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A tradução na espiral de posições enunciativas em Feux, de Marguerite Yourcenar, e Fires, por Dori Katz / Translation in the spiral of enunciative positions in Feux, by Marguerite Yourcenar, and Fires, by Dori KatzGodoi, Mônica de Meirelles Kalil 10 March 2017 (has links)
Diferentemente das linhas adotadas por um bom número de trabalhos em Estudos da Tradução que têm por objetivo uma análise crítica de tradução ou uma tradução comentada, nosso projeto busca tratar a tradução, mais especificamente a tradução literária, não como um objeto em si, mas como parte integrante do processo de construção de uma obra. Para tanto, nosso pressuposto é a noção aristotélica de ato e potência. A nosso ver, a gênese da tradução literária, como potência, coincide com o início da escritura da obra, como ato, ou seja, a tradução literária é inerente à obra em estado virtual, como um ser em devir, podendo ou não vir a se materializar como obra traduzida. Sob essa ótica, acreditamos que toda e qualquer análise de tradução literária envolva um mergulho não apenas no contexto de sua produção e em seu produto final, mas também nos elementos que envolvem a produção da obra de partida. Baseando-nos nas noções de Dominique Maingueneu (2001) a respeito do contexto da obra literária e no alicerce linguístico em enunciação oferecido por Émile Benveniste (1976), pudemos associá-los a outras importantes contribuições, como os conceitos de posição tradutória, projeto de tradução e horizonte do tradutor propostos por Antoine Berman (1995) que, se observados relacionalmente dentro de cada espaço de negociação que constitui todo processo tradutório em suas diversas etapas, pressupõem necessariamente uma esfera ética. Ao adotarmos a noção proposta por Maurício Mendonça Cardozo (2007), baseando-se em Henrique C. de Lima Vaz (2015), que traz o conceito da palavra ética originalmente como lugar, podemos entendê-la como sendo a consciência da posição que se ocupa em uma dada relação o lugar de onde se fala e para quem se fala , oferecendo, assim, campo fértil para pensarmos efetivamente a ética da tradução como práxis e projetá-la em termos bermanianos. Sob esse arcabouço teórico, a questão das posições enunciativas emerge de maneira fundamentada para uma análise do caso específico da tradução Fires (1981), por Dori Katz, a partir da obra Feux (1936), de Marguerite Yourcenar, em que diversas são as variáveis, que não a relação isolada entre tradutor e texto de partida. Em Feux-Fires, aquilo que chamaremos de uma espiral de posições enunciativas compõe um quadro bastante particular em tradução literária. / Unlike the line adopted by many works in Translations Studies whose purpose are translations critical analysis or commented translations, our project aims at approaching translation, and more specifically literary translation, not as an object in itself, but as an integral part of the building process of a literary work. Assuming Aristotles concept of potency and act, in our view, the genesis of literary translation, as potency, coincides with the beginning of the literary works writing, as an act, i.e. , the literary translation is inherent to the literary work in a virtual state, as a being to be, whether it is eventually materialized as a translated literary work or not. From this perspective, we believe that each and every analysis of literary translation involves not only jumping into its context of production and its final product, but also into the elements surrounding the production of the source work. Based on the notions of Dominique Maingueneau (2001) about the context of the literary work and on the linguistic grounds offered by Émile Benveniste (1976), we managed to associate them to other important contributions, such as the concepts of translational position, translation project, and horizon of translation proposed by Antoine Berman (1995), which necessarily assume an ethical domain if regarded in a relational perspective within every negotiation space that constitutes each translation project in its many phases. By adopting the notion proposed by Maurício Mendonça Cardozo (2007) based on Henrique C. de Lima Vaz (1999), who presents the concept of the word ethics originally as a place, it may be understood as the awareness of the position one holds in a given relation the place where one speaks from and to whom , thus offering fertile ground for ethics in translation to be effectively viewed as praxis and to be projected in bermanian terms. Under this theoretical framework, the question of enunciative positions emerges in a well-founded way for an analysis of the particular case of the translation Fires (1981), by Dori Katz, of the work Feux (1936), byMarguerite Yourcenar, in which many are the variables, other than the isolated relation between the translator and the source text. In Feux-Fires, what we call a spiral of enunciative positions compose a very specific scenario in literary translation.
