor e receptor mantêm a mesma postura significa que ambos estão em sintonia, partilhando do mesmo ritmo, grau de interesse e movimento. Também nesta categoria, a subcategoria 4, denominada contato, demonstrou que em 943 (83,3%) interações não houve contato. O gesto mais observado na subcategoria gestos emblemáticos foi mover as mãos, com 762 (67,4%). A direção do olhar, subcategoria 4.2, desviado do interlocutor, contabilizou 597 (52,8%) e centrado no interlocutor, 502 (44,4%). Em todas as filmagens, houve interferências consideráveis no momento da interação enfermeiro-paciente. Tal fato foi considerado como barreira à comunicação. O enfermeiro deve-se mostrar interessado durante a interação, e é o olhar sobre o paciente que favorecerá esta atenção na consulta de enfermagem. Conclui-se, de acordo com os dados, que o enfermeiro precisa conhecer e aprofundar os estudos em comunicação não-verbal e adequar o seu uso ao tipo de pacientes assistidos durante as consultas.
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A vivência da sexualidade por adolescentes portadoras de deficiência visual / The experience of sexuality by visually impaired adolescentsBezerra, Camilla Pontes January 2007 (has links)
BEZERRA, Camilla Pontes. A vivência da sexualidade por adolescentes portadoras de deficiência visual. 2007. 107 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2007. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-01-10T13:14:03Z
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Previous issue date: 2007 / Adolescence is a phase of life marked by sexual maturation and accompanied by psychological and social transformations. Although visually impaired persons are subject to the same process, literature has dedicated little attention to this theme. The combination between transformations in this phase of life, the indefiniteness they are accompanied by and the visual impairment justify a study about the sexual experience of female, visually impaired adolescents inserted in society and in the school community. We interviewed five visually impaired adolescents at a Pedagogical Support Center (PSC) for blind and/or visually impaired people. Questions attempted to find out how these adolescents perceived the cause of their visual impairment, their education level, family composition and orientations, affective-sexual experience, level of knowledge about sexuality-related issues, including contraception and sexually transmitted diseases. Results revealed that visually impaired adolescents display the same sexual development characteristics as other people, although with their own properties. The lack of vision does not decrease sexual interest, but only differentiates their curiosity about this subject: they want to get to know their body and its functioning. Like all adolescents, young people who cannot see also attempt to define their identity and place in society. Moreover, they want to discover their own sexuality, find adequate means to express their sexual impulses and experience affective relationships. We found lack of knowledge about contraceptive methods and STDs, with superficial information. In order to create a health promotion culture, knowledge accessible to this population is essential. We believe that visually impaired adolescents should take their own decisions, thus practicing their rights and obligations with a view to the full exercise of citizenship / A adolescência é uma fase da vida em que se dá a maturação sexual e é acompanhada por transformações psicológicas e sociais. As pessoas portadoras de deficiência visual estão sujeitas ao mesmo processo, mas este é um tema escassamente tratado pela literatura. Devido às transformações nesta fase da vida, as indefinições que as acompanham, somada à deficiência visual, justifica-se um estudo sobre a vivência da sexualidade das adolescentes portadoras de deficiência visual inseridas na sociedade e na comunidade escolar. Foram entrevistadas cinco adolescentes deficientes visuais em um Centro de Apoio Pedagógico (CAP) para cegos e ou deficientes visuais com questões que buscaram o conhecimento e a compreensão por parte das adolescentes sobre as causa da sua deficiência visual, seu grau de escolaridade, composição e orientações familiares, experiência afetivo-sexual, nível de conhecimento acerca de assuntos relacionados à sexualidade dentre eles métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis. Os resultados permitiram perceber que as adolescentes deficientes visuais apresentam as mesmas características de desenvolvimento da sexualidade das demais pessoas, embora possuam características próprias. A falta da visão não diminui o interesse sexual, apenas faz com que a curiosidade sobre esse assunto torne-se diferenciada: elas querem conhecer seus corpos e seu funcionamento. Como todas as adolescentes, as jovens que não vêem também buscam definir sua identidade e seu lugar na sociedade. Além disso, querem descobrir sua própria sexualidade e encontrar meios adequados para expressar seus impulsos sexuais e vivenciar relacionamentos afetivos. Está presente o desconhecimento sobre métodos contraceptivos e DSTs, sendo as informações superficiais. Reflete-se que para gerar uma cultura de promoção da saúde é imprescindível que o conhecimento se faça de forma acessível para esta população. Acreditamos que as adolescentes deficientes visuais devem tomar suas próprias decisões exercendo assim seus direitos e deveres para o pleno exercício de sua cidadania
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Comunicação verbal entre a enfermeira e o cego : aspectos observados durante a consulta de enfermagem / Nursing comunication among nurses and the visually impaired : aspects of nursing consultationMacêdo, Katia Neyla de Freitas January 2005 (has links)
MACEDO, Kátia Neyla de Freitas. Comunicação verbal entre a enfermeira e o cego : aspectos observados durante a consulta de enfermagem. 2005. 105 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Cearpá. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2005. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-01-18T13:16:27Z
