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Das gaiolas, das clausuras às práticas de liberdade: relações de saber/poder em O papel de parede amarelo / From the cages, from the closures to the practices of freedom: relations of knowing/power in O papel de parede amareloRodovalho, Nilce Meire Alves 29 August 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-08-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The present research aims to analyze the process of discursive constitution of the narrator-
character subjectivity of the tale The Yellow Wall Paper, by Charlotte Perkins Gilman. The tale
tells the story of a woman cloistered in a colonial mansion by her husband, who is a doctor,
because of her supposed propensity for hysteria. In the seclusion, she notices other women
stuck to the wallpaper of the room in which she is staying. By this movement, she writes in a
diary to deal with her anxieties, yearnings and feelings, while deciphering the pattern of the
yellow wallpaper. It is a literary corpus and through it we understand that historical and social
practices produce the subjectivity of the narrator-character. We base ourselves on Discourse
Analysis as descriptive-interpretative and analytical support, based mainly on the following
foucaultian notions: knowledge/power relations, objectivation/ subjectivation and freedom
practices, madness, self-care, self-writing, resistance, desubjectivation. The study is
structured in three chapters: in the first, we present the story and its author, gather academic
research about the story, point out some elements of the fantastic literature observed in it; in
the second, we discuss the theoretical-methodological framework, analyze knowledge/power
relations in the constitution of the madness in the story; in the third, we explore freedom and
self-care practices employed by the narrator-character, evidencing processes of
desubjectivation that deprive her identity and place her before new possibilities of existence.
Therefore, in this process of Foucault's discursive analysis, we reflect about the subject-
positions assumed by the narrator-character, the discursive practices in which it inserts itself
and is inserted, the effects of knowledge/power incident on its (dis)constitution as subject and
the ruptures of patterns and roles imposed. We understand that the subjects constitute
themselves and are constituted in and by the discourses of a given historical and social
conjuncture, in addition to breaking with the imposed standards, the subjects transgress social
norms, resist knowledge/power relations and, when desubjecting themselves from the
standard model imposed upon them, they produce new subjectivities, reinvent themselves
into something which is yet to come. This was the movement of resistance built by the
narrator-character, the protagonist of the narrative under study. / A presente pesquisa tem como proposta analisar o processo de constituição discursiva da
subjetividade da narradora-personagem do conto O papel de parede amarelo, de Charlotte
Perkins Gilman. O conto narra a história de uma mulher enclausurada em uma mansão colonial
por seu marido, que é médico, em decorrência da suposta propensão dela à histeria. Na
reclusão, ela percebe outras mulheres presas ao papel de parede do quarto em que está
hospedada. Por esse movimento, escreve em um diário para lidar com suas angústias, anseios
e sentimentos, ao passo que decifra o padrão do papel de parede amarelo. Trata-se de um
corpus literário e por meio dele entendemos que as práticas históricas e sociais produzem a
subjetividade da narradora-personagem. Fundamentamo-nos na Análise do Discurso
enquanto suporte descritivo-interpretativo e analítico, pautados, sobretudo, nas seguintes
noções foucaultianas: relações de saber-poder, práticas de objetivação/subjetivação e de
liberdade, loucura, cuidado de si, escrita de si, resistência, dessubjetivação. O estudo se
estrutura em três capítulos: no primeiro, apresentamos o conto e sua autora, reunimos
pesquisas acadêmicas sobre o conto, apontamos alguns elementos da literatura fantástica
observados nele; no segundo, discutimos o arcabouço teórico-metodógico, analisamos
relações de saber-poder na constituição da loucura no conto; no terceiro, exploramos práticas
de liberdade e de cuidados de si empregadas pela narradora-personagem, evidenciando
processos de dessubjetivação que destituem a identidade dela e a coloca diante de novas
possibilidades de existência. Portanto, nesse processo de análise discursiva foucaultiana,
refletimos sobre as posições-sujeito assumidas pela narradora-personagem, as práticas
discursivas nas quais ela se inscreve e é inscrita, os efeitos do saber-poder incidentes na
(des)constituição dela enquanto sujeito e nas rupturas de padrões e papeis impostos.
Apreendemos que os sujeitos se constituem e são constituídos nos e pelos discursos de dada
conjuntura histórica e social, além de que, ao romper com os padrões impostos, os sujeitos
transgridem normas sociais, resistem a relações de saber-poder e, ao dessubjetivar-se do
modelo padrão que lhes é imposto, produzem novas subjetividades, reinventam-se em um
devir. Foi esse o movimento de resistência construído pela narradora-personagem, a
protagonista da narrativa em estudo.
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