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O poder da linguagem de expressar e (se) produzir ideologias: manifestações de junho de 2013 no Brasil - posições enunciativas nos editoriais de Veja e Carta CapitalMOREIRA, Dâni Rodrigues 30 June 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-06-30 / In June 2013, the main Brazilian national media, exhaustively addressed the
large street demonstrations, known as the Journeys of June, which exploded
across the country in the wake of the protests that had occurred in several other
countries of the world since 2011. Based on the importance of these
manifestations for the recent political history of Brazil, and considering the
strong influence of weekly magazines in the outcome of these events in the
country, the objective of this study is to analyze the enunciative positions of the
magazines Veja and Carta Capital, through their editorials when addressing
these manifestations. Based on the analysis, as well as discussing the
influence of these positions on the post-June 2013 socio-political developments
in the country. To achieve such objectives, the researcher uses the qualitative
research paradigm of the bakhtinian Dialogical Discourse Analysis as
suggested in Bakhtin, which also dialogues with the ideas of contemporary
thinkers who have dedicated themselves in studying similar manifestations
recently occurring around the globe, such as Manuel Castells, Zygmunt
Bauman, Carlo Bordoni, Slavoy Žižek, Boaventura Santos, among others. It
also dialogues with authors such as John Thompson, Manuel Castells and
Dênis de Moraes, who have contributed with studies about the power of the
contemporary media in social change. The results of the study indicate that
texts function as a dialogical space, in which the speaker/writer reveals certain
enunciative/ideological positions, constituted according to certain values and
interests. Veja's editorials show that the discursive change of the magazine in
relation to the June Days Manifestations do not imply a change of position,
confirming this way the conservative ideological positioning of the magazine.
Also, the editorial line of Carta Capital, through its enunciative positioning in the
editorials, reaffirms the progressive line that it proposes to follow. The analysis
and interpretation of the data also show that Veja, through its anti-government
discourse, along with other important conservative press agencies in Brazil, was
at the forefront of the post-june 2013 political developments in the country / No mês de junho do ano de 2013, no Brasil, explodiram grandes manifestações
de rua, chamadas Jornadas de Junho, as quais vieram na esteira dos protestos
ocorridos em vários países do mundo em 2011, e por sua magnitude, foram
abordadas exaustivamente pelos principais órgãos de imprensa do país.
Partindo-se da importância dessas manifestações para a história recente do
Brasil e, considerando-se a forte influência das revistas semanais no desfecho
de acontecimentos importantes no país, objetiva-se, neste trabalho, analisar as
posições enunciativas das revistas Veja e Carta Capital, por meio de seus
editoriais, sobre tais manifestações. A partir das análises realizadas,
apresentam-se reflexões sobre a influência do posicionamento das revistas nos
desdobramentos sociopolíticos pós-junho de 2013 no país. Para tanto,
utiliza-se da pesquisa qualitativa de caráter interpretativista, apoiando-se no
Dialogismo Bakhtiniano, o qual dialoga com ideias de pensadores
contemporâneos que se dedicaram a estudar as manifestações de rua no
mundo e no Brasil, como Manuel Castells, Zygmunt Bauman, Carlo Bordoni,
Slavoy Žižek, Boaventura Santos, dentre outros, além de dialogar também com
ideias de autores, como John Thompson, Manuel Castells e Dênis de Moraes,
os quais apresentam estudos sobre o poder da mídia. Os resultados do estudo
indicam que o texto funciona como espaço dialógico, em que se revelam
determinados posicionamentos enunciativos/ideológicos por parte de quem
enuncia, constituídos de acordo com determinados valores e interesses. Os
editoriais de Veja apontam que a mudança discursiva da revista com relação às
Jornadas de Junho não implica em mudança de posição enunciativa,
confirmando a posicionamento ideológico conservador de tal veículo de
comunicação. Já o editorial de Carta Capital, através da sua posição
enunciativa, reafirma a linha progressista que a revista declara seguir. Também
os resultados vão no sentido de que Veja, através de seu discurso
antigovernista, conjuntamente com outros órgãos da imprensa conservadora
importantes no Brasil, esteve na vanguarda dos desdobramentos pós-junho de
2013 no país.