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Previous issue date: 2005 / The issue of communicating with blind patients is observed during the professional performance of the nurses, who, since their undergraduate studies on blindness, is relationship with the communication process still presents some gaps. It is acknowledged that the blind patient presents a sensorial barrier that can compromise the information received during the nursing attendance to the patient. This study is justified by the nurse’s necessity of using verbal communication at all times during the attendance procedure and, for that matter, the necessity of knowing the principles and concepts which refer to the communication process. When this communication process takes place between the nurse and the blind patient, it is important to emphasize is specificity, making the professional develop communication skills to put into effect na assistance of quality. The general aim has been to analyze the verbal communication between the nurse and the diabetic blind patient in the light of Roman Jakobson’s theory and, the specific aims, to identify the addresser of the interaction in the communication between the nurse, the diabetic blind patient and his/her companion, and to outline the addresser’s profile according to the conative function, to the emotive function, the referential, the contact and the code. This is a descriptive and exploratory study, which has utilized a quantitative approach, carried out in a specialized center in diabetes and hypertension in the city Fortaleza, Ceará. This institution is a State reference in health care, provinding specialized attendance to diabetic and hypertensive patients. The subjects center blind peeple presenting blindness in both eyes, who are attended at this specialized center, their companions to diabetic patients, where the researcher, the nurse, the blind patient and a possible companion werw present. The data were recorded through video recording, in February anda March of 2005. Before the video recording, the researcher interviewed the blind patient, collecting data for identification (name, age, sex, city of birth, time of treatment for the control of diabetes, times of attendance in the institution), inquiring also about how and went blind. That took place in the waiting room, before the pacient’s examination. The video recordings were performed during the nursing attendance, lasting, on average, 19 minutes. Five video recordings were performamed, analyzed by three nurse-referees. The scenes were analyzed every 15 seconds, when there was a pause on the video and entry on the data analysis instrument. A total of 1131 verbal interactions between the nurse, the blind patient and the companion were analyzed. As a result of those interactions, it was observed that the nurse took upon himself the role of addresser of the communication in 57.8%, while the blind patient did it in 20%. In what reagards the vocative variable, the mode of action prevailed in 66.2% of the communication. In what concerns the cotent of the information, guidance stood out in 85.4%, were the most utilized channel was hearing ( 53%), followed by sight (40.6%). The most employed language during the attendance was the common type ((96.1%). To the blind patient, the communication of person matters prevailed (42%), while to the nurse it was the treatment (59.8%). The most common emotive fuctions in the interactions were those of sympathy, satisfaction, tranquility and empathy. It has been concluded that the nurse, in the performance setting, still needs to develop communication skills. Even as positive aspects have been found during verbal communication, it has been ascertained that the blind patient das the necessity of verbalizing, aspects that were undervalued by the health professional, and the nurse needs to know and appreciate the specificd related to the attendance to those people. It has been suggested in the end the expansion of studies on the communication bteween the nurses and the blind patients, having as na aim to optimize the attendance. / A problemática da comunicação com o cego é observada durante a atuação profissional do enfermeiro. Este, desde a graduação, não é preparado para as especificidades desta deficiência. Apesar de existir estudos sobre a cegueira, a relação dela com o processo comunicativo ainda tem lacunas, particularmente porque o cego possui uma barreira sensorial capaz de comprometer as informações recebidas durante a assistência de enfermagem ao paciente. Este estudo se justifica pela necessidade do enfermeiro utilizar constantemente a comunicação verbal no procedimento de assistência e, para tanto, precisar conhecer os princípios e conceitos referentes ao processo comunicativo. Quando essa comunicação ocorre entre o enfermeiro e o cego, é importante ressaltar sua peculiaridade, no intuito de que o profissional desenvolva habilidades de comunicação para efetivar uma assistência de qualidade. Diante destas exigências, teve-se como objetivo geral analisar a comunicação verbal entre o enfermeiro e o cego diabético à luz da teoria de Roman Jakobson e como objetivos específicos identificar o remetente da interação na comunicação entre o enfermeiro, o cego diabético e o acompanhante, e traçar o perfil do remetente segundo as funções conativa e emotiva, o referencial, o contato e o código. É um estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa, realizado em um centro especializado em diabetes e hipertensão da cidade de Fortaleza, Ceará. Trata-se de instituição de referência estadual em atenção à saúde, com atendimento especializado a diabéticos e hipertensos. Os sujeitos do estudo foram cegos, de ambos os olhos, atendidos nesse centro especializado, além dos seus acompanhantes e as enfermeiras da instituição. A coleta de dados foi realizada durante a consulta de enfermagem a diabéticos, presentes a pesquisadora, a enfermeira, o cego e um possível acompanhante. Para registros dos dados usaram-se filmagens realizadas, nos meses de fevereiro e março de 2005. Anteriormente as filmagens, a pesquisadora entrevistou o cego, e colheu dados de identificação (nome, idade, sexo, naturalidade, tempo de tratamento para controle de diabetes, tempo de acompanhamento na instituição) e o interrogou acerca de como e quando adquiriu a cegueira. Isso ocorreu na sala de espera, antes do paciente ser consultado. As filmagens foram feitas durante a consulta de enfermagem, cuja duração, em média, foi de 19 minutos. Foram realizadas cinco filmagens, analisadas por três juízes- enfermeiras. As cenas foram analisadas a cada 15 segundos, quando ocorria uma pausa no vídeo e registro no instrumento de análise de dados. No total analisaram-se 1.131 interações verbais entre o enfermeiro, o cego e o acompanhante. Como resultado dessas interações, observou-se que o enfermeiro assumiu o papel de remetente da comunicação em 57,8%, enquanto o cego em 20%. No relacionado à variável vocativo, prevaleceu o indicador modo de ação em 66,2% da comunicação. Em relação ao conteúdo das informações, sobressaíram as orientações em 85,4%, onde o canal mais utilizado foi a audição (53%), seguida da visão (40,6%). Durante as consultas, a linguagem mais utilizada foi a comum (96,1 %). Para o cego, prevaleceu a comunicação de assuntos pessoais (42%), enquanto para a enfermeira (59,8%), prevaleceu o tratamento. As funções emotivas mais comuns nas interações foram as de solidariedade, satisfação, tranqüilidade e empatia. Segundo se concluiu, o enfermeiro, nesse cenário de atuação, ainda precisa desenvolver habilidades de comunicação. Mesmo encontrando aspectos positivos durante a comunicação verbal, foi constatado que o cego tem necessidade de verbalizar aspectos desvalorizados pelo profissional e que a enfermeira deve conhecer e valorizar as especificidades relativas ao atendimento a essas pessoas. Sugeriu-se, ao final, a ampliação de pesquisas voltadas para a comunicação entre enfermeiros e pessoas cegas com o objetivo de otimizar a assistência.
