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Vamos acampar : a luta terra e a busca pelo assentamento de novas relações de genero no MST do Pontal do ParanapanemaGonçalves, Renata Cristina 28 September 2005 (has links)
Orientador: Maria Lygia Quartim de Moraes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-05T01:59:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: Neste trabalho procura-se examinar as formas de participação das mulheres no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na região do Pontal do Paranapanema. Recorre-se a entrevistas realizadas com acampados/as, assentados/as, militantes homens e mulheres inserido(a)s na luta pela terra naquela região; à sistemática ín loco como principal meio de burlar as dificuldades que muito(a)s têm com o gravador; e à vasta bibliografia crítica sobre o assunto. Ao longo da pesquisa, foram identificados dois momentos e espaços diferentes de participação feminina na luta pela terra. O primeiro corresponde à fase do acampamento, em que se começa a viver coletivamente sob as regras materializadas no chamado "regimento interno", que estabelecem os "códigos" de conduta de cada membro do acampamento, com novas aprendizagens podendo levar à ruptura das cercas de gênero. O segundo é o do assentamento. Este representa um desfecho positivo para os sem terra contra o monopólio do latifúndio. É o momento de um novo processo que implica criar condições para a permanência na terra conquistada. No entanto, o que se verifica são condições precárias de assentamentos revelando que estes se tomaram uma estratégia para amenizar conflitos sociais. Uma vez no assentamento, aspectos econômicos e tecnológicos adquirem formas em que o tempo e o espaço são regidos pelo modo de produção dominante. Para
além da sobrevivência, é necessário produzir para pagar os empréstimos feitos junto ao Estado, ao banco, etc. A luta para permanecer na terra se toma imediatista e o aspecto econômico se impõe e acentua retomo da velha divisão sexual do trabalho, colocando em xeque as aprendizagens de gênero durante os anos de luta nos acampamentos. Frente a estas dificuldades, o MST propõe novos modelos de assentamento que permitam combinar independência, com relação do modo de produção dominante, e novas relações que permitam eliminar as trincheiras machistas do movimento / Abstract: This study examines the forms of women's participation in the Movement of Landless Rural Workers (MST) in the Pontal do Paranapanema region. It employs interviews with squatters, settlers, and male and female militants involved in the struggle for land in that region; the in loco system as the principal means for overcoming the difficulties that many have with tape recording; and the vast critical literature on the subject. During the course of the research two different spaces and moments of feminine participation in the struggle for land were identified. The first corresponds to the encampment phase, during which participants being to live collectively under the rules of the so-called "internal regimen," which establish the "codes" of conduct for each member of the encampment. New lessons learned during this phase can lead to the breaking down of gender barriers. The second phase is the settlement. This represents a positive outcome for the landless against the monopoly of the large landholding. It is the beginning of a new process that implies creating conditions for staying on the land that has been conquered. Nonetheless, what we observe are precarious conditions that reveal that the settlements have become a strategy to quel! social conflicts. In the settlement economic and technological conditions take on forms in which time and space are shaped by the dominant mode of production. Beyond surviving it is necessary to produce in order to pay the loans received from the state, the bank, etc. The struggle to stay on the land becomes the immediate :priority and the economic aspect imposes itself and brings back the old sexual division of labor, putting in check
the gender leaming experiences of the years of struggle in the encampments. In the face of these difficulties, the MST proposes new models of settlement which allow independence in relation to the dominant mode of production to be combined with new relations that make it possible to eliminate the barriers of male chauvinism within the movement / Doutorado / Doutor em Ciências Sociais
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