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A tradução na espiral de posições enunciativas em Feux, de Marguerite Yourcenar, e Fires, por Dori Katz / Translation in the spiral of enunciative positions in Feux, by Marguerite Yourcenar, and Fires, by Dori KatzMônica de Meirelles Kalil Godoi 10 March 2017 (has links)
Diferentemente das linhas adotadas por um bom número de trabalhos em Estudos da Tradução que têm por objetivo uma análise crítica de tradução ou uma tradução comentada, nosso projeto busca tratar a tradução, mais especificamente a tradução literária, não como um objeto em si, mas como parte integrante do processo de construção de uma obra. Para tanto, nosso pressuposto é a noção aristotélica de ato e potência. A nosso ver, a gênese da tradução literária, como potência, coincide com o início da escritura da obra, como ato, ou seja, a tradução literária é inerente à obra em estado virtual, como um ser em devir, podendo ou não vir a se materializar como obra traduzida. Sob essa ótica, acreditamos que toda e qualquer análise de tradução literária envolva um mergulho não apenas no contexto de sua produção e em seu produto final, mas também nos elementos que envolvem a produção da obra de partida. Baseando-nos nas noções de Dominique Maingueneu (2001) a respeito do contexto da obra literária e no alicerce linguístico em enunciação oferecido por Émile Benveniste (1976), pudemos associá-los a outras importantes contribuições, como os conceitos de posição tradutória, projeto de tradução e horizonte do tradutor propostos por Antoine Berman (1995) que, se observados relacionalmente dentro de cada espaço de negociação que constitui todo processo tradutório em suas diversas etapas, pressupõem necessariamente uma esfera ética. Ao adotarmos a noção proposta por Maurício Mendonça Cardozo (2007), baseando-se em Henrique C. de Lima Vaz (2015), que traz o conceito da palavra ética originalmente como lugar, podemos entendê-la como sendo a consciência da posição que se ocupa em uma dada relação o lugar de onde se fala e para quem se fala , oferecendo, assim, campo fértil para pensarmos efetivamente a ética da tradução como práxis e projetá-la em termos bermanianos. Sob esse arcabouço teórico, a questão das posições enunciativas emerge de maneira fundamentada para uma análise do caso específico da tradução Fires (1981), por Dori Katz, a partir da obra Feux (1936), de Marguerite Yourcenar, em que diversas são as variáveis, que não a relação isolada entre tradutor e texto de partida. Em Feux-Fires, aquilo que chamaremos de uma espiral de posições enunciativas compõe um quadro bastante particular em tradução literária. / Unlike the line adopted by many works in Translations Studies whose purpose are translations critical analysis or commented translations, our project aims at approaching translation, and more specifically literary translation, not as an object in itself, but as an integral part of the building process of a literary work. Assuming Aristotles concept of potency and act, in our view, the genesis of literary translation, as potency, coincides with the beginning of the literary works writing, as an act, i.e. , the literary translation is inherent to the literary work in a virtual state, as a being to be, whether it is eventually materialized as a translated literary work or not. From this perspective, we believe that each and every analysis of literary translation involves not only jumping into its context of production and its final product, but also into the elements surrounding the production of the source work. Based on the notions of Dominique Maingueneau (2001) about the context of the literary work and on the linguistic grounds offered by Émile Benveniste (1976), we managed to associate them to other important contributions, such as the concepts of translational position, translation project, and horizon of translation proposed by Antoine Berman (1995), which necessarily assume an ethical domain if regarded in a relational perspective within every negotiation space that constitutes each translation project in its many phases. By adopting the notion proposed by Maurício Mendonça Cardozo (2007) based on Henrique C. de Lima Vaz (1999), who presents the concept of the word ethics originally as a place, it may be understood as the awareness of the position one holds in a given relation the place where one speaks from and to whom , thus offering fertile ground for ethics in translation to be effectively viewed as praxis and to be projected in bermanian terms. Under this theoretical framework, the question of enunciative positions emerges in a well-founded way for an analysis of the particular case of the translation Fires (1981), by Dori Katz, of the work Feux (1936), byMarguerite Yourcenar, in which many are the variables, other than the isolated relation between the translator and the source text. In Feux-Fires, what we call a spiral of enunciative positions compose a very specific scenario in literary translation.