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Desenvolvimento e avaliação de jogo educativo para cegos : acesso à informação sobre o uso de drogas psicoativas / Development and assessment of an educational game for the blind : information on the use of psychoactive drugsMariano, Monaliza Ribeiro January 2010 (has links)
MARIANO, Monaliza Ribeiro. Desenvolvimento e avaliação de jogo educativo para cegos : acesso à informação sobre o uso de drogas psicoativas. 2010. 101 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2010. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-01-23T16:19:00Z
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Previous issue date: 2010 / Nursing uses different strategies and technologies to insert blind people in the health promotion context. As these predominantly use paper and ink, illustrations and/or television images, programs to prevent and combat drugs limit blind clients’ information access. Feasible technologies for health promotion include Assistive Technology (AT). Games adapted to the blind represent a different education possibility, associating the playful with information collection and, hence, with knowledge, so that they are considered an Assistive Technology and contribute to awareness-raising on the theme, collaborating to turn health promotion into permanent education. Thus, the goal was the development of an Assistive Technology in the form of an educational game on psychoactive drugs use, accessible to the blind, and the assessment of this technology by special education specialists and blind people. An assistive technology construction and assessment study was carried out between June and August 2010 at the Health Communication Laboratory of the Federal University of Ceará (LabCom_Saúde-UFC). Study participants were three special education specialists and twelve blind people. The research involved three methodological phases: construction of the educational game, assessment by special education specialists and assessment by the blind. For assessment purposes, an instrument was elaborated in the form of a Likert scale. Items were divided into adequate, partially adequate, inadequate and does not apply. The three specialists assessed the first version of the assistive technology, Version Alpha, and made suggestions, which were accepted when pertinent. After the adjustments, the specialists assessed the second version of the game, Version Beta, until no further adjustments were needed. Next, three pairs of blind people played the game and assessed Version Beta and, thus, made suggestions, which were incorporated when pertinent. The last three pairs of blind people assessed the new version of the game, Version Gamma. The evaluation phase by the blind people was filmed to facilitate data collection. All study participants signed the Free and Informed Consent Term. Version Alpha was presented to the specialists, who formulated suggestions on the dimension of the board, aspects related to the texture of the board spaces, game pawns, such as the distinction among the pawns, quality of Braille writing and description of the game instructions. After the adjustments, version Beta was constructed and again assessed by the specialists, who considered it adequate. Next, the blind participants’ assessed the game, appointed aspects related to the texture of the spaces and suggested using Velcro in each space to fix the pawn during the moves. After making the adjustments, the assessment continued with the last three pairs, who considered the AT adequate. The participants’ interest and curiosity in the game was evidenced, besides encouraging the application of the game to younger ages than determined in the research. In view of these considerations, the educational game is considered an AT for the blind and was assessed positively, as it permits access to information on psychoactive drugs in a playful way. The AT aroused the blind people’s will and desire to discover what it would be like to play this type of game. It was considered relevant for the teaching-learning process and is thus useful to promote these people’s health, constituting a new tool for nursing to use in its educational function. / A enfermagem lança mão de diversas estratégias e tecnologias com o intuito de inserir a pessoa cega no contexto da promoção da saúde. Por utilizarem predominantemente papel e tinta, ilustrações e/ou imagens televisivas, os programas de prevenção e combate às drogas limitam o acesso da clientela cega à informação. Dentre as tecnologias viáveis para promoção da saúde está a Tecnologia Assistiva (TA). Os jogos adaptados aos cegos aparecem como possibilidade de educá-lo de um modo diferente, associando o lúdico com a captação de informações e, consequentemente, de conhecimento, sendo considerada uma Tecnologia Assistiva e, assim contribuir para sensibilização acerca da temática, colaborando para que a promoção da saúde seja uma educação permanente. Dessa forma, objetivou-se desenvolver uma tecnologia assistiva na modalidade de jogo educativo acessível ao cego sobre o uso de drogas psicoativas e avaliar a referida tecnologia por especialistas em educação especial e por pessoas cegas. Trata-se de um estudo de construção e avaliação de tecnologia assistiva, realizado entre junho e agosto de 2010, no Laboratório de Comunicação em Saúde da Universidade Federal do Ceará (LabCom_Saúde-UFC). Participaram do estudo três especialistas em educação especial e doze cegos. O estudo foi desenvolvido em três etapas metodológicas: construção do jogo educativo, avaliação pelos especialistas em educação especial e avaliação pelos cegos. Para a avaliação utilizou-se instrumento elaborado na forma de escala de Likert. Os itens deste foram divididos em adequado, parcialmente adequado, inadequado e não se aplica. A primeira versão da tecnologia assistiva, Versão Alfa, foi avaliada pelos três especialistas que deram suas sugestões, as quais foram acatadas quando pertinentes. Após os ajustes, a segunda versão do jogo, Versão Beta, foi avaliada pelos especialistas, até que não houvesse mais ajustes. Em seguida, a Versão Beta foi avaliada por três duplas de cegos que jogaram o jogo, e assim, fizeram sugestões, que quando pertinentes foram incorporadas. A nova versão do jogo, Versão Gama, foi avaliada pelas últimas três duplas de cegos. A etapa de avaliação pelos jogadores cegos foi filmada, para facilitar a coleta de dados. Todos os participantes do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A versão Alfa foi apresentada aos especialistas e estes apontaram sugestões sobre a dimensão do tabuleiro, aspectos relacionados à textura das casas do tabuleiro, peças do jogo, como diferenciação dos pinos, qualidade da escrita em Braille e descrição das instruções do jogo. Após os ajustes, construiu-se a versão Beta, novamente avaliada pelos especialistas, que a consideraram adequada. Procedeu-se a avaliação dos participantes cegos, os quais apontaram aspectos relacionados à textura das casas e sugeriram colocação de velcro em cada casa para fixação do pino no decorrer das jogada. Realizado os ajustes, deu-se continuidade a avaliação pelas últimas três duplas, as quais consideraram a TA adequada. Evidenciou-se o interesse e curiosidade dos participantes pelo jogo, além de incentivar aplicação com idades menores do que a estipulada pelo estudo. Diante das considerações, o jogo educativo é considerado uma TA para a pessoa cega e foi avaliado de forma positiva, pois, permite o acesso a informação sobre drogas psicoativas, de maneira lúdica. A TA despertou a vontade e o desejo dos cegos em descobrir como seria jogar este tipo de jogo. Foi considerada relevante para o processo ensino-aprendizagem, sendo útil, assim, na promoção da saúde destas pessoas ao constituir nova ferramenta de utilização da enfermagem para desempenhar sua função de educador.
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Avaliação de uma tecnologia assistiva sobre amamentação para pessoas cegas / Evaluation of a assistive technology about breastfeeding for blind peopleOliveira, Paula Marciana Pinheiro de January 2009 (has links)
OLIVEIRA, Paula Marciana Pinheiro de. Avaliação de uma tecnologia assistiva sobre amamentação para pessoas cegas. 2009. 123 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2009. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-01-25T13:25:36Z
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Previous issue date: 2009 / Care technology is an accessibility resource to integrate disabled people and mitigate the harms of exclusion. Educative materials accessible to blind people that can be disseminated through the Internet can increase their independence and autonomy. In recent years, digital inclusion is widely emphasized in education, within the social, work and health context. People need to feel included in any environment, with a view to interacting, communicating, expressing themselves and feeling mutually accepted. This research was developed at the Health Communication Laboratory of the Nursing Department at the Federal University of Ceará, Brazil. The goal was to assess a care technology for blind people, based on string literature about breastfeeding, using distance access for health promotion. Pasquali’s model (1999) was used as a theoretical-methodological framework, concretizing the theoretical pole. The research was carried out from March to September 2009. Three experts in each specialty collaborated: content, string literature, pedagogical aspects and technical aspects. For data collection, an instrument was filled out that assessed questions related to content, rules of string literature, the blind’s accessibility to this technology and its distance use. The analysis involved comparing the experts’ notes and critically reflecting on their suggestions. Ethical aspects were respected in compliance with Resolution 196/96. After assessments, the technology was adjusted until its final approval. While the content and string literature experts made two assessments from the perspective of improving the string, whose considerations were included into the technology instrument itself, the pedagogical aspect experts (availability of technology to blind people) made only one, as they suggested few adjustments. In that phase, one of the experts was blind, which was important for the research because the technology targets the blind population. Almost all items were considered totally adequate in the final analysis. Technical aspect experts (use of this technology at a distance) made only one assessment as, for a second analysis, only one expert filled out the instrument. As observed in this phase, they related the study with distance education, but the research refers to distance access to assimilate contents in health. All contributions were valid because they support and stimulate learning, encouraging autonomy. Therefore, the technology is adequate and can be used for distance health education. Its contents do not reflect any type of discrimination or prejudice and the duration of the audio is adequate. The construction of care technology should be submitted to analysis with a view to its validation before being put at the public’s disposal. In this research, the theoretical pole, according to the abovementioned model, was carried out, while the empirical and analytical poles will be carried out in future research. To develop technologies that can make people autonomous and health and, thus, promote the population’s health, nurses should recognize the demands and needs of the community they deliver care to. / Tecnologia assistiva é um recurso de acessibilidade para integrar a pessoa com deficiência e amenizar prejuízos da exclusão. Materiais educativos acessíveis aos cegos passíveis de ser veiculados na rede web poderão aumentar sua independência e autonomia. Nos últimos anos, a inclusão digital constitui tema amplamente enfatizado em nível educacional, no contexto social, trabalho e saúde. As pessoas têm necessidade de se sentirem incluídas em qualquer ambiente, no intuito de interagir, comunicar-se, expressar-se e aceitar-se mutuamente. Estudo desenvolvido no Laboratório de Comunicação em Saúde do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, com o objetivo de avaliar uma tecnologia assistiva para cegos na modalidade de literatura de cordel sobre aleitamento materno por meio do acesso a distância para promoção da saúde. Utilizou-se como referencial teórico-metodológico o modelo de Pasquali (1999) concretizando o pólo teórico. Realizado de março a setembro de 2009, teve como colaboradores três juízes de cada especialidade: conteúdo, literatura de cordel, aspectos pedagógicos e aspectos técnicos. Para a coleta, adotou-se preenchimento de instrumento que avaliava questões referentes a conteúdo, regras da literatura de cordel, acessibilidade do cego a esta tecnologia e sua utilização a distância. Análise feita mediante comparações das anotações dos juízes e reflexão crítica sobre as sugestões. Respeitaram-se os aspectos éticos segundo a Resolução 196/96. A tecnologia recebeu ajustes após avaliações até sua aprovação. Enquanto os juízes de conteúdo e de literatura de cordel fizeram duas avaliações na perspectiva de melhorar o cordel, cujas considerações foram inseridas no instrumento da própria tecnologia, os juízes de aspectos pedagógicos (disponibilização da tecnologia a pessoa cega) avaliaram uma vez, visto sugerirem poucos ajustes. Nesta fase, uma das especialistas era cega, fato importante para o trabalho porque a tecnologia destina-se a esta população. Consideraram-se quase todos os itens plenamente adequados nesta única análise. Os juízes de aspectos técnicos (utilização desta tecnologia a distância) fizeram somente uma avaliação, pois, para segunda análise, somente uma juíza preencheu o instrumento. Conforme notou-se nesta etapa, eles relacionaram o estudo com a educação a distância, porém a pesquisa refere-se ao acesso a distância para assimilar um conteúdo em saúde. Todas as contribuições foram válidas por subsidiarem e estimularem a aprendizagem, incentivando a autonomia. Portanto, a tecnologia está adequada e pode ser utilizada para a educação em saúde a distância. Seu conteúdo não reflete nenhum tipo de discriminação ou preconceito e a duração do áudio está adequada. A construção de tecnologia assistiva deve ser submetida a análise para sua validação antes de ser disponibilizada ao público. Neste estudo, o pólo teórico, segundo modelo supracitado, foi então realizado e os pólos empírico e analítico serão efetivados em estudo posterior. Para desenvolver tecnologias capazes de tornar o indivíduo autônomo e saudável e, com isso, promover a saúde da população, o enfermeiro deve reconhecer demandas e necessidades da comunidade à qual assiste