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Ciência em debate? Uma análise das vozes no gênero notícia de popularização científica / Science under debate?: an analysis of voices in science popularization newsMarcuzzo, Patrícia 11 April 2011 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / There are several genres that disseminate scientific knowledge to society in the
media sphere, such as television documentaries, printed news and reportages
(MOTTA-ROTH, 2007, p. 3). This work focuses on the science popularization news
genre, which presents scientific discoveries and quotes written published sources
and interviews mainly with scientists. Therefore, science popularizartion texts are
often framed as a debate between the source/voices, in which positive and negative
evaluations of the popularized study are alternated (PARKINSON; ADENDORFF,
2005, p. 293). The objective of this work is to investigate to what extent the voices
presented on science popularization news promote a debate on scientific
discoveries. The corpus is formed by 60 science popularization news published in
English, which were analyzed in the light of Critical Genre Analysis (MOTTA-ROTH,
2005; 2008c), including textual and contextual analysis. The results indicate that
there is a multiplicity of voices that can be grouped into five enunciative standpoints:
scientist/researcher, fellow researcher/technician/institution, government, public and
the journalist himself/herself. However, the analysis indicates that two of these
enunciative standpoints are more frequent and more prominent than the others: the
scientist/researcher and the fellow researcher/technician/institution. The statements
are inserted with the purpose of adding relevant content somehow related to the
study reported in the news and rarely promote debate. The analysis points out that
the journalists have a traditional perspective on science popularization
(HILGARTNER, 1990, p. 519). Thus, it seems that we are still experiencing the
second phase of science popularization, which began in the 20th century and is called
Public Understanding of Science , in which the public is by no means truly
participants, and the communicating process is mainly unidirectional, from science to
society (JIANMIN, 2005). / No âmbito da mídia, há vários gêneros que disseminam o conhecimento científico
para a sociedade, tais como os documentários televisivos, as notícias ou as
reportagens impressas (MOTTA-ROTH, 2007, p. 3). Este trabalho enfoca o gênero
notícia de popularização da ciência (PC), que apresenta descobertas científicas e
cita fontes escritas e entrevistas realizadas principalmente com cientistas. Em função
disso, textos de PC geralmente são organizados na forma de um debate entre as
fontes/vozes mencionadas, sendo alternadas avaliações positivas e negativas do
estudo popularizado (PARKINSON; ADENDORFF, 2005, p. 293). O objetivo deste
trabalho é investigar em que medida as vozes apresentadas nas notícias de PC
instauram um debate sobre descobertas científicas. O corpus é formado por 60
notícias de PC publicadas em inglês, as quais foram analisadas à luz da Análise
Crítica de Gênero (MOTTA-ROTH, 2005; 2008c), incluindo a análise do texto e do
contexto. Os resultados indicam que há uma multiplicidade de vozes agrupadas em
cinco posições enunciativas: pesquisador responsável pelo estudo, pesquisador
colega/técnico/instituição, governo, público e jornalista. No entanto, a análise indica
que duas dessas posições enunciativas são mais frequentes e proeminentes que
outras: o pesquisador responsável pelo estudo e o pesquisador
colega/técnico/instituição. As declarações são inseridas com o objetivo de fornecer
informação relevante relacionada ao estudo reportado na notícia e raramente
promovem um debate. A análise aponta que os jornalistas têm uma perspectiva
tradicional acerca da PC (HILGARTNER, 1990, p. 519). Desse modo, parece que
ainda estamos vivenciando a segunda fase da PC, que iniciou no século XX e é
chamada de Conhecimento Público da Ciência , em que o público não participa do
processo de PC, e o processo de comunicação é principalmente unidirecional, da
ciência para a sociedade (JIANMIN, 2005).
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