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Avaliação de tecnologia assistiva para cegos : enfoque na prevenção ao uso de drogas psicoativas / Evaluation of an assistive technology for blind : focus on prevention of the use os psychoative drugsCezario, Kariane Gomes January 2009 (has links)
CEZARIO, Kariane Gomes. Avaliação de tecnologia assistiva para cegos: enfoque na prevenção ao uso de drogas psicoativas. 2009. 111 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2009. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-01-18T13:03:46Z
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Previous issue date: 2009 / Technologies for nursing care delivery to blind people include assistive technology (AT). The development and use of this type of technology can be a tool for health promotion and information provision with a view to improving the health communication process. An earlier study developed a health AT on the prevention of psychoactive drugs consumption among blind people, mediated by distance access. As the AT was accepted, the researchers decided to subject it to a deeper expert assessment study. Among different options, Pasquali’s (1999) model is a possible theoretical-methodological reference framework for technology assessment. In this study, the phases of the theoretical pole elaborated by this author will be followed. Thus, the goal was to assess some points of the AT, such as: aspects of content on psychoactive drugs; pedagogical aspects related to accessibility for blind people; and technical aspects related to distance access issues. A descriptive technology assessment research was carried out between March and September 2009, using the infrastructure of the Health Communication Laboratory at Ceará Federal University (LabcomSaúde-UFC). Nine expert judges participated, totalling three for each respective area of content about drugs, special education with emphasis on education for the blind and distance access. Each group of judges worked on one phase, with one phase following the other, as these professionals elaborated their assessments, the researcher made adjustments, which were then resubmitted to the professionals’ assessment. Three assessment instruments were constructed, whose items addressed specificities of each area and its items, with scores ranging from one to four, defined as follows: adequate, partially adequate, inadequate and does not apply. All judges signed the Free and Informed Consent Term. The content experts’ assessments pointed towards the quality of the AT’s content and requested orthographic corrections, improvements in some concepts and clarifications of technical terms. The pedagogical aspect judges considered all aspects as adequate. Nevertheless, they suggested improvements in voice synthesizers, tools needed for the blind to have computer access, as well as the inclusion of audio material, inviting participants to access the technology. Finally, the technical aspect judges indicated the need to include graphic and multimedia tools. These suggestions were not readily accepted because, in a sense, they go against literature on aspects of distance access by blind people. In view of all of these considerations, the AT was properly assessed as a viable and afe means for health information provision about psychoactive drugs to blind people. Thus, as detailed, blind people can access the AT individually, whenever and as many times as they want. The technology was considered interesting, collaborating in the learning process and a useful tool for health promotion and communication mediated by distance access. The suggestions collaborated to strengthen access to this technology. / Entre as tecnologias utilizadas em enfermagem tem-se, na assistência à pessoa cega, a tecnologia assistiva (TA). O desenvolvimento e uso deste tipo de tecnologia pode ser uma ferramenta na promoção da saúde e no fornecimento de informações que visem uma melhoria no processo de comunicação em saúde. Estudo anterior desenvolveu uma TA em saúde sobre a prevenção ao uso de drogas psicoativas entre cegos, mediada pelo acesso a distância. Ante a aceitação da TA, decidiu-se por um estudo de aprofundamento e avaliação desta TA por parte de especialistas. Dos diversos modelos, o de Pasquali (1999) apresenta-se como um referencial teórico-metodológico possível para a avaliação de tecnologias, optando-se, neste estudo, por seguir as fases do pólo teórico elaborado por este autor. Desta forma, objetivou-se avaliar a referida TA em alguns pontos, como: aspectos de conteúdo sobre drogas psicoativas; aspectos pedagógicos, relativos à acessibilidade às pessoas cegas; e aspectos técnicos, concernentes às questões do acesso a distância. Trata-se de um estudo de avaliação de tecnologia, descritivo, realizado entre março e setembro de 2009, contando com a infra-estrutura do Laboratório de Comunicação em Saúde da Universidade Federal do Ceará (LabCom_Saúde-UFC). Participaram nove juízes especialistas, no total de três para cada respectiva área de conteúdo sobre drogas, educação especial com ênfase em educação de cegos e acesso a distância. Cada grupo de juízes trabalhou uma etapa e estas foram sucessivas, pois estes profissionais faziam suas avaliações, a pesquisadora promovia os ajustes, os quais, em seguida, eram submetidos novamente à avaliação dos profissionais. Construíram-se três instrumentos de avaliação cujos itens versavam sobre especificidades de cada uma das referidas áreas e seus itens, valorados de um a quatro, assim definidos: adequado, parcialmente adequado, inadequado e não se aplica. Todos os juízes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Sobre as avaliações, as dos especialistas em conteúdo apontaram para a qualidade do conteúdo da TA e eles solicitaram ajustes de correção ortográfica, aprimoramento de alguns conceitos e clarificação de termos técnicos. Quanto aos juízes de aspectos pedagógicos, avaliaram todos os itens como adequados. Apesar disso, sugeriram melhoria nos sintetizadores de voz, ferramentas necessárias à acessibilidade do cego ao computador, e também a inclusão de um áudio convidando os internautas a acessarem a tecnologia. Finalmente, os juízes de aspectos técnicos apontaram a necessidade de inclusão de ferramentas gráficas e de multimídia. Tais sugestões não foram prontamente acatadas por contradizerem de certa forma a literatura referente a aspectos de acesso a distância por pessoas cegas. Diante de todas estas considerações, acredita-se que a TA foi devidamente avaliada como um meio viável e seguro de fornecimento de informações em saúde sobre drogas psicoativas para pessoas cegas. Deste modo, como detalhado, a pessoa cega pode acessá-la individualmente, apreciá-la quando desejar e quantas vezes se fizer necessário. Julgou-se a TA interessante, colaborativa no processo de aprendizagem e ferramenta útil na promoção e comunicação em saúde mediada pelo acesso a distância. As sugestões colaboraram para fortalecer a acessibilidade da referida tecnologia.
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Lesões esportivas em atletas com deficiencia visual / Sport injuries in athletes with visual disabilityMagno e Silva, Marilia Passos 02 January 2010 (has links)
Orientador: Edison Duarte / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Fisica / Made available in DSpace on 2018-08-15T18:03:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: Estudos na área de lesões esportivas em atletas com deficiência apresentam em sua maioria um desenho de pesquisa que agrega dados de diferentes deficiências (físicas e sensoriais) e modalidades esportivas, criando dificuldades na interpretação dos resultados. Já que diferentes deficiências e modalidades esportivas podem causar diferentes tipos de lesão. Este estudo teve como objetivo principal analisar a frequência das lesões esportivas em atletas com deficiência visual. Além de identificar as áreas corporais mais lesionadas; o mecanismo das lesões esportivas; as principais lesões esportivas que acometem os atletas com deficiência visual; traçar as características lesionais pertinente a cada modalidade; verificar se o grau de deficiência visual apresenta relação com a frequência de lesões esportivas. Fizeram parte do estudo atletas com deficiência visual, de ambos os gêneros, integrantes da seleção brasileira nas modalidades de atletismo, futebol de 5, goalball, judô e natação, em competições internacionais, entre os anos de 2004 a 2008. A coleta de dados se deu através de uma ficha utilizada pela Confederação Brasileira de Desporto para Cegos e pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, contendo as seguintes informações: nome, data de nascimento, modalidade esportiva, competição, classificação visual, mecanismo de lesão, segmento corporal, local da lesão, diagnóstico. Participaram do estudo 131 atletas, sendo 42 do sexo feminino e 89 do sexo masculino, 61 com classe visual B1, 46 com classe B2 e 24 com classe B3. Desse total 102 atletas apresentaram 288 lesões resultando em 2,82 lesões por atleta. O judô foi a modalidade que apresentou o maior número de lesão por atleta, seguido pelo futebol de 5, atletismo, goalball e natação. No aspecto geral atletas do sexo feminino lesionam mais que atletas do sexo masculino, porém essa diferença não é estatisticamente significante. Com relação à classificação visual atletas B1 lesionam mais que B2 e esses mais que B3, porém só foi encontrada diferença significativa entre os atletas B1 e B3. De forma geral os atletas apresentam valores próximos entre lesões por acidente esportivo e sobrecarga, mas esse valor varia com a análise por modalidade. No futebol de 5 e judô são mais frequentes lesões por acidente esportivo, enquanto que no atletismo e natação lesões por sobrecarga e no goalball o valor entre os dois mecanismos de lesão são próximos. A respeito dos segmentos corporais, os membros inferiores foram mais acometidos, seguido por membros superiores, coluna, cabeça e tronco, porém esses valores também se modificam de acordo com a modalidade praticada. Futebol de 5 e atletismo apresentam lesões principalmente em membros inferiores, natação na região da coluna, goalball e judô são acometidos tanto em membros superiores como inferiores com valores próximos. Foram encontrados 21 diagnósticos diferentes, sendo as tendinoses, contraturas e contusões com maior ocorrencia, mas que também são influenciadas de acordo com a modalidade praticada. / Abstract: Most researches about sport injuries in disabled athletes use a cross-disability (physical and sensorial) design and merge different sport modalities in the same study. This procedure creates difficulties in interpreting the results, once different disabilities and modalities may cause different injury conditions. The purpose of this study was to analyse the sport injuries frequency in visually disabled athletes. Besides identifying the location of injury, the mechanism of injury, and the main injuries that affect these athletes, this study aims to trace the sports injuries characteristics for each modality, to verify if the visual class relates to the sport injury frequency. The subjects were male and female visually impaired athletes, members of the Brazilian team of athletics, soccer 5, goalball, judo, and swimming, who played in international competitions between 2004 and 2008. Data was collected using the Brazilian Paralympic Committee and the Brazilian Confederation of Sports for the Blind formulary, which included the following information: name, age, modality, competition, visual classification (B1, B2, B3), injury type, location of injury, and diagnosis. A total of 131 athletes participated in this study: 42 female, 89 male, 61 were B1, 46 B2, and 24 B3. From this total, 102 athletes reported 288 sport injuries; 2,82 injuries per athlete. Judo presented more injuries per athlete, followed by soccer 5, athletics, goalball, and swimming. Female athletes presented more injuries than male athletes, however this showed no statistical significance. Regarding visual classification, B1 athletes got more injuries than B2 athletes, and these more than B3 athletes; statistically significant difference was found only between B1 and B3 group. As one group, athletes presented similar values between accident and overuse injuries, but these values change when modalities are individually evaluated. Soccer 5 and judo sustained more accident injuries; athletics and swimming presented more overuse injuries; and goalball presented similar values between accident and overuse injuries. Concerning the body segment, lower limbs showed more injuries, followed by upper limbs, spine, head, and trunk. These values also changed when modalities were individually evaluated. Soccer 5 and athletics had most injuries in lower limbs; swimming in spine and upper limb; goalball and judo presented similar values in upper and lower limbs. Twenty-one diagnoses were reported, being tendinoses, contractures, and contusions the most frequent. These diagnoses also change when modalities are individually evaluated. / Mestrado / Atividade Fisica, Adaptação e Saude / Mestre em Educação Física
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Construção das identidades sociais de alunos deficientes visuais nas conversas sobre textos / The construction of social identities of the visually impaired students when they are talking about textsSilva, Saulo César da 23 May 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-05-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research aims at investigating the construction of social identities of the visually impaired students when they are talking about texts, focusing three fundamental interrelated aspects which are: 1. How the visually impaired students see themselves; 2. Their interpretation of the way the society sees them; 3. How the visually impaired students see the sighted individuals.
To collect the data, a reading group using the verbal protocol method was organized. According to Zanotto (1997), this method is a social-cognitive practice in which the readers share and negotiate the various readings. When these protocols were used, different social identities came up and could be identified through the analysis of the participants´positionings during the discoursive interaction process. This analysis is based on the positioning theory developed by Harré and Langenhove (1999).
The different social identities built up by the visually impaired students, which could be identified in this analysis, are anchored in positive and negative evaluation. When the visually impaired students talk about themselves they evaluate themselves positively emphasizing their potencialities such as the capacity, autonomy and independence to accomplish daily tasks.
On the other hand, when the visually impaired students interpret the way the society sees them, the former positive evaluation changes into a negative image related to the social stereotypes which contribute to build up their identity. They understand that the society sees them as incompetent and unable to accomplish the social tasks. Moreover, when they talk about the sighted individuals they also have a negative evaluation, since they see them as individuals who discriminate and who do not know their reality.
The research concluded that that the social identities of the visual impaired students are built up from the positive and negative evaluations which are emphasized mainly by the social stereotypes that turn into serious learning problems in the reading classes / Esta pesquisa pretende investigar a construção das identidades sociais do aluno deficiente visual, nas conversas sobre textos, partindo de três pontos fundamentais imbricados entre si: 1. como o deficiente visual vê a si próprio; 2. a interpretação que o deficiente visual faz a respeito de como a sociedade o vê; e 3. como o deficiente visual vê o vidente.
Para que fosse possível a coleta dos dados, houve a necessidade de organizar um grupo de leitura em que foi empregado o método do protocolo verbal em grupo. De acordo com Zanotto (1997), esse método é uma prática sócio-cognitiva na qual os leitores partilham e negociam as várias leituras.
Durante o emprego desses protocolos, diferentes identidades sociais surgiram e puderam ser identificadas por meio da análise dos posicionamentos assumidos pelos participantes durante o processo de interação discursiva. Essa análise encontrou respaldo, principalmente, na teoria dos posicionamentos desenvolvida por Harré e Langenhove (1999).
Nessa análise, pôde-se identificar que as diferentes identidades sociais, construídas pelos deficientes visuais, estão ancoradas em valorações positivas e negativas. O deficiente quando fala de si mesmo trabalha com valorações positivas que ressaltam suas potencialidades representadas na sua capacidade, autonomia e independência para a execução de tarefas diárias.
Quando interpreta a forma como a sociedade o vê, essa valoração positiva dá lugar a uma imagem construída negativamente onde os estereótipos sociais marcam sua identidade. Ele interpreta que a sociedade o vê como incompetente, e incapaz de realizar tarefas sociais. Ao se referir ao vidente, o faz também a partir de valorações negativas, pois ele vê o vidente como alguém que o descrimina, desconhecendo sua realidade.
Chega-se assim à conclusão que as identidades sociais do deficiente visual são construídas a partir de valorações positivas e negativas, marcadas principalmente, pelos estereótipos sociais e esses estereótipos se tornam um grave problema de aprendizagem nas aulas de leitura
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Conhecimento e percepção de escolares com baixa visão sobre sua condição visual, uso de recurso de tecnologia assistiva e expectativas em relação ao futuro / Low vision student's knowledge and perception about their visual condition, use of assistive technology resources and expectations about the futureFerroni, Marília Costa Câmara, 1985- 10 April 2011 (has links)
Orientador: Maria Elisabete Rodrigues Freire Gasparetto / Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-19T08:36:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: A presente pesquisa teve por objetivos identificar as percepções dos escolares com baixa visão sobre a sua condição visual, verificar o que e como declaram sobre a sua deficiência, conhecer os recursos de tecnologia assistiva utilizados na realização das atividades cotidianas e as suas expectativas em relação ao futuro e oferecer subsídios para o planejamento e ações em Educação, Habilitação e Reabilitação visual. Trata-se de um estudo descritivo, tipo transversal, e, como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário aplicado por entrevista contendo perguntas abertas e fechadas, elaborado especificamente para esta pesquisa por meio de estudo exploratório. A coleta de dados realizou-se no período de março a agosto de 2010, nos serviços de Habilitação e Reabilitação Visual da Associação de Deficientes Visuais de Ribeirão Preto (ADEVIRP) e no Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação "Prof. Dr. Gabriel O.S. Porto" (CEPRE). A população foi composta por 19 escolares que situavam-se na faixa etária entre 12 e 17 anos, sendo 10 mulheres e 9 homens, perfazendo um total de 52,6% e 47,4%, respectivamente, 63,2% (12) estavam matriculados no Ensino Fundamental II e 36,8% (6) no Médio. Verificou-se que 94,7% (18) dos entrevistados apresentavam baixa visão congênita e 5,3% (1) adquirida, foram classificadas como baixa visão moderada (78,9%) (15), profunda (15,8%) (3) e grave (5,3%) (1). Com relação às percepções sobre a condição visual, 73,7% (14) relataram enxergar bem, 68,4% (13) declararam conhecer o nome do problema visual, mas somente 36,8% (7) informaram o nome da parte do olho afetada. Quando questionados por outras pessoas sobre a deficiência, 94,7% (18) declararam que respondem naturalmente e apesar dos escolares informarem enxergar bem, verificou-se que apresentam dificuldades na realização de atividades cotidianas, sobressaindo as dificuldades acadêmicas (78,9%) (15) com ênfase nas atividades de leitura da lousa (60,0%) (9) e do dicionário (26,7%) (4). Quanto ao uso de recursos de tecnologia assistiva, sobressaíram os recursos de informática específicos para baixa visão e os recursos não ópticos, na mesma proporção (73,7%) (14), recursos para perto (57,9%) (11) e para longe (52,6%) (10). As principais expectativas dos escolares sobre o futuro relacionam-se à vida profissional (78,9%) (15), vida pessoal e saúde ocular (26,3%) (5). A maioria dos escolares almejava ter um bom emprego. Na vida pessoal verificou-se que os escolares desejavam construir família por meio do casamento. Quanto à saúde ocular, os resultados mostraram que parte dos escolares desejava enxergar melhor enquanto que outros esperam adaptar-se melhor a baixa visão. Conclui-se que apesar de possuírem baixa visão, relatam enxergar bem e possuem dificuldades visuais na realização das atividades cotidianas, sobressaindo-se as dificuldades acadêmicas, sendo a informática o recurso de tecnologia assistiva mais aceito. Conclui-se também que os escolares mostraram-se otimistas em relação ao futuro / Abstract: The purpose of this research was to identify the perception of low vision students about their visual condition, to verify what and how they say about their disability, to know the most important assistive technology resources used during daily activities, and their expectations about the future and also to offer subsidies to the planning of actions in Education, Habilitation and visual Rehabilitation. It is a cross type and descriptive study and as an instrument for data collection was used a questionnaire applied by interviews with discursive and multiple choice questions, elaborated specifically for this research through exploratory study. The data collection were performed from March to August of 2010, at the Visual Habilitation and Rehabilitation services by Ribeirão Preto's Association of Visual Disability (ADEVIRP) and at Center of Studies and Researches in Rehabilitation "Prof. Dr. Gabriel O. S. Porto" (CEPRE). The population was composed by 19 students who were between 12 and 17 years old, with 10 women and 9 men, making up a total of 52,6% and 47,4% , respectively, 63,5% (12) were enrolled in Junior High and 36,8% (6) in High School. It was noticed that 94,7% (18) of the interviewed presented congenital low vision and 5,3% (1) presented acquired low vision. Students had moderate low vision (78,9%) (15), profound (15,8%) (3) and severe (5,3%) (1). When it comes to their own perception about their visual difficulties, 73,7% (14) said they could see properly, 68,4% (13) declared to know the name of their visual problem, but only 36,8% (7) reported the affected eye part. When questioned by other people about their own disability, 94,7% (18) declared answering normally and despite students have informed seeing well, it was noticed that they have difficulties to perform daily activities, especially academic (78,9%) (15) with emphasis on reading the blackboard (60,0%) (9) and dictionaries (26,7%) (4). About the uses of assistive technology resources, the low vision specific computer resources and non optical-aid excelled in the same proportion (73,7%,) (14), near optical aids (57,9%) (11) and far optical aids (52,6%) (10). The student's most important expectations about the future are related to their professional life (78,9%) (15), their personal life and their eye health (26,3%) (5). Most of the students expected to have a good job. About their personal lives, it was verified that they intend to get married and raise a family. About their eye health, results showed that part of the students want to improve their vision, while others expect to adapt to their low vision condition. It's possible to conclude that even though they suffer from low vision, they naturally declare seeing properly and have difficulties when performing daily activities, specially with academic issues, being the computer resources the most accepted. It's also possible to conclude that students demonstrate optimism about the future / Mestrado / Saude, Interdisciplinaridade e Reabilitação / Mestre em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
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Protocolo de pesquisa multicêntrica integrada à capacitação profissional através da teleducação / Research multicentric protocol integrated with professional qualification training via tele-educationRinaldo, Giceli Rodrigues Chaves 21 November 2007 (has links)
Um dos problemas para desenvolvimento de trabalhos multicêntricos é a falta de protocolos padronizados compatíveis às políticas de saúde, que sejam de fácil entendimento e inserção de dados confiáveis, mesmo por pesquisadores não envolvidos no desenvolvimento do projeto. Por outro lado, algumas políticas de saúde pública não estão sintonizadas às necessidades populacionais nem aos programas de especialização, necessitando, portanto, da criação de cursos de treinamentos objetivos que garantam qualidade de entendimento dos assuntos abordados pelos protocolos. O Brasil possui grande número de portadores de deficiência visual. A reabilitação para portadores de baixa visão é pouco conhecida e praticada pela classe oftalmológica. No país, existe falta de programas de capacitação em Baixa Visão durante a residência médica e não existe sistematização do uso de protocolo multicêntrico para coletar dados confiáveis que permitam o levantamento do perfil nacional da baixa visão. A padronização, registro e intercâmbio dos dados multicêntricos necessários para estudos podem ser obtidos pela utilização de um protocolo para formação de um banco de dados nacional com grande valor para o desenvolvimento de programas em saúde pública. Este estudo teve como objetivo desenvolver e estruturar um protocolo multicêntrico para trabalhos em Baixa Visão, baseado no protocolo adotado pela OMS, com lançamento dos dados via Internet, mantendo a qualidade da informação inserida na ficha de pesquisa. Material e Método: Adequação do protocolo da OMS para a necessidade brasileira, integrado na Web. Desenvolvimento do curso básico de baixa visão, utilizando recursos de teleducação interativa. O protocolo foi preenchido por dois grupos de residentes, mas apenas um deles (grupo B) teve acesso prévio ao curso disponível na Web. O preenchimento dos protocolos foi avaliado por quatro especialistas. Para cada item da ficha de pesquisa foi atribuída uma nota segundo o grau de concordância do preenchimento com o padrão-ouro. Resultado: Foi criado um protocolo simplificado e implementado na Web que pôde ser aplicado em pacientes adultos e crianças, sua utilização não interferiu na rotina do atendimento ambulatorial. O curso foi executado pelo grupo B entre 2 e 3 dias. O nível de melhoria da qualidade das informações inseridas foi medido pela análise comparativa do preenchimento entre os dois grupos. O grupo B apresentou superioridade no preenchimento da ficha de pesquisa. Discussão: A elaboração do protocolo multicêntrico pode ser o ponto inicial para integração e intercâmbio das informações. O lançamento dos dados via Internet possibilita a formação do banco de dados que pode ser incrementado por diversos centros. A construção do programa de teleducação via Internet para a formação objetiva em Baixa Visão é uma ferramenta para difusão dos conhecimentos básicos desta especialidade, garantindo a melhoria das informações inseridas na ficha de pesquisa. A análise dos dados pode favorecer o delineamento do perfil da deficiência visual e estabelecimento de estratégias nacionais de atenção primária. Conclusão: É viável a construção de um protocolo de pesquisa multicêntrica, com dados relevantes sobre deficiência visual, orientado pela necessidade de desenvolver estratégia de política de saúde compatível com o protocolo Internacional. A utilização da Internet para lançamento dos dados possibilitou a formação do banco de dados que pode ser incrementado por diferentes centros oftalmológicos, passando a ter abrangência nacional. A construção do curso de teleducação proporcionou aumento da qualidade da inserção de dados. / One of the problems in the development of multicentric projects is the lack of standardized protocols compatible with health policies, which are easy to understand and to use in recording reliable data even by researchers not involved in developing the project. On the other hand, some public health policies are not in tune wit h the needs of the population or with specialization programs, and require the creation of objective training courses that guarantee the quality of understanding of the topics covered by the protocols. Brazil has a great number of visual impaired individuals. Rehabilitation for Low Vision patients is not well known or widely practiced by ophthalmologists. Besides a lack of professional qualification training programs in Low Vision during medical residency, there is no systematization of use of the multicentric protocol to collect reliable data in order to map out a national profile of Low Vision. Standardization, register, and interchange of the multicentric data necessary for studies can be obtained by the use of a protocol to construct a national data base that would be vital for the development of Public Health programs. This study has the objective of developing and structuring a multicentric protocol for Low Vision projects, based on the protocol adopted by the World Health Organization -WHO, with data entered via the Internet, maintaining the quality of the information inserted on the research form. Material and Method: Adaptation of the Web-integrated WHO protocol to the needs of Brazil, and development of a basic course in Low Vision using interactive Tele-Education resources. The protocol form was completed by two groups of medical residents, but only one of them (Group B) had had prior access to the course available on the Web. The answers to the protocol questions were evaluated by four specialists. For each item on the research form, a grade was attributed according to the degree of agreement with the gold standard. Result: A simplified Web-implemented protocol was developed which could be applied to adult and child patients, and its application did not interfere in the out-patient routine of patient care. The course was taken by Group B for 2 to 3 days. The level of improvement in quality of the information entered was measured by a comparative analysis between the two groups. Group B showed superiority in terms of the answers given on the research form. Discussion: The preparation of a multicentric protocol may be the starting point for the integration and exchange of information. Data insertion via the Internet enables the construction of a data bank that can be incremented by several centers. The Internet-based Tele-Education program for objective professional qualification training in Low Vision is a tool for divulging basic knowledge in this specialty, guaranteeing an improvement in the information entered on the research forms. Analysis of the data may outline the profile of visual deficiency and enable the establishment of national primary care strategies. Conclusion: the construction of a multicentric research protocol with relevant data on visual deficiency is viable, guided by the need to develop a strategy of health care policies compatible with the international protocol. The use of the Internet for data insertion has made it possible to form a data base that can receive information from different ophthalmology centers, thus presenting a national scope. The preparation of the Tele-Education course led to an improvement in the quality of data inserted.
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